Aprender como falar em público é importante para atividades desenvolvidas em diversos segmentos da vida profissional e pessoal.
Mesmo quem não tem palestras e grandes apresentações na agenda acaba precisando dessa habilidade em algum momento.
Pode ser, por exemplo, durante a apresentação de um projeto a um pequeno grupo ou mesmo em um brinde em evento de família.
Porém, a simples ideia de precisar discursar para uma plateia, seja formada por conhecidos ou desconhecidos, é capaz de provocar nervosismo em muita gente.
Uma pesquisa já bastante antiga, mas ainda válida, trouxe uma noção da quantidade de pessoas que sofrem com o medo de falar em público.
Dentre os 452 participantes, 32% disseram sofrer de ansiedade excessiva antes de falar para um grupo, enquanto 13% contaram que o medo lhes causou sofrimento profundo ou impactou no trabalho, vida social e educação.
Se você também tem pavor de falar em público ou precisa melhorar essa competência, veio ao lugar certo.
A partir de agora, vamos falar sobre os segredos para uma boa comunicação, de que forma desenvolver essa habilidade e superar o medo, com dicas práticas e vídeos.
Confira os tópicos que preparamos para este artigo:
Quer descobrir tudo sobre o assunto? Então, continue a leitura!
“Frequentemente, é necessário mais coragem para ousar fazer certo do que temer fazer errado”.
“O êxito da vida não se mede pelo caminho que você conquistou, mas sim pelas dificuldades que superou no caminho”.
Provavelmente, você já conhecia as frases acima.
Elas foram ditas por uma das personalidades mais famosas da História dos Estados Unidos: o presidente Abraham Lincoln.
À frente do país durante um período conturbado, repleto de guerras e que levou à unificação do país, Lincoln continua sendo lembrado por suas frases emblemáticas, proferidas durante os diversos discursos que fez durante a carreira política.
O que pouca gente sabe é que ele sofria de ansiedade sempre que precisava falar em público, dificuldade que relatou em uma carta nunca publicada durante sua vida.
O medo era tanto que, antes de se tornar presidente, ele teria se negado a falar diante de grandes plateias, várias vezes.
Como, então, Lincoln conseguiu inspirar e engajar tantas pessoas?
Provavelmente, sua motivação e a necessidade de cativar o povo em prol de valores democráticos tenham sido um bom ponto de partida.
Além disso, ele acabou treinando constantemente, diante de indivíduos com diferentes formações e convicções, o que ajudou a aperfeiçoar seus discursos.
Em artigo para a Harvard Business Review, o professor de Psicologia e Marketing do Centennial Annabel Irion Worsham na University of Texas, Art Markman, afirma que uma das dicas de ouro para adquirir a habilidade de falar em público é praticar.
Assim como comediantes que se apresentam em stand ups, é essencial estudar e conhecer bem o tema sobre o qual você pretende discorrer.
Em seguida, treinar em frente ao espelho, a duas ou três pessoas, ou gravar um vídeo para corrigir falhas.
O autor e palestrante também recomenda dar menos atenção ao que pode dar errado, já que é raro alguém notar uma pequena falha, e o público vai esquecer a maior parte do discurso pouco tempo depois.
Para fechar as lições com a observação do stand up, Markman sugere estruturar a fala com base em um enredo simples, frisando três elementos – um padrão comum para narrativas breves, como piadas.
Quem nunca escutou uma piada que começa com “havia três pessoas em um local”?
Essa estrutura faz sucesso porque é fácil para o público se lembrar dos três elementos e compará-los.
Por isso, histórias interessantes costumam repetir um padrão quanto aos dois primeiros elementos e interrompê-lo no último, causando surpresa e despertando o interesse dos ouvintes.
Seja qual for a estrutura do seu enredo, é útil seguir um roteiro.
Vimos, na abertura deste texto, dados que mostram que o medo de falar em público é mais comum do que se imagina.
Isso porque o medo é uma resposta natural do organismo diante de situações que consideramos perigosas ou simplesmente desconhecidas.
Embora não envolva um risco físico, falar em público representa uma ameaça à nossa reputação, pois exige uma exposição de ideias durante um período.
É por isso que pessoas tímidas têm ainda mais receio de discursar que as extrovertidas.
Antes de comentar as ferramentas para vencer a ansiedade nessas situações, vamos trazer alguns insights para identificar se o medo que você sente está ultrapassando as reações normais do organismo.
Verifique se você apresenta um ou mais dos sinais abaixo:
As atitudes acima são formas equivocadas de encarar a apresentação, já que não é possível controlar tudo ao seu redor.
Por isso, as pessoas costumam falhar, sobrecarregando seu cérebro com preocupações desnecessárias, o que aumenta o nível de estresse e pode até colocar a sua saúde em risco.
Portanto, não leve seus temores tão a sério. Mesmo que o discurso não saia como planejado, sempre haverá novas oportunidades.
Aceite a possibilidade de falhar como parte do processo de aprendizado, tanto na vida profissional quanto na pessoal.
Tenha em mente que sua audiência é formada por seres humanos que, assim como você, cometem erros.
Também vale a pena se informar sobre a arte da oratória , lendo a respeito e realizando cursos para ganhar mais segurança na hora de falar em público.
Como diria o Nobel da Paz Nelson Mandela, “o homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas aquele que consegue superá-lo”.
Enfrente o seu medo e verá como fica cada vez mais simples se apresentar para pequenas ou grandes plateias.
Podemos definir a comunicação em público como a transmissão de uma mensagem para um receptor ou mais, em geral, feita pessoalmente.
Ou seja, falar em público não significa falar para uma multidão, e sim expor suas ideias de forma convincente.
Para se comunicar em público de maneira eficiente, é essencial lembrar que não apenas as palavras, mas tudo o que fazemos transmite uma mensagem.
Daí a importância de se atentar à comunicação verbal e à não verbal – nossa postura, tom de voz, gestos e expressões.
De nada adianta proferir uma frase motivadora sem energia, tom de voz firme e gestos que passem confiança para a plateia, concorda?
A postura, gestos e a forma como dizemos as palavras devem estar alinhados para que nossa apresentação tenha credibilidade.
Falar em público é uma habilidade fundamental para aumentar o networking, ser visto como uma autoridade em determinado assunto e negociar.
Isso porque a familiaridade com apresentações torna mais fáceis outros tipos de interação humana, como conhecer novas pessoas e se colocar no lugar delas, desenvolvendo uma visão empática do mundo .
Afinal, quem consegue ter jogo de cintura durante um discurso para um grupo de pessoas se sente confiante ao precisar tomar a iniciativa e conversar com somente um indivíduo.
Negociar com possíveis investidores, clientes ou chefes também se torna mais simples, o que pode levar à conquista de melhores vagas de emprego, projetos importantes e rápido crescimento na carreira, já que há maior exposição das qualidades do profissional.
Os benefícios também englobam a vida pessoal, aumentando a rede de contatos, a oportunidade de viver novas experiências e a capacidade de argumentação e qualificar os relacionamentos.
A seguir, confira dicas que vão te ajudar antes, durante e depois de qualquer discurso, seja para uma ou milhares de pessoas.
Os insights foram inspirados na visão de especialistas em expressão verbal, sociologia, coaching e programação neurolinguística (PNL).
Saber para quem você fala deve ser um dos primeiros passos na hora de montar sua apresentação.
Esse conhecimento ajuda a escolher entre uma linguagem formal ou informal, quais tópicos precisam ser explicados e quais assuntos de interesse você pode usar para conquistar a atenção da sua audiência .
Também dará uma ideia sobre quais ferramentas você pode utilizar e o traje mais adequado para a ocasião.
Este quesito é ainda mais relevante que conhecer o público, uma vez que você será a pessoa em evidência durante o discurso.
O autoconhecimento viabiliza adaptações para que você se sinta à vontade, diminuindo as chances de erro ou de esquecer os tópicos do roteiro.
Se você, por exemplo, se atrapalha ao repassar os slides ao mesmo tempo em que fala, pode pedir para outra pessoa executar essa tarefa.
Comentamos a importância de estruturar uma narrativa há alguns tópicos, mas nunca é demais reforçar.
Por mais simples que seja sua fala, montar um roteiro com começo, meio e fim permite que você organize suas ideias e tenha confiança para discursar com propriedade.
Também reduz o nível de ansiedade e medo, porque tememos aquilo que não conhecemos.
Esta é outra estratégia que mencionamos no início do artigo, mas que merece ser destacada.
Falar em público não é uma atividade corriqueira para a maioria das pessoas e, portanto, precisa de treinamento para que os pontos fortes sejam reforçados e os fracos, corrigidos.
Comece com alguém da sua família ou um pequeno grupo de amigos. Vale também gravar um vídeo para observar a si mesmo.
O que importa é treinar o máximo possível antes da apresentação.
Embora você não possa controlar tudo o que vai acontecer, pode estar bem preparado e seguro sobre o que está dizendo.
Para isso, é fundamental dominar o tema da sua palestra.
Leia sobre ele, converse com outras pessoas e entenda quais os pontos chave para abordar no seu discurso.
Você pode testar se incorporou o discurso falando a respeito enquanto faz uma atividade que não exige concentração, como uma caminhada leve.
Por mais tentador que seja, evite levar “colas”, como papéis, para sua apresentação.
Elas podem dar a impressão de que você está despreparado.
Em vez disso, utilize slides, sons e outros recursos comuns para lembrá-lo dos assuntos que precisa comentar.
Nos slides, por exemplo, é útil inserir imagens, palavras ou expressões que estejam no seu roteiro, pois elas provavelmente vão recordar o tema se der “branco” ou você se perder.
Só tenha o cuidado de não encher os slides de texto e ficar apenas lendo.
Também não perca tempo decorando ou procurando palavras. É mais sensato se dedicar à transmissão da mensagem correta ao público.
Pode parecer contraditório, mas é possível se preparar para aquilo que não está no script.
A melhor forma de fazer isso é aceitar que você não está no comando de tudo, e que podem surgir dúvidas ou apontamentos sobre os quais não tem conhecimento.
Nesses casos, seja honesto e diga que irá pesquisar a respeito.
Podem acontecer, ainda, imprevistos quanto ao local, plateia ou ferramentas de suporte como computadores e fiação, mas não se desespere.
Faça o melhor com os recursos disponíveis.
Estar preparado para imprevistos tem muito a ver com a capacidade de improvisar e a flexibilidade.
Pessoas flexíveis conseguem tirar proveito até de situações que parecem ruins, porque sabem que sempre há diferentes modos de enxergar o que acontece.
Se o microfone não funcionar, por exemplo, a reunião pode ser adiada ou se tornar mais intimista. Depende da forma como encara o problema .
Quanto mais espontâneo você for, mais cativante será sua abordagem, e maiores as chances de sucesso.
A naturalidade favorece a construção de um vínculo de empatia com o seu público, que passa a se identificar com o que você está falando, compreender melhor a mensagem e até promover contribuições importantes no final do discurso.
Não são apenas suas palavras que conversam com o público – seu corpo também fala.
Por isso, procure evitar gestos bruscos , que expressem descaso, como colocar a mão no bolso, ou desinteresse, como manter os braços cruzados por muito tempo.
Também não é recomendado ficar estático, pois isso transmite nervosismo e falta de confiança quanto ao que você fala.
Outra dica é ter cuidado ao escolher o que vestir. Se for uma reunião formal de negócios, aparecer usando camiseta e tênis pode deixar uma impressão ruim.
Mais uma vez, tudo depende da ocasião e do público para quem se fala.
Se seguir a dica de número 1, não vai ter problema aqui.
Citações de personalidades são bem-vindas durante uma apresentação, mas usar “chavões” pode desestimular o público.
Independentemente do tom do seu discurso, você não precisa imitar um apresentador de programa de auditório, pedindo para o público gritar ou repetir frases várias vezes.
Seja autêntico e peça que a plateia participe quando isso for relevante.
Pessoas se interessam por histórias, então, por que não atrair sua atenção usando metáforas, exemplos e pequenas narrativas?
Além de gerar empatia, esse recurso facilita a compreensão da mensagem , pois agrega um aspecto prático à sua apresentação.
Qualquer fala é capaz de despertar estados emocionais na audiência, e é inteligente usar isso a seu favor durante o discurso.
Mantendo contato visual com algumas pessoas, você vai saber se estão interessadas ou não, e poderá usar palavras, tom de voz e gestos para provocar diferentes reações.
Uma boa dica é focar na curiosidade a partir de elementos que façam parte da rotina do público.
Um projeto em comum pode causar esse efeito em colegas de trabalho, por exemplo.
Se observar estranheza por parte da audiência, tente explicar o assunto de que está falando de outro jeito para sanar possíveis dúvidas.
A seguir, confira vídeos que selecionamos para te ajudar a falar em público de forma clara, consistente e transmitindo credibilidade.
O primeiro é uma palestra com a fonoaudióloga Katia Campelo sobre técnicas de oratória, postura e comunicação para dominar o tema da sua apresentação e convencer sua plateia.
Nossa próxima sugestão é a história de uma das figuras mais populares na área de Filosofia atualmente: Mario Sergio Cortella.
Ele conta sobre sua dedicação para aprimorar a habilidade falar em público.
Outro conteúdo interessante é este vídeo com 10 técnicas científicas para falar em público:
Veja, abaixo, uma reportagem do Fantástico com técnicas aplicadas para ajudar pessoas com dificuldade para se apresentar em público:
Para finalizar, vale dar uma olhada no vídeo do colunista Marcello Pepe, que comenta o medo de falar em público , com dicas para superar essa condição.
Neste artigo, trouxemos um panorama completo, com a importância, conceitos e estratégias sobre como falar em público .
Após um período de dedicação, treino constante e aplicação das nossas dicas, fica simples adquirir ou aperfeiçoar essa habilidade.
Você também pode acelerar esse processo, buscando cursos nas áreas de oratória e comunicação, além de desenvolver competências comportamentais importantes, como a inteligência emocional e a empatia.
Isso sem falar no investimento no seu conhecimento.
Navegando pelo site da Fundação Instituto de Administração (FIA) , você encontra algumas sugestões para potencializar suas competências de negociação e interação social.
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