Transformação digital é uma mudança de mentalidade que as empresas passam com o objetivo de se tornarem mais modernas e acompanharem os avanços tecnológicos que não param de surgir.
Não há pessoa no mundo que não tenha sido impactada por esse processo. Com as empresas, é a mesma coisa.
Da descoberta da roda, passando pela Revolução Industrial e chegando na inteligência artificial e a Internet das Coisas, a verdade é que a espécie humana, desde a sua criação, sempre promoveu avanços tecnológicos muito impactantes.
Mas a transformação digital não diz respeito apenas à criação de novos utensílios, mecanismos, dispositivos e serviços que facilitam nossa vida de alguma maneira.
O termo é muito usado no mundo corporativo quando o assunto são as exigências de uma nova realidade, na qual a tecnologia avança mais rápido que nunca.
Ou seja, é mais sobre o contexto que circunda as novas modernidades do que sobre as tecnologias em si.
É por isso que implantar a transformação digital em uma empresa não é tão simples quanto utilizar uma funcionalidade nova.
Porque os produtos e serviços tecnológicos vêm com um manual e obedecem a uma lógica subjetiva.
O que estamos falando aqui é de uma mudança cultural, que é um desafio maior, porque envolve o lado humano também e tem um grande número de variáveis.
Para avançar no conhecimento sobre os desafios da transformação digital nas empresas e suas soluções, confira os tópicos que preparamos neste artigo:
Boa leitura!
Transformação digital é o processo em que uma empresa implementa um mindset (mentalidade) digital em todos os seus setores.
Não importa qual o produto ou serviço oferecido – ele pode ser o mais analógico possível.
O que interessa é que os processos utilizados na sua produção e comercialização obedeçam à lógica do mundo digital.
E qual é essa lógica? Das mudanças rápidas, das respostas instantâneas, da flexibilidade e da agilidade.
Para que você entenda melhor, explicamos, abaixo, alguns aspectos que podemos considerar como pilares da transformação digital:
Você percebeu que, em nenhum dos aspectos que acabamos de explicar, mencionamos a tecnologia?
Isso não quer dizer que ela não deve estar presente. Pelo contrário, são as novas tecnologias que tornam tudo isso muito mais fácil.
É por isso que ressaltamos, na abertura do texto, que a transformação digital vai além de utilizar soluções tecnológicas em uma organização.
O conceito implica em usar a tecnologia para implementar a mentalidade digital, composta pelos pilares que explicamos acima.
O objetivo final é melhorar a performance da empresa, tornando-a mais enxuta, eficiente e produtiva, sem nunca deixar de satisfazer seu público-alvo.
Se você pesquisar mais sobre o assunto, encontrará muitas fontes que trazem uma definição bem mais simplista sobre transformação digital.
Em algumas delas, o conceito significa apenas o processo de usar a tecnologia para melhorar o desempenho de uma empresa. Uma transformação estrutural, portanto, e não cultural.
A partir dessa lógica, poderíamos responder simplesmente que o que ocasionou a transformação digital foi o avanço nas tecnologias disponíveis.
Isso porque, com essa nova realidade, torna-se uma necessidade buscar a adoção dessas tecnologias para não ser superado pela concorrência, que as utiliza e aumenta sua eficiência.
Não que essa lógica esteja errada. Mas se fosse apenas isso, a única diferença da transformação digital para os processos que as empresas sofreram nas revoluções industriais anteriores seria a conectividade proporcionada pela internet.
Na realidade, é mais que isso. A causa principal é o novo contexto global do mercado e da sociedade, em que está tudo mais volátil, incerto, complexo e ambíguo (seguindo a ideia de “mundo VUCA“).
Um dos motivos para essa realidade é, evidentemente, a tecnologia que avança mais rápido que nunca.
No entanto, é preciso compreender que se trata de um fenômeno mais complexo do que apenas supor que há uma simples relação de causa e efeito entre a tecnologia e a transformação digital.
A transformação digital tem como grande objetivo utilizar a tecnologia a serviço das empresas e da sociedade.
Com isso, queremos dizer que, por intermédio de novas soluções, é possível atenuar e resolver problemas tradicionais com mais praticidade, rapidez e eficácia.
A transformação digital pode contribuir, por exemplo, para:
Ao contrário do que muita gente pode pensar, a implementação da transformação digital não se dá pura e simplesmente a partir da utilização de novas tecnologias no contexto operacional.
Estamos falando de um processo muito mais amplo que parte de uma mudança cultural.
Ou seja, é algo que leva tempo e precisa, sobretudo, de uma adaptação dos gestores e colaboradores.
Afinal, são eles que vão aprender e conduzir esse projeto de mudança.
A transformação digital no contexto corporativo precisa ser administrada de cima para baixo. Seu funcionamento depende do estabelecimento de diretrizes claras por parte das lideranças para, aos poucos, chegar aos demais funcionários.
O segredo, portanto, está no planejamento e na organização dessa transição.
O escritor Paul Boag, em seu livro Digital Adaptation, traz uma contribuição importante sobre o funcionamento da transformação digital.
Boag utiliza a expressão “avoid papering over the cracks”, que em português possui um ditado correspondente que diz “tapar o sol com a peneira”, para explicar empresas que maquiam uma mudança digital, forçando determinadas posturas, sem, de fato, entender o que essa transição representa.
É preciso ficar claro que essa transformação precisa partir de dentro para fora e não ao contrário.
É pouco produtivo ter uma presença online importante se não investe tempo e dinheiro para responder os feedbacks dos clientes ou atacar com mais assertividade suas dores, por exemplo.
Para sintetizar, podemos dizer que a transformação digital é somente o último passo de um processo de mudança, que, primeiro, passa pela apropriação da tecnologia, depois, pelo domínio dessa técnica e o surgimento de resultados positivos, finalizando com o aparecimento de novas oportunidades a partir dessa evolução.
Se a transformação digital pudesse ser sintetizada em uma fórmula, era seria assim:
Diversos estudiosos se dedicaram para definir quais elementos servem de sustentação para a transformação digital.
David L. Rogers, um dos principais especialistas na área de inovação corporativo, em seu livro The Digital Transformation Playbook (Transformação digital: Repensando o seu negócio para a era digital, na versão em português), lista o que, para ele, são os cinco pilares fundamentais para conduzir a transição nas empresas:
Ainda que a experiência do cliente não seja a única razão para se investir em uma transformação digital, é inegável que a audiência exerce um papel fundamental no sucesso de um negócio.
Ela é a razão de ser de qualquer empresa.
Por isso, as ações disruptivas da indústria devem ser sempre no sentido de compreender melhor o seu público-alvo: quais são seus anseios e suas vontades.
Palavras como engajamento, personalização e interatividade devem fazer parte não só do vocabulário, mas também do conjunto de ações de uma organização que pretende estar em constante evolução.
Junto com a transformação digital, veio uma série de outras mudanças.
A maneira como enxergamos a concorrência, por exemplo, foi alterada.
Como Rogers cita em seu livro, não são mais apenas as empresas do mesmo segmento que agora competem por um lugar ao sol.
Ferramentas, plataformas digitais e novas tecnologias, que possibilitam um contato mais direto com o público, passaram a ganhar muito mais espaço.
As fontes de dados são ilimitadas.
O grande desafio está em converter esses dados em informações relevantes que sirvam para tomadas de decisões mais estratégicas.
Por isso, esse elemento é considerado por Rogers como o terceiro e um dos mais importantes pilares da transformação digital.
A partir da Big Data, é possível gerar inovação, gerir seu negócio de forma mais assertiva e ser mais eficiente na busca de respostas para as dores de seus clientes.
Quando falamos em transformação digital, logo pensamos em uma proposta de inovação – e não está errado.
No entanto, inovar não significa, necessariamente, criar algo totalmente do zero.
Às vezes, pequenas melhorias já agregam valor e se mostram soluções capazes de entregar aquilo que o cliente busca.
Não é porque uma solução agrega valor em um determinado momento que ela vai entregar os mesmos resultados para sempre.
As necessidades estão em constante mudança e, para uma empresa manter esse processo de transformação digital de forma sustentável, é preciso ficar atento aos movimentos do mercado.
Novas oportunidades surgem o tempo todo. Cabe aos gestores aproveitarem essas situações para utilizar a tecnologia a seu favor.
É interessante pensar como a transformação digital pode impactar as mais diversas áreas da sociedade.
O mundo dos negócios, por exemplo, talvez seja aquele que mais seja possível observar essa transição.
Essa mudança pode ser percebida desde o processo seletivo, com a implementação de softwares que filtram candidatos, em um banco de dados robusto, com base no perfil desejado para determinada vaga.
O mesmo é possível se ver nas plataformas de treinamento, de análise de desempenho e assim por diante.
Tudo com o princípio básico de melhorar a performance e diminuir gargalos produtivos.
A saúde foi outro setor em que a transformação digital traz inúmeros benefícios.
Afora os equipamentos modernos, que possibilitam o diagnóstico e o tratamento de diversas doenças, o acesso a bancos de dados globais possibilitou uma troca de informações muito maior.
Hoje, um médico no Brasil pode ter acesso a prontuários eletrônicos, laudos digitais e históricos de doenças de todo mundo.
Isso possibilita que ele tire dúvidas com outros profissionais e consiga descobrir informações novas, enriquecendo dados já existentes.
Na educação, a transformação digital pode se dar a partir da personalização de plataformas de ensino a distância.
Por meio desses canais, é possível oferecer um atendimento diferenciado aos alunos e respeitar o tempo de aprendizagem de cada um.
Os chamados ambientes virtuais de aprendizagem oferecem uma série de vantagens, como o ensino didático, a aproximação dos conteúdos à realidade do estudante e a oferta de conteúdos compartilhados, que possibilitam uma edição colaborativa.
A maneira de consumir também mudou com a transformação digital.
Não é por acaso que produtos do seu interesse começam a aparecer cada vez mais nas suas telas.
A partir do seu histórico de pesquisa e mesmo seus dados de compra, é possível fazer ofertas personalizadas conforme suas preferências.
Como o mundo está mais volátil, incerto, complexo e ambíguo, fica difícil para qualquer empresa prever cenários futuros.
Com base nessa dificuldade, a transformação digital torna a empresa ágil e capaz de se adaptar às instabilidades do mercado.
Então, em vez de se estruturar a partir de um planejamento engessado para o futuro, é preciso desenvolver essas capacidades. Aí está a importância da transformação digital.
Mas é bom ressaltar novamente que tudo começa com uma mudança cultural, que busca instituir na organização uma nova mentalidade.
Essa mentalidade implicará em novidades na estrutura da empresa, sim, mas principalmente nos processos.
Metodologias como Scrum e Agile entram em cena.
E também práticas como o design thinking, que incentiva a criação de equipes multidisciplinares e estimula abordagens criativas para a resolução de problemas.
O design thinking propõe a prototipagem dos produtos antes de seu lançamento no mercado, de modo a colher o máximo de feedbacks possível e fazer os ajustes no projeto com eficiência e agilidade.
Voltando ao tema deste tópico, podemos resumir dizendo que a transformação digital é importante porque torna a empresa mais inovadora, ágil, resiliente e flexível para encarar as dificuldades do mundo VUCA.
Essa é uma pergunta muito comum, porém ela tem um problema: sua premissa está errada.
Quem busca saber quais são os impactos da transformação digital na sociedade está simplificando o conceito de um jeito ainda maior do que a abordagem simplista que explicamos antes.
Se a transformação digital fosse apenas o aumento no número de soluções tecnológicas usadas nas empresas e nos lares das pessoas, aí sim faria sentido falar em impactos na sociedade.
Segundo o conceito que trazemos aqui, a lógica é invertida: as tecnologias causaram impactos na sociedade, o que, por sua vez, gerou um cenário em que as empresas precisam passar pela transformação digital para se adaptarem.
A transformação digital é, portanto, consequência das mudanças ocorridas na sociedade, e não causa.
E que mudanças são essas? A comunicação instantânea, o livre acesso a informações de todos os tipos, a possibilidade de se mobilizar pelas redes sociais e tantas outras.
O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), por exemplo, já existia antes da internet.
Mas a possibilidade de registrar uma queixa em canais como o Reclame Aqui, que podem ser consultados por internautas de qualquer lugar do Brasil, é uma novidade do mundo digital que faz com que as empresas tomem mais cuidados com a satisfação de seus clientes.
E o que a transformação digital tem a ver com isso? O foco no cliente e as metodologias ágeis são alguns aspectos que têm estreita relação com esse exemplo.
O que queremos dizer, com isso tudo, é que a transformação digital é uma reação aos novos hábitos dos consumidores, e não o contrário.
Alguns dos principais benefícios da transformação digital já foram abordados aqui, como o incentivo à inovação e criatividade, agilidade nas entregas e flexibilidade para se adaptar às constantes mudanças no mercado e nos hábitos dos consumidores.
Vale a pena falar sobre um outro benefício que é, na verdade, um meio para alcançar os objetivos propostos no processo de transformação digital.
Estamos falando do rompimento dos silos de comunicação, um problema muito comum mas que boa parte dos administradores e gestores não percebe.
Também chamados de silos organizacionais, eles acontecem quando há barreiras que dificultam a comunicação e colaboração entre funcionários de diferentes setores da mesma empresa.
Eles se formam por inúmeros motivos, e às vezes originam até rivalidades entre as áreas.
O que não faz nenhum sentido racional, porque está todo mundo no mesmo barco, trabalhando para atender à missão e objetivos da empresa.
O incentivo às equipes multidisciplinares é uma das abordagens da transformação digital que ajudam a romper com esses silos.
Além disso, é a melhor maneira de encarar a ambiguidade do mundo VUCA, pois sabemos que um problema pode ser analisado por múltiplas perspectivas.
Por fim, mas não menos importante, há um benefício muito especial que a transformação digital provoca quando aplicada com competência: a redução de custos – e, consequentemente, aumento na margem de lucro.
Isso ocorre graças às ideias da filosofia lean (enxuta) e ao aumento na produtividade das equipes.
O que não quer dizer que os colaboradores são explorados, mas sim que são orientados a trabalhar de forma mais inteligente – algumas metodologias, inclusive, estimulam a autogestão.
Hoje em dia, ouvimos muito falar na geração Y, a dos chamados millennials, aqueles que nasceram entre meados da década de 1980 e o final dos anos 1990.
Essa geração é conhecida por ser a última a pegar um mundo ainda bastante analógico, antes da banda larga e dos smartphones.
Esse público, porém, viveu as principais inovações das últimas décadas na infância e na adolescência, uma fase da vida em que a curiosidade por esse tipo de novidade é grande.
Já a geração seguinte, a Z, dos nascidos a partir do fim dos anos 1990, é a dos nativos digitais, que se criaram em um mundo bastante transformado pela internet e dispositivos eletrônicos ainda populares hoje.
Portanto, podemos concluir que as gerações mais impactadas são as anteriores à geração Y.
Empreendedores e gestores que se formaram em um tempo em que não havia computadores, celulares e internet enfrentam, naturalmente, muito mais dificuldades no processo de mudança para a mentalidade digital.
Antes da virada do século, havia mais segurança e menos concorrência.
As coisas eram mais simples e era possível comandar uma empresa de maneira mais intuitiva e empírica.
Há empresários que compreendem muito bem o cenário mundial no qual avanços tecnológicos tornam o mercado extremamente dinâmico.
O problema é que alguns deles pensam que é simples obter vantagens competitivas a partir da adoção de uma tecnologia que é tendência.
O resultado é que acabam apostando muitas fichas nessa tendência, investindo grandes somas de dinheiro em algo cujo resultado é imprevisível.
Nosso conselho é esquecer a futurologia.
Claro que é prudente acompanhar o rumo das mudanças e as expectativas para os próximos anos (em sites, fóruns e eventos de tecnologia, por exemplo).
Para aproveitar as tendências, porém, o ideal é se capacitar e capacitar seus colaboradores a respeito. É um investimento mais discreto que dificilmente vai se perder.
Por exemplo, se você crê que inteligência artificial e machine learning serão as áreas em que surgirão grandes oportunidades, não mude seu modelo de negócio logo de cara para aproveitar esse nicho de mercado.
Em vez disso, prepare-se com conhecimento sobre essas tecnologias e desenvolva o mindset digital para que, quando a oportunidade surgir de fato, sua empresa esteja preparada.
Não custa repetir: no conceito de transformação digital, as novas tecnologias devem servir a um propósito maior, de tornar a empresa mais ágil, enxuta, criativa, flexível e focada no cliente.
Mas é claro que é necessário ter um bom entendimento das novidades tecnológicas para poder chegar aos objetivos desejados.
A seguir, vamos apresentar algumas dessas tecnologias sobre as quais é bom saber um pouco mais, seja qual for a sua área de atuação.
A computação em nuvem é a distribuição de bancos de dados, softwares, armazenamento e outros serviços de computação em servidores compartilhados, interligados por meio da internet.
Na gestão das empresas, a computação em nuvem proporciona muita praticidade no armazenamento de documentos e torna a gestão de softwares muito mais ágil e eficiente.
As mídias sociais – atualmente, as principais são Facebook, Instagram e Twitter – proporcionaram às empresas um relacionamento muito mais próximo (e horizontal) com seu público.
Além disso, trouxeram oportunidades inéditas na publicidade online, por conta da possibilidade enorme de segmentação do público para o qual as propagandas são exibidas.
Não é mais possível deixar de pensar no celular como um intermediário entre a empresa e seu público consumidor, tanto no atendimento quanto na própria venda.
Mas a mobilidade na transformação digital não diz respeito apenas a isso. Os dispositivos móveis também permitem novas organizações dentro do ambiente de trabalho.
Tarefas como o controle de estoque, comunicação entre equipes e realização de pagamentos, por exemplo, ficam muito mais ágeis.
Big data é o nome que se dá ao grande conjunto de dados que são gerados e armazenados diariamente no mundo todo.
O desafio para as empresas é aproveitar essas informações em seu planejamento estratégico e para qualificar suas tomadas de decisão – prática conhecida como inteligência de mercado.
O processo de transformação digital é repleto de desafios, que vão desde a inabilidade dos profissionais até a falta de investimento.
Não à toa, que 70% das empresas não atingem o objetivo de implementar essa transição, segundo estudo recente do Boston Consulting Group.
Em levantamento conduzido pela SambaTech, três foram as principais dificuldades encontradas na implementação da transformação digital.
Para 23,8% dos entrevistados, o principal desafio é técnico: falta de profissionais capacitados para executar essa mudança.
A ausência de planejamento foi apontada por 20% como o entrave mais sério.
Já outros 17,1% disseram que a ausência de investimento impede o sucesso do projeto.
Os números vão ao encontro da pesquisa realizada pela McKinsey Company Brasil, que apontou que apenas 8% das empresas têm talentos capazes de conduzir uma transformação digital.
O case do Itaú Unibanco é um ótimo exemplo de como a transformação digital é uma necessidade não apenas em empresas em crise.
Mesmo sendo o maior banco do país, a instituição apostou em uma mudança cultural com base no conceito de lean digital transformation.
De fora, muitos pensam que a transformação digital, para um banco, é simplesmente aperfeiçoar os canais de atendimento e gerenciamento de contas pela internet e celular.
Mas vai muito além disso, pois o Itaú Unibanco passou por uma grande mudança estrutural e assumiu o desafio de atuar com a agilidade de uma startup.
Segundo palestra de Ellen Kiss, superintendente de marketing digital do banco, as seis premissas da cultura digital da instituição são:
De acordo com a executiva, essa nova mentalidade já está dando resultados, pois o banco tem conseguido atender com maior velocidade as demandas de seus clientes.
Para não fazer parte da estatística negativa das empresas que não conseguem aplicar a transformação digital, é preciso seguir alguns passos.
Mudar o mindset tradicional para um pensamento mais voltado à tecnologia, investir em uma governança mais ágil, treinar e engajar a sua equipe para que a transição aconteça de maneira assertiva são um começo.
Para ir além, confira as dicas que separamos para você:
Enxergue novas possibilidades a partir da sua inserção digital no mercado.
A montagem de um planejamento estratégico possibilita que essa construção se dê da maneira que precisa ser: passo a passo, sem pressa de atingir o resultado final.
Muito se fala de realidade aumentada, inteligência artificial e machine learning quando o assunto é transformação digital, mas existem muitos outros recursos que podem ser úteis caso você conheça a realidade da sua empresa.
De nada adianta investir em tecnologia de ponta se não houver uma capacitação dos profissionais que vão manejar essas ferramentas.
O capital intelectual é muito importante na implementação da transformação digital e deve fazer parte do seu projeto.
A transformação digital é um processo contínuo.
Novas tecnologias vão continuar surgindo todos os dias e você precisa se adaptar a esse contexto.
O segredo é se manter atualizado e atento ao que está por vir.
É quase impossível prever o que a tecnologia nos reserva daqui para frente.
Ainda assim, a consultoria Gartner lançou recentemente o Tech Trends 2021, que aponta as principais tendências de transformação digital para os próximos anos.
Além da consolidação de ferramentas já conhecidas como, por exemplo, a Internet das Coisas e a inteligência artificial, a empresa acredita no surgimento de outras novidades, como:
A partir de agora, quando você ouvir falar em transformação digital, abra sua cabeça.
O conceito busca transmitir algo muito além da simples utilização de soluções tecnológicas dentro da empresa.
É claro que as organizações que demoram a utilizar tecnologias que aumentam a eficiência de seus processos ficam em desvantagens.
Mas, para se destacar de verdade em um mercado tão instável e competitivo, é preciso, além disso, criar uma mentalidade digital. Ou seja:
Compreendendo e internalizando essas premissas, aí sim você pode – e deve – investir na tecnologia.
O importante é saber que, para obter todos os benefícios que elas têm a oferecer, é preciso passar por essa mudança cultural.
Mergulhando de cabeça na transformação digital, você terá uma empresa mais enxuta, eficiente e colaborativa.
Uma das principais consequências do processo é o rompimento dos silos organizacionais, as rivalidades sem sentido entre os setores.
Com todo mundo se comunicando e colaborando para alcançar o mesmo objetivo, os resultados não tardam a aparecer.
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