O sucesso na carreira começa quando contamos com uma metodologia de ensino adequada aos nossos objetivos e necessidades.
Essa é uma questão tão importante que há empresas que investem pesado no conceito de Universidade Corporativa, por exemplo.
Da mesma forma que há metodologias de gestão, cada uma levando em conta um perfil de negócio, as de ensino se prestam a diferentes objetivos.
Uma metodologia educacional é fundamental para apoiar a formação, principalmente nos casos em que o aluno precisa de uma base teórica sobre certos assuntos.
Vamos falar sobre as mais importantes delas neste artigo.
Vá em frente na leitura e descubra o que os diferentes métodos de ensino podem fazer pelo crescimento profissional e pessoal.
Confira os tópicos abordados:
Acompanhe até o final para saber mais sobre os tipos de metodologia de ensino e aprendizagem.
Metodologia de ensino é o conjunto de técnicas e processos cujo objetivo é prover formação para alunos em áreas do conhecimento específicas.
Por isso, há metodologias indicadas conforme o grau de instrução de cada um, bem como a proposta pedagógica de cada instituição.
O Design Thinking, por exemplo, é mais adequado para quem trabalha em segmentos como os de tecnologia do que para quem trabalha com Artes.
Embora toda metodologia educacional tenha um viés universal, quanto mais focada for a sua aplicação, melhores tendem a ser os resultados.
As novas metodologias de ensino têm como missão facilitar o aprendizado, empregando princípios como o empoderamento do aluno nesse processo.
Em vez de simplesmente cumprir suas tarefas, crianças, adolescentes e adultos são estimulados a propor soluções para problemas, pesquisar, debater e fazer experimentos.
Desse modo, tomam ciência sobre a relevância da sua participação para ampliar os saberes, assumindo mais responsabilidades nessa dinâmica.
Mas a importância da metodologia de ensino vai além disso.
Professores também assumem novos papéis, agindo como facilitadores, não como únicos detentores do conhecimento.
Eles apresentam diferentes maneiras para melhorar e adaptar as ferramentas de aprendizado aos estudantes, reconhecendo suas peculiaridades.
Fica mais simples, então, para os alunos elaborarem suas próprias formas de reter conteúdos e visualizarem a aplicação deles em problemas durante a rotina.
Nesse sentido, instituições e educadores que optam pelas novas metodologias de ensino apoiam o corpo docente para que aja como protagonista, reforçando um comportamento proativo na busca pelo aprendizado.
Ficam de lado as ideias engessadas sobre a simples transmissão de conhecimentos, e entram em foco as reflexões rumo ao compartilhamento dos saberes.
Um adulto que se propõe a estudar, por exemplo, acumula uma série de informações práticas, mas escolhe aprimorá-las ou, quem sabe, organizá-las para melhorar o resultado profissional.
Esse conhecimento prévio não deve ser ignorado pelo professor e, sim, usado para aperfeiçoar a dinâmica de aprendizado, relacionando os conteúdos novos ao universo que o estudante já compreende.
O mesmo raciocínio vale também para crianças e até bebês, que terão maior facilidade para assimilar novas informações se elas forem apresentadas levando em conta as brincadeiras, objetos e palavras conhecidas.
Os diferentes tipos de metodologia de ensino e aprendizagem atuais têm base no conceito de inovação que, ao contrário do que o nome pode sugerir, não se restringe ao uso de novas tecnologias.
Inovar pode ser definido como resolver um problema de um jeito diferente, englobando tanto as ferramentas quanto os caminhos que levam a essa solução.
Ou seja, a inovação inclui técnicas que desafiam o status quo e propõem estratégias diferenciadas para a aprendizagem.
Não é preciso se ater aos livros didáticos, tarefas em sala e em casa e conteúdos decorados.
Faz mais sentido se concentrar em maneiras de tornar o aprendizado mais simples e natural, priorizando as necessidades e desejos do aluno.
Essas são algumas das características dos diferentes tipos de metodologia educacional que apresentamos abaixo.
A metodologia do ensino tradicional se baseia nas interações em sala de aula (ou online) entre professores e alunos.
Assim, o docente é o detentor do conhecimento, que é passado aos alunos pela transmissão de conteúdos escritos, leituras e realização de exercícios.
Ao final do período letivo, os alunos são submetidos a avaliações escritas ou orais.
Nestas provas, eles podem responder a questões de múltipla escolha ou discursiva.
Seja qual for o tipo de avaliação, ela tem como objetivo quantificar em notas se os conteúdos das aulas foram de fato assimilados.
Desenvolvida por Jean Piaget, a metodologia construtivista não toma como referência o professor: o aluno é o agente principal do seu processo de aprendizagem.
Os professores, no caso, atuam como facilitadores, provendo os meios, conhecimentos e ferramentas necessárias para que o aluno desenvolva seu potencial.
Por demandar um acompanhamento mais próximo, a metodologia do ensino construtivista trabalha com turmas reduzidas, de modo que cada aluno seja orientado conforme suas necessidades.
Uma diferença para o método tradicional é que, no construtivismo, as avaliações deixam de existir.
Afinal, se cada um aprende dentro dos seus próprios termos, não faz muito sentido estimular a competição.
Já na metodologia sociointeracionista, o foco é o desenvolvimento do espírito de equipe.
Dessa forma, ela é toda baseada em atividades de grupo, nas quais os alunos são estimulados a criar projetos e a interagir uns com os outros.
É uma forma de desenvolver também a capacidade de criar empatia e aprimorar a inteligência emocional.
Seguindo a linha do método construtivista, os professores atuam mais na linha de facilitadores, tutelando o processo de aprendizagem coletivo.
A metodologia do ensino de Paulo Freire popularizou-se mundo afora por ter conseguido verdadeiras proezas pedagógicas, como fazer crianças aprenderem a ler e escrever em um dia.
De forma inédita e genial, o professor Freire criou um método de alfabetização que parte do aluno, contrapondo-se ao modelo tradicional, chamado por ele de “bancário”.
Ele se desdobra em cinco fases, as quais são precedidas de três etapas:
A metodologia de aula montessoriana, assim como a de Paulo Freire, toma como base três pilares:
Ainda que se pareça com os métodos tradicionais, no montessoriano há diferenças de abordagem significativas.
Nele, o aluno também é agente da própria formação, sendo o professor um observador do processo, intervindo apenas quando necessário.
O ambiente é preparado para dar a eles os estímulos para aprender, a começar pela disposição dos objetos em sala, que servirão de material de trabalho.
Enquanto a maioria dos métodos de ensino utilizam materiais didáticos tradicionais, como livros e materiais escritos, na metodologia de aula de Waldorf, os recursos são mais variados.
Os alunos podem aprender a partir de aulas de dança, música e até de tricô.
Desde que ajude a desenvolver a liberdade e o senso de moral, quase toda prática é bem vinda.
O método privilegia o convívio social que, na abordagem de Waldorf, deve ser desenvolvida antes do ensino de matérias teóricas.
Por essa razão, a Unesco o considera um dos mais inclusivos, já que respeita as diferenças e a diversidade no ambiente escolar.
Na Itália arrasada no pós-guerra, não havia escolas, materiais e professores suficientes para atender à demanda por educação nas escolas básicas.
Foi nesse contexto que o professor Loris Malaguzzi decidiu inverter totalmente o processo, colocando as crianças como protagonistas do processo de ensino nas escolas da província de Reggio Emilia.
Contando com a ajuda dos pais, elas é quem decidiriam o que iam ensinar, o que por si só já é um aprendizado.
Em outras palavras: a base do método é aprender ensinando e ensinar aprendendo.
Embora seja um dos tipos de metodologia de ensino e aprendizagem, há quem prefira chamar de abordagem.
O sistema foi criado por Emmi Pikler para educar crianças de até três anos.
Ela também se desenvolveu no pós-guerra, na Hungria, e tem como princípio o desenvolvimento psíquico, motor e das habilidades corporais dos alunos.
Também estimula o contato entre professores e alunos, de maneira a estreitar os laços afetivos e a desenvolver a cognição por meio de cuidados com higiene e alimentação.
É ainda uma resposta aos métodos tradicionais, os quais, segundo Pikler, “amarram” os alunos às carteiras, impedindo seu pleno desenvolvimento.
“Como viver” é a tradução do termo How-to-live, nome da metodologia de aula criada pelo pedagogo indiano Paramahansa Yogananda.
Os alunos aprendem com base em atividades do dia a dia, tais como limpeza, conservação e jardinagem, além de exercícios de yoga e pelo contato com a natureza.
Ele se baseia em quatro pilares para o aprendizado, que se conectam nas aulas: ciência mental, social, corporal e espiritual.
As atividades buscam também criar no aluno o senso de disciplina, orientando-o para a necessidade de ter horários para comer, dormir, trabalhar e estudar.
Anteriormente, comentamos que a escola tradicional vê os professores como transmissores de conhecimento, enquanto os alunos são meros receptores.
As metodologias ativas desafiam essa ideia, colocando o estudante no centro da dinâmica de aprendizagem por meio de recursos que o despertam para a ação.
Daí vem o nome desses métodos, que favorecem uma postura ativa por parte do aluno, em vez do tradicional comportamento passivo.
Para isso, são empregadas práticas como a aula invertida, que altera o momento de apresentação de um novo conteúdo.
Em vez de o primeiro contato com ele acontecer em sala de aula (ou durante uma aula virtual, no caso de Educação a Distância – EaD), ocorre antes disso.
Geralmente, um material prévio é liberado à classe através de e-mail ou plataformas como os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), com orientações básicas a respeito do assunto estudado.
Vídeos, áudios, jogos, infográficos, exercícios práticos e textos podem integrar essa primeira experiência, que será aprimorada durante a aula.
Por sua característica, fica evidente a importância da metodologia de ensino ativa.
Ao chegarem à sala, os alunos trazem suas dúvidas, debatem e comparam respostas sobre o tema proposto, tornando esse período mais dinâmico e divertido.
Estudos de caso, resolução de problemas e desafios são outras técnicas que fazem parte do rol de opções dentro das metodologias ativas de aprendizagem.
Também são comuns as atividades em times, que partem da divisão da classe em grupos para que eles encontrem soluções colaborativas e fortaleçam o espírito de equipe.
A teoria das Inteligências Múltiplas aceita que cada aluno tem um tipo de inteligência, e todas devem ser respeitadas.
Desenvolvida pelo cientista, neurologista e psicólogo Howard Gardner, ela parte do entendimento segundo o qual cada um de nós se enquadra em nove tipos distintos de inteligência.
Gardner o desenvolveu também como uma resposta aos testes de QI, que podem medir o intelecto, mas não todas as manifestações da inteligência humana.
Vem daí o termo Inteligências Múltiplas, que podem ou não ser desenvolvidas ao longo da vida, dependendo do estímulo recebido.
Fatores genéticos contribuem para que alguém tenha predisposição para tocar um instrumento musical, por exemplo, mas não bastam: é necessário que haja um ambiente favorável para que essa aptidão se desenvolva.
Instituições de ensino e educadores vêm investindo nessa nova compreensão para avaliar seus alunos, tendo em mente que todos possuem habilidades e capacidades distintas.
Assim, em vez de utilizar avaliações padronizadas, os estudantes são analisados sob o prisma de cada tipo de inteligência, uma vez que todas elas são importantes para sua evolução.
Os tipos de inteligência são:
Mentes voltadas à lógica e à estratégia costumam ter essa modalidade bastante desenvolvida, o que lhes dá vantagem na hora de resolver problemas, equações complexas e fazer cálculos.
Descreve as pessoas que têm facilidade para avaliar, organizar, interpretar e se expressar por meio de palavras, tanto de forma oral quanto escrita.
Quem tem a inteligência musical bem desenvolvida consegue identificar com facilidade os padrões de som, arranjos e notas.
É comum que tenha prazer ao cantar, ouvir música ou tocar um instrumento.
Indivíduos que gostam de ficar ao ar livre e estudar as espécies da flora e da fauna costumam ter alta inteligência naturalística, com atributos diferenciados na hora de analisar os elementos da natureza.
Ter alta consciência do corpo e dos movimentos permite que a pessoa os use para atingir objetivos, a exemplo de dançar ou até quebrar recordes em competições esportivas.
É o tipo de inteligência que confere facilidade ao se orientar por meio de mapas, estimar distâncias e imaginar formas, cores e medidas.
A inteligência interpessoal favorece a construção e manutenção de relacionamentos saudáveis, pois agrega altos níveis de empatia – a capacidade de se colocar no lugar do outro para entender suas dúvidas, necessidades e motivações.
Reúne aptidões úteis para o autoconhecimento, reflexão e autoanálise, elevando o grau de autonomia e independência de quem as possui.
Inspirada pela revolução tecnológica, a educação STEM também tem cunho interdisciplinar.
Seu foco é voltado ao desenvolvimento de conteúdos baseados em quatro disciplinas específicas, usadas para formar a sigla STEM:
Juntas, essas matérias oferecem conteúdos essenciais para a formação de profissionais qualificados em inovações tecnológicas aplicáveis, suprindo a carência do mercado nesses setores.
Por isso, a metodologia STEM é mais comum na educação técnica ou superior, quando o aluno já manifestou seu desejo em seguir carreira nessas áreas.
A exemplo de outros métodos essencialmente visuais, o Design Thinking se baseia em três pilares, usados para pautar os processos pedagógicos:
No DT, busca-se também exercitar a empatia, por meio de trabalhos em grupo como forma de responder aos desafios da modernidade.
Como a expressão sugere, as novas metodologias de ensino não se restringem a uma única opção ou formato.
Todas elas fornecem maior flexibilidade, tendo algumas vantagens em comum.
A seguir, comentamos sobre esses benefícios.
Acompanhe e entenda melhor a importância da metodologia de ensino para alunos e professores.
No tópico acima, mencionamos que uma das diferenças mais expressivas entre o método tradicional e os inovadores é uma mudança no papel do estudante.
Incluído como parte essencial na construção dos saberes, ele assume uma postura proativa que eleva as chances de aprender mais e melhor.
Adotar novas metodologias implica na mudança de objetivos do estudo, deixando as notas e desempenho mensurável em segundo plano.
Ocorre uma valorização de quesitos como a participação em debates, colaboração e aplicação daquilo que foi compartilhado em seu dia a dia.
A tendência disso é o desenvolvimento de apreço pela dinâmica de aprendizagem, vista como algo prazeroso e simples, em vez de maçante.
Atrair e manter a atenção dos alunos utilizando o método tradicional, que consiste em longas aulas expositivas, está cada vez mais difícil.
Isso porque os estudantes precisam vencer uma série de distrações para se concentrar no conteúdo exposto, tarefa desafiadora quando seu smartphone entrega diversas notificações por minuto.
Apostando em novas técnicas e atividades, porém, é possível conquistar e reter a atenção da classe, que estará engajada na composição e desenvolvimento da aula.
Ao empoderar os estudantes, as novas metodologias acabam reforçando a sua autoconfiança, revelando que eles podem facilitar seu próprio aprendizado.
Além disso, não é raro que as técnicas proponham testes e experimentos práticos, por meio dos quais as crianças, adolescentes e adultos podem errar e corrigir a si mesmos, até encontrarem as fórmulas e componentes certos.
Assim, estarão aprendendo a buscar por novas soluções para as demandas que surgirem e vão elevar a confiança em si mesmos a cada pequena vitória.
Muitas instituições de ensino superior têm empregado ou planejam empregar novas metodologias de ensino, e isso não acontece à toa.
Esses métodos favorecem a formação de profissionais mais flexíveis, com capacidade de criar conexões entre assuntos distintos e avaliar cenários complexos – competências essenciais em um mercado de trabalho tão volátil como o atual.
A aplicabilidade das novas técnicas é outro benefício interessante, pois capacita os profissionais para resolver questões imediatas.
Ainda que cada metodologia tenha o seu “approach”, no geral todas elas demandam uma postura estratégica por parte dos professores e instituições para gerar resultados.
Todo método é passível de ajustes, dependendo do contexto em que se aplica e, principalmente, das condições e disposição dos alunos em aprender.
Logo, não basta apenas sair aplicando o método, achando que ele por si só trará as respostas.
Antes, é necessário preparar o terreno para que as sementes lançadas pelas metodologias germinem.
Vamos ver a seguir como “plantar” do jeito certo.
O sucesso de metodologias como as de Paulo Freire e Montessori se deve muito à elevação do papel do aluno, que passou a ser um elemento ativo no processo pedagógico.
Eles nos ensinam que, para que uma pessoa se desenvolva, é preciso antes conhecê-la não só como indivíduo, mas considerando o meio que a cerca.
Essa pode ser uma abordagem universal, usada em toda e qualquer instituição de ensino antes de aplicar suas próprias metodologias.
Uma vez que as pessoas a receberem a educação sejam conhecidas a fundo, a escola pode então decidir sobre qual metodologia se encaixa ao perfil dos alunos.
Antes, o próprio método precisa ser estudado, de maneira a identificar possíveis pontos em que ele possa ser mais ou menos eficiente em um dado contexto.
Se estamos em uma escola que trabalha com crianças especiais, por exemplo, talvez faça mais sentido a abordagem Pikler do que a metodologia Design Thinking, e por aí vai.
Não existe ensino de qualidade onde os docentes não são qualificados para trabalhar, independentemente da metodologia utilizada.
Por isso, é fundamental que a instituição de ensino observe desde a contratação se o professor realmente tem “fit” para lecionar dentro da proposta pedagógica.
Os processos admissionais devem ser ajustados, mas tão importante quanto é garantir que os profissionais já contratados se mantenham atualizados.
Para isso, vale investir em rotinas de treinamento individualizadas e em grupo, de maneira que os professores sintam “na pele” aquilo que vão ensinar.
Por mais que uma metodologia defenda o contato salutar com a natureza, isso não quer dizer que uma escola possa abrir mão da tecnologia.
Se bem utilizada, ela pode ser inclusive mais um fator de integração, aproximando ainda mais alunos, professores e o meio ambiente.
Por isso, quanto mais recursos e ferramentas estiverem à disposição, mais elementos os professores terão para trabalhar, ampliando os horizontes dos alunos.
Lembrando que, além das aulas por plataformas EaD como Zoom e Google Hangouts, as escolas já estão aplicando tecnologias como Realidade Aumentada e Game Based Learning em suas aulas.
Em meio a tantas alternativas interessantes, é preciso que a instituição seja criteriosa na escolha da metodologia para conduzir suas atividades.
Essa escolha vai refletir a própria visão da escola sobre educação, e sobre como ela pensa em dar sua contribuição para formar cidadãos melhores.
Nesse sentido, vale considerar três aspectos elementares para orientar as decisões do conselho pedagógico sobre o método de ensino a ser adotado.
Cada instituição de ensino conta com as suas próprias diretrizes de ensino, que nada mais são do que os princípios orientadores para suas práticas pedagógicas.
Logo, se uma escola tem como diretriz formar para o mercado de trabalho, talvez não faça muito sentido abraçar metodologias mais humanistas e com viés filosófico.
Claro que nada impede que ela use, por exemplo, uma abordagem híbrida.
Para isso, porém, é preciso garantir que ela não vá de encontro ao que a instituição expressa em suas diretrizes sobre o que pensa ser o melhor para seus alunos.
Como vimos, não faltam métodos de ensino, cada um com suas vantagens, possibilidades e aplicações.
A escola pode, dentro de suas limitações, se propor a conhecer cada um deles, seja por troca de experiências com outras escolas, seja pela aplicação em regime experimental.
Outra forma de tomar contato com novas metodologias de ensino é realizar testes pontuais, que podem ser aplicados em turmas selecionadas.
Para elaborar esses testes, recomenda-se contar com a orientação de docentes com comprovada prática na metodologia a ser colocada à prova, de maneira que os resultados possam ser melhor controlados.
Se o aluno é a figura central do processo de ensino-aprendizagem, o contexto dos adultos tem várias diferenças quando comparado à Educação Infantil ou ao Ensino Médio.
Enquanto crianças e adolescentes estão descobrindo o mundo e construindo sua personalidade, na idade adulta eles têm outras metas, como adquirir hard skills, competências comportamentais ou aprofundar os conhecimentos sobre um assunto.
Pensando nisso, diferentes entidades e especialistas desenvolveram métodos voltados ao público mais velho, compondo uma área chamada andragogia ou educação continuada.
A vertente da ciência da educação usa exemplos de sua rotina para mostrar a aplicação dos conteúdos aprendidos, valorizando a experiência do estudante.
Dessa maneira, oferece motivação para o adulto, que enxerga as aulas como ferramentas que o ajudam a ampliar seus horizontes e responder aos desafios diários.
Em entrevista à publicação Ensino Superior, a psicopedagoga americana Angela McGlynn, autora do livro “Teaching today’s college students” (“Ensinando os universitários de hoje”), ressalta que:
“É necessário provocar os alunos, tirá-los da apatia com assuntos e temas de seus interesses. Fomentar discussões, avaliar soluções para um desafio, apontar problemas em uma solução, enfim, manter um diálogo constante e não um monólogo do professor.”
Além de conteúdos presentes no planejamento ou grade curricular, cursos forjados sob a ótica da andragogia são suporte para que o aluno aumente seu autoconhecimento, alcançando cada vez mais sucesso no aprendizado.
Os componentes da educação continuada servem ainda para a elaboração de trilhas de aprendizagem, palestras, debates, discussões e treinamentos corporativos personalizados.
Apresentamos neste texto detalhes sobre as novas metodologias de ensino, que devem integrar o futuro da educação no Brasil e no mundo.
Personalização, dinamismo e aprendizado centrado no estudante são algumas das tendências que pautam essas técnicas, gerando benefícios aos alunos, educadores e instituições de ensino.
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