A produção e o consumo de produtos e serviços estão cada vez mais dependentes da estrutura do mundo digital. A geração e o processamento de dados deixaram de ser temas específicos de técnicos de Tecnologia de Informação e gestores.
Hoje, muitos outros profissionais e até mesmo consumidores assumem posição mais ativa com relação aos dados digitais. Neste artigo, explicamos de maneira breve o que é a gestão de dados e qual é a importância dela para empresas.
O que é a gestão de dados – e não de informação
Do ponto de vista empresarial, a gestão de dados é uma disciplina que capacita firmas a administrarem suas informações de modo organizado e tomar decisões mais assertivas. Essa disciplina reúne ferramentas técnicas e capacitação para identificar, armazenar, acessar, compilar, proteger e usar dados.
A complexidade desses processos fica clara quando entendemos o que é um dado no mundo digital. De acordo com a conceituação do cientista da computação Valdemar W. Setzer, um dado é uma sequência de símbolos quantificados ou quantificáveis.
Assim, textos de diferentes tipos e formatos podem ser considerados dados. Eles podem ser armazenados e lidos por máquinas, mas não compreendidos por elas.
A interpretação dos dados, que pode ser subjetiva, é chamada informação – e é coberta por um ramo diferente de processos, chamados gestão da informação. Portanto, gestão de dados e gestão de informação são disciplinas diferentes entre si, mas que funcionam de forma complementar num negócio.
O gerenciamento de dados digitais frequentemente requer tecnologia avançada para ser feito de maneira rápida e eficiente. Ferramentas e sistemas avançados, que selecionam automaticamente grandes quantidades de dados são comuns no uso de big data, por exemplo. Esse é um exemplo de gestão de dados.
Por que a gestão de dados é importante para uma empresa?
A gestão de dados é um dos pilares da organização comunicacional de uma empresa. Dessa maneira, é fundamental para que os setores de uma empresa sejam capazes de trocar informações com a devida velocidade e precisão, sem gargalos e perda de produtividade.
Uma má gestão de dados pode causar os prejuízos de uma comunicação interna malfeita. Mas também podem prejudicar os processos de vendas e de relações com clientes.
Peguemos como exemplo uma simples sincronização: a equipe de relacionamento com o consumidor fez atualizações no cadastro de um cliente, mas esses dados não foram devidamente organizados.
Dessa forma, essa equipe pode ter problemas em fazer o contato no pós-venda. Essa falha reduzirá as chances de fidelizar o cliente e, possivelmente, levará a uma perda de receitas futuras.
Esse problema de gestão de dados pode atrapalhar, ainda, outros setores e processos relevantes da empresa, desde a cobrança até a entrega dos produtos.
Os investimentos com gestão de dados são fundamentais porque promovem eficiência, produtividade e evitam esses problemas. Executa-se mais trabalho usando menos tempo e trabalho e, além disso, a segurança das informações também cresce. Assim, a empresa torna-se mais competitiva.
Os dados fundamentais para uma empresa
Aqueles dados que são necessários para o sucesso da estratégia de uma empresa são fundamentais. Portanto, a importância de cada tipo de dado pode variar de um negócio para outro.
Ainda assim, os dados transacionais e os dados master são tipos bastante comuns, que merecem uma explicação neste artigo.
Os dados transacionais são registros de eventos que sofrem mudanças no decorrer do tempo, e que acontecem com uma certa frequência. Alguns exemplos de dados transacionais são vendas, cancelamentos e situação do estoque de uma empresa.
Por outro lado, os dados master dizem respeito a variáveis envolvidas numa transação. Dados do perfil de um cliente que fecha uma compra, como nome, idade e renda enquadram-se nessa classificação.
Profissionais e cargos do ramo
Numa boa cultura de empresa, a importância da gestão de dados para as operações será clara entre profissionais de diversos setores. Afinal de contas, ela é um ativo com potencial de influência positiva sobre toda a articulação da organização.
No entanto, são alguns profissionais especializados em tecnologia da informação que desempenham ações diretamente ligadas à gestão de dados:
Chief Data Officer
É o líder de operações de gestão de dados, que coordena e ajuda nas atividades das equipes.
Cientista de dados
O cientista de dados é um profissional tem a capacidade de apresentar soluções a partir de grandes quantidades de dados, usando habilidades de programação e de análise.
Gestor técnico de dados
Adapta, compila e trata dados, organizando-os em tabelas, bancos e outros formatos.
Analista de dados
Profissional que assessora outros setores com conhecimentos específicos de gerenciamento de dados.
Gestor estratégico de dados
Esse gestor avalia conjuntos de dados já tratados para conciliá-los com a gestão estratégica da empresa – a missão e os objetivos do negócio.
Conclusão
Essa visão geral sobre o complexo universo da gestão de dados é apenas o primeiro passo para entender um campo de atuação que não para de se expandir e modificar. Os desafios diários e o horizonte de novidades são fonte de estímulo para profissionais não apenas de TI, mas também de Business Intelligence, Administração de Empresas e outros setores.
Portanto, o gerenciamento de dados merece um aprofundamento de conhecimentos. Para conhecer mais conceitos da gestão de dados e algumas táticas para implementá-la de maneira eficiente, acesse o texto sobre esse tema no blog da FIA.
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