O relacionamento interpessoal é um dos fatores que interferem no clima organizacional, andamento de projetos e resultados conquistados pelas empresas.
Afinal, as organizações são feitas de pessoas e, mais diretamente, daquilo que elas produzem em conjunto.
É algo que demonstra a importância das interações humanas para o sucesso – ou o fracasso – da companhia.
Para construir ambientes equilibrados, tanto gestores quanto colaboradores, fornecedores e parceiros em geral, devem conhecer e trabalhar em prol de objetivos em comum, tendo em mente que a vitória de uma equipe tem efeitos positivos para toda a empresa.
Dessa forma, será possível apoiar o desenvolvimento individual e coletivo, rompendo barreiras e forjando relações harmônicas, seja pessoalmente ou de forma remota, com parte do time em home office.
Se você quer aprimorar o que sabe sobre o tema, suas bases, relevância e dicas, recomendamos a leitura deste artigo.
Veja os tópicos abordados a partir de agora:
Se o assunto é do seu interesse, siga na leitura!
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Relacionamento interpessoal é o vínculo criado entre dois ou mais indivíduos, com base em suas interações e no contexto social em que atuam.
Para que a relação comece, é necessário que essas pessoas tenham um primeiro contato, que pode acontecer de forma espontânea ou planejada, em um ambiente online ou offline.
As relações interpessoais envolvem três componentes básicos:
O relacionamento interpessoal é um dos principais pilares para a construção de conexões, sejam elas superficiais ou profundas, formando amizades, relações amorosas e parcerias.
Como o ser humano é, inerentemente, um ser social, cada um nasce com a capacidade de interagir com quem estiver à sua volta, dando o primeiro passo para forjar relações.
No entanto, a qualidade e o fortalecimento desses vínculos exigem acompanhamento, dedicação, empatia e uma mistura equilibrada entre razão e emoção.
Sem um esforço conjunto para manter relações saudáveis, a tendência é que os conflitos, divergências e situações da rotina desgastem os relacionamentos, afetando a qualidade de vida dos envolvidos.
Por isso, a área vem ganhando atenção e sendo estudada sob diferentes perspectivas, considerando sua contribuição para o bem-estar emocional e psíquico, sensação de pertencimento a um grupo, produtividade e colaboração nas empresas.
Todos esses aspectos são relevantes e, por vezes, decisivos para o sucesso na vida profissional e também pessoal.
Manter boas relações com quem nos cerca é vital para satisfazer necessidades comuns à espécie humana, como viver em sociedade e construir conexões significativas.
Mesmo que alguém prefira, por exemplo, morar sozinho, vai depender de uma série de serviços para levar a vida com conforto, além do contato com familiares e amigos para manter a saúde emocional em dia.
Toda essa dinâmica requer interações com outras pessoas.
E a qualidade dos relacionamentos acaba interferindo em nossa qualidade de vida, pois precisamos ter com quem contar ao longo da nossa existência.
Se cultivamos interações pautadas pelo respeito, cooperação e empatia, a chance de termos um retorno positivo em qualquer esfera aumenta.
Podemos nos aproximar, conhecer os anseios das outras pessoas e moldar famílias, grupos de amigos e equipes corporativas mais estruturadas, atingindo resultados promissores.
Isso porque o grupo se transforma em um time, fortalecido pelo cuidado e reconhecimento da contribuição de cada membro, conforme suas habilidades e experiências.
Vale, então, aquela máxima de que, sozinho, se vai rápido, mas acompanhado, se vai mais longe.
Quem possui boa desenvoltura nas interações também está mais bem preparado para gerir pessoas e equipes com sucesso.
Cada relacionamento que estabelecemos com uma pessoa ou um grupo é único e tem suas próprias particularidades.
Em um contexto geral, podemos dividir as relações em três tipos.
Confira:
Engloba todos os relacionamentos que estabelecemos através de laços sanguíneos (família), criação (família, amigos) ou interesses em comum (colegas de escola, faculdade, equipes, eventos sociais, parceiros amorosos).
Esse tipo de relacionamento está presente desde o nosso nascimento, portanto, tem grande influência sobre a formação da personalidade, visão de mundo, valores, rotina e até dos gostos pessoais.
Criada a partir da popularização da internet, o relacionamento interpessoal virtual costuma ser menos profunda e estar relacionada a momentos de lazer na frente de uma tela.
São aqueles amigos que conhecemos pelas redes sociais, que reencontramos por meio da internet ou com quem nos distraímos jogando na mesma equipe nossos games favoritos.
Apesar de a maioria das relações virtuais ser superficial, há quem estabeleça laços profissionais e até amorosos nesse formato.
Reúne o relacionamento interpessoal no campo corporativo, com pessoas que interagem para dar andamento a projetos e negócios.
Pode incluir um tom de formalidade, em especial quando os indivíduos não se conhecem bem, ou se dar de um jeito mais descontraído, dependendo da cultura empresarial.
“As pessoas não atuam isoladamente, mas por meio de interações com outras pessoas para poderem alcançar seus objetivos.”
A frase acima foi escrita pelo autor Idalberto Chiavenato, na obra “Iniciação à Teoria das Organizações”, classificando o relacionamento interpessoal como variável do sistema de administração participativo.
Se organizações são formadas por indivíduos, é natural que seu comportamento e interações contribuam para o clima no ambiente de trabalho, a condução dos processos e a existência – ou não – de colaboração.
Isso porque o trabalho em equipe requer confiança e participação de todos os membros, o que só pode ser conquistado através de relações saudáveis e harmônicas.
Nesse contexto, vale lembrar que o progresso na carreira depende de bons relacionamentos, pois, sem confiança, nenhum líder poderá indicar seu liderado para uma promoção, por exemplo.
E, por mais que tentemos usar nossa racionalidade no trabalho, as emoções sempre estarão presentes, o que exige autoconhecimento profundo para gerenciar os sentimentos de modo equilibrado.
Segundo explica o artigo “Relacionamentos interpessoais e emoções nas organizações: uma visão biológica“, as atitudes humanas são movidas pelas emoções:
“A emoção penetra o ambiente organizacional associada à constituição das tarefas, preocupada, em última instância, com o desempenho lucrativo, seguindo a crença estabelecida pela força do racionalismo de que a ordem organizacional e a eficiência das relações entre gerentes e trabalhadores devem ser tratadas racionalmente.”
Os autores Sergio Proença Leitão, Graziela Fortunato e Angilberto Sabino de Freitas completam, afirmando que:
“Em suma, ‘boas’ organizações são as que têm emoções gerenciadas e a teoria organizacional deveria se preocupar mais com processos cognitivos e controle comportamental.”
Portanto, faz sentido investir não apenas em formação técnica (hard skills), mas também nas competências comportamentais ou soft skills, que fornecem recursos para que os colaboradores se relacionem com mais harmonia.
Agora que você já sabe a importância de construir pontes na vida profissional, selecionamos 7 dicas que vão te ajudar a formar relações interpessoais de qualidade, recomendadas pelo coach Pablo Aversa.
O bom relacionamento interpessoal no trabalho parte da ideia que lidamos com diferentes perfis comportamentais.
Por isso, tudo se torna mais fácil quando focamos as interações no outro, nos abrindo para compreender seu ponto de vista.
Prefira sempre a comunicação não violenta e tons mais brandos, mesmo que precise chamar a atenção para uma conduta inadequada.
Comece escutando a outra pessoa, em vez de julgar ou tirar conclusões precipitadas.
Tenha em mente que ela teve algum motivo para te procurar ou agir de determinada maneira.
A escuta ativa é uma arma poderosa para melhorar as relações em qualquer lugar, incluindo o ambiente de trabalho.
Por isso, dedique-se a ouvir e construir soluções em conjunto.
Às vezes, esquecemos de compartilhar nossos sucessos e fracassos com os colegas, principalmente se forem nossos liderados.
Porém, falar sobre episódios do passado e de como nos sentimos é um jeito inteligente de nos aproximar das outras pessoas.
Afinal, todos somos humanos, temos forças e fraquezas.
Lembre-se disso quando tiver receio de expor suas experiências.
Nossa postura costuma dizer muito, até mais do que palavras.
A expressão facial, posição dos braços e para onde olhamos são exemplos de comunicação não verbal e transmitem mensagens às outras pessoas.
Portanto, fique atento, relaxado e mantenha o olho no olho para mostrar que é sincero durante uma conversa.
Atualmente, muitas organizações já perceberam o potencial da diversidade, que acrescenta criatividade aos times, partindo de pontos de vista distintos.
Essa dinâmica começa na aceitação das diferenças, que são partes inerentes a qualquer tipo de relação.
Faça um esforço para se aproximar de colegas com pensamento diferente, e logo vocês estarão aprendendo uns com os outros.
Enquanto o relacionamento interpessoal se refere a como nos relacionamos com os demais indivíduos, a relação intrapessoal corresponde a como lidamos conosco.
Se observados de perto, somos seres bastante complexos, forjados por caráter, personalidade, cultura, experiências, interações e conhecimentos diferentes.
É a soma desses pontos que nos torna únicos, e muitos deles não pertencem ao espectro racional.
É por isso que uma mesma experiência é vivida de forma distinta por pessoas diferentes: suas bases e filtros são diversos.
Daí a necessidade de que cada um invista em autoconhecimento, desvendando gatilhos e outros mecanismos que afetam seu comportamento interpessoal e adquirindo inteligência emocional.
Ao tomar ciência da dinâmica das emoções, temos a oportunidade de assumir o controle nesse campo e melhorar nosso relacionamento intrapessoal, com reflexos nas relações interpessoais.
Afinal, muitas das nossas reações são provocadas ou potencializadas por motivos internos, que podem ser reorganizados por meio de ferramentas de gestão da emoção, estímulos positivos e reflexões que alteram a lógica dos pensamentos destrutivos.
Desse modo, esclarecemos e resolvemos as demandas internas, adquirindo clareza e autoconfiança para lidar melhor com as relações externas.
Podemos considerar a construção de um relacionamento interpessoal como uma jornada.
Ela começa em algum momento, mas atravessa certas etapas antes de se consolidar.
A seguir, veja quais são essas etapas e como elas se desenvolvem.
Nenhum relacionamento interpessoal se desenvolve sem comunicação.
Em uma relação saudável e equilibrada, essa comunicação tem mão dupla: as duas pessoas estão dispostas a falar e escutar.
Como mostramos no começo deste post, um relacionamento interpessoal se caracteriza por um vínculo criado entre dois ou mais indivíduos, e essa conexão inicial depende de um momento de comunicação.
Para desenvolver relações melhores, o primeiro passo é atentar para a qualidade desse primeiro contato.
Então, priorize uma comunicação assertiva, mas empática e não violenta.
E tenha muita disposição para ouvir.
A partir da comunicação inicial, para um relacionamento interpessoal se consolidar, é preciso que continue havendo interações entre as pessoas.
Essas interações podem ocorrer de forma espontânea ou planejada, mas é importante que sejam pautadas pelos mesmos princípios que mencionamos no tópico anterior.
A qualidade da soma das experiências obtidas nessas primeiras interações é muito importante para viabilizar uma aproximação.
Na fase de aproximação, as pessoas começam a perceber com mais clareza os interesses e características que têm em comum ou que se complementam.
Isso é importante para dar um sentido a esse movimento.
Quando fica nítido que as interações com determinada pessoa são prazerosas e/ou vantajosas, a aproximação se torna natural.
A última fase da consolidação de um relacionamento interpessoal é a sua manutenção.
Isto é, o conjunto de hábitos e atitudes que preservam e renovam a relação entre duas ou mais pessoas.
Os passos específicos dessa fase dependem do tipo de ligação entre as pessoas.
Dois amigos que moram longe, por exemplo, podem combinar uma videoconferência uma vez por mês para botar o papo em dia.
Já uma relação entre dois parceiros de negócio pode demandar encontros mais frequentes e com uma pauta específica, visando um objetivo em comum (o crescimento da empreitada).
Somos seres sociais, de modo que, para nós, os relacionamentos interpessoais são praticamente uma necessidade.
Neste blog e neste texto, normalmente damos mais ênfase à importância de se relacionar bem com outras pessoas no ambiente de trabalho e nos negócios.
Mas vale a pena deixar claro que os benefícios dos bons relacionamentos se estendem a todas as esferas da vida.
Um famoso estudo, feito em Harvard continuamente desde 1938, mostra que a capacidade de cultivar bons relacionamentos contribui mais para a saúde e bem-estar do que o dinheiro.
Para aqueles que estão preocupados com a sua vida profissional, esse é um dos segredos para crescer e alcançar o sucesso.
A seguir, listamos algumas das principais vantagens dos bons relacionamentos interpessoais.
Networking é a formação, ativação e manutenção de uma rede de contatos profissionais com troca de informações e entrega de valor mútua entre os indivíduos.
Não confunda as coisas: um bom networking não serve para influenciar decisões e obter vantagens apenas com base nos laços pessoais.
É também uma ferramenta de relacionamento interpessoal no trabalho.
Conhecer e ter o contato de outros profissionais pode gerar indicações e parcerias que em algum momento serão necessárias na sua empresa.
Ou talvez você esteja envolvido em um projeto e só a possibilidade de ligar para alguém e tirar uma dúvida específica acaba resolvendo um problemão.
Porém, é claro que o relacionamento com outros profissionais também evidencia suas próprias qualidades e pode proporcionar boas oportunidades de negócio ou emprego.
Como o mercado é bastante dinâmico, a rede de contatos costuma ficar sempre em movimento e se renovar continuamente.
Quanto mais experiência você vai adquirindo com os relacionamentos interpessoais, melhor fica sua capacidade de se comunicar com outros profissionais.
Esta habilidade é fundamental para quem almeja uma posição de liderança na empresa ou mesmo para quem quer empreender.
Para melhorar a sua comunicação interpessoal, a dica é prestar muita atenção nos feedbacks que os interlocutores dão.
Não nas avaliações formais, e sim nos feedbacks espontâneos e orgânicos, isto é, o tom de voz empregado, a expressão facial e linguagem corporal que podem indicar se a mensagem está clara e se a interação está interessante para a outra pessoa.
Construir um networking com bons relacionamentos interpessoais deixa o profissional muito mais próximo das melhores oportunidades do mercado.
Um funcionário que não restringe seus relacionamentos profissionais aos colegas de empresa, por exemplo, fica sabendo de antemão sobre o ambiente de trabalho, benefícios e vagas abertas em outras companhias.
E ainda aumenta suas chances de receber uma indicação, às vezes para uma vaga que nem foi anunciada publicamente, o que aumenta muito as chances de sucesso.
Para que isso ocorra, deixe transparecer aos seus contatos sua capacidade profissional, mas também suas soft skills.
Afinal, o mais importante para fazer jus a uma indicação é ser confiável.
Muito da leveza de um ambiente de trabalho depende da qualidade dos relacionamentos entre as pessoas que trabalham na organização.
Nesse sentido, é especialmente importante que os líderes da empresa tenham a capacidade de se relacionar bem, porque seu comportamento tende a ser tomado como exemplo pelos demais colaboradores.
Isso estimula a formação de uma cultura organizacional que facilita a construção de bons relacionamentos.
Aqui, vale um ponto de atenção para não confundir ambiente leve com passividade na gestão de pessoas, aquela postura de evitar conflitos a todo custo.
Divergências são normais, a questão é resolvê-las de modo honesto e transparente, sem agressividade ou abuso da posição hierárquica.
As relações saudáveis são marcadas pelo equilíbrio.
As pessoas ouvem e se sentem ouvidas e entendem que as interações em questão são importantes para o seu crescimento pessoal e profissional.
Veja bem, saudável não quer dizer perfeita.
Se você almeja relacionamentos que são pura alegria e satisfação e zero incômodo ou decepção, sua régua pode estar demais.
Você certamente não relaciona situações como competitividade, inveja e maledicência a relacionamentos saudáveis, mas elas são provocadas por sentimentos humanos que nem sempre é possível controlar.
Por exemplo, se você tem um bom relacionamento com um colega de trabalho e ele recebeu uma promoção importante, uma pontinha de inveja não vai pôr em xeque a relação entre vocês — desde que você deixe esse sentimento ir embora e não tenha atitudes no sentido de prejudicar o seu colega ou diminuir sua conquista.
Por maior que seja sua experiência e por melhor que seja sua bagagem intelectual e formação acadêmica, você sempre terá muito o que aprender.
Esse aprendizado pode ter diversas fontes: um subordinado com menos experiência e até mesmo um estagiário podem acrescentar a qualquer um.
Para potencializar o aprendizado gerado pelo seu networking, portanto, a dica é ter uma rede de contatos diversa, com profissionais em variados momentos da carreira e com distintas formações.
Um engenheiro de produção industrial experiente e maduro, por exemplo, pode se inspirar muito com a maneira de encarar problemas e gerir projetos de um jovem desenvolvedor de softwares.
Como explicamos no primeiro tópico deste artigo, o relacionamento interpessoal inclui o eu, o outro e o ambiente, dependendo de uma abordagem que integre esses três atores.
Considerando essas figuras, reunimos pilares básicos que sustentam relações de qualidade, nos mais diversos cenários.
Confira!
Mais acima, explicamos a importância de conhecer a nós mesmos, nossas emoções e como isso se reflete em todos os relacionamentos.
Quem não se conhece, não sabe lidar consigo mesmo e acaba insatisfeito com sua postura, o que impacta o humor, visão de mundo e a forma como encara as situações no dia a dia.
A falta de autoconhecimento potencializa atitudes explosivas, equivocadas, agressivas e ofensivas para as pessoas que nos cercam, favorecendo críticas destrutivas e discussões.
Também embaça nossa autoimagem e reforça a tendência a tomarmos as reações do outro como algo pessoal, o que dificulta a resolução dos conflitos.
Nem todo relacionamento interpessoal é profundo, pois existem diferentes níveis de proximidade e intimidade.
Muitas vezes, esses níveis são determinados pelo tipo de ambiente em que a relação se desenvolve, que pode ter regras específicas.
No ambiente de trabalho, por exemplo, predominam interações formais e naturalmente mais distantes, a fim de conferir clareza às negociações, às tarefas e à rotina.
Não significa que toda empresa preza pelo formalismo na linguagem ou que alguns colegas não possam se tornar amigos.
Contudo, costumam existir limites claros para as relações, que devem ser respeitados durante a jornada de trabalho.
Já em uma festa ou evento social, a dinâmica muda, assim como em uma sala de aula.
Portanto, é útil pautar as interações de acordo com o ambiente.
Ser claro e direto é fundamental para manter relacionamentos interpessoais saudáveis, sem ruídos ou mal-entendidos a respeito do que desejamos expressar.
Foque sempre na simplicidade e abra espaço para que o outro tire dúvidas, dê e receba feedback.
Outra boa pedida é apostar na comunicação não violenta, que agrega leveza às conversas e afasta a possibilidade de interpretações equivocadas.
Pode ser descrita como o ato de calçar os sapatos do outro, de enxergar através da visão de quem nos relacionamos para compreender suas motivações, desejos e necessidades.
Essa competência é bastante complexa, mas pode ser aprendida por quem desejar, começando pelo respeito e o entendimento de que o diferente enriquece a humanidade.
Quer um exemplo?
No ambiente de trabalho, um colega estar mais calado do que geralmente é não significa que esteja de mau humor ou chateado com alguém específico.
Há situações no seu dia a dia que desconhecemos. Ele pode estar preocupado com um filho doente, com dívidas pendentes ou ter se desentendido com um familiar.
São questões que afetam a concentração e o desempenho de qualquer pessoa.
Ter empatia é se colocar no lugar do colega, não julgá-lo e tentar ajudar naquilo que estiver ao seu alcance.
Embora seja comumente relacionada ao trabalho, tratar os relacionamentos com ética beneficia a todos.
Quando bem direcionado, esse conjunto de princípios e valores morais permite a valorização de atributos importantes, como o respeito, a honestidade e a transparência, embasando a construção da confiança mútua.
Adotar uma postura gentil abre portas, tanto pessoal quanto profissionalmente.
Isso porque toda relação é alimentada por detalhes, e ser gentil é dar atenção a coisas que parecem pequenas, mas fazem a diferença no final do dia.
Já reparou no quanto o ambiente fica mais acolhedor quando todos se cumprimentam, são solícitos e ajudam o próximo?
O trabalho (seja na empresa ou fora dela) se torna leve e até divertido, pois os indivíduos se sentem importantes naquele local.
Como afirmamos antes, a construção de um ambiente de trabalho que favorece os relacionamentos interpessoais não implica em evitar conflitos.
Isso vale também para as relações da vida social e amorosa.
Às vezes, é necessário falar coisas que podem incomodar o outro — ou então ouvi-las.
Por isso, a capacidade de receber e fazer críticas é um dos pilares do bom relacionamento interpessoal.
Ao receber, faça o exercício de não dar à crítica uma dimensão maior do que ela realmente tem.
Se um colega de trabalho deu um feedback ruim sobre algum aspecto do seu trabalho, por exemplo, não entenda isso como uma reprovação da sua pessoa, e sim como uma crítica pontual e específica que pode fazê-lo crescer profissionalmente.
E quando for preciso criticar, faça-o seguindo os pilares citados acima: comunique de maneira assertiva, mas com empatia, ética e gentileza.
Tanto em uma quanto em outra situação, o segredo é dissociar a situação específica dos demais aspectos do relacionamento entre as pessoas.
O respeito é qualidade essencial para um relacionamento saudável, seja entre colegas de trabalho, amigos, parentes ou namorados.
Ele entra em cena principalmente nas situações em que a vontade de um não bate com o pensamento do outro.
Por mais que duas pessoas tenham gostos e modos de pensar parecidos, esse tipo de divergência é muito comum.
O respeito faz com que uma pessoa entenda e aceite essas diferenças, mesmo que não concorde com a posição do outro.
A situação contrária, isto é, alguém que não aceita a decisão da outra pessoa, denota uma incapacidade de respeitar as vontades dos outros, o que prejudica a qualidade do relacionamento interpessoal.
Terminamos a lista de pilares dos relacionamentos interpessoais saudáveis com este item porque reconhecer os erros é uma das ações mais difíceis.
É raro encontrar uma pessoa que seja de tal forma desapegada do ego que ache fácil reconhecer seus erros.
Em geral, as pessoas têm um sentimento de orgulho que as fazem encarar a admissão do equívoco como um fracasso, e não como algo natural nos relacionamentos.
Mas pode ter certeza que, se você cultivar esse hábito, será reconhecido como uma pessoa honesta, transparente e agradável de se relacionar.
A tecnologia alterou os relacionamentos interpessoais, rompendo a barreira geográfica para aproximar pessoas em diferentes localidades.
Foi ela a responsável pelo crescimento dos relacionamentos virtuais, cultivados através de mensagens instantâneas, posts em redes sociais, ligações por voz e por vídeo.
Graças a essas ferramentas, é possível formar amizades com quem mora em cantos remotos do Brasil e do mundo, com acesso a culturas diferentes a partir de alguns cliques.
Há também a oportunidade de participar de reuniões e cursos à distância e fechar negócios sem precisar se deslocar até outras nações e continentes.
Esses mecanismos foram fundamentais para que as empresas continuassem funcionando durante a crise sanitária causada pelo coronavírus, que afetou toda a humanidade a partir de 2020.
Obrigadas a fechar as portas, as companhias recorreram ao home office para seguir trabalhando e, ao mesmo tempo, preservar a saúde dos funcionários.
Além dos pontos positivos, o fenômeno evidenciou os problemas de manter as relações interpessoais só no ambiente digital, como a falta de calor humano e maior facilidade para dispersões durante os encontros online.
Constatou-se, então, que as interações de trabalho viabilizadas pela tecnologia não substituem todos os elementos das interações feitas pessoalmente.
A melhor maneira de aprimorar sua capacidade de se relacionar é com a prática: abrindo-se, interagindo, prestando atenção nas sutilezas do ato de se comunicar e percebendo as necessidades do outro.
Porém, há vários cursos que são ótimos atalhos para melhorar a qualidade de seus relacionamentos interpessoais.
A seguir, apresentamos alguns.
Este curso é oferecido pela instituição fundada por Dale Carnegie, autor do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, considerado um dos mais importantes textos de desenvolvimento pessoal e relacionamento interpessoal de todos os tempos.
A instituição tem mais de 100 anos no mercado e mais de 9 milhões de graduados em treinamentos de liderança, vendas e relacionamento.
Esse curso em especial ensina o aluno a construir relacionamentos sólidos e autênticos para tecer uma cultura de proximidade e energizar os integrantes da equipe.
A boa condução das políticas de gestão de pessoas e recursos humanos de uma empresa tem relação direta com a qualidade dos relacionamentos interpessoais que acontecem na organização.
O setor de RH pode funcionar como um difusor de uma cultura organizacional que estimula relações pautadas pela empatia, ética e não violência, ao mesmo tempo que garante o alinhamento pelos objetivos estratégicos da companhia.
Neste curso, a FIA capacita e atualiza, em nível avançado, executivos e profissionais que tenham interesse em refletir sobre as transformações nos parâmetros de gestão na área de recursos humanos.
Como curso livre, uma opção é a capacitação Fundamentos para o Relacionamento Interpessoal, oferecido na modalidade EAD pelo Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).
Com 20 horas/aula, foca no desenvolvimento de atitudes comportamentais adequadas, promovendo a reflexão e integração entre as pessoas.
Traz lições acerca do relacionamento interpessoal tanto no trabalho quanto no ambiente social.
Depois de tudo que estudamos até aqui, chegou a hora de resumir o assunto em algumas respostas diretas às perguntas mais frequentes sobre o tema.
Acompanhe:
Relacionamento interpessoal é o vínculo criado entre dois ou mais indivíduos.
Envolve três componentes básicos: o eu (nossa essência, vontade que impulsiona o comportamento interpessoal), o outro (colega, familiar, companheiro) e o ambiente (escritório, escola, lar, círculo social, etc).
Podemos citar várias características como essenciais para um bom relacionamento interpessoal.
Algumas delas são: autoconhecimento, adequação ao ambiente, comunicação assertiva, empatia, ética, gentileza, respeito, saber ouvir e fazer críticas e reconhecer erros.
A cultura organizacional é um conjunto de valores e características que se manifestam organicamente em uma empresa.
Assim, relacionamentos interpessoais saudáveis são desenvolvidos pelo simples esforço de cada colaborador em se adequar à cultura do local.
O relacionamento interpessoal está presente em várias esferas da vida humana, moldando e aperfeiçoando aqueles que se relacionam.
Por isso, é uma fonte importante de aprendizado, experiências e construção de saberes, que colabora para o crescimento profissional e pessoal.
Além disso, tem uma grande influência sobre os ambientes em que as interações ocorrem, transformando a produtividade e outros atributos.
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