De engenheiros a médicos, de administradores a advogados e arquitetos, todos precisam saber como fazer um currículo para alcançar novas conquistas profissionais.
É por meio dele que recrutadores, instituições de ensino e pesquisa, empresas públicas e entidades de classe conhecem o background profissional de cada um.
Um currículo não serve apenas para quem está nos estágios iniciais da carreira ou em busca de recolocação.
Cursos de mestradoe doutorado, por exemplo, fazem questão de considerar o CV dos seus candidatos.
Em certos casos, é a experiência profissional (ou falta dela) que pode fazer a diferença para obter uma formação stricto sensu.
Neste conteúdo, a partir dos seguintes tópicos, você vai saber como montar um curriculum vitae campeão, tendo em vista os mais variados objetivos.
- Qual é a importância de fazer um bom currículo?
- Tipos de currículo
- Como fazer um currículo: passo a passo
- Como formatar um currículo de maneira simples e fácil?
- Erros mais comuns ao fazer um currículo
- Quais ferramentas usar para fazer um currículo grátis?
- Modelo de currículo para ter como referência.
Leia até o fim e aprenda como fazer um currículo campeão.
Qual é a importância de fazer um bom currículo?
Antes de passarmos às dicas sobre como fazer um currículo, vale falar sobre a sua importância.
Afinal, você sabe por que precisa de um bom currículo?
Segundo a Zety (conteúdo em inglês), apenas 10% das candidaturas avançam para uma entrevista de emprego, ou seja, só um a cada dez candidatos terá a oportunidade de ser ouvido pelos recrutadores.
Considerando que as chances são remotas, o que fazer então para se destacar, aumentando as probabilidades de conseguir um emprego?
Nesse caso, aprender como criar um currículo de trabalho é o melhor cartão de visitas, podendo até basear a decisão pela contratação já de cara.
Há casos em que a entrevista e as demais etapas acontecem apenas para confirmar a impressão causada pelo CV.
De qualquer forma, você sempre precisa de um currículo que chame a atenção, até porque, de acordo com a pesquisa da Zety, a taxa de sucesso de uma candidatura fica em torno de 2% a 3,4%.
Ou seja, em média, de cada 100 pessoas que manifestam interesse em um trabalho, apenas duas ou três são contratadas.
Não dá para negar que aprender como fazer um currículo poderoso faz toda a diferença, concorda?
Tipos de currículo
Normalmente, quando não se tem tanta prática em elaborar um currículo, é comum cair na tentação de montar a partir do esquema “dados pessoais – formação – experiência”.
Mas não há como fazer um currículo que o diferencie no mercado se usa a mesma fórmula dos demais candidatos.
O que queremos mostrar é que existem diversas maneiras de estruturar as informações em um CV, destacando o que for mais relevante.
Por isso, veja os tipos de currículo que você pode utilizar.
Cronológico
Esse é o tipo “clássico” de currículo.
Ele deve ser organizado contando suas experiências profissionais por ordem cronológica.
Aqui, há duas formas de se montar o CV: por ordem crescente, destacando de início as suas primeiras experiências profissionais, ou decrescente, começando pela última.
Sua desvantagem é que ele pode enfatizar funções que não tenham tanta relevância para o cargo em questão.
Para quem tem períodos de inatividade mais longos, esses “lapsos” de tempo podem causar uma impressão não tão boa.
Por competências
Quer saber como fazer um currículo por competências?
Nesse tipo, o que é destacado não é o cargo ocupado e o tempo de permanência em uma função, como se fosse uma ficha.
Nele, você deverá listar os seus sucessos profissionais, na forma de conquistas para as empresas nas quais trabalhou.
Por exemplo, em vez de dizer:
“Cargo: Analista de sistemas.
Período: fevereiro/08 a novembro/17.
Atividades: análise de sistemas ERP para integração entre setores, etc.”
Você dirá:
“Aumento na produtividade dos setores de uma empresa em XX%, graças à implementação de um sistema ERP do tipo…”
Percebe a diferença?
Funcional
Para quem quer saber como criar um currículo de trabalho e crescer na carreira, este tipo pode ser bastante útil.
Profissionais com muita experiência têm no CV funcional a melhor opção para destacar suas qualidades.
Isso porque as competências e cargos exercidos são ordenados em blocos separados.
Assim, um recrutador pode visualizar com mais facilidade as habilidades, experiência e formação, o que ajuda na hora de saber se o candidato se ajusta ou não à vaga.
Criativo
Esse tipo deve ser utilizado em casos mais específicos.
Um currículo criativo é naturalmente mais indicado para profissionais que trabalham com criação, ou seja, da indústria criativa.
Designers, desenhistas, arquitetos são exemplos de profissionais que podem fazer uso de um CV elaborado dessa forma.
A ideia aqui é combinar cores, fontes e diagramação pouco usual, ressaltando as capacidades criativas do candidato ou candidata.
Como fazer um currículo: passo a passo
Chegou a hora de entendermos como fazer um currículo que destaque você no mercado.
Desde já, vale uma dica importante: um dos riscos que vemos boa parte dos candidatos a empregos ou vagas em grupos de pesquisa correrem é mandar uma mesma versão de currículo para todos.
Não que isso seja errado, mas em certos casos, pode mostrar falta de cuidado e de interesse pela vaga em questão.
Como veremos nas dicas a seguir, uma parte importante do currículo é onde você expõe os seus objetivos.
Se a descrição apontar para metas genéricas demais, vai deixar claro para a empresa recrutadora que você está mandando o mesmo currículo para outros postos de trabalho.
Por isso, a primeira dica a ser aplicada é personalizar o CV sempre que necessário, dependendo da vaga em questão.
Se precisar, adapte seus objetivos, inclua ou exclua experiências conforme a sua relevância, e o mesmo se aplica à formação.
Há muito mais para se levar em conta na hora de montar esse documento, como veremos a seguir.
Veja, passo a passo, como fazer um currículo campeão!
1º passo: Inclua os dados pessoais
Para certos postos de trabalho, é fundamental para a empresa saber, por exemplo, onde o candidato mora.
Isso sem falar na idade, um fator controverso mas que, na maioria dos casos, exerce bastante influência sobre a decisão do recrutador ou headhunter.
São informações indispensáveis que seu currículo deverá incluir, de preferência logo no cabeçalho.
Foto ajuda, embora não seja obrigatório.
Se quiser incluir uma imagem sua, prefira uma no estilo foto 3×4, podendo até ser sorrindo, mas sem exagero, e vestido de forma profissional.
Uma opção é reservar uma área no topo da página, à esquerda, só para esses dados, de maneira a deixar mais espaço para incluir a experiência profissional.
De qualquer forma, procure sempre incluir data de nascimento, endereço, telefone e email para contato.
Números de documentos não são relevantes, a não ser que o recrutador solicite no anúncio da vaga, como acontece nas empresas que exigem carteira de habilitação.
2º passo: Deixe claro o objetivo profissional
Não há como fazer um currículo sem este campo importante.
O objetivo profissional talvez seja aquele que mais faz diferença, mas que nem sempre recebe dos candidatos o tratamento que merece.
Seja qual for o cargo ou o nível profissional exigido, tenha certeza de que o empregador vai prestar atenção a esse detalhe.
Como vimos, descrições generalizantes podem pesar contra, não só por não dizerem muita coisa, mas porque assim corre-se o risco de mostrar objetivos divergentes dos da empresa.
Nesse caso, vale seguir mais uma dica: procure ver no anúncio da vaga o que a empresa espera do candidato e, em cima disso, defina o seu objetivo profissional.
Atenção, porém: esse objetivo precisa também estar alinhado às suas metas pessoais e, principalmente, aos seus valores.
3º passo: Elabore um resumo
Imagine que você é um recrutador em uma grande empresa, que recebe centenas de currículos por dia.
Seria impossível ler atentamente todos os documentos que chegam, um por um, certo?
Uma maneira de se fazer notar, nesse caso, é destacar no seu currículo um pequeno resumo com as suas experiências mais relevantes.
Insira-o junto aos dados pessoais, sempre na parte de cima, de maneira a chamar logo a atenção.
4º passo: Descreva sua experiência profissional
Essa é provavelmente a parte mais importante do currículo e que pode fazer a diferença entre ser chamado ou não para uma entrevista.
Aqui, precisamos considerar duas situações.
Uma, em que o candidato tem pouca ou nenhuma experiência para mostrar.
Se é o seu caso, o melhor a fazer é caprichar no objetivo, mas sem textão, para sensibilizar o recrutador.
Em uma situação oposta, quem tem mais de uma página de experiência para mostrar pode optar por duas alternativas: só inserir os três últimos cargos ou destacar aqueles que você acredite que possam chamar mais a atenção.
Seja como for, sempre que inserir uma experiência profissional, descreva sempre em no máximo uma linha suas atividades, o nome da empresa e o período em que o cargo foi exercido.
5º passo: Destaque a sua formação acadêmica
Para certos cargos, a formação acadêmica é tão importante quanto a experiência profissional.
Uma construtora, por exemplo, certamente vai exigir que os candidatos sejam formados em Engenharia Civil, assim como uma desenvolvedora vai requisitar pessoas formadas em TI.
Uma dúvida que recebemos com certa frequência é se uma formação pode ser omitida, dependendo do cargo.
No caso, a resposta vai depender da formação.
Se você é jornalista se candidatando a uma vaga de marketing digital, por exemplo, e tem uma pós-graduação em políticas públicas, talvez essa não seja uma competência relevante.
Fica então a seu critério ocupar espaço no CV para incluí-la ou não.
6º passo: Acrescente cursos complementares
O mesmo princípio usado para o preenchimento da formação e da experiência vale para a inclusão ou não de cursos complementares.
A diferença, nesse caso, fica por conta não só da relevância do curso para a vaga, como também da sua validade.
Fique atento, já que muitos cursos livres online têm certificados que expiram dentro de um certo prazo.
Não vai pegar nada bem se você encher o seu CV de cursos e a maioria deles já caducou.
Outro aspecto importante é sobre a certificação.
Prefira inserir apenas cursos que você possa comprovar que realmente concluiu.
Falando em concluir, nada de incluir cursos que ainda esteja fazendo, por mais renomados que sejam.
As empresas trabalham com fatos e, nesse caso, um curso incompleto não o habilita a aplicar na prática os conhecimentos adquiridos.
A exceção fica para os postos em que a empresa declaradamente aceite candidatos que estejam matriculados em um certo tipo de curso.
7º passo: Inclua suas competências e habilidades
Aqui está um ponto importante para quem busca aprender como fazer um currículo diferente, que o destaque dos demais candidatos.
Acontece que, assim como você, milhares de outros profissionais com a mesma formação estão disputando uma vaga de emprego.
Então, não dá para esperar que uma empresa note um currículo apenas por ter uma graduação.
Uma forma de se destacar nesse aspecto é agregar novos cursos, que podem ser de pós-graduação ou livres.
Entre os mais valorizados pelas empresas, destacam-se os cursos em Lean Six Sigma, Gestão de Projetos e outros cursos na área de marketing digital, por exemplo.
Fuja de clichês como “excelente relacionamento interpessoal” ou “trabalho em equipe”.
Em vez disso, procure relatar essas habilidades dando exemplos práticos, desde que não ocupe muito espaço.
Aliás, a pesquisa da Zety sugere que um CV padrão deve ter no máximo 500 palavras.
Seja qual for o curso ou a habilidade que você tiver, ao incluí-la no seu CV, certifique-se de que ela tenha relação com a oportunidade em questão.
8º passo: Adicione informações complementares
O currículo é mais do que um cartão de visitas.
Para quem contrata, ele é o primeiro ponto de contato com as pessoas que querem fazer parte da empresa, pelo qual se toma conhecimento de quem elas são.
Em certos casos, há características pessoais que são relevantes, mas que não têm propriamente uma relação com o perfil profissional.
Se um candidato é cadeirante, por exemplo, é importante que ele informe essa condição, até para que a empresa possa recebê-lo adequadamente para uma entrevista.
Esse é o tipo de dado que você pode inserir como uma informação complementar no currículo, preferencialmente no final, para “arrematar” o seu perfil.
Cabe ressaltar novamente que, como toda informação extra, é preciso escolher com bastante critério e bom senso o que vai ser exposto.
Então, se você achar que não tem nada relevante para adicionar, é melhor não colocar nenhuma informação complementar.
Aqui na FIA, por exemplo, já vimos currículo de candidato que mencionava saber tocar violão, sendo que a vaga de emprego não tinha nada a ver com música.
Como formatar um currículo de maneira simples e fácil?
A gente já viu neste conteúdo como fazer um currículo. Mas e na hora de formatar?
Existem basicamente três formas de elaborar um currículo eletronicamente.
A primeira é usando plataformas online com recursos de design para montar um CV que seja informativo e visualmente atraente.
Sobre essa, falaremos mais à frente.
Outra, utilizando formulários fornecidos pelos próprios sites de cadastro de currículos, nos quais os candidatos buscam por vagas.
Muitas empresas também contam com esse recurso, recebendo diretamente em seus bancos de dados as fichas dos candidatos.
Em qualquer uma dessas, você não terá que se preocupar com a questão da formatação, já que só será necessário preencher o documento com os dados solicitados.
A terceira solução, à qual a maioria recorre, é utilizar o bom e velho Word para montar o currículo – hoje em dia, o Google Docs é uma alternativa muito boa.
Nesse caso, o que importa são as informações que ele contém.
Ao formatar seu CV no Word ou Docs, siga essas dicas:
- Use uma fonte de fácil leitura, mantendo-a em todo o documento
- Tamanho 11 a 14 é o ideal
- Use espaço duplo para separar cada tópico, negritando os títulos
- Salve em formato PDF, já que a maioria dos recrutadores preferem esse padrão (a menos que seja solicitado outro tipo de extensão de arquivo).
Erros mais comuns ao fazer um currículo
Se você quer mesmo arrasar e aprender como fazer um currículo, também deve evitar erros comuns ao elaborar o documento.
Tenha em mente que o tipo de informação que você inclui vai determinar qual tipo de avaliação o recrutador fará de você.
O mesmo vale para os dados que não são incluídos no CV.
Portanto, seja pelo excesso ou pela falta, existem erros que devem ser evitados a todo custo.
Confira uma lista com os principais:
- Não informar endereço, número ou email para contato
- Incluir experiências profissionais sem relação com o cargo pretendido (exceto trabalho voluntário ou em causas humanitárias)
- Foto pouco profissional
- Informações sem utilidade, como número de identidade e CPF
- Nomear o arquivo de forma desleixada (ou deixar “Sem título”)
- Usar um endereço de email que não seja o seu nome (algo como “garotodoidera@gmail.com” ou “gatinha87@yahoo.com.br”)
- Erros de ortografia e digitação
- Inserir rigorosamente todas as experiências profissionais, formando uma lista longa e cansativa (priorize as mais recentes)
- Incluir cursos e formação sem relação com a vaga
- Mentir.
Além de seguir esses “dez mandamentos”, há outras dicas que podem ser úteis e que ajudam a causar uma boa impressão ou, pelo menos, evitar uma ruim.
Evitar adjetivos, por exemplo, ajuda a dar um aspecto mais profissional ao seu CV, que deve expor suas conquistas sempre de forma objetiva.
Nesse caso, comentários sobre a sua performance em cada uma das realizações podem ser feitos na entrevista de emprego.
Por isso, nada de tomar para si a tarefa que é do recrutador, combinado?
Também nessa linha, vale ter cuidado para não valorizar demais realizações que, na verdade, não tem lá essa importância toda.
Recrutadores têm o olhar e o ouvido treinados para detectar quando um candidato vende seu peixe da forma errada – além do mais, supervalorizar não deixa de ser uma forma de mentir.
Finalmente, na parte do objetivo, tente resumir tudo a uma só meta.
Afinal, objetivos em excesso acabam dando a impressão mesmo é de falta de foco.
Quais ferramentas usar para fazer um currículo grátis?
Embora o Word seja bastante utilizado, ele pode acabar sendo trabalhoso e visualmente não tão atraente.
Quer aprender como fazer um currículo com uma ferramenta diferente?
Uma opção para currículos são as plataformas online com editores específicos para montagem de CVs.
Elas possibilitam elaborar currículos com recursos que podem ser usados até por quem não tem experiência ou conhecimentos em design gráfico.
Conheça as principais delas a seguir.
Canva
O Canva é uma plataforma com soluções em design para diversas finalidades, inclusive montagem de currículos.
Ela tem centenas de modelos prontos, nos quais você só vai precisar inserir os seus dados, sem ter que se preocupar com a formatação do estilo.
Meu Currículo Perfeito
O nome já diz tudo na plataforma Meu Currículo Perfeito.
Assim como no Canva, você encontra nela centenas de modelos prontos, que podem ser facilmente preenchidos em 10 minutos ou menos, como indica o site.
CV Maker
Se preferir um estilo mais sóbrio, talvez o CV Maker agrade mais.
Embora gratuito (como as outras plataformas), ele também oferece recursos pagos, como templates exclusivos e envio direto dos currículos editados para o seu email.
Modelo de currículo para ter como referência
Fica mais fácil aprender como fazer um currículo quando temos uma referência.
Nas imagens abaixo, selecionamos modelos que podem servir de inspiração para você.
São ideias do site Zety.
Veja só:
Conclusão
Chegando ao final do artigo, ficou tudo mais claro sobre como fazer um currículo campeão?
Nossa intenção foi trazer um pouco da experiência dos líderes e executivos da FIA.
Somos uma das instituições privadas brasileiras melhor avaliadas nos principais rankings educacionais.
Além de aprender como criar um currículo de trabalho, também é fundamental investir em formação.
Voos mais altos só acontecem quando se está preparado para sair do chão.
Por isso, desde já nos colocamos à disposição para ser o suporte que vai alavancar a sua carreira.
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