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Edtechs: O que são, Importância e Mercado (Guia Completo)

25 de agosto 2023, 16:00

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Se você não sabe o que é edtech, este é um bom momento para descobrir.

A digitalização das atividades humanas que avança em larga escala fez com que surgissem conceitos como Internet das Coisas, BYOD e o das “techs”, entre as quais o de edtech representa o nicho da educação.

Trata-se de uma proposta educacional segundo a qual a pedagogia anda de mãos dadas com a tecnologia.

Como modelo de negócio e de gestão, a edtech toma como referência as práticas e conceitos das startups.

Leia este texto até o fim e entenda como uma edtech funciona, de que forma essa vertente “tech” está revolucionando o ensino e algumas das principais edtechs brasileiras.

Siga a leitura, entenda o que é edtech e saiba mais sobre esse importante tema!

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O que são edtechs?

Mulher pesquisando sobre edtech através de um notebook em uma praça pública
As edtechs colocam o aluno em posição de maior proeminência

Edtechs são empresas que desenvolvem soluções tecnológicas para a oferta de serviços relacionados à educação, como plataformas de ensino, cursos online, jogos educativos, sistemas de gestão de aprendizado, entre outros.

A palavra é uma abreviação do termo “educational technology”, que, em inglês, quer dizer tecnologia educacional.

Embora algumas edtechs sejam organizações sem fins lucrativos, na maioria dos casos, são startups que enxergam a educação como oportunidade de negócio.

Não veja isso como sendo algo negativo, pois não tem nada a ver com o interesse privado interferindo no conteúdo escolar.

As startups criam alternativas para tornar o ensino e a aprendizagem mais eficientes, fazendo os usuários aprenderem mais rapidamente, com maior retenção de conteúdo.

E atenção para não confundir as coisas: se você tem um blog ou um canal no Youtube com o objetivo de difundir o conhecimento, você não tem uma edtech.

Essas empresas desenvolvem soluções, e não conteúdos.

É um trabalho que envolve criatividade, inovação, tecnologia de ponta e foco nos desejos e necessidades dos usuários.

Como essas soluções são tecnológicas, trata-se de um negócio altamente escalável, o que significa que é possível cobrar preços baixos pelas assinaturas dos serviços ou outras práticas de monetização.

Isso sem contar que os serviços de muitas edtechs são gratuitos para o usuário que se cadastra como aluno.

Ou seja, em vez de restringirem, elas colaboram para disseminar o acesso à educação.

Existem edtechs voltadas a vários níveis de ensino: educação básica, técnica, superior, além do corporativo, como veremos na sequência.

Muitas são relacionadas a conhecimentos específicos, como matemática, idiomas e programação, por exemplo.

Como as edtechs estão contribuindo para a educação?

Aluno em sala de aula aprendendo sobre as Edtechs
Aliando a tecnologia à educação, edtechs conquistam a atenção dos jovens com mais facilidade

De acordo com o Mapeamento Edtech, da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), entre 2020 e 2022, o número de empresas nesse segmento aumentou em 44%.

Eram 556 edtechs no primeiro ano da pandemia, e passaram para 813 dois anos depois.

O levantamento também mostra que 53% das edtechs estão na fase de tração/escala, ou seja, são uma realidade no mercado, já vislumbrando o crescimento e expansão.

Esses dados de mercado reforçam o quanto as edtechs são não apenas um negócio promissor, como estão virando o jogo a favor da educação de jovens e adultos.

Veja na sequência como elas estão fazendo isso.

Aumentando a eficiência do ensino

Uma característica das edtechs é o modelo de ensino descentralizado.

Ou seja, cada uma tem sua própria proposta pedagógica, embora todas devam se submeter aos parâmetros do MEC para operarem regularmente.

Plataformas de ensino adaptativo, como a Geekie, por exemplo, utilizam algoritmos para identificar as necessidades de cada aluno e oferecer conteúdo personalizado de acordo com seu nível de conhecimento.

Outro bom exemplo de eficiência no ensino é a Descomplica.

Nela, os alunos estudam por videoaulas, com materiais de estudo direcionados para exames específicos, como o ENEM.

Essas e outras abordagens focadas vêm aumentando a eficiência do ensino e melhorando a performance dos estudantes.

Agilizando métodos pedagógicos

Um dos méritos das edtechs é introduzir metodologias inovadoras no ensino.

Plataformas de aprendizado adaptativo e inteligência artificial permitem personalizar o ensino para atender às necessidades específicas dos alunos, acelerando o ritmo de aprendizado.

O acesso a conteúdos educacionais online dá mais flexibilidade aos estudantes para estudar em seus próprios horários, economizando tempo de deslocamento.

Além disso, a disponibilidade de recursos digitais e ferramentas interativas torna o processo de aprendizado mais envolvente e estimulante, aumentando a retenção de conhecimento.

A coleta e análise de dados educacionais também ajudam a identificar pontos fracos rapidamente e a melhorar a eficácia do ensino.

Modernizando a formação de professores

Plataformas de ensino oferecem cursos online, workshops e materiais interativos para o desenvolvimento profissional docente.

Essas ferramentas permitem que os educadores atualizem suas habilidades pedagógicas e aprendam novas estratégias de ensino, adequando-se às demandas educacionais contemporâneas.

Isso sem contar que a tecnologia facilita a colaboração entre professores, conectando-os em redes virtuais de compartilhamento de conhecimentos e boas práticas.

A modernização da formação de professores também impulsiona suas soft skills, aumentando a capacidade de passar experiências de aprendizado mais ricas.

Exemplos de edtechs no Brasil

Professora lecionando aula sobre edtechs
Veja algumas das principais escolas do modelo edtech no Brasil

O Mapeamento Edtech revela ainda que nada menos que 82% das edtechs brasileiras foram fundadas a partir de 2016, com 22% delas só no ano de 2020.

Portanto, esse é um mercado recente, mas com empresas já amplamente consolidadas no segmento pedagógico.

Isso pode nos indicar algumas coisas, como, por exemplo, uma demanda reprimida por cursos que correspondam às expectativas dos alunos e aos desafios do mercado de trabalho moderno.

É isso que nos sugere também a própria trajetória de algumas das principais escolas do modelo edtech no Brasil, como veremos a seguir.

Gama Academy

Fundada em 2016, em São Paulo, a Gama Academy surgiu com o propósito de preencher a lacuna entre a formação tradicional e as demandas do mercado de trabalho digital.

Seu foco principal é oferecer cursos de capacitação em tecnologia e habilidades digitais, como programação, design, marketing digital e gestão ágil.

A Gama Academy adota um modelo prático de ensino, com aulas hands-on ministradas por profissionais experientes, projetos reais e mentoria personalizada.

A empresa também conta com parcerias com empresas e startups, facilitando a inserção dos alunos no mercado de trabalho.

Descomplica

Uma das mais antigas edtechs brasileiras, a Descomplica foi fundada em 2011 pelo professor Marco Fisbhen.

Sua proposta é revolucionar a preparação para vestibulares e ENEM por meio de uma pedagogia online inovadora.

A plataforma disponibiliza videoaulas ministradas por professores qualificados, materiais de estudo, exercícios e simulados para estudantes do ensino médio e pré-vestibular.

Com um enfoque dinâmico e interativo, a Descomplica busca tornar o aprendizado mais acessível e personalizado para os alunos.

Witseed

A Witseed se destaca no segmento edtech por seu enfoque em educação socioemocional.

Fundada por especialistas em psicologia e educação em 2015, a plataforma busca promover o desenvolvimento integral dos alunos.

Não foca em aspectos acadêmicos, mas também em habilidades emocionais, sociais e comportamentais.

Seu diferencial é oferecer programas e conteúdos que auxiliam escolas e educadores a trabalharem a inteligência emocional e o bem-estar dos estudantes, impactando positivamente o ambiente escolar e melhorando o desempenho acadêmico.

Por isso, a Witseed vem ganhando destaque como uma alternativa no cenário educacional, formando cidadãos mais equilibrados e preparados para os desafios da vida.

MedRoom

A MedRoom alcançou rapidamente o sucesso no mercado edtech ao oferecer soluções inovadoras para o ensino da medicina.

Fundada em 2017 por um grupo de médicos e tecnólogos, a plataforma utiliza tecnologia de realidade virtual e aumentada para criar experiências imersivas de aprendizado clínico.

Seu diferencial é a simulação de casos médicos realistas, permitindo que estudantes e profissionais da saúde pratiquem diagnósticos e procedimentos com segurança.

A MedRoom também conta com parcerias com instituições de ensino e hospitais, ampliando seu alcance e impacto.

Sua trajetória reflete uma abordagem inovadora que elevou o padrão de educação médica no Brasil, proporcionando treinamento inovador para futuros profissionais de saúde.

Geekie

Criada em 2011 por Claudio Sassaki e Eduardo Bontempo, a Geekie tem como uma de suas missões melhorar a educação no país.

Para isso, os fundadores criaram uma plataforma de ensino adaptativo que personaliza o aprendizado de acordo com as necessidades de cada aluno.

Utilizando algoritmos inteligentes, a Geekie identifica pontos fortes e fracos dos estudantes, oferecendo conteúdo direcionado para impulsionar o desempenho acadêmico.

Essa proposta fez da Geekie um edtech de sucesso, em razão do impacto positivo na aprendizagem dos alunos e na melhoria das notas escolares.

A Geekie é reconhecida internacionalmente, tendo recebido o prêmio WISE, oferecido pelo governo do Catar em reconhecimento a iniciativas de educação de alto impacto.

Quero Educação

Já a Quero Educação se destaca por sua atuação na área de marketing educacional e acesso à educação superior.

Fundada em 2012 por Bernardo de Pádua e Mateus Gomes, a plataforma conecta estudantes a instituições de ensino superior, oferecendo descontos e bolsas de estudo.

Seu diferencial é a facilidade para os estudantes encontrarem opções de cursos e instituições com preços acessíveis, ampliando o acesso à educação de qualidade.

A Quero Educação também oferece soluções para gestão de processos seletivos e parcerias com empresas e universidades.

EduK

A plataforma EduK oferece uma grande variedade de cursos online em diversas áreas, incluindo empreendedorismo, gastronomia, artesanato, beleza e fotografia.

Seu público-alvo é diversificado, abrangendo desde pessoas interessadas em aprimorar suas habilidades pessoais e profissionais até empreendedores em busca de conhecimentos para melhorar seus negócios.

A faixa etária dos alunos varia, mas a plataforma é especialmente popular entre adultos jovens e adultos de meia idade.

Fundada em 2013 por Eduardo Lima e Robson Catalan, a EduK já é uma das gigantes no segmento edtech brasileiro e uma referência no cenário de educação online no Brasil.

Aluna fazendo aula online pelo notebook e anotando informações sobre edtechs
Existem plataformas de videoaulas e exercícios online que tornam esse modelo ainda mais acessível e interativo

Veduca

Muitos dos cursos da Veduca são disponibilizados em parceria com universidades renomadas, sendo esse um dos seus principais diferenciais.

Criada em 2011 por Carlos Souza e Marcelo Mejlachowicz, tem como objetivo democratizar o acesso à educação de qualidade, especialmente no ensino superior.

A plataforma surgiu com a proposta de oferecer cursos online de grandes universidades, tanto nacionais quanto internacionais, tornando o conhecimento acadêmico mais acessível.

O público da Veduca abrange desde estudantes em busca de conhecimentos adicionais e complementares e profissionais em busca de atualização, até pessoas interessadas em aprender por curiosidade pessoal.

Seu diferencial está em disponibilizar conteúdos acadêmicos de alta qualidade e gratuitamente, tornando a educação superior mais acessível a um grande público.

Stoodi

Criada por Daniel Liebert e Leonardo Galvão em 2013, a Stoodi é uma plataforma de videoaulas e exercícios online para estudantes de ensino médio e pré-vestibular.

Com uma abordagem acessível e interativa, a Stoodi tornou-se uma das principais referências em preparação para o ENEM e outros vestibulares.

São mais de 8 milhões de estudantes cadastrados na plataforma, que usa inteligência artificial para direcionar os programas curriculares e parcerias com outras instituições de ensino.

Agenda Edu

A Agenda Edu se diferencia em sua proposta por ser uma plataforma de comunicação escolar.

Desde que foi fundada em 2013 por Vitor Lippi e Vinicius Schurgers, a empresa busca aprimorar a comunicação entre instituições de ensino, pais e alunos por meio de um aplicativo intuitivo.

Sua proposta é centralizar informações importantes sobre a vida acadêmica dos estudantes, como eventos, atividades e boletins, facilitando o acesso e o acompanhamento dos pais.

Com sua abordagem inovadora, a Agenda Edu vem se destacando no mercado edtech, melhorando a interação entre a escola e a comunidade escolar e proporcionando uma experiência mais completa e eficiente para todos os envolvidos.

Eadbox

A plataforma Eadbox permite a criação de conteúdos interativos, além de avaliações e acompanhamento do desempenho dos alunos.

Com recursos avançados de analytics, também permite que os instrutores monitorem o engajamento dos alunos e otimizem o processo de ensino.

Fundada em 2013, a empresa oferece uma solução completa para instituições de ensino e empresas que desejam criar e vender seus próprios cursos a distância.

Setores de educação das edtechs

Aluno em sua sala aprendendo de forma online sobre Edtechs
Setores de educação das edtechs

Assim como há vários tipos de serviços oferecidos pelas edtechs, os níveis de ensino em que elas atuam também variam.

Confira:

Educação básica

É o nível de ensino das escolas de ensino fundamental e médio, onde o aluno entra quando criança, passa pela alfabetização e sai adolescente, antes de ingressar em uma universidade ou direto no mercado de trabalho.

Segundo o mapeamento da CIEB e Abstartup, 47% das 364 edtechs brasileiras consideradas na pesquisa são focadas na área da educação básica.

Essas empresas enfrentam desafios como a falta de recursos e necessidade de transformação cultural nos educadores.

Por outro lado, é o nicho com o maior potencial transformador, pois mais de 90% da população brasileira passa pelas escolas.

Qualificar os ensinos Fundamental e Médio, portanto, significa formar cidadãos mais capacitados, seja qual for o rumo que desejam dar em suas vidas.

Uma iniciativa comum nesse sentido são as parcerias das startups com escolas, buscando sempre conciliar processos tradicionais de ensino com as possibilidades trazidas pela tecnologia.

Seja por meio de plataformas de ensino personalizadas, sistemas de gestão ou aplicativos que usem a gamificação.

Educação técnica

Não é recomendável que a educação básica de um jovem seja feita a distância.

Principalmente pelo fato de que é fundamental para uma criança ou adolescente aprender a conviver com outras pessoas: colegas, alunos de outras turmas e professores e coordenadores.

No ensino técnico, a coisa já é um pouco diferente.

Essa categoria de educação não tem um foco na formação integral como a escola, e sim no desenvolvimento de uma habilidade.

Nesse sentido, pode-se dizer que as edtechs dessa área têm uma vantagem, pois podem mobilizar, por meio da internet, usuários de qualquer lugar do mundo.

Há cada vez mais ofertas de cursos online, nos quais é possível aprender as mais diversas técnicas sem qualquer prejuízo em relação a um curso presencial.

Isso vale até para conhecimentos manuais, como marcenaria e artesanato.

Vídeos bem produzidos podem surpreender você.

Produtores de conteúdo técnico e desenvolvedores de plataformas de ensino, portanto, têm aí uma grande oportunidade.

Educação superior

Se 47% das edtechs mapeadas pela CIEB e Abstartup atuam com foco na educação básica, apenas 8% atuam exclusivamente com instituições de ensino superior.

Esse dado é curioso a julgar pelo fato de que as universidades estão entre as instituições que mais promovem a inovação no país.

Em outros países, o ensino superior é um nicho de grande importância, com destaque para empresas como o Coursera (catálogo e plataforma com cursos online de grandes universidades de todo o mundo) e Canvas (sistema de gestão de aprendizagem).

Nas universidades, a utilização da tecnologia ajuda a otimizar o ensino, uma função importante tendo em vista a grande quantidade de conhecimento que um diplomado precisa absorver.

E também permite maior flexibilidade de horários para os alunos e professores.

É um benefício e tanto para os estudantes que não podem abrir mão de trabalhar enquanto começam o curso de graduação, uma realidade muito comum no Brasil.

Educação corporativa

Por fim, temos o segmento de educação corporativa, uma área estratégica para empresas de todos os setores.

Não existe nenhuma empresa no mundo que esteja 100% satisfeita com as capacidades e conhecimentos de seus colaboradores.

Pensar em políticas e ações para qualificá-los é um desafio constante, que deve ser encarado como um processo estratégico a mais, e não como um problema.

Se, na educação básica, técnica e superior, cursos tradicionais já não cativam mais um público acostumado ao dinâmico mundo da tecnologia, o mesmo acontece nas capacitações corporativas.

Nesse contexto, as edtechs podem ajudar a tornar mais eficiente o ensino das habilidades desejadas, a um custo muito menor para os empregadores.

Sempre lembrando que, na maioria das vezes, é mais vantajoso capacitar um colaborador a exercer determinada função do que selecionar um novo funcionário para a atividade.

Onde estão as edtechs?

Imagem de dentro de uma edtech, com sofás, telas e outros equipamentos tecnológicos
Edtechs brasileiras estão bastante concentradas no estado de São Paulo

Segundo o Mapeamento Edtech 2022, a maioria das edtechs brasileiras se encontra na Região Sudeste, que concentra 55% das empresas desse segmento.

Em segundo lugar está a Região Sul, com 19%, seguido do Nordeste, onde se localizam 17% das edtechs.

Como era de se esperar, São Paulo é o estado onde estão a maioria das instituições de ensino, com 38% das escolas, seguido de longe pelo Rio de Janeiro, com 9% das edtechs.

Completam o “top 5” os estados de Santa Catarina (8%), Minas Gerais (6%) e Rio Grande do Sul (6%).

Mercado das edtechs

Mulher aprendendo sobre edtechs em sala empresarial
O mercado brasileiro de edtechs vive um momento de crescimento e evidência

Segundo os analistas responsáveis pelo mapeamento feito pelo CIEB e Abstartup, o mercado brasileiro de edtechs está em um momento de evidência.

Isso se deve à combinação do potencial de impacto social das iniciativas com o potencial que a área oferece aos empreendedores, uma fórmula que resulta em uma motivação especial.

Há, no entanto, muitos desafios a serem superados para que todo o potencial do mercado das edtechs seja explorado.

“Trata-se de um mercado em que mais de 80% das escolas de ensino básico são públicas, e a aquisição ou a contratação de tecnologia pelas redes públicas de ensino ainda é muito baixa, pouco estruturada e muito burocratizada”, explica Mairum Andrade, gerente de tecnologias educacionais do CIEB.

Mairum destaca também a necessidade de mudança de cultura nos educadores como outro desafio.

“Eles precisam estar confortáveis com isso e as empresas precisam apoiar todo o processo dessa mudança, desde os gestores até os professores”, acrescenta.

Porém, nem todas as edtechs são voltadas para melhorar o ensino nas escolas.

Os desafios, portanto, variam conforme o nicho das empresas.

Há startups da educação nas áreas de análise e relatórios, planejamento de carreira, desenvolvimento de habilidades técnicas, ferramentas de comunicação, realidade virtual e muito mais.

É um mercado muito amplo e com demanda crescente, como vamos ver no próximo tópico.

Quais são as tendências das edtechs?

As edtechs estão moldando o futuro da educação com tendências inovadoras.

Em muitas delas, os processos de aprendizagem já usam inteligência artificial para personalizar o ensino, atendendo às necessidades de cada aluno.

A realidade virtual e aumentada é outro recurso que deve ganhar força, provendo experiências imersivas e interativas e ampliando a compreensão dos conceitos.

Não por acaso, o mercado de edtechs se expande a olhos vistos.

Segundo a Marketsplash (em inglês), até 2030 o mercado edtech global deve crescer 13,6%, alcançando o valor global de US$ 348,41 bilhões.

Outro ponto favorável é o crescimento do microlearning, ou seja, o conceito de fornecer conteúdo conciso, específico e acessível, que amplia as possibilidades de ensino.

Outra tendência que deve se consolidar é a da gamificação, que torna o aprendizado divertido e engajador, ao transformar lições em jogos lúdicos.

A inteligência de dados é outra tendência a ser observada. Ela vem sendo usada para análise profunda do desempenho dos alunos, permitindo ajustes precisos no ensino.

Quais são as plataformas de edtech mais populares?

O mercado mundial edtech está repleto de plataformas em que pessoas das mais variadas idades e formações podem aprender todo dia algo novo.

Algumas delas são:

  • Chamilo: a proposta desta plataforma é tornar o ensino híbrido, por meio de aulas semipresenciais ou presenciais, usando recursos como videoconferências e grupos de discussão, além de ter a sua própria rede social
  • Google Classroom: oferece recursos como atribuição de tarefas, aplicação de exames, avaliação de projetos, além de servir como canal de comunicação entre os alunos
  • Schoology: criado para gerar conteúdo escolar de alta qualidade, com foco na avaliação do progresso, utilizando materiais multimídia e analytics
  • Moodle: sua abordagem colaborativa estimula o envolvimento entre professores e alunos, tratados como peças fundamentais do sistema de aprendizagem.

Conclusão

Neste texto, você viu o que é edtech, sua importância e exemplos.

Ficou claro que a internet derrubou e continua derrubando barreiras mundo afora, eliminando dificuldades e encurtando distâncias.

Permite realizar tarefas que antes eram inimagináveis e promove uma verdadeira revolução da informação.

Hoje, com acesso à internet em um computador ou dispositivo móvel, podemos encontrar dados sobre praticamente qualquer assunto, e ter comunicação com qualquer pessoa que também esteja conectada.

As empresas que chamamos de edtechs buscam desenvolver soluções que muitas vezes são um meio termo entre os benefícios da Era da Informação e o ensino tradicional.

Porque de nada adiantaria ter acesso a todo o conhecimento do mundo sem nenhuma organização ou método para transformá-lo em aprendizado.

Esse é o desafio dos empreendedores da área.

Muito mais do que desenvolver as melhores tecnologias, eles precisam agregar valor ao sistema educacional, além de cativar os usuários e as instituições de ensino.

Ficou com alguma dúvida ou quer saber mais sobre as edtechs?

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