A gestão sustentável é cada vez mais essencial em um mercado no qual a responsabilidade ambiental e social são pilares para o sucesso das empresas.
Entretanto, muitas delas enfrentam desafios ao tentar adotar estratégias sustentáveis.
Por vezes, falta de conhecimento específico. Em outras, há incerteza sobre como integrar práticas sustentáveis ao modelo de negócio.
E não se pode deixar de considerar a resistência interna à mudança, o que gera frustração e pode atrasar iniciativas importantes.
Por outro lado, a importância da gestão sustentável nas empresas é evidente.
Ela leva à otimização de recursos, à redução de custos operacionais e ao incremento da inovação.
Além disso, negócios sustentáveis tendem a atrair mais clientes e talentos, garantindo um crescimento sólido e alinhado com as demandas do futuro.
Bons motivos para investir na gestão para sustentabilidade?
Conheça outros ao longo deste texto, que traz os seguintes tópicos:
Avance na leitura para entender por que é importante uma gestão sustentável nas empresas e o que a faz ser tão valorizada.
Gestão sustentável, ou gestão para sustentabilidade, é a administração de recursos, processos e atividades de forma a atender às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras.
Essa abordagem busca equilibrar os pilares ambiental, social e econômico.
Dessa forma, promove práticas que minimizem impactos negativos no meio ambiente, respeitem os direitos humanos e assegurem o desenvolvimento econômico no longo prazo.
A gestão sustentável funciona a partir de ações com esse viés.
Por exemplo, a redução do consumo de recursos naturais, o uso de energias renováveis, o gerenciamento responsável de resíduos e a promoção de diversidade e inclusão social nas organizações.
Considera, ainda, os interesses de todas as partes envolvidas, como comunidades, colaboradores, clientes e investidores.
Por essas razões, adotar práticas sustentáveis é ético e estratégico, fortalecendo a reputação corporativa e contribuindo para um futuro melhor.
A incorporação de práticas sustentáveis vai além da responsabilidade ambiental, embora ela seja importante por si só.
Trata-se de gerar valor a longo prazo para todos os envolvidos, desde colaboradores até investidores e a sociedade em geral.
Já falamos antes que as empresas que adotam a gestão sustentável podem reduzir custos operacionais ao otimizar e poupar recursos, fortalecendo sua reputação no mercado.
Acontece que elas são mais hábeis em atender às expectativas dos consumidores e parceiros mais exigentes quanto à sustentabilidade, até porque 95% dos brasileiros preferem comprar de empresas geridas dessa forma.
A gestão sustentável é também uma solução para mitigar riscos, em especial os gerados pelas mudanças climáticas, garantindo a continuidade de suas operações.
Também estimula a inovação e atrai talentos, considerando que profissionais preferem trabalhar em organizações que priorizam esse modelo de gestão.
Inclusive, 48% recusariam uma vaga não alinhada a valores sociais e ambientais.
Agora que você sabe qual a importância da gestão sustentável nas empresas, vamos ver na sequência qual a relação dela com a ESG.
A gestão para sustentabilidade tem, como já adiantamos, uma relação muito próxima com as práticas ESG.
Esse é o conceito que trata dos domínios Environmental, Social, and Governance (Ambiental, Social e Governança), tendo em conta que ambos visam promover práticas empresariais responsáveis e equilibradas.
Enquanto a gestão sustentável foca em integrar o desenvolvimento econômico, social e ambiental no dia a dia das organizações, o ESG consiste em um quadro prático para medir e comunicar esses esforços, como descrito abaixo:
Veja, então, que o ESG pode ser entendido como uma métrica para avaliar e direcionar a gestão sustentável.
Assim, ajuda empresas a demonstrar seu compromisso com a sustentabilidade.
Entender por que é importante uma gestão sustentável nas empresas é o passo decisivo, mas não é tudo.
Para que dê resultados, o modelo deve ser implementado com critério, ainda mais porque 75% das empresas brasileiras não apresentam qualquer certificação de sustentabilidade.
Ou seja, para a maior parte dos empreendimentos do país, falta uma cultura de gestão direcionada a metas que coloquem a agenda social e ambiental no “radar”.
Veja na sequência como fazer do jeito certo em 6 etapas.
O mapeamento do impacto ambiental do negócio é o primeiro passo para implementar a gestão sustentável.
Nessa etapa, a gestão identifica como as atividades da empresa afetam o meio ambiente, direta e indiretamente, a fim de orientar ações futuras.
Ela se debruça sobre questões como consumo de energia, uso de água, emissões de gases, geração de resíduos e exploração de recursos naturais.
Também faz a quantificação desses impactos, utilizando ferramentas como cálculo da pegada de carbono ou hídrica.
A cadeia produtiva também deve ser avaliada, incluindo fornecedores e processos logísticos, para identificar impactos associados.
Recomenda-se ainda consultar as normas ambientais e legislações vigentes para assegurar que as operações estejam em conformidade.
Para arrematar, é feita a documentação dos resultados, abrindo espaço para que a empresa planeje iniciativas de minimização dos impactos identificados.
Este é o passo que analisa as atividades operacionais, administrativas e produtivas para identificar desperdícios, falhas e oportunidades de melhoria.
É feito inicialmente o mapeamento dos fluxos de trabalho em todas as áreas da empresa, observando pontos como consumo de energia, geração de resíduos, uso de água e emissão de poluentes.
Com isso, podem ser feitas comparações com os procedimentos atuais, tomando como referências práticas do mercado ou padrões sustentáveis reconhecidos.
Essas comparações vão gerar insights que ajudarão a identificar processos a otimizar.
Pode ser a substituição de materiais descartáveis por reutilizáveis, a digitalização de documentos para reduzir o uso de papel ou a instalação de tecnologias para monitoramento de recursos.
A gestão sustentável é sobretudo estratégica e, como tal, ela se apoia em metas para fazer sentido e gerar resultados.
Sendo assim, após revisar os processos, é necessário estabelecer objetivos claros, mensuráveis e alinhados aos impactos identificados.
Essas metas devem considerar as prioridades da organização, as demandas do mercado e as expectativas dos stakeholders.
É recomendável utilizar a matriz SMART, segundo a qual as metas devem ser específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e com prazo definido.
Dois exemplos seriam reduzir o consumo de energia em 20% em três anos ou eliminar plásticos descartáveis em seis meses.
Não menos importante, é necessário conectar as metas aos pilares ESG, garantindo que envolvam aspectos ambientais, sociais e de governança.
Em certos casos, a gestão sustentável poderá representar um choque cultural, com focos de resistência às mudanças.
Nesse cenário, treinar os colaboradores é essencial para implementar a gestão sustentável com sucesso.
Algumas etapas para realizar esse treinamento são:
A escolha de fornecedores e parceiros alinhados aos objetivos de sustentabilidade é uma etapa estratégica.
Essa seleção deve considerar critérios que vão além do preço e da qualidade, avaliando o compromisso das partes com questões ambientais, sociais e de governança.
Nessa etapa, deve-se realizar uma análise criteriosa das práticas de cada fornecedor, priorizando aqueles que utilizam matérias-primas renováveis, têm políticas de redução de resíduos e seguem à risca as normas trabalhistas.
As certificações como ISO 14001 ou selos de responsabilidade social podem servir como parâmetros de boas práticas para isso.
Vale também investir em parcerias sustentáveis, no sentido de gerar impactos positivos na reputação da empresa e contribuir para a criação de uma cadeia produtiva mais responsável.
A gestão para sustentabilidade culmina no desenvolvimento de ações sustentáveis.
Esta etapa consiste em colocar em prática as estratégias definidas nas fases anteriores, com foco na redução de impactos negativos no meio ambiente e na sociedade.
Podem ser implementados, por exemplo, sistemas de reciclagem, com a troca de materiais não recicláveis por opções biodegradáveis ou o uso de energias renováveis, como a energia solar.
Outra possibilidade é adotar práticas de economia circular, assim como incentivar a mobilidade sustentável entre os colaboradores, com a promoção de campanhas internas de conscientização sobre consumo responsável.
A gestão sustentável é uma realidade, com aplicações reais em diferentes setores. Veja alguns exemplos abaixo:
Já sabemos por que é importante uma gestão sustentável nas empresas, mas a tarefa não acaba por aqui.
Como toda gestão, essa também tem seus próprios desafios, principalmente quando a empresa ainda não tem uma cultura organizacional focada em questões “verdes”.
Outro desafio a ser considerado é a própria legislação ambiental que, para certas empresas, pode ser difícil de ser cumprida.
Isso sem contar a carência de profissionais de gestão especializados em práticas e estratégias sustentáveis, principalmente em setores como o industrial e extrativista.
Cuidar da gestão sustentável é cuidar do futuro não apenas do negócio, mas de toda a comunidade e do planeta.
Estamos à beira da ebulição global e, nesse cenário, as medidas sustentáveis precisam ser adotadas urgentemente, até porque nossa própria existência como espécie está em jogo.
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