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Grade curricular: o que é, como é definida e importância para os alunos

16 de junho 2023, 16:00

Aluno fazendo aula EAD grade curricular definida

Conhecer a grade curricular de um curso universitário é fundamental para optar por ele e também para escolher a instituição de ensino.

Quanto mais diversificada ela for, mais competências os alunos poderão dominar ao final de cada período letivo.

Porém, nem sempre fica claro quais critérios são utilizados pelas universidades e faculdades ao selecionar seus conteúdos programáticos.

Pensando nisso, elaboramos este texto mostrando o que é grade curricular, como ela é montada e por que ela deve ser levada em consideração na escolha de um curso.

Confira os tópicos abordados:

  • O que é grade curricular?
  • Por que é importante o aluno conhecer a grade curricular do curso escolhido?
  • Como a grade curricular é composta?
  • Quem fica responsável por montar as grades curriculares?
  • Características de uma boa grade curricular.

Acompanhe até o final e boa leitura!

Leia mais:

O que é grade curricular?

A grade curricular em um curso de licenciatura ou graduação indica quais são as disciplinas ministradas a cada período.

É por ela que os estudantes se orientam em relação à carga horária do curso e de cada matéria, de modo a saber por quanto tempo precisam frequentar as aulas.

Via de regra, as instituições de ensino estruturam suas grades inserindo disciplinas básicas nos dois ou três primeiros períodos.

Do terceiro ou quarto período em diante, começam a ser ministradas as aulas das disciplinas mais avançadas, aquelas que dizem respeito à profissão a ser exercida.

Assim se faz nas engenharias, por exemplo, nas quais os primeiros períodos são considerados como o ciclo básico, com o restante do curso direcionado a cada área específica.

Por que é importante o aluno conhecer a grade curricular do curso escolhido?

Alunos contentes com sua nova grade curricular
A grade curricular deve ser alinhada conforme os objetivos pedagógicos de cada instituição de ensino

Existem diferentes grades curriculares, cada uma expressando os objetivos definidos no planejamento pedagógico de cada instituição de ensino.

Se uma universidade tem um viés mais prático, visando formar para o mercado de trabalho, então, ela deverá priorizar em sua grade matérias menos teóricas.

Caso o objetivo estratégico da instituição seja formar pesquisadores além de profissionais, sua grade poderá conter mais disciplinas analíticas.

Esses e outros aspectos precisam ser considerados porque fazem toda a diferença depois de se formar.

Uma universidade com uma pegada mais acadêmica, por exemplo, pode não ser indicada para quem não pretende seguir na docência, e isso pode ser detectado ao analisar a grade curricular.

Do contrário, quem tem a meta de lecionar ou se tornar pesquisador deve priorizar instituições menos voltadas para o mercado e mais para a pesquisa.

Veja então quais outros fatores você precisa colocar na balança na hora de decidir.

Identificação de interesses

Conhecer a grade curricular permite identificar quais áreas do conhecimento são abordadas em seu curso e, assim, avaliar se são de seu interesse e se estão alinhadas com suas expectativas.

A partir do que vimos, esses interesses podem ser basicamente três: ingressar no mercado de trabalho, seguir a carreira de docente ou de pesquisador.

É verdade que a maioria das instituições de ensino tem como carro-chefe cursos que preparam para exercer profissões.

Porém, isso não quer dizer que elas também não ofereçam alternativas para os que têm vocação para a vida acadêmica.

O que vai dizer isso é justamente a grade curricular de cada curso.

Planejamento acadêmico

Ao conhecer a grade do curso, pode-se planejar a trajetória acadêmica com mais consciência, sabendo quais matérias são pré-requisitos para outras.

Assim, você fica sabendo também qual a ordem recomendada para cursá-las e quanto tempo deve dedicar a cada disciplina.

Há ainda um aspecto muito importante, para o qual boa parte dos alunos não se atenta, que é a questão dos créditos em cada período.

Na hora de fazer a matrícula, muitos ficam perdidos por não saberem quais disciplinas devem cursar a seguir e em quantos créditos precisam estar matriculados.

Logo, conhecer a grade curricular é de extrema importância para que o percurso acadêmico seja realizado no menor tempo possível.

Avaliação da qualidade do curso

Analisando a grade curricular do curso, o aluno consegue avaliar se o conteúdo é completo e atualizado.

Também revela se o curso oferece disciplinas específicas e aprofundadas sobre temas relevantes para sua área de estudo.

Imagine um curso de Comunicação Social que tenha duas disciplinas relacionadas à escrita e outro que tenha três, por exemplo.

Embora quantidade não seja qualidade, isso já diz alguma coisa sobre o curso e como ele prepara os alunos para o mercado.

Note que uma grade curricular mais enxuta nem sempre significa que o curso é incompleto.

Tudo vai depender da proposta acadêmica, que pode ser mais teórica ou prática.

São questões que você precisa sempre colocar na balança, a fim de avaliar se o curso é de qualidade e se está alinhado aos seus interesses.

Preparação para o mercado de trabalho

Ao conhecer a grade curricular, é possível identificar quais habilidades e conhecimentos serão desenvolvidos ao longo do curso.

Dessa forma, podemos saber previamente se eles são compatíveis com as exigências do mercado de trabalho.

Esse é um aspecto que você deve considerar com bastante cuidado, ainda mais no contexto da Transformação Digital.

As profissões estão surgindo e desaparecendo em um ritmo cada vez mais acelerado e pode haver instituições que não estão nessa sintonia.

A grade curricular “entrega” isso ao expor as disciplinas lecionadas.

Se você perceber que há matérias que não fazem muito sentido, pode ser que o curso esteja defasado de alguma forma.

Comparação com outras instituições de ensino

Cada instituição trabalha com suas respectivas grades curriculares, ainda que haja disciplinas obrigatórias, comuns à maioria delas.

Assim, é importante que você avalie cada conteúdo programático de forma minuciosa, já que uma disciplina a mais ou a menos pode fazer toda a diferença.

Imagine que você pretende cursar Direito e a faculdade X não tem na sua grade curricular a disciplina Direito Ambiental, por exemplo, enquanto a Y tem.

Em princípio isso não chega a ser um problema, mas pode se tornar, considerando que a agenda ambiental está cada vez mais presente na esfera jurídica.

Analise as grades curriculares e compare cada uma delas, levando em conta aspectos como nível de atualização e até se há disciplinas visionárias.

Como a grade curricular é composta?

Alunos em sala de aula após terem sua grade curricular composta
Existem alguns tipos de disciplinas que compõem uma grade curricular

Independentemente da proposta do curso de graduação escolhido, é certo que sua grade curricular será formada por uma estrutura muito parecida.

Certas disciplinas só fazem sentido quando são precedidas de outras, que servem de introdução ou para apresentar conceitos e ferramentas básicas.

Isso para não falar do aspecto prático de certos cursos, nos quais é exigido do aluno algum tipo de experiência de campo para que possa se formar.

As instituições de ensino também procuram abrir espaço na grade curricular para que o próprio aluno decida por algumas disciplinas conforme suas aptidões e preferências.

Assim, uma grade vai sendo preenchida, a fim de que, ao final do curso, o futuro profissional tenha uma formação tão ampla quanto possível.

Confira na sequência os tipos de disciplinas que compõem uma grade e como elas se inserem no contexto profissional e acadêmico.

Disciplinas obrigatórias

Todo curso conta com um conjunto de disciplinas indispensáveis para que o aluno venha a dominar amplamente as técnicas e ferramentas da sua futura profissão.

As disciplinas obrigatórias estão presentes em todos os cursos, não importa a universidade.

Um curso de Contabilidade não pode excluir a matemática financeira, assim como o de Letras tem na produção textual uma matéria obrigatória.

Por serem compulsórias, nenhum aluno consegue concluir a graduação se não cursar todas elas na íntegra.

Em muitos cursos, as disciplinas obrigatórias são também um pré-requisito para cursar outras disciplinas, inclusive optativas.

Assim, devem ser priorizadas na hora de montar a grade de horários a cada novo período.

Disciplinas optativas

Cursos universitários não são linhas de montagem, em que os alunos saem da graduação todos padronizados.

Não existe uma instituição ou empresa igual a outra, assim como cada aluno tem aptidões distintas.

Por respeito a essa diversidade e até como modo de estimular a interdisciplinaridade, as faculdades sempre abrem espaço na grade de horário para a escolha de disciplinas.

É uma chance de ter contato com uma área com que você tenha vontade de trabalhar, ainda que ela não seja ligada ao seu curso de origem.

Atividades complementares

A formação profissional não acontece somente dentro das paredes das salas de aula.

Existem muitas vivências que o aluno precisa ter para compreender certas características da profissão que pretende exercer.

Para garantir que essas experiências sejam somadas antes de ingressar no mercado, as faculdades obrigam seus alunos a cumprir uma determinada carga horária de atividades complementares.

Alguns exemplos desse tipo de atividade são:

  • Palestras
  • Workshops
  • Seminários
  • Trabalho voluntário
  • Estágios não remunerados
  • Participações em eventos.

Essas atividades, por sua vez, são computadas no histórico escolar mediante algum tipo de comprovação.

Elas podem acontecer tanto dentro do campus universitário quanto fora, e cabe ao aluno preencher a quantidade de horas em tempo hábil, antes de se formar.

Estágios

Um profissional não pode ingressar no mercado sem antes obter alguma experiência real exercendo a sua atividade na prática.

Para isso as empresas abrem vagas para estagiários em seus quadros, onde os alunos prestes a se formar ou recém-formados ganham experiência profissional.

Normalmente, as universidades exigem uma carga horária mínima de estágio profissional para que o aluno cole grau.

Por esse motivo, há alunos que, em razão da iminência do fim do curso, aceitam fazer estágio não-remunerado, embora essa não seja a condição desejada.

Estágio é trabalho e, como tal, deve ser remunerado, sendo regido inclusive pela CLT.

Tendo em vista as dificuldades em encontrar vagas em alguns cursos, muitos alunos buscam estágio desde os primeiros períodos, embora a maioria das vagas sejam para os que estão perto de se formar.

TCC

Os cursos de graduação têm como objetivo formar profissionais, docentes ou pesquisadores prontos para dar respostas no mercado de trabalho.

Dessa forma, uma das exigências para terminar a graduação é elaborar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), também conhecido como monografia.

Essa é a última etapa a ser cumprida em uma graduação, por isso, o aluno só pode se matricular nessa disciplina depois de ter cumprido toda a carga horária exigida.

Outra exigência para poder realizar o TCC é cumprir uma disciplina preparatória, em que serão passados os métodos de pesquisa e como formatar o trabalho.

A monografia é uma ótima oportunidade de dizer a que veio, podendo ser usada até como ensaio para desenvolver soluções com aplicações reais.

Quem fica responsável por montar as grades curriculares?

As instituições de ensino têm certa liberdade para montar suas grades curriculares, desde que não contrariem as diretrizes do Ministério da Educação (MEC).

Portanto, é a partir do órgão máximo da educação no Brasil que elas deverão selecionar seus respectivos conteúdos programáticos.

O MEC determina quais são as disciplinas obrigatórias para a maioria dos cursos, inclusive as que devem ser lecionadas nos ciclos básicos.

Nas instituições de ensino, a montagem das grades curriculares cabe aos docentes, organizados em conselhos ou departamentos dedicados exclusivamente a essa tarefa.

Cabe ressaltar que a grade curricular não é estática.

Pelo contrário, ela pode e deve ser ajustada de tempos em tempos, até para se adequar aos desafios mais atuais do mercado de trabalho.

Características de uma boa grade curricular

Amigos decidindo a grade curricular em conjunto
Veja algumas características de uma boa grade curricular

Um curso é analisado pela composição da sua grade curricular.

Porém, não há como fazer um teste ou pedir uma demonstração.

Por isso, uma dica válida é buscar a opinião de ex-alunos que tenham cumprido a grade que você estiver analisando.

Eles podem dar relatos valiosos sobre o grau de exigência de cada disciplina, a maneira de trabalhar dos professores e a aplicabilidade de cada matéria no mercado.

Sabemos que nem sempre é possível ter acesso a pessoas que tenham se formado no curso que estamos pensando em escolher.

Por isso, vale prestar atenção às características listadas abaixo.

Diversidade

Ainda que existam disciplinas obrigatórias, é sempre esperado que a grade curricular ofereça um leque de matérias amplo.

Procure avaliar a carga horária reservada para as disciplinas optativas, bem como as que estão disponíveis para o seu curso: quanto mais opções, melhor.

Ninguém espera se formar e ficar sem trabalho, mas essa é uma possibilidade e, nesse sentido, quanto mais variadas forem as disciplinas cursadas, mais alternativas você terá.

Digamos, por exemplo, que um ex-aluno de Comunicação Social esteja em dificuldade para conseguir emprego.

Pode ser que ele tenha cursado uma optativa da área de economia, que pode servir como porta de entrada para uma pós-graduação ou mesmo uma nova profissão.

Carga horária adequada

Procure também avaliar a carga horária para cada disciplina, inclusive as optativas.

Faça um comparativo entre as diferentes instituições e veja quais são as que reservam mais tempo para as disciplinas essenciais.

Esteja atento a um detalhe: algumas instituições dividem a carga horária entre aulas presenciais e a distância (EAD).

Embora a quantidade de horas não seja sinônimo de qualidade, esse é um fator dos mais importantes porque sinaliza a importância que a instituição dá para cada disciplina.

Clareza

Uma grade curricular deve ser 100% clara em mostrar quais as matérias a serem cursadas, a carga horária e, se possível, a ementa de cada disciplina.

Portanto, se a instituição de ensino falha nesse quesito, há chances de o ensino não ser de qualidade, apesar de isso não ser uma regra.

A grade curricular deve ser também acessível e disponível no site da universidade ou página do curso.

Um “plus” nesse caso é a instituição informar também quem são os professores para cada disciplina, bem como o local no campus onde as aulas são ministradas.

Ementa das disciplinas

Cada disciplina conta com o seu próprio conteúdo programático, que deve ser explicitado na respectiva ementa.

Nesse documento devem constar os conteúdos que serão passados nas aulas, se possível pela ordem em que serão apresentados ao longo do semestre.

É na ementa que são apresentados os critérios de avaliação e os de reprovação, considerando fatores como presença e rendimento escolar.

Outras informações importantes a serem passadas na ementa do curso são a carga horária, local das aulas, nome do docente responsável e, em alguns casos, um e-mail para contato.

Não menos importante: procure sempre avaliar os cursos conforme a nota do ENADE, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes.

Conclusão

Neste conteúdo, você entendeu o que é grade curricular, o “corpo” de um curso acadêmico.

Ela precisa ser o mais completa possível, tendo em conta as características que vimos neste artigo.

Uma grade incompleta é um problema para o aluno, pois deixa lacunas na formação que precisarão ser preenchidas.

Avalie criteriosamente, sempre comparando as grades de diferentes instituições.

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