Os estudos de caso têm se tornado cada vez mais populares, muito em razão do seu uso como prova social em estratégias de marketing.
Mas não se engane achando que se trata de um instrumento novo.
A verdade é que estudar situações reais que deram certo para se chegar a resultados de igual êxito é um método científico comum e que apresenta vantagens.
Entre elas, pular a etapa de tentativa e erro.
Afinal, por que perder tempo indo por um caminho desconhecido se já existe um que aponta para o sucesso?
Neste artigo, você vai saber o que são estudos de caso, como funcionam, para que servem e também conferir exemplos e dicas para criar seus próprios cases.
Veja a relação de tópicos que iremos abordar a partir de agora:
Eram essas as informações sobre estudos de caso que procurava? Então, siga a leitura!
Estudos de caso são um método de pesquisa ampla sobre um assunto específico, permitindo aprofundar o conhecimento sobre ele e, assim, oferecer subsídios para novas investigações sobre a mesma temática.
No livro Estudo de Caso Planejamento e Métodos, o cientista social Robert K. Yin define o estudo de caso como uma estratégia de pesquisa que responde às perguntas “como” e “por que” e que foca em contextos da vida real de casos atuais.
Também o considera como uma investigação empírica que compreende um método abrangente, com coleta e análise de dados.
Mas Yin não é o único autor a dar a sua definição sobre os cases.
William Goode diz que o estudo de caso é um meio de organizar os dados, preservando do objeto estudado o seu caráter único.
Mais à frente, vamos detalhar os diferentes tipos de estudos de caso, que podem ser aplicados em áreas diversas.
Entre elas, administração, recursos humanos e marketing.
Sobre o marketing, inclusive, vale dizer que os cases são um fenômeno em alta, sendo usados por marcas e empresas como prova social para a promoção de suas soluções.
Estudos de caso são utilizados como benchmark, ou seja, como ponto de partida ou inspiração para quem deseja realizar um trabalho parecido com o que foi relatado.
Ao observar os passos dados por outra pessoa, grupo ou organização, fica mais simples compreender e fazer previsões para evitar erros de percurso.
Portanto, é útil que os estudos de caso mostrem não apenas os acertos, mas também as falhas encontradas na busca por uma solução.
Ambos servem como orientação para que uma empresa, equipe ou profissional faça um planejamento eficiente e consiga alcançar seus objetivos.
Não significa que o relato deva ser, simplesmente, copiado para que se obtenha sucesso.
Afinal, cada situação e problema são únicos, o que vai exigir, pelo menos, adaptações ao momento do negócio ou da carreira.
No entanto, saber que uma metodologia já foi testada e aprovada confere maior segurança sobre sua aplicação e resultados.
Normalmente, toda pesquisa ou investigação parte de de um modelo a seguir, o qual serve de referência para o novo trabalho.
Em um primeiro momento, é justamente para isso que servem os estudos de caso: eles são modelos referenciais.
Sabemos que cada caso tem sua particularidade, ou seja, é único.
Mas as experiências de quem já trilhou um caminho parecido, sendo elas transmitidas a quem está começando agora, diminuem bastante as chances de erro.
Por outro lado, os objetivos de um estudo de caso podem variar conforme a área na qual são utilizados.
Quando focam na inovação, por exemplo, mantém o caráter de referência, servindo até mesmo como uma ação de benchmarking, a partir da qual negócios buscam aprender com as melhores práticas do mercado.
Na área acadêmica, podem ser solicitados como pré-requisito para cursos de graduação ou pós-graduação.
Nesses casos, têm o propósito de atestar a capacidade do aluno de investigar um problema e de propor soluções.
A definição quanto ao tema do estudo de caso varia de acordo com a finalidade dele.
O foco pode ser direcionado a uma pessoa (física ou jurídica), a um grupo pequeno ou também a um evento.
Então, o ponto de partida é sempre determinar quem é o alvo a ser estudado.
Na área acadêmica, é possível investigar as contribuições de um determinado autor sobre um tema.
Na área médica, pesquisar os efeitos de um medicamento ou tratamento sobre um paciente ou pequeno grupo deles.
No marketing, estudar o comportamento de vendas de um produto durante um período limitado de tempo.
Esses são apenas alguns exemplos que nos ajudam a entender como se dá essa definição.
Como características de cases, nunca a pesquisa foca em um grande grupo, já que a proposta é sempre produzir conhecimento aprofundado sobre algo específico.
O importante é que, além dessa característica, o objetivo do estudo de caso seja também relevante.
Ao contrário das pesquisas mais generalistas, os estudos de caso permitem a observação de detalhes da trajetória percorrida por um profissional ou empresa, fornecendo insights diferenciados.
Conforme destaca Robert Yin no livro “Estudo de caso: planejamento e métodos“, essa modalidade de estudo interessa quando a ideia é investigar acontecimentos contemporâneos, identificando comportamentos relevantes para que eles ocorressem.
Em uma reflexão sobre a obra, as fonoaudiólogas Laïs de Toledo Krücken Pereira, Dalva Maria Alves Godoy e Denise Terçariol afirmam que:
“O Estudo de Caso, considerado dentro de suas características, é particularmente útil para responder perguntas do tipo ‘como’ e ‘por que’, pois possibilita um estudo aprofundado do fenômeno.”
Ao conhecer detalhes sobre os estudos de caso e suas aplicações, algumas vantagens já ficam claras.
Mas para não restar dúvidas, vamos listar abaixo as principais.
Confira:
Você já comprou algo em razão da recomendação de outra pessoa, seja na internet ou em loja física?
O relato de experiências positivas a respeito de um produto ou serviço costuma ser um fator que influencia na decisão de fechar, ou não, negócio com uma empresa.
É por isso que grandes players do e-commerce, como a Amazon, apostam em reviews – as famosas resenhas ou comentários de clientes avaliando seus produtos.
Quanto mais bem avaliado, maiores as chances de um item ser comprado por outras pessoas, ainda que não conheçam os usuários que fizeram as resenhas.
Um processo similar ocorre quando uma empresa apresenta cases mostrando o sucesso dos consumidores ao utilizar suas soluções.
Ao ter contato com os estudos de caso, clientes em potencial se sentem mais seguros e embasados para adquirir um novo produto ou serviço.
A tendência, então, é que o consumidor avalie certa quantidade de materiais para orientar sua escolha – incluindo os estudos de caso.
Para se ter uma ideia, a pesquisa Eccolo Media 2014 mostrou que metade deles consome de 2 a 5 recursos de conteúdo antes de tomar sua decisão de compra.
Realizada junto a compradores de soluções em tecnologia, a pesquisa foi detalhada nesta apresentação da consultora de marketing Angela Halat Portugal.
Do total de respondentes, 36% citaram os estudos de caso entre os recursos mais utilizados para isso, atrás somente dos white papers (análises de mercado independentes, consultados por 49%) e folhas de dados de produtos (46%).
Em outras palavras, cases bem construídos têm o potencial de elevar as vendas.
Antes de falar sobre os impactos, vale lembrar que o marketing vai muito além das vendas, interferindo na visão que o consumidor tem sobre uma marca, empresa, produto ou serviço.
Portanto, uma estratégia de marketing eficaz atua desde a captação e conversão (venda) até a fidelização e formação de um relacionamento com o cliente, facilitando novas interações e conversões.
Daí a importância de apostar em conteúdos que entretenham, informem e entreguem valor ao público-alvo, o que engloba os estudos de caso.
Para se ter uma ideia, a pesquisa Eccolo Media 2014 também revelou que esses conteúdos estão em segundo lugar entre os recursos mais influentes para os consumidores, apontando que:
“Ajudam a estabelecer credibilidade, educar os prospects a respeito do seu produto, diminuir a percepção de risco associada à compra”.
Por isso, os cases foram mencionados por 33% dos participantes como materiais que influenciam sua percepção em relação a empresas e marcas.
Os estudos de caso têm relevância, especialmente, por sua abordagem prática.
Quando solicitados pelo professor na escola ou na faculdade, exigem que o aluno tenha uma postura proativa, levantando informações, observando e questionando teses e o senso comum.
É necessário superar as tarefas convencionais, como a leitura e a escrita, para fazer uma avaliação de como as teorias se aplicam na vida real.
Ou seja, ao contrário das técnicas mais comuns no modelo de ensino-aprendizagem tradicional, estudar os cases pede certa independência em relação ao educador.
Os alunos são desafiados a consultar materiais fora da grade curricular, fazer novos contatos e até conhecer a organização onde o case foi desenvolvido, a fim de tirar as próprias conclusões.
Dessa forma, é provável que aprendam com maior rapidez e facilidade, além de fortalecer sua autonomia nos estudos – o que contribui para que se tornem profissionais mais conscientes e bem articulados no futuro.
A seguir, comentamos duas metodologias que enriquecem o aprendizado através do estudo de casos.
Confira!
Faz mais de um século que os acadêmicos de uma das mais prestigiadas universidades do mundo criaram uma abordagem diferenciada para otimizar o ensino em cursos e MBAs voltados para o campo da administração.
Conhecida como Método Harvard, essa dinâmica emprega a técnica da sala de aula invertida para estimular a aprendizagem de maneira proativa.
Nesse processo, os alunos têm contato prévio com as referências teóricas de cada aula, sendo que textos, imagens, vídeos e outros materiais são estudados antes do encontro presencial.
Durante a aula, o professor tem o papel de mediador, fazendo questionamentos iniciais sobre a compreensão da classe a respeito do problema apresentado em um estudo de caso.
Depois de perguntar a opinião de um estudante, o educador segue incentivando um debate e troca de ideias, questionando se alguém discorda do ponto de vista do colega, por exemplo.
Um fator interessante é que não há perguntas ou assuntos definidos com antecedência para os encontros, somente o estudo de caso.
Assim, os alunos precisam se dedicar para entender, de início, qual problema levou a empresa a aplicar a solução comentada no case.
Inspirados em situações reais, os encontros não têm como meta encontrar um resposta única ou correta e, sim, favorecer o senso crítico, a criatividade e a participação da classe.
Quem se omite das discussões tem uma avaliação negativa, enquanto os que contribuem e raciocinam são bem avaliados.
Os estudos de caso também podem ser combinados à aprendizagem baseada em problemas.
Como o nome sugere, essa abordagem parte, sempre, de um problema para despertar a criatividade e a capacidade de os alunos proporem soluções diversas – atributos bastante úteis para alavancar qualquer negócio.
Ao apresentar um ou mais cases, professor e estudantes podem debater sobre a eficácia das soluções encontradas, que outros formatos poderiam ser aplicados e que consequências poderiam ter.
Estudos de caso podem auxiliar em uma série de contextos diferentes.
Nos tópicos acima, mencionamos sua contribuição para aumentar as vendas, melhorar a estratégia de marketing e aprimorar o processo de aprendizagem.
Ações para obter inteligência de mercado também podem ser potencializadas através da observação e elaboração de estudos de caso.
Basta identificar uma necessidade ou desejo da organização ou profissional e, em seguida, eleger um ou mais modelos que serão analisados.
Se sua empresa – um serviço por assinatura online – quer aperfeiçoar o atendimento, pode avaliar as táticas empregadas pela Netflix, por exemplo.
Uma boa pedida é começar pelo Centro de Ajuda, que disponibiliza as dúvidas mais comuns entre os clientes:
Se a necessidade é conquistar um público mais exigente por meio de produtos personalizados, reposicionando a marca, vale a pena conhecer e fazer um estudo de caso da Havaianas.
No início, a empresa apostava em durabilidade e simplicidade, oferecendo uma só versão de seus chinelos.
Hoje em dia, seu portfólio foi diversificado para contemplar pessoas de classes sociais e interesses variados.
Agora, se a ideia é se tornar um líder em sua área de atuação, vale eleger um ou alguns executivos em que você se inspira e estudar os passos deles.
Tenha em mente que as situações em pauta devem ser reais, ter o contexto reconhecido e você deve realizar um estudo sobre os fatores que poderiam modificar o resultado obtido.
Dependendo de seu propósito central, os estudos de caso se enquadram em três tipos: exploratórios, descritivos ou analíticos.
Um mesmo case pode ser estudado com finalidades diferentes, assim como um mesmo estudo pode receber mais de uma classificação.
Saiba mais sobre as modalidades, abaixo.
Estudos de caso exploratórios são aqueles que têm por premissa evidenciar ou adicionar informações a respeito de situações em que há pouca clareza.
Esse modelo é particularmente interessante quando se deseja iniciar as pesquisas sobre um campo recém-descoberto, práticas ou grupos dos quais pouco se sabe.
Diante desses cenários, o pesquisador se propõe a observar o case, a fim de gerar registros que ampliem sua visão sobre o assunto ou problema apresentado.
Devido a essas características, os estudos exploratórios são usados com frequência como fundamentos para pesquisas mais aprofundadas, que só poderão ser desenvolvidas quando o autor tiver maior conhecimento a respeito do objeto estudado.
Estudos de caso descritivos costumam ser pautados por um ou mais objetos bem definidos, sendo os mais populares para a apresentação de cases.
Sua finalidade é descrever, de modo detalhado, uma solução aplicada em determinado contexto, dando suporte para a compreensão dos eventos que moveram um indivíduo, grupo ou empresa de um contexto a outro.
Ao longo de sua explanação, o estudo permite que as questões “como” e “por quê” sejam respondidas, destacando os caminhos, variáveis e ferramentas empregadas em todo o processo de transição.
Propõem reflexões para assimilar ou refutar uma tese, partindo dos elementos de um ou mais casos escolhidos.
Em geral, estudos de caso analíticos utilizam mais de um objeto, pois têm como missão apresentar dados que fundamentem sua análise e pontos de discussão.
Um estudo de caso pode ser solicitado para apresentação em um trabalho de conclusão de curso (TCC), dependendo da instituição de ensino.
Nessa situação, o aluno precisa escolher um tema a investigar e oferecer contribuições à pesquisa acadêmica sobre a sua área de estudos.
Umberto Eco, no livro Como se Faz uma Tese, diz que “uma tese consiste em um trabalho no qual o estudante aborda um problema relacionado com o ramo de estudos em que pretende formar-se.”
É verdade que o conceito de tese está diretamente relacionado com a produção científica em cursos de doutorado, assim como a dissertação aparece nos cursos de mestrado.
Mesmo assim, o sentido do termo se aplica também à pesquisa desenvolvida em cursos de graduação, inclusive a um estudo de caso para TCC.
Enquanto trabalho acadêmico, ele possui base teórica e é um método científico aplicável a diversas áreas.
Para tanto, coleta dados empíricos qualitativos e atuais e, assim, permite a observação e a explicação de um acontecimento único, mas também representativo.
Como vimos até aqui, um estudo de caso investiga fenômenos através de experiências reais e foca em uma unidade individual, como um grupo, uma organização ou uma comunidade.
Como afirma o professor Robert E. Stake, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, “o objetivo do estudo de caso não é representar o mundo, mas representar o caso.”
Assim, um estudo de caso único é um projeto que observa exclusivamente uma unidade, permitindo um entendimento mais exato, porém aprofundado, das circunstâncias estudadas, o que faz com que os resultados sejam mais confiáveis.
Uma parte importante da pesquisa é o estudo de campo, que se relaciona diretamente com a coleta dos dados.
Como o estudo de caso é baseado em fatos, é preciso garantir a observação dos acontecimentos reais e o registro deles.
É justamente para isso que se aplica um estudo de campo.
É o que torna possível a abordagem qualitativa que o estudo de caso oferece para responder às questões colocada por Yin: “como” e “por quê”.
Por causa da flexibilidade nos objetivos e aplicações, os estudos de caso beneficiam diferentes setores e departamentos dentro de uma organização.
Afinal, todos gostamos e nos sentimos mais confiantes ao ter contato com uma história de sucesso detalhada, que revela tanto as decisões assertivas quanto aquelas que prejudicaram o processo.
Elas ampliam nosso repertório, contribuindo para enriquecer nossas ideias e formar sugestões diante de cenários desafiadores.
Pensando nisso, reunimos cases de segmentos distintos para você se inspirar e, quem sabe, ter alguns insights que vão ajudar a resolver questões do dia a dia.
Acompanhe, a seguir, referências nas áreas de administração, marketing, negócios, inovação e recursos humanos.
Na área de administração, a Confiança Van Lines é objeto de um interessante estudo de caso que analisa a internacionalização da empresa.
Originária do Nordeste brasileiro, hoje ela atua também nos Estados Unidos.
A empresa foi fundada para atender demandas de infraestrutura das pessoas que saiam do interior do Ceará para a capital, Fortaleza.
Alguns anos depois, passou a se dedicar ao transporte de cargas para suprir a logística da indústria de refrigerantes.
Logo, se tornou referência na região e aumentou a sua oferta de serviços para transportes da indústria de calçados e mudanças pessoais.
Na década de 60, durante o regime militar no Brasil, a movimentação de oficiais do Exército que saiam do Rio de Janeiro para o Ceará aumentou. Então, surgiram novas demandas que foram aproveitadas pela Confiança.
Em 1967, a transportadora venceu uma concorrência governamental para realizar mudanças de Fortaleza para Brasília. Foi o que possibilitou a abertura da primeira filial no Piauí.
Com o fim do governo militar, a contrariando as orientações administrativas da época, a Confiança começou a se internacionalizar.
O destino escolhido foi Miami, nos Estados Unidos, porque a demanda de mudança para brasileiros que chegavam lá era significativa e crescente.
Aproveitando a experiências com os militares no Brasil, a Confiança se tornou a primeira empresa de origem estrangeira a fazer serviços de transporte para membros do governo e de materiais militares nos Estados Unidos, com certificação do Pentágono e da Administração de Serviços Governamentais.
Mas os brasileiros continuaram sendo o foco da empresa, veiculando propaganda em jornais e revistas consumidor por eles, além de enviar folders institucionais para os diplomatas.
Focar nesse nicho fez a empresa dobrar seu faturamento.
A experiência da hoje Confiança Moving se tornou um importante case de administração, dando origem a produções acadêmicas diversas.
Muitas delas, você encontra a partir de pesquisas na internet, sobretudo no Google Scholar.
Como exemplo de estudo de caso no marketing, um tema investigado na área acadêmica tem sido do da empresa Groupon, cujo valor de mercado cresceu 3 milhões de dólares em menos de dois anos.
Esse é um site de compras coletivas que oferece ofertas diárias com descontos de até 90% aos usuários cadastrados, faturando a partir da comissão sobre as vendas.
Sua operação depende também de uma mobilização nas redes sociais, com o objetivo de alcançar um número mínimo de clientes para, só então, liberar a oferta.
Assim, há um marketing orgânico, uma vez que os próprios usuários se mobilizam para chegar à meta estipulada e ter acesso ao desconto.
No final do processo, os usuários recebem um desconto generoso, o site recebe boa comissão com o alto volume de vendas e o estabelecimento responsável pela oferta ganha clientes e também em visibilidade.
Para oferecer diversos serviços e alcançar muitos consumidores, a Groupon teve que convencer as empresas de que anunciar no seu site era um bom negócio.
As vantagens apresentadas foram as seguintes:
E podemos dizer que deu certo.
Em 2010, a empresa contava com aproximadamente 12 milhões de assinantes exclusivos, estava presente em 30 cidades do país e com uma média de 22 milhões de visitas por mês.
Na área de negócios, temos um caso semelhante ao da Confiança, pois envolve a internacionalização de uma empresa brasileira.
Trata-se de uma investigação sobre como a Miolo Wine Group entrou no mercado chinês.
De olho nas previsões de consumo de vinho na China e aproveitando que o governo local assinou acordos estabelecendo alíquota de 0% por importação de vinhos, a Miolo decidiu participar de feiras e eventos no país para conhecer melhor o mercado chinês.
Um exemplo foi a feira Wines from Brazil, promovida pela APEX, a agência brasileira de fomento à exportação.
Na oportunidade, estabeleceu contatos e fechou parceria com a empresa Ningbo Ke Peng, que se tornou a representante exclusiva da marca Miolo na China.
Isso possibilitou a abertura de uma loja modelo em Xangai, tendo como objetivo fortalecer o relacionamento com os clientes.
Logo de cara, a importação de vinho da empresa para o China aumentou 74% em apenas um ano.
O caso mostra como a correta gestão de negócios, aliada a uma iniciativa empreendedora, pode conferir resultados significativos.
Como estudo de caso de inovação, vamos falar sobre a Mills, que atua na construção civil, mais precisamente em operações de trabalho em altura.
A empresa inovou no modo de se comunicar com colaboradores.
Para isso levou em consideração a carência de conhecimentos técnicos e mesmo a falta de acesso ou de motivação a meios tradicionais de comunicação empresarial.
Mesmo com tantas possibilidades, havia uma dificuldade de definir o melhor meio de enviar sua mensagem aos trabalhadores do chamado “chão de fábrica”.
Material impresso, jornal, revista, mural, nada disso representaria uma inovação e solucionaria o problema.
Foi então que a Mills criou uma revista em quadrinhos, envolvendo seus colaboradores em uma narrativa de fácil compreensão e com cores fortes que chamavam a atenção.
Além disso, a revista retratava os colaboradores nas suas funções, passando as mensagens de forma lúdica, clara e descontraída.
Isso aumentou o interesse dos funcionários pela informação que a empresa tinha a lhes passar.
Foi assim que o presidente da Mills e também a diretoria viraram personagens da revista para explicar aos funcionários mudanças estruturais que estavam para acontecer.
A empresa inovou ao assumir uma nova forma de comunicação, colocando-se de forma empática no lugar do seu funcionário.
O exemplo de estudo de caso em RH é da PAP marcas e patentes.
A empresa contava com uma sócia bastante comprometida com as demandas de serviço, que era diretora de organização técnica e responsável pela carteira de clientes administrativos.
Mas, infelizmente, ela faleceu, vítima de um câncer. Como era querida por todos, o abalo emocional da equipe foi grande.
Então, a PAP contratou uma empresa especializada para auxiliar no processo de substituição da sócia na diretoria de organização técnica.
Como resultado, uma pessoa de fora da empresa passou a ocupar a vaga, o que não foi bem recebido pelos funcionários, que gostaria de um recrutamento interno.
Neste momento, havia, então, dois problemas: o abalo pela perda de uma líder admirada e a insatisfação com a sua substituição.
Foi então que a empresa deu início a ações de endomarketing aplicadas à gestão de pessoas.
Balões motivacionais foram colocados nas mesas dos colaboradores e mensagens enviadas por e-mail.
A empresa até fechou por um dia para uma atividade externa de paintball.
No jogo, montaram equipes, analisaram suas estratégias, colocaram em foco o relacionamento interpessoal, a pró-atividade, a comunicação e o espírito de equipe de cada um.
Depois, discutiram o resultado da atividade e, durante alguns meses, os colaboradores fizeram atividades com temática de mudança e comprometimento.
À primeira vista, parece um esforço grandioso, mas o resultado mostra que foi um investimento bem realizado.
Aqueles que estavam desanimados retomaram suas atividades com energia, compromisso e dedicação.
Como consequência, a PAP formou um time de alta performance e total engajamento em prol de seus objetivos.
Depois dos exemplos apresentados acima, está na hora de fazer o seu próprio estudo de caso.
Por isso, separamos 13 passos que vão ajudar você a realizar uma pesquisa para TCC.
Fique de olho na lista:
Por fim, é preciso analisar e interpretar os dados coletados, levantando questões a partir das referências do quarto passo.
Um trabalho de conclusão de curso é uma produção acadêmica e, como tal, deve se dedicar a suprir informações sob um ângulo diferenciado.
No entanto, não é necessário o máximo rigor científico, já que estamos falando sobre alunos que atuam (ou vão atuar) em vários mercados, ou seja, nem todos vão seguir carreira relacionada a pesquisa.
Assim, escolher um estudo de caso para o TCC pode ser vantajoso, pois pressupõe uma abordagem prática e que evidencia a aplicação de técnicas aprendidas durante o curso.
A observação, relato e participação em um case também rendem um aprendizado útil para o aluno, que amplia sua percepção a respeito da área em que está se formando.
A dica para ter sucesso é decidir por um recorte que permita o aprofundamento do estudo, elevando a qualidade do trabalho.
Não se esqueça de priorizar sua área, elegendo, por exemplo:
Um estudo de caso precisa ser relevante, interessante e específico.
Mais do que isso: deve oferecer contribuições para o crescimento do segmento no qual o objeto de estudo está inserido.
Ao longo deste artigo, vimos como esse método de pesquisa é abrangente e serve para as mais variadas finalidades.
Não pretendemos encerrar o aprendizado aqui. Por isso, caso o assunto seja do seu interesse, a recomendação é que busque novas leituras e até mesmo cursos para se especializar na investigação de cases.
Se ficou com alguma dúvida sobre o assunto, deixe um comentário abaixo ou entre em contato conosco.
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