A responsabilidade social corporativa desponta quando as empresas decidem dar um passo além dos negócios e contribuir para um mundo melhor.
Pode ser ao adotar práticas sustentáveis, apoiar a comunidade local ou garantir um ambiente de trabalho saudável para os funcionários.
No fim das contas, é bom para todo mundo: a sociedade se beneficia, o meio ambiente agradece e a empresa ainda ganha pontos extras com o mercado.
Vale observar que, enquanto estratégia, a responsabilidade social corporativa vale muito a pena.
Como mostra uma pesquisa feita pela IBM, 80% das pessoas consideram que as empresas têm a responsabilidade de priorizar seus funcionários, o meio ambiente e a comunidade, da mesma forma que priorizam a entrega de lucro para seus acionistas.
Além disso, os bons exemplos de responsabilidade social corporativa não deixam dúvidas de que essa é uma abordagem de gestão que funciona.
É o que vamos mostrar a partir de agora, neste conteúdo que traz os seguintes tópicos:
Continue lendo e saiba o que é responsabilidade social corporativa e muito mais!
Responsabilidade social corporativa (RSC) é um modelo de gestão de negócios que se caracteriza pelo comprometimento nas esferas social, legal e ambiental.
Ela coloca os diferentes tipos de responsabilidade social como prioridade nos esforços de uma empresa, que se posiciona no mercado evidenciando sua preocupação com aspectos que vão além dos tradicionais objetivos de negócio.
Afinal, é muito melhor ter uma empresa que assume seu papel como agente de transformação e de promoção de uma vida melhor e mais justa para todos do que uma que só se preocupa com os lucros.
Ao integrar responsabilidade social em suas estratégias, as empresas contribuem para o desenvolvimento sustentável e melhoram sua reputação perante consumidores e stakeholders.
Embora exista uma pegada filantrópica, a responsabilidade social corporativa não pode ser enquadrada exatamente nesse tipo de benfeitoria.
Ela afeta a forma como a empresa conduz seus negócios, visando sustentabilidade a longo prazo e impacto positivo na sociedade.
Por sua vez, a filantropia corporativa envolve doações voluntárias de recursos financeiros, bens ou tempo para apoiar causas sociais, culturais ou ambientais.
Filantropos como Bill Gates e Elon Musk beneficiam a sociedade por meio principalmente de aportes financeiros em projetos sociais e doações.
Então, há uma diferença importante: enquanto a filantropia é uma ação específica e geralmente externa às operações principais da empresa, a RSC é integrada ao modelo de negócios, influenciando decisões e práticas cotidianas.
Como mostra um estudo publicado na Revista Metropolitana de Sustentabilidade, existe uma percepção por parte do público de que as empresas precisam assumir seu papel nas questões sociais.
A marca que for gerida pela perspectiva da responsabilidade social corporativa tem assim mais chances de atrair clientes fiéis.
A fidelização está ligada a uma visão positiva que os consumidores têm sobre uma empresa socialmente responsável.
Entenda na sequência dos desdobramentos disso e de que forma a responsabilidade social corporativa pode impactar um negócio.
Um estudo publicado pela Revista Brasileira de Marketing sugere que a responsabilidade social corporativa tem efeitos positivos sobre a imagem de uma marca.
A empresa socialmente responsável é mais consciente sobre o seu papel porque orienta suas ações e decisões não apenas motivada pelo lucro.
Na verdade, as empresas geridas dessa forma condicionam sua lucratividade aos impactos de suas atividades sobre a sociedade e o meio ambiente.
Com isso, a tendência é que elas passem a ser vistas não só como empresas, mas como autênticos agentes de transformação social.
Os estudos que citamos mostram que responsabilidade social corporativa é um bom negócio porque leva à fidelização.
Fidelizar é a melhor estratégia de vendas, já que, como aponta a TI Inside, custa 25 vezes menos do que conquistar novos clientes.
Nada melhor para isso do que investir na sociedade, até porque é dela que a empresa tira os lucros, gerando valor para acionistas.
A responsabilidade social corporativa é, nesse aspecto, o caminho mais seguro para transformar os clientes em defensores de uma marca.
Uma matéria da Valor Econômico mostra que 48% dos brasileiros recusariam trabalhar em uma empresa não alinhada a valores sociais e ambientais.
Essa é mais evidência de que responsabilidade social e corporativa é fundamental não apenas para conseguir clientes, mas para atrair e reter os melhores profissionais.
O turnover é um dos maiores desafios que as empresas enfrentam, ainda mais porque boa parte da geração Z, como revela uma publicação da Isto É, troca de emprego a cada 3 meses.
Ser ambiental e socialmente responsável é, nesse contexto, uma forma de ser uma verdadeira marca empregadora, mostrando-se mais atrativa para o mercado.
Não é novidade que as práticas operacionais alinhadas aos princípios de responsabilidade social e corporativa geram economia.
Um dos melhores exemplos disso é o hábito de poupar energia, por meio de ações simples como manter luzes apagadas e controlar o uso do ar condicionado.
A água também é um recurso a ser sempre poupado, por meio do reaproveitamento e do uso racional.
Medidas que as empresas podem adotar a qualquer hora, com bons resultados em termos de economia e redução dos custos relacionados ao negócio.
Pelo que vimos, as pessoas se sentem atraídas por empresas engajadas nas práticas de responsabilidade social e corporativa.
Isso vale para clientes, profissionais, talentos e, não menos importante, para investidores.
Um bom exemplo disso vem do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da B3, cuja rentabilidade é 28,42 pontos percentuais maior do que o Índice Bovespa convencional.
Ser social e ambientalmente sustentável é, portanto, um fator a mais para se posicionar no mercado de forma competitiva.
As principais economias do mundo têm legislações ambientais bastante severas, como mostra o relatório O Licenciamento Ambiental nos Países do G7, do Portal da Indústria.
Portanto, uma empresa que planeja se instalar ou expandir suas operações para os grandes mercados precisa o quanto antes se ajustar a essas exigências.
As que já têm implementados mecanismos de RSC saem na frente, pois estão habituadas às práticas sustentáveis em suas rotinas.
Por sua vez, aquelas que ainda não se enquadraram podem acelerar o processo, começando por uma auditoria interna para detectar onde precisam melhorar nos quesitos de responsabilidade ambiental e social.
Os bons exemplos de responsabilidade social corporativa deixam claro que essa é uma maneira também de melhorar o ambiente organizacional.
Assim sugere uma publicação do portal Terra, segundo a qual espaços com árvores e áreas verdes melhoram a saúde e o bem-estar físico e mental.
Um desses benefícios é a redução do calor, com uma diminuição de até 4º nos ambientes que contam com maior cobertura vegetal.
É mais uma forma de tornar a sua empresa atrativa para os melhores talentos, para o mercado e para potenciais investidores.
Estar em conformidade com as leis ambientais é algo que por si só pode não chamar muita atenção.
Do contrário, quando uma empresa é flagrada agindo contra a lei, a tendência é de que a repercussão seja muito maior.
Os princípios de responsabilidade social e corporativa são, dessa forma, uma garantia de que a empresa mantenha sua boa reputação intacta.
Isso porque negócios geridos a partir dessa abordagem são, necessariamente, cumpridores de suas obrigações, principalmente nos âmbitos social e ambiental.
Como evidencia o ISE B3, empresas que zelam pela RSC têm valor de mercado mais alto.
Elas conseguem isso por meio de políticas de transparência sobre seus resultados e suas operações
Assim, o mercado, os clientes e os stakeholders tendem a confiar mais na marca, fazendo com que ela ganhe mais valor.
Lembrando que esse aumento não se dá apenas pela valorização dos papéis na bolsa de valores.
Tão importante quanto é a valorização em termos imateriais, na forma de uma imagem sólida e de uma empresa confiável em todos os sentidos.
As empresas pautadas pela RSC adotam diferentes tipos de responsabilidade social para nortear suas ações afirmativas junto às comunidades.
Elas podem, nesse sentido, reverter para as regiões em que estão inseridas investimentos em educação e saúde.
A ArcelorMittal é um bom exemplo disso, com suas ações sociais junto às comunidades nas regiões em que atua.
Iniciativas como essa mostram que a empresa não está preocupada somente com seus lucros.
Pelo contrário, evidenciam que elas estão engajadas com o desenvolvimento sustentável, promovendo a educação para que as gerações futuras tenham perspectivas melhores.
Os diversos tipos de responsabilidade social comprovam que essa é uma abordagem que funciona.
Como fazer, então, para implementá-las do jeito certo e ter os resultados esperados?
É o que você vai saber a seguir.
A RSC é definida a partir do ponto em que a empresa realiza um diagnóstico sobre as implicações sociais e ambientais geradas pelas suas atividades.
Uma mineradora, por exemplo, tem um impacto ambiental muito mais sério do que uma startup do ramo financeiro.
Avaliar esses impactos e a sua real extensão é, nesse caso, a primeira medida a ser tomada para que se possa mitigá-los.
As metas devem ser mensuráveis, alcançáveis e ter prazos definidos, permitindo o monitoramento do progresso e a avaliação dos resultados.
Ao estabelecer objetivos claros, a empresa pode direcionar recursos de forma eficaz, engajar funcionários e stakeholders e demonstrar compromisso genuíno com a responsabilidade social.
Por exemplo, pode-se definir metas em termos sustentáveis, principalmente em relação às emissões de carbono.
Essa clareza também facilita a comunicação interna e externa, reforçando a transparência e a credibilidade da empresa.
A RSC funciona melhor quando a gestão do negócio se aproxima do modelo horizontal.
Nele, a hierarquia importa menos do que o conhecimento que cada um tem e como as pessoas podem contribuir para o sucesso de um projeto.
Assim, fica mais fácil envolver todos nas medidas visando o bem-estar social e ambiental que a empresa vier a adotar.
Não faria muito sentido abraçar a RSC se isso ficasse restrito apenas ao conhecimento das pessoas dentro da empresa.
A etapa final do ciclo de ações e estratégias, nesse caso, é a divulgação das medidas adotadas, até para seguir o princípio da transparência que compõe a RSC e também as práticas ESG.
Mas o trabalho não termina aqui, já que as boas práticas sociais e ambientais podem ser sempre melhoradas e renovadas.
Pelos exemplos de responsabilidade social corporativa que conhecemos, fica claro que não se pode obter sucesso sem medir os resultados das ações.
O impacto das iniciativas de RSC pode ser medido utilizando indicadores de desempenho alinhados aos objetivos sociais, ambientais e econômicos da empresa.
Ao analisar métricas como as citadas abaixo, é possível avaliar a eficácia das ações implementadas:
A interpretação desses dados permite compreender o alcance dos resultados e orientar decisões futuras para maximizar o impacto positivo na sociedade.
Para empresas que não têm uma cultura consolidada nesse aspecto, posicionar-se como uma marca sustentável e socialmente responsável requer um amplo processo de reestruturação.
Também a implementação da responsabilidade social corporativa enfrenta desafios como a falta de comprometimento ou entendimento por parte da alta administração, o que dificulta a integração das práticas sustentáveis na estratégia central do negócio.
Além disso, medir e comunicar o impacto das iniciativas pode ser complexo, exigindo recursos e expertise que nem todas as empresas possuem.
Há também o desafio de equilibrar os objetivos financeiros de curto prazo com metas sociais e ambientais de longo prazo, bem como engajar efetivamente os stakeholders.
Superar a percepção de que a RSC é apenas uma estratégia de marketing é necessário para garantir autenticidade e evitar críticas de greenwashing.
A responsabilidade social e corporativa é o caminho do bem.
Se você quer que sua empresa seja bem vista no mercado, invista nessa ideia.
Outro investimento com retorno praticamente garantido que você pode fazer é em formação para atuar em um mercado cada vez mais engajado socialmente.
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