O desenvolvedor full stack é aquele profissional multitarefa que cobre várias frentes na área de TI, pois pode trabalhar com diferentes linguagens.
Habilitado a oferecer um suporte completo, esse especialista está muito valorizado no mercado.
Isso se dá especialmente por causa do uso cada vez mais frequente de tecnologias como Big Data e Inteligência Artificial no desenvolvimento de soluções digitais corporativas.
Com toda essa valorização, a concorrência não deixa por menos.
O full stack precisa ter ou desenvolver uma série de habilidades e se manter atualizado para ser competitivo no mercado.
E por falar em mercado, como está o panorama atual para esse tipo de profissional?
Como fazer para se tornar um especialista completo assim?
Caso se interesse pelas respostas a essas perguntas, ou queira saber quais são as principais atribuições de um full stack, este artigo é para você.
Acompanhe o resumo do que será tratado aqui:
- O que é Full Stack?
- Full Stack Developer: o que faz?
- Programador Full Stack: habilidades que todo profissional da área precisa ter
- Um panorama sobre o mercado Full Stack
- Quanto ganha um desenvolvedor Full Stack?
- Desenvolvedor Full Stack: vagas
- O que estudar para ser Full Stack?
- Melhores cursos Full Stack
- Existe algum curso Full Stack EAD?
Boa leitura!
O que é Full Stack?
Full Stack é um tipo de profissional ligado à área de TI capaz de trabalhar nas mais diversas atividades que dizem respeito ao desenvolvimento e programação web, muito valorizado no mercado graças ao seu conhecimento em diferentes linguagens, códigos e tecnologias.
O termo, em uma tradução para o português, quer dizer pilha completa, não no sentido de energia, mas de carregamento, referindo-se a alguém que tem toda a bagagem necessária.
No caso, um conhecimento multidisciplinar amplo e acima da média.
Se estivéssemos falando de um jogador de futebol, diríamos que o full stack “joga nas 11”, ou seja, pode atuar em todas as posições.
Utilizando uma linguagem mais técnica, o full stack é o responsável por liderar, de ponta a ponta, todo o desenvolvimento de uma solução digital ‒ do back-end ao front-end.
Para executar essas diferentes tarefas, ele precisa ter o domínio de tecnologias, linguagens e códigos como HTML, Python, CSS, PHP, Javascript, banco de dados MySQL, entre outros.
Muitas pessoas do ramo defendem que as atividades desse profissional vão ainda mais além, abrangendo também a configuração de servidores, gerenciamento de rede e banco de dados e coleta/processamento/análise de um grande volume de informações.
Sobre as especificidades das funções de um full stack, falaremos a seguir.
Full Stack Developer: o que faz?
A palavra “full”, que, em inglês, quer dizer completo, já entrega o que faz um full stack developer.
Basicamente, esse profissional está capacitado para atuar em qualquer parte do desenvolvimento de uma solução, do planejamento até a entrega final, passando por toda a parte operacional.
Confira algumas das principais atividades que esse “faz tudo” pode assumir:
Criação de aplicativos mobile
Os aplicativos mobile são soluções digitais cada vez mais utilizadas hoje em dia.
São excelentes formas de empresas monetizarem com a fidelização de clientes, expansão e divulgação da marca, venda de produtos, formação de parcerias comerciais, exploração de espaços publicitários, e assim por diante.
O full stack developer é o grande responsável por conduzir todo esse projeto, coordenando uma equipe de programadores e desenvolvedores e também se envolvendo de forma ativa nas mais diferentes etapas de criação de um app, que são:
- Planejamento
- Esboço com storyboard
- Definição dos recursos, frameworks, APIs linguagens e plataformas a serem usadas
- Testes
- Publicação na loja virtual.
Programação front-end
A programação front-end é o trabalho do full stack que aparece para os clientes e usuários, pois são os conteúdos, funcionalidades, dados e informações que estão à disposição das pessoas na interface dos projetos digitais.
Os botões que o visitante clica, os menus que ele acessa e os campos que preenche só são possíveis graças à programação front-end.
Para dominar essa função, o profissional precisa dominar linguagens, tecnologias e códigos HTML, Javascript e CSS.
Essa é uma atividade muito importante, pois é através dela que os designers conseguem deixar sites, softwares e aplicativos mais acessíveis e com uma melhor experiência para o usuário.
Desenvolvimento back-end
Para que o usuário tenha acesso a tudo “bonitinho” na interface dos sites, é preciso fazer um trabalho de bastidores que ele não enxerga, mas possibilita que os processos aconteçam conforme deveriam.
Essa atuação por trás das telas é chamada de desenvolvimento back-end.
Nele o profissional full stack precisa lidar com outros tipos de linguagens, como Python, PHP, C#, entre outras.
Ele também precisa ter um conhecimento avançado sobre gestão de banco de dados para acessar informações mais rapidamente.
Configuração de servidor
É uma das tarefas mais complexas de um full stack, pois lida diretamente com o armazenamento de dados e, por consequência, da segurança dessas informações.
O trabalho consiste em criar um servidor, centralizando arquivos, documentos e dados em geral num único local.
Assim, o acesso à informação fica mais fácil e personalizado, uma vez que é possível encontrar o que se procura em pastas organizadas e também limitar o número de pessoas que pode usar o conteúdo.
Além disso, você também pode fazer backups em um único lugar, on premisse ou cloud.
A configuração de servidor exige conectar os computadores à rede corporativa, o que pode ser feito por meio de um roteador ou switch.
Coleta e análise de requisitos
Funciona inicialmente como uma espécie de brainstorm, no qual o full stack ouve todas as ideias que os gestores e demais colaboradores desejam que conste na solução e, então, faz um filtro desses requisitos a fim de modelar quais funcionalidades são de fato viáveis.
Depois de coletada as informações, o profissional faz uma análise minuciosa para tentar operacionalizar o que foi decidido.
Para isso, o especialista em desenvolvimento de projetos precisa definir padrões e condições básicas de funcionamento, além da realização de testes.
Modelagem de banco de dados
Modelar um banco de dados significa tentar estabelecer alguma lógica entre as informações captadas.
Devido ao grande volume de conteúdo, soluções em big data têm se tornado grandes aliadas dos full stacks para tornar esse complexo trabalho um pouco mais ágil e assertivo.
Alguns conhecimentos básicos para operar nessa atividade envolvem modelos lógicos de dados (MLDs) e Structured Query Language (SQL), que é a linguagem usada nesse tipo de programação.
Por ser uma tarefa tão importante, algumas empresas acabam optando por um profissional especialista em banco de dados para fazer a modelagem e deixam o desenvolvedor full stack para trabalhar em cima das informações já organizadas.
Programador Full Stack: habilidades que todo profissional da área precisa ter
Qualquer tipo de carreira exige de um profissional o desenvolvimento de uma série de competências, sejam elas comportamentais ou técnicas, e com um desenvolvedor full stack não é diferente.
Confira as principais habilidades que esse “faz tudo” em TI precisa ter:
Soft skills
Entre as chamadas soft skills, enumeramos 7 das competências comportamentais mais imprescindíveis para um profissional full stack:
1. Inteligência emocional
Um profissional que lida diretamente com o desenvolvimento de soluções precisa ter um controle muito grande de suas emoções, pois está sob carga de pressão pesada e constante.
2. Saber trabalhar em grupo
Ainda que seja um profissional multitarefa, um full stack não costuma trabalhar sozinho.
É comum que ela tenha outros colegas no departamento de TI, mas, mesmo que não tenha, esse especialista transita nas mais diferentes áreas e precisa saber trabalhar em conjunto com os gestores e demais colaboradores.
3. Concentração
Se para desempenhar uma atividade apenas nós precisamos de foco, imagine um profissional que precisa lidar com diferentes demandas ao mesmo tempo?
Concentração redobrada é um princípio básico que qualquer full stack precisa ter, especialmente por trabalhar em uma área em que, muitas vezes, um erro pode ser difícil de ser corrigido.
4. Criatividade
Tirar soluções fora da caixa para resolver problemas que surgem sem avisar e sem qualquer tipo de histórico é uma atribuição importante para esse tipo de profissional.
5. Atualização constante
Acomodação é uma palavra que não pode existir no vocabulário de um full stack.
Afinal, ao trabalhar com tecnologia, é preciso estar ligado às principais novidades para se manter sempre atualizado às tendências.
6. Proatividade
Colocar-se sempre à disposição, na linha de frente, para agir com sabedoria nos mais diferentes cenários.
Ainda que não exerça um cargo de gestão, um full stack tem um papel importante no processo de tomada de decisão, principalmente na hora de lançar mão dos projetos digitais.
7. Versatilidade
Por último, deixamos aquela habilidade que basicamente define um full stack, que é a sua capacidade de atuar em diferentes frentes.
O profissional precisa estar pronto para entregar o seu melhor naquilo que a empresa mais precisa para o momento.
Hard skills
Nem só de competências comportamentais se faz um profissional, ainda que elas possam ser grandes diferenciais no mercado de trabalho.
As habilidades técnicas são aquelas mais facilmente medidas e que atestam a capacidade de um especialista atuar em determinada área.
Confiras as 5 principais hard skills que um full stack precisa desenvolver para ter sucesso nessa carreira:
1. Domínio de outros idiomas
Muitos livros e mesmo comandos de códigos e linguagem são em outros idiomas.
Por isso, é imprescindível que o full stack tenha o domínio de línguas estrangeiras.
O inglês é básico neste ramo de atuação, mas recomenda-se alcançar o intermediário.
Se possível, outro idioma depois do inglês é recomendável e começa a se tornar um diferencial.
2. Conhecimento das principais linguagens de programação
Para trabalhar com o desenvolvimento web, por exemplo, um full stack precisa dominar sobretudo os códigos HTML e CSS e conhecer React.Js.
3. Ter noções de arquitetura da informação
Por mais básica que seja a solução desenvolvida, o full stack vai precisar saber organizar os dados disponíveis.
Isso significa conhecer como se hospeda arquivos de mídia, como estruturar os dados dentro do banco e assim por diante.
4. Saber mexer em bibliotecas e frameworks
As bibliotecas e frameworks funcionam como grandes facilitadores para o trabalho de um desenvolvedor de soluções digitais.
Isso porque eles ajudam a resolver problemas específicos de maneira muito mais prática e ágil.
As bibliotecas, por exemplo, são grandes fontes de códigos, verdadeiras coleções que podem ser acessadas.
Entre as mais comuns estão as de JavaScript, como a React, por exemplo, que cria interfaces de usuário.
Já os frameworks possuem funcionalidades já prontas, que só precisam ser copiadas para o projeto em questão.
O Angular, framework usado para criações de aplicativos web, por exemplo, é um dos mais conhecidos.
5. Entender sobre interface e design de projetos digitais
O design de software, aplicativos e páginas não chega a ser uma atribuição específica de um full stack, no entanto, se você busca um diferencial, essa é uma oportunidade.
Para isso, você terá de estudar sobre experiência do usuário, identidade visual, usabilidade, entre outros conceitos importantes da área.
Um panorama sobre o mercado Full Stack
O mercado de trabalho para os profissionais full stack e da área de TI em geral é ainda carente de mão de obra qualificada.
Os especialistas que se formam ainda não conseguem dar vazão à grande demanda existente no contexto corporativo.
Uma demonstração disso é de que 7 dos 10 cargos mais difíceis de serem preenchidos pertencem ao setor de tecnologia, segundo um estudo recente da plataforma de empregos Indeed.
Ou seja, trata-se de uma oportunidade e tanto para quem deseja atuar como full stack e absorver essa necessidade do mercado.
Especialmente porque estamos falando de um profissional multitarefa, que pode executar as variadas atividades referentes à TI.
A tendência é que as soluções digitais ganhem cada vez mais espaço dentro das rotinas organizacionais de empresas de praticamente todos os ramos.
Portanto, não estamos falando de uma demanda momentânea e pontual, mas sim de uma nova realidade que se impõe e continuará presente.
Quanto ganha um desenvolvedor Full Stack?
A escassez de profissionais qualificados para trabalhar como desenvolvedor full stack também traz impactos na remuneração paga a esses “faz tudo” da tecnologia.
Como estamos falando de uma carência no mercado, a tendência é que esse tipo de especialista seja bem recompensado financeiramente.
Em 2021, a média salarial deste profissional ficou entre R$ 5 mil e R$ 15 mil, segundo levantamento da Geekhunter, plataforma especializada em vagas para programadores e desenvolvedores.
Para chegar a esses números, a empresa levou em conta os registros do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Brasil (Caged), os diferentes níveis de experiência dos profissionais e também o porte das empresas contratantes.
Por óbvio, quanto maior for a corporação e mais capacitado for o trabalhador, maior tende a ser a sua remuneração.
O estudo também apontou que São Paulo é a cidade brasileira em que os profissionais da área de TI alcançam os maiores salários.
Desenvolvedor Full Stack: vagas
A versatilidade que essa profissão proporciona se traduz também nas oportunidades.
Afinal, você pode atuar em diferentes áreas e, consequentemente, concorrer a diversas vagas, como as seguintes:
- Scrum Master
- DevOps
- Agile coach
- Programador mobile
- Programador back-end
- Programador front-end
- Programador Abap
- Programador Delphi
- Programador Visual Basic
- Programador Oracle
- Programador Javascript
- Desenvolvedor de softwares.
O que estudar para ser Full Stack?
O curso de engenharia da computação é o mais completo da área de TI e que mais credencia um profissional a se tornar um full stack.
Isso porque a formação oferece noções gerais de diferentes áreas da tecnologia, ajudando nessa visão mais generalista da profissão.
No entanto, para se especializar em determinados conhecimentos, o futuro profissional vai precisar se dedicar a estudar mais a fundo alguns conceitos, como:
- Programação
- Dispositivos mobile
- Desenvolvimento front e back-end
- Infraestrutura – DevOps
- Cloud
- Banco de dados
- Experiência do usuário e usabilidade
- Big Data
- Inteligência Artificial.
Alguns cursos Full Stack
Para se tornar um verdadeiro expert em desenvolvimento full stack, você precisa estar em constante atualização.
Estamos falando de uma busca incessante por conhecimento.
Por isso, listamos alguns cursos relacionados à área para que você possa se tornar um profissional ainda mais capacitado:
- Desenvolvedor full stack da Kenzie Academy
- Cursos de programação da DevMedia
- Full stack developer da Udemy
- Full stack cloud application development da IBM
- Desenvolvedor Django full stack da Treinaweb.
Existe algum curso Full Stack EAD?
O ensino a distância é uma realidade cada vez mais forte e, graças a essa tecnologia, você pode fazer qualquer um dos cursos citados acima, além de muitos outros, pelo sistema EAD.
Aqui mesmo, na FIA, nós oferecemos uma série de cursos na área de TI, como a Pós-Graduação em Programação Full-Stack e Desenvolvimento em Linguagens Eficientes, por exemplo.
Todos acontecem com aulas 100% a distância com aulas com professores conceituados como Alexandre Del Rey, Natan Marques, Enock Godoy de Souza, docentes formados na USP, gestores em grandes organizações e líderes reconhecidos.
Não há motivos para você não investir em conhecimento para a sua carreira.
Conclusão
O profissional de full stack é um dos mais valorizados do mercado e, se você pretende investir nessa carreira ou contratar alguém para atuar na área, a hora é agora.
Afinal, estamos falando de um especialista imprescindível no mercado atual e que, daqui para frente, vai ganhar cada vez mais protagonismo no contexto organizacional, principalmente no processo de tomada de decisões.
Gostou desse artigo?
Para conferir mais assuntos relacionados a empreendedorismo, administração e performance empresarial, fique sempre ligado no blog da FIA.