Estratégia empresarial é um plano de ação abrangente e de longo prazo, utilizado por organizações para alcançar objetivos específicos. Envolve análise de mercado e recursos internos e busca alcançar uma vantagem competitiva sustentável, mirando o seu sucesso contínuo.
Em outras palavras, a estratégia de uma empresa é a linha de ação adotada pela gestão de um negócio para realizar suas metas.
Afinal, existem muitos caminhos possíveis para isso.
Por exemplo, imagine que uma empresa pretende expandir suas operações para um país específico, em uma estratégia de internacionalização.
Para minimizar possíveis riscos dessa expansão, ela decide fazer um teste, instalando-se em escala reduzida em um país próximo, com custos operacionais menores.
Se fosse uma ideia mais agressiva de gestão e estratégia empresarial, ela poderia simplesmente se lançar de vez no mercado desejado e arcar com os riscos dessa decisão.
Por isso, profissionais que sabem como posicionar um negócio de forma estratégica tendem a crescer mais rápido na carreira.
Temos certeza que você gostaria de ser um desses.
Então, continue lendo os tópicos abaixo e saiba como se tornar um autêntico estrategista empresarial:
- Afinal, o que é uma estratégia empresarial?
- Qual é a importância da estratégia para as empresas?
- Quais são os tipos de estratégias empresariais?
- Exemplos de estratégias empresariais mais adotadas
- Como fazer uma estratégia empresarial de sucesso?
Acompanhe até o final e entenda a importância da estratégia empresarial para o seu sucesso!
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Afinal, o que é uma estratégia empresarial?
A palavra estratégia vem do grego “stratos”, que significa exército e “agem”, que equivale a comandar.
Tanto que, em grego, “strategos” é o termo para general.
Ou seja, uma estratégia empresarial consiste basicamente em comandar um grupo de pessoas com um plano, visando atingir objetivos específicos.
Um líder “stratego” toma decisões sobre como a empresa alocará seus recursos, competirá no mercado, lidará com a concorrência e criará valor para seus clientes.
A estratégia empresarial é formulada levando em consideração fatores internos e externos, incluindo a análise do ambiente de negócios e a avaliação dos pontos fortes e fracos da empresa.
Precisa também ponderar as oportunidades e ameaças identificadas no mercado, conforme as metas e objetivos definidos.
A estratégia de uma empresa orienta as ações em vários níveis, desde a alocação de recursos até a tomada de decisões operacionais diárias.
Pode abranger áreas como desenvolvimento de produtos, marketing, gestão de recursos humanos e expansão geográfica, entre outros.
Qual é a importância da estratégia para as empresas?
Quem viu o clássico filme Rocky, com Sylvester Stallone, deve se lembrar de como ele apanhava na maior parte do tempo em suas lutas.
De certa forma, essa era uma estratégia do personagem boxeador, que, para enfrentar adversários muito mais fortes, precisava de certa forma compensar essa diferença.
A estratégia de Rocky, no caso, era deixá-los bater até cansar, para aí contra-atacar com o que ainda tinha de forças.
Uma estratégia de alto risco, mas que, pelo menos no filme, se mostrou vitoriosa.
Lembrando que Stallone se inspirou no boxeador Chuck Wepner, que suportou bravamente uma luta de 15 rounds com ninguém menos que Mohammed Ali.
Voltando ao contexto corporativo, uma estratégia empresarial funciona de maneira parecida, dando direção e foco em diversos contextos, favoráveis ou não.
Ao definir metas claras e objetivos específicos, a estratégia concentra os esforços e recursos, de modo que não sejam desperdiçados.
Em um ambiente de negócios em constante mudança, contar com gestão e estratégia empresarial também facilita a adaptação, antecipando tendências e capitalizando oportunidades.
Por analogia, ela serve como um quadro para a tomada de decisões, ajudando os líderes a avaliar opções e escolher aquelas alinhadas com a visão da empresa.
Uma estratégia clara e envolvente motiva a equipe, dando um propósito e mostrando como cada contribuição contribui para atingir objetivos mais amplos.
Em contrapartida, a falta dela desagrega e expõe um negócio ao fracasso precoce, pela falta de um modus operandi consistente.
Agora que a importância da estratégia empresarial ficou clara, vamos ver na sequência as suas principais formas de aplicação.
Quais são os tipos de estratégias empresariais?
Rocky talvez não precisasse apanhar tanto, se descobrisse um ponto fraco em cada um de seus oponentes.
Isso provavelmente mudaria a sua estratégia.
Ou seja, os tipos de estratégias empresariais variam de acordo com as circunstâncias, abrindo um amplo leque de abordagens.
Veja abaixo algumas das mais usadas.
- Estratégia de liderança em custos: foca na produção e minimização de custos para oferecer produtos ou serviços a preços mais baixos do que os concorrentes
- Estratégia de diferenciação: busca destacar produtos ou serviços da empresa como únicos e superiores em características valorizadas pelo mercado, justificando preços mais altos
- Estratégia de enfoque ou nicho: concentra-se em um segmento de mercado específico, atendendo às necessidades exclusivas desse nicho de clientes
- Estratégia de crescimento: busca expandir as operações da empresa, seja por meio de expansão geográfica, desenvolvimento de novos produtos ou aquisições
- Estratégia de alianças e parcerias: colaboração com outras empresas para alcançar objetivos mútuos, como parcerias estratégicas, joint ventures ou acordos de cooperação
- Estratégia de inovação: criação e introdução de produtos ou serviços inovadores para ganhar vantagem competitiva.
Exemplos de estratégias empresariais mais adotadas
A gestão empresarial requer a utilização de ferramentas adequadas para moldar suas estratégias.
Nesse aspecto, duas delas se destacam entre as mais adotadas: o Balanced Scorecard (BSC) e a Objective Key Results (OKR).
A primeira se baseia na definição de objetivos estratégicos a partir de quatro perspectivas:
- Perspectiva dos clientes
- Perspectiva financeira
- Perspectiva do aprendizado e crescimento
- Perspectiva dos processos internos.
Já a OKR é mais simples, consiste na definição de um objetivo a ser alcançado, atrelando a esse objetivo um resultado chave.
O objetivo, no caso, é aonde a empresa pretende chegar, servindo por isso como um direcionamento.
Já o resultado chave seria como uma bússola, dizendo para as pessoas na empresa o quão perto estão de alcançar o seu objetivo.
Como fazer uma estratégia empresarial de sucesso?
Agora que sabemos o que é estratégia empresarial, resta colocar em prática.
Porém, vale saber que o sucesso da estratégia de uma empresa depende de vários fatores, sempre havendo alguma margem para a sorte (ou a falta dela).
O que se busca é reduzir tanto quanto possível a ocorrência do acaso, da gestão baseada no feeling, de modo que nada se interponha na trajetória de um negócio em direção ao seu objetivo.
Seria até ingenuidade achar que apenas uma estratégia ou ferramenta seja suficiente.
Confira na sequência uma sugestão de roteiro, aplicando diversas técnicas e ferramentas com essa finalidade.
1. Definição de objetivos
Como vimos, a definição de uma estratégia começa pela identificação de metas claras e mensuráveis para a empresa.
Por sua vez, essas metas devem estar alinhadas a um objetivo específico e seguir uma visão de longo prazo.
Sempre vale, nesse caso, recorrer à matriz SMART para definir metas condizentes com os contextos externo e interno do negócio.
2. Análise SWOT
Ser estratégico é atuar conforme as circunstâncias, avaliando criteriosamente a hora de avançar, de recuar e de não fazer nada.
Uma ferramenta útil para isso é a análise SWOT, usada para avaliar as forças e fraquezas internas, assim como as oportunidades e ameaças externas.
3. Conhecimento do mercado
No meio militar, parte da estratégia implica o conhecimento do terreno onde as tropas deverão atuar.
Transpondo esse conceito para o meio empresarial, esse “terreno” seria o mercado onde um negócio opera.
Para obter o conhecimento sobre esse aspecto, a melhor ferramenta é a pesquisa de mercado, para entender o comportamento do consumidor e da concorrência.
A propósito, a pesquisa de mercado tem uma metodologia específica:
- Definição de objetivos: antes de iniciar a pesquisa, é preciso definir claramente os objetivos, que pode ser compreender as necessidades do consumidor ou avaliar a viabilidade de um novo produto
- Seleção de metodologia: pesquisas de campo, entrevistas, focus groups, análise de dados secundários, entre outras abordagens, dependendo dos objetivos e do contexto
- Desenvolvimento de questionários ou roteiros: pode-se criar questionários ou roteiros de entrevistas que se alinhem aos objetivos da pesquisa
- Amostragem: garantir que a amostra seja representativa da população-alvo é fundamental para obter resultados confiáveis
- Coleta de dados: realizar a coleta de dados por meio de entrevistas, questionários online, telefonemas ou outras técnicas, dependendo da metodologia escolhida
- Análise de dados: após a coleta de dados, realiza-se uma análise aprofundada para identificar padrões, tendências e insights
- Interpretação e relatório: fase final da pesquisa, em que os resultados são interpretados, bem como as suas implicações estratégicas para a empresa, por meio de um relatório final com recomendações
- Adaptação: a pesquisa de mercado é um processo contínuo, devendo ser constantemente ajustada de acordo com os produtos ou serviços e as demandas e preferências do mercado.
4. Segmentação de mercado
Uma abordagem estratégica é sempre precisa e cirúrgica na medida do possível.
Como vimos, parte dessa iniciativa demanda o conhecimento do mercado onde a empresa atua.
A partir desse conhecimento, é possível “atacá-lo” com grande margem de acerto, por meio da segmentação, que nada mais é do que a identificação de grupos-alvo específicos de clientes.
Por exemplo: uma empresa que vende cosméticos pode vender menos para mulheres na faixa de 30 a 40 anos, segmento em que o ticket médio é mais alto, em vez de promover seus produtos em segmentos mais amplos, mas que compram menos individualmente.
5. Inovação contínua
A falta de inovação é como uma “bomba relógio”, prestes a explodir.
Inovar é uma necessidade, principalmente no cenário da Transformação Digital.
É também uma postura estratégica, de modo que a empresa se mantenha à frente da concorrência.
Isso pode ser conseguido trabalhando em duas frentes que se entrelaçam.
Uma, fomentando uma cultura de inovação dentro da empresa, e outra, adotando novas tecnologias para aprimorar processos, técnicas e rotinas.
6. Desenvolvimento de recursos
Onde falta estratégia, sobra desperdício.
A má utilização dos recursos materiais e humanos é um sinal inequívoco da falta de rumo de um negócio e, consequentemente, de uma estratégia empresarial.
Para evitar que isso aconteça, é preciso investir em treinamento e capacitação das pessoas, de modo que elas possam alocar os recursos disponíveis, maximizando o retorno.
7. Estratégias de marketing
A estratégia de marketing é parte indissociável das operações empresariais, conectando-se diretamente à estratégia global de negócios.
Só assim é possível identificar oportunidades de mercado, definir públicos-alvo e posicionar produtos ou serviços, de modo a impulsionar o crescimento e gerar brand equity.
Utilizando canais como as mídias digitais, impressas e o visual merchandising, cria-se uma percepção positiva da marca, gerando demanda que leva à fidelização.
Integrado à estratégia empresarial, o marketing não apenas impulsiona as vendas, mas fortalece a identidade da empresa, minando os esforços da concorrência.
8. Gestão de riscos
Empreender é se sujeitar aos muitos riscos que todo mercado apresenta.
Para mitigá-los, é fundamental cuidar da gestão de riscos, de modo a fortalecer a estratégia empresarial.
Só assim é possível identificar, avaliar e mitigar potenciais ameaças, transformando-as em oportunidades.
Essa é uma abordagem proativa na antecipação de desafios, fortalecendo a resiliência para que a empresa se adapte ao contexto e tire vantagem do que ele oferece.
Ao compreender os riscos inerentes, a gestão pode tomar decisões com mais assertividade, proteger seus ativos e otimizar o uso de recursos.
Sem contar que a gestão de riscos aumenta a confiança dos stakeholders, o que contribui para o alcance de objetivos estratégicos, aumentando a sustentabilidade empresarial.
9. Monitoramento e avaliação
Nenhuma empresa poderá alcançar o sucesso sem saber se está se aproximando dos seus objetivos e em que situação está atualmente.
Para isso, é necessário cuidar do monitoramento e avaliação, dando suporte à estratégia empresarial por meio de Indicadores-Chave de Desempenho (KPIs) e técnicas de monitoramento.
O progresso em relação aos objetivos estratégicos é medido então com KPIs específicos, de acordo com o objetivo que se pretende alcançar.
Alguns dos mais usados são:
- Participação de mercado percentual: consiste no monitoramento para identificar tendências e desempenho, apoiando metas de aumento de participação de mercado
- Margem de lucro: usado para avaliar a eficácia das estratégias de custo e eficiência operacional
- Retorno sobre Investimento (ROI): indicador amplamente utilizado para medir o resultado dos investimentos em relação à expectativa de retorno financeiro.
Conclusão
Neste texto, vimos o que é estratégia empresarial, tipos, importância e como aplicar.
Fica claro que, sem gestão e estratégia empresarial, o fracasso nos negócios passa a ser questão de tempo.
Por outro lado, o talento apenas não basta para definir uma estratégia bem-sucedida. É preciso muito preparo e qualificação.
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Além disso, não deixe de se manter bem informado, lendo os demais artigos publicados no blog da FIA.
Referências:
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-sao-estrategias-empresariais,e4df6d461ed47510VgnVCM1000004c00210aRCRD
https://www.scielo.br/j/rae/a/KYXBz8XwgS96LD3CRbqn3QH/?lang=pt
https://www.researchgate.net/profile/Bastiaan-Reydon-2/publication/267795411_A_competitividade_verde_enquanto_estrategia_empresarial_resolve_o_problema_ambiental/links/54c284ce0cf2911c7a48f4bf/A-competitividade-verde-enquanto-estrategia-empresarial-resolve-o-problema-ambiental.pdf
https://revistafae.fae.edu/revistafae/article/view/381
https://revistas.faa.edu.br/FDV/article/view/846