O desenvolvimento de pessoas é uma dinâmica que envolve disposição dos colaboradores e das organizações, resultando em benefícios para ambos.
Sustentado pelo pilar da melhoria contínua, esse processo tem o poder de aumentar a produtividade a partir da elaboração de novas soluções e formas de trabalhar.
Também impulsiona a carreira em qualquer área de atuação, pois um profissional que se empenha em expandir os conhecimentos de maneira contínua terá mais oportunidades de crescimento.
E você, se interessa pelo desenvolvimento de pessoas? Quer saber como se dá e como aplicar essa ferramenta nas organizações?
Então, está no lugar certo. É só seguir com a leitura para conferir detalhes sobre o conceito e vantagens que podem dar um up na sua equipe.
Confira os tópicos que serão abordados a partir de agora:
Se o tema desenvolvimento de pessoas é do seu interesse, avance na leitura!
Desenvolvimento de pessoas é um processo contínuo de preparação, aprendizado e aperfeiçoamento, com resultados vistos, principalmente, no longo prazo.
Através do aprimoramento de competências técnicas (hard skills) e comportamentais (soft skills), funcionário e empresa constroem conhecimentos sólidos e duradouros.
Tudo isso vai servir para potencializar os resultados no trabalho, elevando a motivação, empenho e, por fim, os lucros da companhia.
Investir no desenvolvimento de pessoas mostra que a empresa valoriza seu capital humano, uma vez que o conhecimento é seu bem mais valioso.
Se ainda não parece claro, vamos a um exemplo.
Imagine uma central de atendimento por telefone, daquelas que reúnem centenas de empregados em uma grande sala, com headphones e metas pouco factíveis.
Nesse ambiente, não há estímulo para que os trabalhadores cresçam, contudo, alguns deles estão fazendo cursos de aprimoramento para, no futuro, trabalhar com sucesso do cliente.
Lembrando que o customer success é um conceito que vai além do simples atendimento e busca ajudar e fidelizar o consumidor.
Considerando as limitações nesse local, é provável que o grupo deixe o emprego assim que encontrar a primeira oportunidade de ascensão na carreira, concorda?
Logo, eles acham vagas com mais benefícios e saem da central de atendimento, que terá de arcar com os custos de recrutamento, seleção e treinamento de novos empregados.
Mas não é só isso.
Ao deixar o trabalho, o grupo leva conhecimento sobre os clientes, do tipo de negócio, da empresa, do sistema e sobre quais formatos são os mais adequados para lidar, por exemplo, com um cliente insatisfeito.
Esse patrimônio imaterial é o mais difícil de ser reposto e poderia aumentar a competitividade do negócio.
Daí a importância de, realmente, investir nos profissionais e em suas capacidades para que eles se desenvolvam junto com a organização.
A principal diferença entre eles é o tempo, já que o treinamento é uma iniciativa pontual, enquanto o desenvolvimento de pessoas requer dedicação continua uma série de ações.
Quem não está familiarizado com definições na área de Recursos Humanos e gestão de pessoas pode confundir os conceitos, e existe uma razão para isso: o treinamento costuma fazer parte do processo de desenvolvimento.
Em outras palavras, quase todo desenvolvimento pede que o colaborador ou equipe participem de treinamentos, sejam eles voltados para integração, reciclagem ou no intuito de preparar o trabalhador para uma promoção.
Dependendo da profundidade e do tema abordado em treinamento, essa atividade ocupa meses, semanas, dias ou apenas algumas horas, sendo finalizada com uma avaliação para verificar se o empregado adquiriu a proficiência esperada.
Esses novos conhecimentos contribuem para o desenvolvimento de quem foi treinado, no entanto, não são as únicas ferramentas para isso.
A execução de tarefas que desafiem o colaborador a pensar fora da caixa, exercícios de aprimoramento da inteligência emocional e consumo de conteúdos diferenciados podem ser incorporados ao processo de desenvolvimento de pessoas.
Além, é claro, de mecanismos de monitoramento para verificar os resultados alcançados, avaliar a eficiência das metodologias e corrigir o que não auxilia no crescimento dos funcionários.
Em um mundo de transformações velozes, o mercado exige que as empresas se adaptem e evoluam continuamente para se manterem lucrativas.
E, como explicamos acima, grande parte da competitividade das organizações vem do capital humano, que precisa ser aprimorado para render inovações que tornem os processos e serviços mais eficientes, com ganhos na receita a partir de menos recursos.
Também é essencial dar suporte para que as equipes sigam motivadas, evitando sua saída precoce – e as perdas intelectuais e financeiras que ela acarreta.
O desenvolvimento de pessoas é uma ferramenta poderosa nesse contexto, pois demonstra o interesse, por parte da empresa, em aperfeiçoar as competências de seus colaboradores.
Dessa forma, eles ficam mais satisfeitos e reconhecem seu valor dentro da companhia, além de ganhar impulso para progredir na carreira.
Quem prioriza o próprio desenvolvimento amplia as chances de ser promovido, de assumir posições de liderança, ser contratado, remanejado para um departamento de que goste ou até suavizar a dinâmica de transição de carreira.
Em geral, o desenvolvimento de pessoas nas organizações foca na educação (formal ou não) e na vivência para ajudar a construir conhecimentos, reforçar pontos positivos e minimizar os negativos.
Para tanto, o processo tende a ser adotado de forma estruturada pelos times de gestão de pessoas, incluindo o RH, líderes e parceiros para uma abordagem frequente que favoreça o autoconhecimento.
Avaliação comportamental e teste DISC (Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade) são algumas das ferramentas que dão suporte para essa dinâmica, identificando o perfil dos colaboradores e recomendando as ações assertivas para seu aprimoramento.
Utilizando essas informações, fica mais simples trabalhar as competências ou o CHA (conhecimentos, habilidades e atitudes) dos funcionários para evidenciar seus talentos.
Os CHA podem ser aperfeiçoados através de práticas como workshops, simulações e rotação de cargos – quando alguém assume outra posição por tempo determinado, a fim de vivenciar os desafios diários de um colega.
“Desenvolvimento é o processo de longo prazo para aperfeiçoar as capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-los futuros membros valiosos da organização.”
De autoria de Milkovich e Boudreau, estudiosos da Administração de recursos humanos, a frase acima resume as razões para apostar no desenvolvimento de pessoas.
Ir além do treinamento, implantando uma estrutura dedicada a dar suporte para que os funcionários conheçam e aproveitem melhor seu potencial, faz toda a diferença para os resultados da corporação.
Em vez de um grupo de indivíduos insatisfeitos e que só trabalha por obrigação, a empresa poderá contar com equipes que vestem a camisa e se ajudam mutuamente.
Esse clima de colaboração traz benefícios para todos os envolvidos nas operações da companhia, desde o CEO até o cliente final, já que os empregados tendem a reproduzir o tratamento que lhes é dado no dia a dia.
Se são valorizados, há boas chances de que valorizem cada interação com o consumidor, deixando impressões positivas que dão base para ganhar a lealdade do cliente.
Nos tópicos a seguir, detalhamos as maiores vantagens para organizações que priorizam o desenvolvimento de seu pessoal.
Acompanhe!
Engajamento pode ser definido como um envolvimento genuíno que agrega um propósito ao relacionamento.
E, apesar de não ser comum classificar o contato entre empresa e trabalhador desse jeito, este é, sim, um tipo de relacionamento.
Por isso, as interações são chamadas de relações de trabalho, até mesmo na esfera jurídica.
Uma relação pede atenção, equilíbrio, comunicação e atitudes que mostrem que todos os participantes se importam uns com os outros, certo?
O raciocínio vale para as relações de trabalho, nas quais existe uma correspondência entre as entregas da companhia ao funcionário, e vice-versa.
Para ter sucesso e manter um time engajado, é fundamental investir em seu desenvolvimento – o que é visto como benefício por muitos colaboradores.
Sabendo que a empresa conta com eles e os enxerga em seu futuro, forjando planos de carreira interessantes, os trabalhadores se empenham para entregar o melhor, seja de forma individual ou coletiva.
Em geral, essas duas áreas são estudadas e acompanhadas separadamente, no entanto, uma tem interferência direta sobre a outra.
Afinal, não dá para neutralizar o impacto da formação, experiências, traumas e emoções sobre a vida profissional.
Como seres humanos, desempenhamos vários papéis na sociedade, mas todos eles estão conectados e são geridos pela nossa mente.
Por isso, a saúde psicológica e emocional é crítica para nossa evolução em todas as esferas da vida.
Ao auxiliar no autoconhecimento (base para o desenvolvimento pessoal), a empresa está ajudando, também, a construir um profissional de alta performance.
Conforme consegue administrar melhor suas questões internas, o funcionário colabora para criar um ambiente de trabalho saudável, cooperativo, repleto de harmonia e produtividade.
Altas taxas de rotatividade ou turnover são um problema vivenciado por diversas empresas atualmente.
E, como exemplificamos mais acima, perder um empregado não implica apenas em menos força de trabalho, que é algo fácil de substituir.
Perder um funcionário dedicado significa deixar de dispor de seu capital intelectual, sua contribuição com o clima organizacional e outros bens imateriais que podem levar anos para ser aprendidos por um novo colaborador.
E o desenvolvimento de pessoas se destaca entre as estratégias para retenção desses talentos, porque a falta de perspectiva é uma das principais razões para que abandonem um trabalho.
Se há maior satisfação dos colaboradores, a produtividade aumenta.
Não estamos falando da quantidade de horas trabalhadas, pois trabalhar por mais tempo não quer dizer que o serviço está rendendo mais.
Estamos falando sobre ter a mesma jornada de trabalho, mas com a motivação necessária para fazer mais com os mesmos recursos, o que inclui o tempo.
Em outras palavras, funcionários valorizados pela empresa se tornam mais eficientes – e, por consequência, mais produtivos.
Portanto, vale investir no desenvolvimento de pessoas como ferramenta para agilizar processos, serviços e a produção de outras demandas, sem deixar de lado a qualidade.
Manter a diversidade e equipes engajadas é outro grande desafio para as organizações modernas.
Contudo, juntar indivíduos com diferentes etnias, origens, identidade de gênero, religião, cultura, etc., é fundamental para oxigenar as ideias e trazer inovação para dentro da empresa.
Assim, os times de gestão de pessoas têm usado mecanismos de desenvolvimento dos colaboradores como uma forma de unir os times, por mais diversos que eles sejam.
Processos de autoconhecimento e retorno às origens como seres humanos reforçam a máxima de que todos pertencemos a uma mesma espécie e nossas visões de mundo podem se complementar para construir algo maior.
Ou seja, é possível incentivar o espírito de equipe através das políticas de desenvolvimento de pessoas.
Como mencionamos antes, o desenvolvimento de pessoas é um conjunto de boas práticas estruturadas que, combinadas, auxiliam na evolução pessoal e profissional dos funcionários.
Neste espaço, trazemos alguns tipos de atividades e conceitos que integram essa área.
A trajetória profissional é importante para qualquer pessoa, pois faz parte da identidade e determina o modo de vida, possibilidade de ganhos e realização.
Nesse contexto, dá para imaginar a relevância da oferta de planos de carreira consistentes, que incluam capacitações com um objetivo pré estabelecido.
Se não, pouco vai adiantar treinar e proporcionar novos aprendizados para colaboradores que não vão utilizar esse conhecimento num futuro próximo.
A carreira, então, precisa ser bem delineada, contando com um propósito central e pequenas metas ou passos que levem à sua conquista.
Vale frisar que, embora o plano de carreira deva ser oferecido pela empresa, cabe a cada profissional estabelecer seus próprios objetivos, expondo-os às lideranças no momento oportuno.
Assim, ambos podem ajustar as expectativas para evitar frustrações, tanto por parte do empregado quanto do empregador.
Cultivar o hábito de aprender diariamente tem grande potencial de motivação.
De olho nessa premissa, é interessante apostar na educação continuada, estimulando a busca pelo crescimento pessoal e profissional dos funcionários.
Capacitações técnicas são as atividades mais comuns nesse campo, mas formações que abordem competências comportamentais, inteligência emocional e até passatempos criativos, como oficinas de teatro ou pintura, também são válidas.
O importante é dar a oportunidade de todos participarem, sem que sejam obrigados a isso, e favorecer o gosto pelo aprendizado.
Já dizia o ditado que a única certeza no cenário atual é que sempre haverá mudanças.
Contudo, a resistência a elas é da natureza humana, pois buscamos estabilidade e segurança para nos sentirmos confortáveis.
Uma das soluções para esse dilema é englobar a gestão da mudança entre as políticas da empresa, adotando estratégias que permitem focar nos pontos positivos das modificações.
Isso tem tudo a ver com o desenvolvimento de pessoas, uma vez que as transformações costumam render oportunidades de aprimoramento pessoal.
Se a empresa, por exemplo, modernizar um software, incorporando uma versão mais complexa, pode gerar resistência por parte dos indivíduos que não se dão bem com novas tecnologias.
No entanto, essa também será uma chance de entrar em contato com uma inovação e aprender a usá-la, acumulando uma habilidade útil.
Quando uma companhia ou grupo se comunica de modo assertivo, os conflitos são reduzidos, pois eles conseguem se expressar sem colocar uma grande carga emocional na mensagem.
São capazes, ainda, de compartilhar informações de maneira direta e clara, culminando em mensagens embasadas na transparência.
O resultado disso são colaboradores mais conscientes e aumento da confiança nas decisões tomadas por eles, seus colegas e líderes.
Por fim, mas não menos importante, o desenvolvimento de pessoas deve começar na liderança e fomentar a autonomia para a formação de sucessores competentes.
Por isso, programas de treinamento para líderes são muito bem-vindos, em especial se combinados a ferramentas de avaliação do desempenho, correção de desvios e reforço dos pontos fortes.
Agora que já conferiu as vantagens e a importância do desenvolvimento de pessoas, você está pronto para aplicar o conceito em sua empresa.
Para te ajudar nessa tarefa, preparamos uma lista com os principais passos:
Adotar políticas de desenvolvimento de pessoas ajuda a aperfeiçoar o potencial dos colaboradores e utilizar seus talentos em prol das equipes e organizações.
Daí a relevância de incorporar essa ferramenta na cultura empresarial, promovendo a valorização das habilidades de cada um.
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