A logística move o mundo. Sem as suas diferentes operações, teríamos uma vida muito mais restrita no dia a dia.
E esse é um mercado que tem espaço de sobra para crescer no Brasil.
Como aponta uma matéria na revista Exame, com dados da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), só o setor privado deverá investir R$ 124,3 bilhões nesse setor entre 2022 e 2026.
Claro que, nesse cenário, só os profissionais e empresas mais bem preparados poderão aproveitar o bom momento.
Até porque, de acordo com um estudo da Robert Half, a área de logística é uma das que mais sofrem com a falta de profissionais qualificados.
Um bom começo para ter sucesso nesse ramo é se informar sobre como anda o mercado, conhecer os tipos de logística e como funciona a logística na empresa.
Para esse primeiro passo, é só continuar lendo este artigo até o final!
Você tem muito a ganhar ao somar esse conhecimento, principalmente se está em seus planos trabalhar com logística.
Mais do que conhecer a definição de logística, veja o que você vai ler a partir de agora:
Acompanhe até o final e fique por dentro do conceito de logística na empresa e suas estratégias!
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Logística é um processo que abrange o planejamento, a implementação e o controle do fluxo de produtos, informações e recursos, desde a origem até o destino final.
Ela engloba atividades como transporte, armazenagem, controle de estoque, processamento de pedidos e distribuição.
O objetivo da logística é garantir que os produtos certos estejam disponíveis no local adequado, no momento certo e nas condições exigidas, ao menor custo possível.
Ao longo dos anos, a logística tem evoluído significativamente devido a avanços tecnológicos, globalização e à crescente demanda dos consumidores por eficiência.
A automação de processos, o uso de sistemas de gerenciamento de armazéns e o rastreamento em tempo real trouxeram grande visibilidade e controle.
Além disso, o comércio eletrônico impulsionou a logística para atender às necessidades de entrega do exigente consumidor omnichannel.
É notável também a transformação na parte estratégica, envolvendo o planejamento colaborativo entre fornecedores, fabricantes, distribuidores e varejistas.
A integração de sistemas e a adoção de práticas sustentáveis também têm gerado bons resultados, além de reduzir os impactos ambientais.
Comércio, varejo, serviços e o setor público contam cada um com seus processos logísticos.
Só terá sucesso nesse mercado o profissional que souber como funciona a logística na empresa, considerando os desafios dos diferentes segmentos.
Em geral, a logística empresarial engloba uma série de processos interligados que visam garantir a movimentação de produtos, desde a aquisição de matéria-prima até a entrega ao cliente final.
Envolve atividades como planejamento, armazenagem, transporte, processamento de pedidos e controle de estoque, entre outras atividades de back office, além, é claro, do core business da instituição.
Consiste ainda em identificar as necessidades de suprimentos e estabelecer parcerias com fornecedores confiáveis.
Também cuida do recebimento e armazenamento das matérias-primas, assim como do controle de estoque para garantir a total disponibilidade, ou algo perto disso.
Após o processo de produção, a logística entra em cena para organizar o transporte dos produtos acabados até os clientes ou pontos de venda.
Isso pode envolver o uso de diferentes modais de transporte, como caminhões, navios, aviões ou uma combinação deles, dependendo da distância e urgência.
Depois de entender o que é logística e como funciona, a sua importância fica evidente.
A eficiência é um diferencial no sentido de minimizar custos, evitar a falta ou excesso de estoque, reduzir prazos de entrega e satisfazer as expectativas dos clientes.
Portanto, uma gestão eficaz dos processos logísticos é fundamental para o sucesso e a competitividade de uma empresa.
Isso já nos sugere a importância da logística e de como suas operações influenciam para o sucesso ou fracasso de um negócio.
Afinal, ela desempenha um papel extremamente importante para a eficiência operacional e no atendimento às demandas dos clientes.
A logística viabiliza a movimentação de materiais, informações e recursos, desde a aquisição de matérias-primas até a entrega dos produtos acabados nos pontos de venda.
Logo, uma logística bem gerenciada ajuda a reduzir custos, a otimizar o estoque e reduzir os prazos de entrega no contexto do fullfilment.
Além disso, contribui para a coordenação entre os diferentes setores da empresa, promovendo a integração e a sincronização das atividades.
Compreender a definição de logística é só o primeiro passo.
Existem diversas abordagens para atender a demandas e setores variados.
Aliás, quem pretende entrar no ramo vai precisar de um curso de logística que, quanto mais específico, melhor.
De qualquer forma, vale conhecer os principais tipos de logística, já que é normal a articulação entre eles.
Um dos principais nichos da logística é a de produção, que se concentra na coordenação e no controle das atividades relacionadas à produção de bens ou serviços.
Seu objetivo principal é garantir a disponibilidade de recursos, insumos e mão de obra necessários para atender às demandas de produção, garantindo a qualidade dos produtos e cumprimento dos prazos estabelecidos.
A logística de produção envolve atividades como:
Uma fábrica de automóveis, por exemplo, demanda uma série de processos logísticos.
Nesse caso, a logística de produção seria responsável por garantir que as peças e componentes necessários para a montagem dos veículos estejam disponíveis na linha de produção no momento exato.
Isso envolve a programação das entregas de fornecedores, o gerenciamento de estoques, a sequência de montagem dos veículos e a coordenação das equipes de produção.
Processo similar se aplica a diferentes tipos de linhas de montagem em que a produção em série é destinada ao abastecimento de um mercado.
Por falar em abastecer, nenhuma empresa do segmento fabril sobrevive sem uma logística de abastecimento bem coordenada.
Ela abrange o planejamento, a aquisição, o transporte e o gerenciamento dos estoques de insumos e componentes, visando garantir o fluxo contínuo de suprimentos.
Esse tipo de logística envolve o estabelecimento de parcerias com fornecedores, a negociação de contratos, o monitoramento de prazos de entrega e a coordenação das atividades de compra e recebimento de materiais.
Um exemplo prático para entender o conceito de logística de abastecimento pode ser observado em um supermercado.
Nesse caso, a logística é responsável por garantir que os produtos estejam disponíveis nas prateleiras, em quantidade suficiente e no momento adequado.
Isso envolve o planejamento das compras, a coordenação com os fornecedores, o transporte dos produtos até a loja e a gestão dos estoques para evitar a falta ou excesso de produtos.
Levar os produtos acabados até os clientes finais ou pontos de venda é o principal desafio a ser superado pela logística de distribuição.
Essa modalidade engloba todo o processo de distribuição física, desde o armazenamento dos produtos prontos até a entrega efetiva.
Engloba também atividades como o roteamento, o transporte, a consolidação de cargas, o gerenciamento de estoques nos pontos de distribuição e a coordenação das atividades logísticas entre diferentes localidades.
Um dos principais desafios enfrentados pela logística de distribuição é garantir a eficiência e a pontualidade das entregas.
Isso significa lidar com diferentes modais de transporte e rotas de entrega, tendo que lidar com demandas sazonais para minimizar avarias nos produtos durante o transporte e na última milha (Last Mile).
A gestão dos estoques nos pontos de distribuição é outro desafio, junto com a sincronização das atividades entre diferentes parceiros logísticos.
Esse é um setor que requer planejamento estratégico, integração de sistemas, colaboração entre os parceiros e um monitoramento constante em um esforço de melhoria contínua.
Aqui, a definição de logística se transforma.
A logística reversa é uma área que trata do gerenciamento do fluxo de produtos, materiais ou resíduos no sentido oposto ao da logística tradicional.
Nela está contemplado o retorno de produtos pós-consumo ou pós-venda, visando à recuperação de valor, à redução de impactos ambientais e ao cumprimento de obrigações legais.
A logística reversa abrange atividades como a coleta, a triagem, o transporte, a recuperação, a reciclagem, a reutilização ou a disposição adequada de materiais.
Isso pode ocorrer devido a trocas, devoluções, recall de produtos, descarte de resíduos e outras situações.
Essa é uma modalidade logística relacionada diretamente ligada às preocupações ambientais e à sustentabilidade.
Isso porque ela trata da redução de resíduos, assim como da recuperação de materiais valiosos e da minimização da exploração de recursos naturais.
Além disso, a logística reversa pode auxiliar na conformidade com regulamentações ambientais e promover uma imagem corporativa positiva perante os consumidores cada vez mais conscientes, como acontece com as marcas que fazem a coleta de produtos eletrônicos para reciclagem.
Como toda atividade produtiva, a logística também pode ser terceirizada.
É isso que acontece na logística de terceira parte, também conhecida como logística outsourcing ou logística 3PL (Third-Party Logistics).
Nesse modelo, a empresa contrata um parceiro especializado, que fica responsável por gerenciar e executar as operações logísticas em seu nome.
O provedor de logística de terceira parte pode oferecer uma ampla gama de serviços, como transporte, armazenagem, gestão de estoques, distribuição, embalagem e até mesmo soluções tecnológicas para rastreamento e monitoramento das operações logísticas.
Essa abordagem permite que as empresas concentrem seus esforços em suas atividades principais, enquanto deixam a parte logística nas mãos de especialistas.
Além disso, a logística de terceira parte pode trazer benefícios como redução de custos, graças à expertise aplicada de profissionais do ramo.
Existe ainda a logística 4PL (Fourth-Party Logistics), que se caracteriza por uma abordagem mais estratégica e integrada da gestão logística.
Trata-se de um modelo no qual uma empresa contrata um provedor externo, denominado 4PL, que atua como um parceiro de negócios para gerenciar e coordenar toda a cadeia de suprimentos e logística em seu nome.
Diferentemente da logística de terceira parte (3PL), em que o provedor externo executa as operações logísticas, na logística de quarta parte, o foco está na gestão estratégica e no design do fluxo de materiais, informações e recursos em toda a cadeia de suprimentos.
O provedor 4PL assume a responsabilidade de otimizar processos, identificar oportunidades de melhoria, coordenar os diferentes atores da cadeia e fornecer soluções logísticas abrangentes.
A logística de quarta parte envolve a integração de sistemas e tecnologias avançadas para monitorar, analisar e tomar decisões baseadas em dados em tempo real.
Além disso, é comum que o provedor 4PL tenha uma visão global da cadeia de suprimentos e da cadeia de valor, coordenando atividades em diferentes locais geográficos.
Já a logística de armazenagem cuida das atividades relacionadas ao armazenamento físico de produtos, materiais ou mercadorias, desde a recepção até a expedição.
Abrange tarefas como o recebimento de produtos, a identificação, classificação, organização e o armazenamento adequado dos itens.
Também cuida da gestão dos estoques, separação de pedidos e da preparação para o transporte e a expedição dos produtos.
Um bom gerenciamento da logística de armazenagem é fundamental para otimizar a utilização do espaço disponível, minimizar danos aos produtos e garantir a rastreabilidade.
Ajuda também facilitando a localização rápida dos itens, reduzindo custos de manuseio e melhorando a eficiência operacional.
No varejo, esse é um tipo de logística extremamente importante, impactando diretamente no sucesso das operações.
Isso porque cabe à logística de armazenagem receber os produtos dos fornecedores, cuidando da sua conferência e posterior organização no estoque.
Além disso, ela também trata da separação dos pedidos dos clientes e do preparo das mercadorias para o transporte até as lojas ou para o consumidor final.
Todas as atividades de planejamento, execução e controle do fluxo de bens, materiais e informações em operações comerciais entre diferentes países fazem parte das rotinas de quem trabalha com logística internacional.
Ela abrange todas as etapas do processo logístico, desde a origem dos produtos até o destino final, atravessando fronteiras internacionais pelo ar, mar ou terra.
A logística internacional envolve atividades como:
A complexidade da logística internacional é ampliada devido a fatores como diferenças culturais, barreiras linguísticas, legislações aduaneiras, exigências de seguro, variações cambiais e distâncias geográficas.
Por isso, os profissionais dessa área devem ser, além de capacitados para operar na supply chain, fluentes em pelo menos dois, se possível três idiomas.
A existência de blocos econômicos e tratados internacionais entre países e continentes é um facilitador.
Cabe então ao profissional de logística estar atento às oportunidades, de modo a direcionar as operações para mercados estratégicos.
Um curso de logística, como veremos mais à frente, é uma porta de entrada para entrar nesse mercado que cresce a olhos vistos.
Antes, é necessário que a empresa disponha de um planejamento capaz de mitigar riscos e de antecipar os desafios enfrentados na cadeia de suprimentos, que não são poucos.
Alguns passos fundamentais nesse sentido são os seguintes:
Claro que o setor logístico vem sendo positivamente impactado pelos avanços na tecnologia digital, Internet das Coisas, robótica, automação e inteligência artificial.
Essas tecnologias vêm impulsionando a eficiência e aprimorando as operações em uma escala sem precedentes.
A automação de processos, como o uso de sistemas de gerenciamento de armazém e rastreamento de inventário, por exemplo, agiliza as operações de armazenagem como jamais visto.
Vale destacar ainda a inteligência artificial e a análise de dados, que permitem prever demandas e otimizar rotas de transporte.
A IoT, por sua vez, possibilita o monitoramento em tempo real, dando visibilidade aos produtos em trânsito.
Além disso, a robótica e os veículos autônomos estão revolucionando a movimentação de mercadorias, agilizando entregas e reduzindo custos enquanto melhoram a experiência do cliente.
A logística é uma área fascinante para se trabalhar, repleta de desafios estimulantes.
Se está em seus planos atuar nesse segmento estratégico, conte com a FIA Business School para alcançar todos os seus objetivos.
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