Conhecer os conceitos de custo fixo e variável é algo que todo gestor ou dono de negócio precisa para ter sucesso no dia a dia.
É algo relacionado à parte operacional de uma empresa, revelando como essas operações impactam sobre os lucros.
Quanto menor for o custo fixo e variável, mais lucrativo será um negócio.
Nesse caso, você saberia apontar pelo menos dois exemplos de custos fixos e variáveis da sua atividade produtiva?
Essa é uma resposta que só aqueles que têm as despesas muito bem controladas sabem dizer.
Mas o assunto aqui é sério, já que a falta de controle sobre os custos pode ser fatal, levando o negócio a encerrar suas atividades precocemente.
É o que mostra uma pesquisa publicada no portal Terra, segundo a qual 48% das empresas brasileiras fecham em até 3 anos por falta de gestão financeira.
Se você está lendo este conteúdo, é porque está à frente de um negócio ou pensa em abrir um.
Então, veja nos seguintes tópicos do texto o que você vai aprender sobre a saúde das finanças corporativas:
- O que é custo fixo e custo variável?
- Custo fixo
- Custo variável
- Diferenças entre custos fixos e variáveis
- Exemplos práticos de cada tipo de custo
- Impacto dos custos fixos e variáveis no fluxo de caixa e na precificação
- Como controlar custos fixos e variáveis
- A importância de entender a estrutura de custos para a saúde financeira da empresa
- Ferramentas para controlar custos fixos e variáveis
- A expertise da FIA em capacitar profissionais de finanças e gestão.
Continue lendo e saiba tudo sobre custo fixo e variável.
O que é custo fixo e custo variável?
Custo fixo e custo variável são categorias de despesas que influenciam o planejamento financeiro de uma empresa.
É um conceito financeiro que determina que uma atividade opera a partir de certos gastos que podem ou não serem os mesmos.
Por isso, não existe apenas uma fórmula de custos fixos e variáveis, mas diversas maneiras de calculá-los, que variam conforme os objetivos, entre outros fatores.
Além disso, o próprio conceito do que é fixo e variável está sempre sujeito a interpretações.
Tomemos como exemplo as despesas com telefonia.
Para uma empresa que opera digitalmente, esse pode ser um custo fixo, considerando que a maior parte das suas comunicações se concentram em plataformas online.
Cenário diferente se apresentaria para uma empresa de telemarketing, com o seu enorme volume de ligações telefônicas.
Nesse caso, o que é fixo pode apresentar uma oscilação muito maior, dependendo do volume de vendas e de certas sazonalidades.
De qualquer forma, existem certas características que diferenciam um custo fixo e variável.
Entenda quais são conhecendo a definição de cada um deles a seguir e, mais a frente, veremos exemplos de custos fixos e variáveis que vão esclarecer ainda mais.
Custo fixo
Custo é todo gasto que uma empresa tem para produzir um bem ou um serviço, estando portanto ligado à sua atividade principal.
Ele será fixo por não variar conforme as vendas, permanecendo constante ou com muito pouca variação, não importa o quão alto seja o giro do produto.
Provavelmente o melhor exemplo desse tipo de custo é o aluguel.
Aconteça o que acontecer, o valor do aluguel é sempre o mesmo, não dependendo do volume de vendas para ser reajustado.
Outro exemplo desse tipo de custo são os salários, que permanecem os mesmos por períodos de tempo prolongados, com reajustes que não são pautados pelos lucros da empresa.
Sendo assim, os custos fixos são mais difíceis de serem reduzidos ,porque na maioria das vezes, eles não podem ser modificados apenas por decisão da gestão.
Os salários, por exemplo, mudam de acordo com fatores externos, tais como aumento no mínimo, dissídios e decisões sindicais.
Situação diferente acontece quando se compara custo fixo e variável a partir de uma outra perspectiva, como veremos a seguir.
Custo variável
Assim como o custo fixo, o variável também está ligado à atividade principal de uma empresa e ao que se paga para produzir.
A diferença aqui é que esse é um tipo de custo que oscila conforme as vendas, sendo diretamente impactado pelo giro de produtos ou a oferta de serviços.
Também é um tipo de custo que varia de acordo com o que é produzido, portanto, quanto maior o custo operacional, maiores serão os custos variáveis.
É o que se verifica, por exemplo, com o que se gasta com o fornecimento de matérias-primas.
Quanto mais se planeja produzir, mais alto será esse tipo de custo.
O mesmo vale para o que se gasta com embalagens e os insumos consumidos nos processos de produção.
Como se vê, a diferença entre custo fixo e variável está no que determina a sua variação, ou seja, fatores externos ou internos.
Lembrando que, no caso dos custos variáveis, as oscilações nos custos podem ser fruto de decisões da própria empresa.
Diferenças entre custos fixos e variáveis
Como vimos, compreender a relação entre eles é essencial para otimizar recursos e maximizar a eficiência operacional.
Mas e quanto às diferenças?
Embora não haja só uma fórmula de custos fixos e variáveis, é possível delimitar o que é custo fixo e variável a partir de certos aspectos.
Confira na tabela abaixo:
Aspecto | Custo Fixo | Custo Variável |
Definição | Despesas que não mudam com o volume de produção ou vendas | Despesas que variam diretamente com o nível de produção ou vendas |
Exemplos | Aluguel, salários administrativos, seguros | Matérias-primas, comissões de vendas, embalagens |
Variação com a produção | Permanece constante, independentemente da quantidade produzida | Aumenta ou diminui conforme a produção aumenta ou diminui |
Previsibilidade | Mais fácil de prever e planejar, pois é fixo | Mais difícil de prever, pois depende do nível de atividade da empresa |
Impacto nos custos totais | Tem um peso constante no total de custos, impactando a margem de lucro de forma fixa | Impacta diretamente o custo total de produção e a margem, variando de acordo com as vendas e produção |
Importância estratégica | Essencial para manter operações, independente do volume de vendas. | Decisivo para maximizar a lucratividade e controlar o custo em períodos de alta ou baixa demanda. |
Exemplos práticos de cada tipo de custo
Como vimos, o que não falta são exemplos de custos fixos e variáveis, o que pode ser facilmente observado no dia a dia das empresas.
Para facilitar, confira na tabela abaixo alguns dos mais conhecidos e a natureza de cada um deles:
Tipo de custo (custo fixo e variável) | Exemplo | Descrição |
Custo Fixo | Aluguel | Valor pago mensalmente pelo espaço físico da empresa, que não varia com a produção |
Salários de funcionários administrativos | Salários de empregados que não estão diretamente envolvidos na produção, permanecem constantes | |
Seguros | Pagamentos regulares para seguros de propriedade, saúde ou responsabilidade civil | |
Despesas com depreciação | Redução do valor dos ativos fixos ao longo do tempo, refletindo seu uso e desgaste | |
Taxas de licenciamento | Custos associados à manutenção de licenças e permissões necessárias para operar | |
Custo Variável | Matérias-primas | Custos de materiais utilizados na produção, que aumentam ou diminuem conforme a quantidade fabricada |
Comissões de vendas | Pagamentos feitos aos vendedores, variando com o volume de vendas realizadas | |
Embalagens | Custo das embalagens utilizadas, que muda com o número de produtos vendidos | |
Energia elétrica | Despesas com eletricidade que variam com a produção, especialmente em fábricas | |
Transporte de produtos | Custos logísticos que dependem da quantidade de produtos enviados ao cliente. |
Impacto dos custos fixos e variáveis no fluxo de caixa e na precificação
O preço de um produto ou serviço é definido conforme os custos de produção, a concorrência e a elasticidade, entre outros fatores.
Para isso, considerando o custo fixo e variável, o primeiro fator a ser ponderado são os custos fixos, em razão do seu impacto maior sobre os custos de produção.
Como representam uma saída de caixa constante, eles acabam por exercer uma pressão maior sobre o fluxo de caixa, obrigando a empresa a manter um volume mínimo de vendas.
Por sua vez, os custos variáveis não geram um impacto tão grande sobre o fluxo de caixa, porque eles sempre variam de acordo com o que se produz.
Ainda que eles até gerem um impacto momentâneo, a expectativa de retorno com as vendas acaba compensando, a não ser que os produtos não tenham saída.
Por isso, ao precificar, é preciso calcular o chamado ponto de equilíbrio, que consiste no volume de dinheiro resultante de vendas mínimo para custear as operações.
Já os cursos variáveis entram em um outro tipo de cálculo, já que o que se considera aqui é a lucratividade por unidade vendida.
Como controlar custos fixos e variáveis
O custo fixo e variável de um negócio entra em uma série de cálculos para analisar sua capacidade de gerar receitas.
Nesse aspecto, os custos fixos são um desafio maior, já que representam um peso grande sobre o orçamento empresarial.
Vale lembrar ainda que custo fixo e variável é uma noção relativa, ainda que haja certos custos que não mudam em relação à sua natureza.
Não por acaso, uma medida comum de controle dos custos fixos é a busca por locais onde a operação seja mais barata, com preços de aluguel mais em conta.
Outra forma de mitigar os custos fixos é o outsourcing (terceirização), de modo que a empresa possa pagar menos por serviços e bens essenciais à produção.
Já os custos variáveis, por dependerem da produtividade, podem ser reduzidos optando por fornecedores com preços mais competitivos.
Vale, ainda, buscar alternativas para baratear os custos com transporte, que sempre impactam o custo de produção e, principalmente, de distribuição.
Como vimos, não existe apenas uma fórmula de custos fixos e variáveis, mas um conjunto de medidas que podem ser tomadas para diminuir o peso de cada um.
A importância de entender a estrutura de custos para a saúde financeira da empresa
Ficou claro até aqui o que representa custo fixo e variável?
Sem ter clara essa noção, não será possível calcular indicadores fundamentais para a lucratividade do negócio, como a Margem de Valor Agregado e o ponto de equilíbrio.
Quanto mais fundo a gestão mergulhar no entendimento do custo fixo e variável, mais conhecimento de causa ela terá para definir sua matriz de custos e para manter um nível ótimo de seu capital de giro.
A partir do que vimos, o conhecimento sobre custo fixo e variável é indispensável para definir preços competitivos.
Ainda que os valores praticados pela concorrência exerçam sempre alguma influência, o fator mais importante a ser considerado é sempre o custo de produção.
Portanto, entender e controlar o custo fixo e variável é uma forma de preservar a saúde financeira do negócio, mantendo-o em condições de seguir em frente.
Ferramentas para controlar custos fixos e variáveis
A digitalização das atividades produtivas é uma realidade e quem não se adequar vai deixar dinheiro na mesa.
O controle do custo fixo e variável, nesse caso, fica mais ágil e menos sujeito a falhas quando se investe em automação.
Confira abaixo algumas ferramentas que são uma verdadeira mão na roda nesse aspecto:
- Planilhas eletrônicas: planilhas no Google ou Excel na nuvem para registrar e analisar custos fixos e variáveis com gráficos e fórmulas
- ERP: software que integra finanças, contabilidade e produção, gerando relatórios completos. Boa parte deles enviam alertas de gastos
- Sistema contábil: software de contabilidade para pequenas empresas, com categorização de despesas e monitoramento de fluxo de caixa
- Power BI: ferramenta de visualização que integra dados para criar gráficos de análise de custos fixos e variáveis
- Controle de estoque: sistema de inventário que monitora níveis de estoque, ajudando a otimizar custos variáveis.
A expertise da FIA em capacitar profissionais de finanças e gestão
Contar com as melhores ferramentas ajuda, mas, sem profissionais à altura, conhecer o custo fixo e variável de um negócio seria de pouca utilidade.
Por essa e outras razões, as empresas estão sempre em busca de especialistas capazes de controlar seus custos, definir preços e ajudar na formulação de suas estratégias.
Se está em seus planos ser um desses profissionais, invista em conhecimento.
Sua melhor escolha é formar-se em Ciências Econômicas na FIA Business School.
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Conclusão
Conhecer o custo fixo e variável da empresa, bem como suas nuances e diferentes categorias, é essencial para gerir um negócio, não importa o segmento ou o porte.
Da mesma forma, você precisa se manter bem informado para acompanhar as constantes atualizações e o surgimento de novas tecnologias.
Leia os artigos do blog da FIA e acumule conhecimento que vai fazer a balança pesar a seu favor nos negócios e na carreira.