O meio ambiente é um termo bastante familiar para você, certo?
Afinal, são frequentes as notícias dando conta de um novo desastre ambiental ou sobre o aumento da poluição, seja atmosférica ou no mar.
Contudo, o noticiário ambiental não é só tristeza e devastação.
Mesmo na televisão, você certamente deve se lembrar de algum programa na qual a natureza é protagonista.
Belas paisagens e a riqueza de flora e fauna são exemplos, além de iniciativas eco friendly cada vez mais comuns.
Tudo isso faz parte do meio ambiente que precisamos preservar.
Não faltam ações bem-sucedidas de recuperação e de preservação Brasil afora, como o belo caso de recuperação de nascentes no estado do Espírito Santo.
A conservação dos ecossistemas é essencial para garantir o equilíbrio e fluxo dos serviços ambientais que sustentam a vida no planeta, incluindo o sequestro de carbono da atmosfera e a purificação da água.
O desafio é equilibrar o crescimento econômico com equidade social e preservação ambiental.
Esse é o foco desse artigo, no qual apresentamos o tema de forma simples e direta.
Vamos abordar os seguintes tópicos:
- Afinal, o que é meio ambiente?
- Qual a diferença entre preservação do meio ambiente e conservação ambiental?
- Qual é a composição do meio ambiente?
- Qual é a importância do meio ambiente?
- Os principais problemas ambientais hoje
- Como preservar o meio ambiente de maneira eficiente?
- Qual é a relação entre meio ambiente e sustentabilidade?
- Meio ambiente e ecologia
- Cenário do meio ambiente no Brasil
- Políticas públicas ambientais para a preservação do meio ambiente
- Principais acordos e conferências internacionais sobre meio ambiente
- Qual é a importância da educação ambiental?
- 6 conceitos relacionados ao meio ambiente.
Continue a leitura e tenha todas as informações sobre preservação e conservação do meio ambiente!
Afinal, o que é meio ambiente?
O meio ambiente é a soma dos elementos físicos, químicos e biológicos que interagem entre si, tornando possível a vida na Terra, com os mais diversos ecossistemas que abrigam todos os seres vivos e a matéria orgânica e inorgânica do planeta.
Afinal, estar vivo implica agir e reagir sobre os lugares que nos cercam, onde a vida ganha forma e segue seu curso.
O meio ambiente pode ser tratado de uma forma geral ou específica.
Os mares, a atmosfera terrestre e suas superfícies secas são ambientes no sentido amplo.
No entanto, há de se considerar os meios em todas as suas dimensões.
Logo, até mesmo os subterrâneos podem ser classificados dessa forma, assim como os ambientes micro ou nanoscópicos, já que neles a vida também floresce.
Onde há seres vivos e a interação deles com o meio que os circunda, há meio ambiente.
Vamos agora observar a composição e qual a importância do meio ambiente.
Qual é a diferença entre preservação do meio ambiente e conservação ambiental?
O meio ambiente pode ser protegido basicamente de duas formas: pela conservação ou pela preservação.
Parece tudo a mesma coisa, mas há uma diferença significativa entre esses dois conceitos, e ela está relacionada à interferência humana.
Quando se fala de conservação, tratamos do uso consciente e racional dos recursos naturais pela humanidade.
A preservação se refere à natureza permanecendo intocada, sem qualquer ação humana no sentido de explorar suas riquezas.
Como exemplo de conservação, temos as florestas de manejo sustentável, nas quais o desmatamento é controlado.
Por sua vez, toda e qualquer reserva, parque natural, Área de Preservação Permanente (APP) ou Área de Proteção Ambiental (APA) são espaços de preservação.
De forma geral, a APA normalmente compreende uma área grande e obrigam um uso sustentável da área, enquanto a APP tem limites mais claros e estritos.
Independente do terreno e recursos encontrados, tudo vai depender de como o ser humano interage com o meio ambiente.
Ao explorá-lo de forma sustentável e garantindo a sobrevivência das espécies e a manutenção dos ecossistemas, ele estará praticando a conservação ambiental.
Qual é a composição do meio ambiente?
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o meio ambiente engloba uma combinação de fatores sociais, biológicos, químicos e físicos com potencial para influenciar seres vivos e atividades humanas, direta ou indiretamente.
Esse conjunto de componentes ecológicos opera como um sistema natural interconectado.
Nele, estão incluídos elementos como animais, atmosfera, vegetação, solo, microrganismos e até as rochas.
Além disso, integram-se ao meio ambiente recursos naturais, como a água e o ar, assim como fenômenos climáticos físicos, como descargas elétricas, magnetismo, radiação e toda e qualquer forma de geração de energia natural.
O meio ambiente é delineado por quatro esferas: atmosfera (massa de gases que envolve o planeta), litosfera (camada exterior da Terra, superfície), hidrosfera (camada líquida) e biosfera (todos os locais onde pode existir vida).
Qual é a importância do meio ambiente?
Não há dúvidas sobre qual a importância do meio ambiente: sem ele, não há vida.
Portanto, preservá-lo é um elemento chave da sobrevivência.
Nesse ponto, esbarramos na questão da urbanização.
O grande problema é que muitas cidades crescem com uma rapidez vertiginosa e sem um planejamento urbanístico equilibrado, que integre natureza e infraestrutura.
Veja, por exemplo, o caso do Brasil.
Em 1960, nossa taxa de urbanização, ou seja, a proporção entre pessoas que viviam na cidade e no campo, era de 45%.
Esse percentual havia subido para 81% no ano 2000.
Embora a urbanização seja positiva por um lado, proporcionando conforto e bem-estar, não é ela quem torna a vida na Terra possível, mas sim uma soma de fatores naturais.
Um deles é a regulação térmica e proteção contra a radiação solar conferida pela atmosfera.
Nesse ponto, há muito com o que se preocupar, já que, segundo a NASA, desde os anos 2000, a concentração de dióxido de carbono atmosférico aumentou em 11%.
Passamos de 370 partes por milhão (ppm) para alarmantes 412 ppm.
Para efeito de comparação, no início da era industrial, essa concentração era de apenas 280 ppm.
Os principais problemas ambientais hoje
Os avanços técnico-científicos, pelo que vimos até aqui, estão cobrando o seu preço.
Cabe ressaltar novamente que não é a urbanização a responsável pela vida na Terra, mas a própria natureza, que levou milhões de anos para chegar ao ponto de permitir a existência dos seres humanos.
Portanto, a marcha civilizatória está destruindo em poucos séculos um trabalho que não poderá ser recuperado.
Essa destruição ganha forma nos mais variados problemas ambientais, com destaque para os que vamos conhecer a seguir.
Efeito estufa
O efeito estufa é um fenômeno que ocorre naturalmente na atmosfera.
Ele é importante para manter a temperatura adequada para a manutenção da vida na Terra.
Sem ele, estima-se que a temperatura seria 18ºC mais baixa, praticamente inviabilizando a vida humana.
Acontece que o efeito estufa está sendo “turbinado” pelo ser humano e se tornou prejudicial ao meio ambiente.
Isso acontece, principalmente, pelos altos índices de emissões de carbono, que resultam em graves alterações climáticas e no aquecimento global.
Com o tempo, a tendência é que essa situação se agrave.
Aliás, o Brasil vem regredindo nesse aspecto – em 2022, emitimos 2,42 bilhões de toneladas brutas de CO2e.
Isso equivale a um aumento de 12% em relação ao que havia sido registrado nas últimas medições.
Desmatamento
Desmatamento é o ato de cortar a vegetação dos ecossistemas, o que representa um grande desafio para os governos atualmente.
O desmatamento pode ter diferentes objetivos, como desenvolvimento de cidades, agronegócio e mineração.
Um dos maiores problemas em relação a esse fator é o desmatamento ilegal, que ocorre indiscriminadamente.
Essa prática é prejudicial ao meio ambiente, porque pode causar desequilíbrios no ecossistema que afetam diretamente as condições climáticas e a vida na Terra, além de aumentar a chance de disseminação de vírus para os ambientes urbanos.
No Brasil, o desmatamento por meio de queimadas é um problema que se agrava – em 2022, houve um aumento de 7% no desmatamento da Amazônia, com mais de 7 mil hectares destruídos.
Escassez hídrica
A escassez hídrica é um dos mais sérios impactos no meio ambiente, pois leva à falta de água doce para os ecossistemas e populações, gerando situações emergenciais de seca.
Ela pode ser resultante da falta de chuvas ou da poluição.
Na prática, a escassez se torna um problema social e ambiental quando a água não chega às pessoas e quando há má gestão dos recursos hídricos, afetando a disponibilidade da água para a população.
Essa situação é agravada pela desigualdade mundial, sendo um problema grave na África, por exemplo.
De acordo com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), a água potável está indisponível para mais da metade da população do mundo.
Poluição de mares e oceanos
A poluição de mares e oceanos é um problema causado pela intervenção do homem no meio ambiente.
Ela é causada pelo excesso de lixo, resíduos tóxicos e dejetos depositados nas águas.
A poluição não causa danos apenas à vida marinha, mas também à população humana, colocando em risco a sustentabilidade da vida.
Como veremos mais à frente, o plástico é o principal poluente, mas há outros dejetos que podem ser tão nocivos quanto esse produto.
Afinal, de acordo com a ONU, nada menos que 80% dos resíduos lançados no oceano vêm da superfície.
Poluição do ar
A poluição do ar é outro problema causado pela intervenção humana no meio ambiente.
Ela é causada, sobretudo, pelo excesso de gases lançados à atmosfera.
Cidades com muitos automóveis e atividade industrial, por exemplo, liberam muito gás carbônico, contribuindo para a poluição do ar.
Outros poluentes são aerossóis, hidrocarbonetos e solventes.
Esse problema pode afetar a saúde da população, principalmente, com consequências respiratórias para o homem.
A propósito, a poluição do ar já passou dos limites aceitáveis há muito tempo, já que, segundo a Organização Panamericana de Saúde (PAHO), 99% da população terrestre já respira ar fora dos limites de qualidade.
Degradação do solo
Degradação se refere à diminuição da capacidade produtiva do solo, o que causa problemas sociais e ambientais.
Esse processo pode ser provocado tanto por ação humana quanto natural.
Algumas possíveis razões da degradação do solo incluem:
- Erosão
- Salinização
- Desertificação
- Compactação.
Estima-se que 40% do solo da Terra esteja em avançado processo de degradação, segundo a ONU.
Perda de biodiversidade
A natureza opera em sinergia, pois a sobrevivência de uma espécie depende da sobrevivência de outras, como em um efeito dominó.
Quando uma é extinta, coloca em risco a existência das outras que dependem dela, e assim sucessivamente.
Mais uma vez, a ONU alerta para o risco do empobrecimento da biodiversidade, estimando em 8 milhões o número de espécies em risco de extinção.
Poluição por resíduos plásticos
O plástico é um dos produtos mais presentes em nossas vidas.
Experimente separar o plástico que você produz e surpreenda-se com a proporção desse material em relação aos outros tipos de resíduos.
Se você não faz ideia do quão presente o plástico se tornou, há uma pesquisa que estima que o plástico presente nos oceanos totaliza 2,3 milhões de toneladas.
Acidificação dos oceanos
A vida marinha depende de toda a cadeia alimentar, que começa com espécimes microscópicos ou muito pequenos, como o krill, um tipo de camarão que é a base da alimentação de várias espécies de baleias e tubarões.
Acontece que esses microrganismos são muito sensíveis aos níveis de alcalinidade e de acidez da água.
Eis mais um problema ambiental com que se preocupar, já que, como relata a ONU, desde 1980, 95% das águas em mar aberto tornaram-se mais ácidas.
Destruição de habitats naturais
Até 2050, estima-se que 88% das espécies vivas hoje perderão seus respectivos habitats naturais.
Esse cenário catastrófico será causado principalmente por causa do avanço irresponsável das fronteiras agrícolas.
Ou seja, vamos ter mais áreas cultiváveis e, em troca, exterminaremos de forma irreversível muitos biomas.
Contaminação química
Não tão propagada pela mídia de massa, mas tão perigosa quanto as outras formas de poluição está a contaminação química.
De acordo com o seminário “Mortalidade e doenças por produtos químicos perigosos, contaminação e poluição do ar e água do solo”, da Fiocruz, a mortalidade ligada a fatores de risco ambientais no Brasil é de 20%.
Portanto, esse é um problema que afeta diretamente a vida humana, principalmente em razão do acúmulo de substâncias perfluoroalquiladas (PFAS).
Também conhecidas como “substâncias químicas eternas”, elas estão presentes em produtos como pesticidas, roupas e até produtos de higiene pessoal.
Sobrepesca
Outro problema que ameaça a sobrevivência das espécies marinhas é a sobrepesca, também conhecida como pesca predatória.
Trata-se da pesca não regulamentada e não autorizada que não respeita os ciclos de desova das espécies, não dando tempo para o restabelecimento da sua população.
Segundo a National Geographic, dois terços do pescado mundial vêm da sobrepesca, a principal responsável pela redução dos estoques de peixes em escala global.
Desertificação
Não é de hoje que se conhece o processo de desertificação, que pode até ser considerado um fenômeno natural.
Ele passa a ser um problema quando os desertos se expandem em taxas que colocam em risco a existência de biomas e a sobrevivência das espécies animais e vegetais.
No Brasil, por exemplo, 16% do território nacional está passando por algum tipo de processo de desertificação, como mostra o Instituto Água Sustentável.
Poluição luminosa
A iluminação pública elétrica é uma conquista da humanidade, mas nem todos sabem que ela também pode exercer uma influência negativa para o meio ambiente.
Como revela uma pesquisa de campo, o excesso de luz elétrica interfere nos processos de polinização, pois desvia os insetos responsáveis, como as mariposas.
Uso insustentável de recursos naturais
O uso insustentável de recursos naturais é evidenciado pelo consumo excessivo e inadequado de recursos como água, madeira, minerais e combustíveis fósseis.
A consequência disso é a degradação ambiental, esgotamento de reservas e perda de biodiversidade.
No longo prazo, temos a desertificação, escassez hídrica, perda de habitats e aumento das emissões de gases de efeito estufa.
Além disso, a competição por recursos limitados pode levar a conflitos e desigualdades globais, afetando populações vulneráveis de maneira desproporcional.
Problemas de gestão de resíduos
Os problemas de gestão de resíduos são observados pela inadequada coleta, tratamento e disposição de resíduos sólidos e efluentes.
Seus efeitos mais diretos são a poluição do solo, água e ar, além de impactar negativamente a saúde humana e a vida selvagem.
Para evitar isso, é fundamental investir em educação, estimulando a separação do lixo desde casa e fomentando a economia circular por meio da logística reversa.
Como preservar o meio ambiente de maneira eficiente?
Preservação ambiental pode parecer assunto exclusivo de ativistas, mas na verdade, depende muito mais da participação de cada um.
Cada gesto, atitude e comportamento positivo sobre o meio ambiente conta muito.
Quer um exemplo que você pode aplicar agora mesmo enquanto lê este artigo?
Supondo que você esteja lendo pelo celular, por que não aproveita para reduzir o consumo da bateria, diminuindo a intensidade do brilho da tela?
Pode parecer uma medida insignificante, mas se cada brasileiro diminuísse a quantidade de cargas nas baterias de seus celulares, poderia gerar economia de 1 bilhão de kWh por ano.
Essa quantidade de energia seria suficiente para abastecer o Brasil todo por aproximadamente um dia inteiro, considerando que consumimos cerca de 380 bilhões de kWh anualmente, em média.
Um importante reforço contra a crise energética, portanto.
Existem ainda outras medidas relativamente simples que você pode adotar para ajudar na preservação do meio ambiente, como as seguintes:
- Não comprar animais em locais clandestinos ou sem autorização do Ibama
- Não pescar fora dos períodos autorizados
- Procurar sempre separar o lixo, destinando recicláveis corretamente
- Diminuir o consumo de água sempre que possível
- Deslocar-se preferencialmente via transporte público ou por meios de baixo impacto ambiental, como as bicicletas, e evitar o carro para pequenos deslocamentos
- Jamais lançar lixo em vias públicas ou em cursos d’água e lagoas
- Dar preferência a energias renováveis, como eólica, hidrelétrica e solar
- Reduzir tanto quanto possível o consumo de produtos e alimentos industrializados
- Em projetos habitacionais, implementar sistemas sustentáveis nas casas e apartamentos, preparando-os para o uso de energias renováveis e alternativas
- Eliminar qualquer forma de poluição nos mares, cursos d’água e mananciais
- Fazer a coleta seletiva diariamente
- Racionar e controlar o consumo de energia elétrica e água
- Nunca praticar crimes como queimadas, desmatamento, matança de animais e derramamento de óleo
- Reduzir as emissões de gases poluentes.
Qual é a relação entre meio ambiente e sustentabilidade?
O meio ambiente e a sustentabilidade estão interligados pela dependência mútua entre a preservação e conservação do meio ambiente e a qualidade de vida humana.
A sustentabilidade busca garantir que as ações humanas não comprometam a capacidade da natureza de se regenerar e oferecer recursos por meio de uma postura eco friendly.
Para isso, é necessário equilibrar a conservação dos recursos naturais, a redução da poluição e estimular o respeito à biodiversidade.
Meio ambiente e ecologia
O grande desafio que temos pela frente é conscientizar as próximas gerações para a necessidade de preservar os recursos naturais e consumir com mais parcimônia.
Nesse sentido, as informações sobre o meio ambiente são positivas.
Os brasileiros parecem ter evoluído, já que, para 82% da população, sustentabilidade é um assunto importante.
Desse recorte, 60% declara adotar medidas como o controle do uso de água e uso de lâmpadas econômicas, enquanto 49% procuram reutilizar as embalagens e segregar o lixo.
Essas pessoas que contribuem para a sustentabilidade parecem ter compreendido o real significado da consciência ambiental e de ser ecológico.
A primeira diz respeito à conscientização a respeito do próprio meio em que vivemos e de como os biomas terrestres estão integrados.
A partir desse despertar, poderemos nos tornar ecológicos, agindo conforme os preceitos da ciência que estuda a vida e suas interações.
Logo, é possível saber o que é meio ambiente sem que isso se traduza em ações dentro dos princípios da ecologia.
Felizmente, aos poucos, parece que estamos caminhando para agir ecologicamente, embora ainda haja um longo caminho para percorrer.
Cenário do meio ambiente no Brasil
Historicamente, o Brasil sempre foi um dos países a liderar os debates sobre preservação e conservação do meio ambiente.
Tudo isso se apoia nas condições ambientais brasileiras, únicas no mundo.
Veja este dado: 12% das reservas de água doce do planeta se encontram na bacia hidrográfica brasileira, a maior de toda a Terra.
De acordo com o MMA, somos também os campeões em biodiversidade e em extensão de floresta tropical.
Não é de hoje que os líderes brasileiros estão à frente de movimentos em prol do meio ambiente, embora essa posição tenha se enfraquecido nos últimos anos.
O melhor exemplo disso é a histórica Rio 92 (ou Eco 92), conferência de lideranças planetárias realizada no Rio de Janeiro para debater as questões ambientais.
Hoje, o Brasil busca recuperar o protagonismo em assuntos ligados ao meio ambiente, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
Políticas públicas ambientais para a preservação do meio ambiente
Quando falamos em sustentabilidade, o Brasil pode ser um exemplo de sustentabilidade em comparação com outros países.
Desde 1981, o Brasil conta com a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938), um marco legal e definidor dos instrumentos de proteção ambiental.
A preservação da natureza está prevista, inclusive, na Constituição brasileira, a exemplo do artigo 225, segundo o qual “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado(…)”.
A legislação brasileira também acabou incorporando leis e políticas de proteção ambiental, como:
- Política Nacional de Recursos Hídricos
- Política Nacional de Resíduos Sólidos
- Política Nacional da Educação Ambiental
- Lei de Crimes Ambientais.
Além disso, organizações como o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), focado na proteção da flora e da fauna brasileiras, atuando na fiscalização ambiental, trabalham para garantir a sustentabilidade do meio ambiente.
Principais acordos e conferências internacionais sobre meio ambiente
A humanidade está aos poucos tomando consciência de que é fundamental que cada um faça a sua parte para que a vida na Terra se mantenha por mais tempo.
Nesse sentido, as nações têm buscado a cooperação mútua por meio de tratados e acordos para frear os impactos no meio ambiente.
Os principais deles são:
- Declaração de Estocolmo: desenvolvida em 1972 a propósito daConferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
- Rio +10: série de medidas visando à preservação ambiental, com foco nos países em desenvolvimento
- Rio +20: promovida pela ONU, essa série de conferências buscou reafirmar o compromisso ambiental das nações afiliadas
- Protocolo de Kyoto: tem o objetivo de mitigar o impacto dos problemas ambientais e das mudanças climáticas do planeta
- Protocolo de Montreal: evento cujo foco foi definir medidas para minimizar os impactos à camada de ozônio
- Agenda 2030: lista elaborada pelas Nações Unidas, com 17 metas e deveres para orientar os países para o desenvolvimento sustentável, erradicar a pobreza extrema e promover a paz até 2030
- Acordo de Paris: tem como objetivo principal frear o aquecimento global, reduzindo as emissões de gases estufa
- Cop 23: a Cop 23 é uma conferência das Nações Unidas para combater as mudanças climáticas, com sede na ONU de Bonn, na Alemanha.
Qual é a importância da educação ambiental?
A educação ambiental envolve um conjunto de práticas pedagógicas para o ensino da importância do meio ambiente.
O objetivo é conscientizar a população em relação às boas práticas para a preservação ambiental, abrangendo as ações que devem ser feitas para a manutenção da vida, da fauna, da flora e dos recursos naturais.
A educação ambiental é especialmente necessária porque a intervenção humana causa enormes prejuízos, e é preciso mitigar riscos e impactos no meio ambiente.
A educação ambiental preconiza orientações relativas à:
- Sustentabilidade
- Preservação ambiental
- Conservação ambiental.
Essa é uma prática fundamental para compartilhar os valores e conhecimentos que envolvem o meio ambiente e promover mudanças positivas nesse sentido.
A educação ambiental não se limita à escola, embora também deva ser ensinada nas instituições de ensino.
Mas essa prática deve envolver iniciativas que engajem a população em geral, com informações sobre:
- Reciclagem (importância e dicas sobre como fazer)
- O problema do desmatamento e das queimadas ilegais (causas e consequências)
- O problema da poluição (causas e consequências)
- Os perigos das mudanças climáticas
- Práticas de sustentabilidade.
A partir disso, as pessoas podem ter maior participação no que diz respeito à preservação do meio ambiente.
Isso é importante globalmente, pensando que só a partir da conscientização é possível buscar solução para os problemas ambientais.
Por exemplo, jovens empreendedores que participam de iniciativas de estímulo ao empreendedorismo em suas universidades podem propor inovações que apoiem a sociedade na resolução de problemas ambientais.
Sem a educação ambiental, as pessoas não têm acesso às informações que precisam para se conscientizar e, consequentemente, buscar saídas para os perigos ao meio ambiente.
6 conceitos relacionados ao meio ambiente
Agora que você já está bastante familiarizado com o conceito de meio ambiente, vamos ver outros 6 termos importantes para a educação ambiental.
1. Ecossistema
Um ecossistema corresponde a um sistema que integra o meio ambiente e os seres vivos que se relacionam com esse ambiente.
Assim, um mesmo ecossistema reúne várias comunidades de seres bióticos e abióticos específicos e que conferem particularidade ao sistema ambiental.
Alguns exemplos de ecossistemas no mundo são:
- Florestas (tropicais, temperadas, savanas e taiga)
- Pradarias
- Estepes
- Desertos.
Já exemplos de ecossistemas brasileiros são:
- Manguezais
- Mata de araucárias
- Mata dos Cocais.
2. Biomas
O bioma é a reunião de vários ecossistemas semelhantes, representando um grande sistema estável e adaptado.
Alguns exemplos de biomas brasileiros são:
- Amazônia
- Mata Atlântica
- Cerrado
- Caatinga
- Pampa
- Pantanal.
Para um conjunto de ecossistemas ser classificado como bioma, é necessário que apresente semelhanças climáticas, de vegetação e vida animal.
Os biomas têm grande importância do ponto de vista dos recursos naturais que oferecem local e mundialmente.
3. Seres bióticos
Os seres bióticos são os seres vivos do nosso ecossistema, como animais, plantas e bactérias.
Quando pensamos em fatores bióticos, estamos pensando em todo tipo de comunidade viva que faz parte de um ecossistema.
4. Seres abióticos
Se os seres bióticos representam os seres vivos, os seres abióticos representam os fatores não vivos, mas essenciais para a manutenção da vida na terra.
Alguns exemplos de seres abióticos são:
- Água
- Vento
- Sol
- Solo
- Outros elementos químicos e físicos.
Em resumo, os fatores abióticos têm a função de determinar o modo de operação dos ecossistemas.
Para a manutenção de um ecossistema, é importante que haja o equilíbrio entre seres bióticos e abióticos.
5. Biosfera
Também conhecida como ecosfera, a biosfera é o nosso maior ecossistema, abrangendo todos os locais da Terra onde existe ou pode existir vida.
Como vimos no início do texto, a biosfera envolve:
- A litosfera (camada exterior terrestre)
- A hidrosfera (camada líquida que cobre a superfície terrestre)
- A atmosfera (camada de gases que envolve a Terra).
O termo biosfera foi criado pelo geólogo Eduard Suess, em 1875, um momento de revoluções científicas importantes envolvendo também a área da biologia.
6. Biodiversidade
A biodiversidade (ou diversidade biológica)corresponde à diversidade das espécies vivas que compõem a biosfera ou uma região específica.
Por exemplo, pode-se falar em biodiversidade da Amazônia.
A biodiversidade pressupõe uma riqueza natural, que possui variedade de espécies de plantas, animais e microrganismos interagindo entre si em um ecossistema.
A intervenção humana pode se aproveitar da biodiversidade, aproveitando seus recursos das mais variadas formas, desde a produção de medicamentos até a coleta de alimentos e de extração de matéria-prima.
Em um ecossistema diverso, as espécies interagem entre si e afetam a existência uma das outras por meio de diferentes tipos de relação ecológica, como intraespecífica (entre a mesma espécie) ou interespecíficas (entre espécies diferentes).
Como relações intraespecíficas podemos destacar:
- Sociedade: quando os seres da mesma espécie dividem o mesmo espaço e têm funções de trabalho específicas
- Colônia: a relação que traz benefícios aos seres de uma mesma espécie, que dividem o mesmo espaço, mas não necessariamente prestam trabalho ou se aproveitam do trabalho um do outro, é chamada de relação harmônica
- Competição: quando os seres de uma mesma espécie disputam alimento, espaço ou parceria entre si, trata-se de uma relação desarmônica
- Canibalismo: quando um ser se alimenta de outro ser da mesma espécie.
Já pensando nas relações ecológicas interespecíficas, destacam-se:
- Mutualismo: relação harmônica em que ambas as espécies envolvidas se beneficiam
- Comensalismo: relação em que apenas uma das espécies envolvidas é beneficiada
- Amensalismo: relação desarmônica em que uma das espécies é prejudicada
- Parasitismo: relação desarmônica em que uma espécie é o parasita e a outra é o hospedeiro, essencial para que o parasita sobreviva
- Predação: relação desarmônica em que uma espécie assume o papel de predador, se alimentando da outra espécie, que assume o papel da presa
- Competição: as duas espécies competem por um mesmo recurso, como alimento ou espaço.
A biodiversidade reúne todos esses tipos de relações dinâmicas entre os seres e espécies, que não precisam se limitar a uma só relação.
Conclusão
Para finalizar esse artigo, vamos relembrar alguns de seus principais conceitos para fixá-los na memória.
- O meio ambiente é a soma dos elementos físicos, químicos e biológicos que interagem entre si, tornando possível a vida na Terra
- O meio ambiente é composto por atmosfera, biosfera, hidrosfera e litosfera
- Alguns dos principais problemas ambientais atualmente incluem: efeito estufa, desmatamento, escassez hídrica, poluição de mares e oceanos, poluição do ar e degradação do solo
- O Brasil tem algumas políticas públicas ambientais para a preservação do meio ambiente, como a Política Nacional de Recursos Hídricos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Política Nacional de Educação Ambiental
- Ao longo do tempo, os governos mundiais desenvolveram acordos e conferências de proteção ao meio ambiente, como: Agenda 2023, Cop 23, Protocolo de Kyoto, Declaração de Estocolmo e Acordo de Paris
- A educação ambiental envolve a prática de conscientizar as pessoas sobre a importância do meio ambiente e de sua preservação
- Alguns conceitos relacionados ao meio ambiente são: ecossistema, biomas, seres bióticos, seres abióticos, biosfera e biodiversidade.
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