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Mulheres no mercado de trabalho: avanços e desafios atuais

28 de julho 2025

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Apesar dos avanços conquistados nos últimos anos, as mulheres ainda enfrentam desafios significativos no ambiente profissional, marcados por desigualdades persistentes.

Trata-se de um tema de alta relevância social, pois evidencia estruturas históricas de disparidade de gênero, com repercussões econômicas, culturais e institucionais.

Para as organizações, a presença feminina promove a diversidade e gera resultados concretos, ao impulsionar a inovação, melhorar a produtividade e fortalecer o clima organizacional.

Desta forma, a importância da mulher no mercado de trabalho vai além da representatividade. A inclusão efetiva das mulheres no mercado de trabalho é condição essencial para o crescimento sustentável das empresas e para a construção de uma sociedade mais equitativa.

No entanto, as desigualdades de gênero no mercado de trabalho  seguem sendo um obstáculo atual, que exige políticas públicas, ações afirmativas e transformações culturais profundas.

Neste artigo, você vai conhecer o panorama atual das mulheres profissionais no Brasil, os principais desafios enfrentados e os caminhos para a equidade e o fortalecimento da liderança feminina.

Veja os tópicos abordados:

  • Qual é a realidade das mulheres no mercado de trabalho no Brasil hoje?
  • Principais desafios enfrentados por profissionais mulheres 
  • Por que investir em equidade de gênero é uma estratégia inteligente?
  • Ações para promover a liderança feminina nas organizações
  • Sua empresa está preparada para promover a equidade de gênero?
  • O papel da FIA na formação de mulheres líderes para o mercado de trabalho

Continue a leitura e descubra por que a participação feminina no mercado de trabalho é fundamental para o desenvolvimento das empresas e para a construção de uma sociedade mais equitativa.

Qual é a realidade das mulheres no mercado de trabalho no Brasil hoje?

As mulheres representam uma parte significativa da força de trabalho no Brasil, mas ainda enfrentam desigualdades estruturais em várias dimensões da vida profissional.

E isso, vale lembrar, em pleno século XXI.

Embora a participação feminina no mercado de trabalho tenha aumentado nas últimas décadas, persistem as diferenças salariais, a baixa presença de mulheres em cargos de liderança e o desequilíbrio na divisão das responsabilidades domésticas.

A seguir, apresentamos um panorama detalhado sobre o perfil das mulheres no mundo do trabalho no Brasil — com dados, evidências e reflexões que ajudam a entender os avanços e os desafios que ainda persistem.

Perfil demográfico

  • A maioria das mulheres economicamente ativas está na faixa etária entre 25 e 49 anos.
  • Elevada proporção de mulheres que atuam como chefes de família e conciliam trabalho formal com responsabilidades domésticas.
  • Avanço significativo na escolarização: mulheres já representam mais de 60% dos formandos em universidades no país.

Setores de atuação

  • Alta concentração feminina nos setores de educação, saúde, serviços administrativos e comércio.
  • Baixa representatividade em áreas historicamente masculinas, como tecnologia, engenharia e construção civil.
  • No campo do empreendedorismo, mulheres representam 34% do total de proprietários de negócios no Brasil, segundo o Sebrae.

Posições hierárquicas

  • A presença feminina em cargos de liderança ainda é baixa: apenas 39% das empresas no Brasil possuem mulheres em cargos executivos, segundo a Grant Thornton
  • A participação feminina em conselhos de administração e diretorias é ainda mais restrita
  • A maioria das mulheres encontra-se em funções operacionais ou intermediárias, enfrentando dificuldades estruturais para avançar em direção às posições de liderança estratégica

Remuneração

  • Mulheres recebem, em média, 22% a menos que os homens que ocupam a mesma função, segundo dados do IBGE.
  • A diferença salarial  tende a se acentuar nos níveis hierárquicos mais elevados.
  • Mesmo com escolaridade e qualificação, muitas mulheres permanecem em desvantagem salarial diante de colegas do sexo masculino.

Aspirações e desafios

  • Muitas mulheres profissionais almejam ocupar cargos de liderança, alcançar autonomia financeira e conciliar, de forma equilibrada, as dimensões pessoal e profissional.
  • Valorizam empresas com cultura inclusiva, políticas efetivas de diversidade e mecanismos institucionais com políticas de equidade
  • Entre os principais desafios enfrentados estão o preconceito de gênero, o assédio, a dificuldade de conciliação entre maternidade e carreira, além da ausência de redes de apoio estruturadas.

Esse cenário evidencia que, embora avanços relevantes tenham sido conquistados, ainda há um longo caminho rumo à equidade plena, que exige compromisso coletivo, transformação cultural e ações concretas por parte das organizações.

Principais desafios enfrentados por profissionais mulheres

Apesar dos avanços das últimas décadas, as mulheres ainda enfrentam obstáculos significativos para garantir igualdade de oportunidades no mercado de trabalho.

Esses entraves comprometem tanto o acesso quanto a progressão profissional, afetando diretamente a autonomia econômica, o bem-estar e a representatividade feminina nas estruturas organizacionais.

Ignorar essas barreiras contribui para a manutenção de um cenário desigual e pouco inclusivo, afetando não só as profissionais, mas também os resultados das empresas e o desenvolvimento do país.

A seguir, apresentamos os principais desafios enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho e caminhos possíveis para superá-los e construir ambientes organizacionais mais inclusivos, equitativos e inovadores.:

  • Desigualdade salarial: mesmo com qualificação similar, as mulheres continuam recebendo salários inferiores aos dos homens. A transparência salarial, auditorias internas e políticas de equiparação ajudam a reduzir essa diferença
  • Baixa representatividade em cargos de liderança: a sub-representação feminina em posições de decisão limita a diversidade de perspectivas. Ações afirmativas e programas de mentoria podem acelerar a ascensão profissional das mulheres
  • Conciliar maternidade e carreira: a ausência de políticas de apoio à parentalidade impacta a permanência e o crescimento profissional das mães. Licenças equilibradas, creches corporativas e jornadas flexíveis são soluções eficazes
  • Assédio e preconceito: o ambiente de trabalho ainda é hostil para muitas mulheres, que enfrentam discriminações sutis e explícitas. Códigos de conduta, canais de denúncia seguros e treinamentos de diversidade são fundamentais
  • Dupla jornada de trabalho: a sobrecarga com tarefas domésticas e cuidados familiares compromete o desempenho e a saúde das mulheres. Incentivar a divisão de responsabilidades e flexibilizar horários são medidas necessárias
  • Falta de modelos de referência: a escassez de líderes mulheres dificulta a construção de trajetórias inspiradoras. Valorizar as histórias de sucesso e criar redes de apoio fortalece a presença feminina.

O enfrentamento das desigualdades de gênero requer ação coordenada em três frentes: liderança engajada, diretrizes institucionais consistentes e uma cultura organizacional que valorize, na prática, a equidade e a inclusão.

Por que investir em equidade de gênero é uma estratégia inteligente?

Equidade de gênero é o princípio que reconhece as diferenças entre homens e mulheres e busca garantir condições justas para que ambos tenham acesso às mesmas oportunidades, considerando essas especificidades.

Diferente da igualdade, que trata todos da mesma forma, a equidade considera os contextos e propõe soluções diferenciadas para alcançar justiça social.

No ambiente corporativo, investir em equidade de gênero é uma decisão estratégica que traz benefícios concretos para as organizações.

É consenso que empresas com maior diversidade de gênero apresentam melhor desempenho financeiro, mais inovação e maior capacidade de atrair e reter talentos.

Além disso, consumidores e investidores valorizam marcas comprometidas com práticas inclusivas e socialmente responsáveis.

A presença feminina no mercado de trabalho está diretamente associada à construção de equipes mais colaborativas, inovadoras e resilientes, características fundamentais para o sucesso organizacional em contextos complexos e em constante transformação.

Quando as empresas investem em equidade, ampliam sua competitividade e fortalecem sua reputação no mercado.

Veja algumas formas práticas de promover essa transformação:

  • Revisar políticas internas: avaliar processos de recrutamento, promoção e remuneração sob a ótica da equidade.
  • Implementar treinamentos de diversidade: sensibilizar equipes e lideranças para comportamentos inclusivos.
  • Criar metas de representatividade: estabelecer indicadores para acompanhar o avanço da participação feminina.
  • Promover mentorias e redes de apoio: estimular o desenvolvimento e a conexão entre mulheres.
  • Oferecer apoio à parentalidade: criar políticas de licença equilibradas e suporte à maternidade e paternidade.

A adoção de práticas equitativas é um passo essencial para a superação das desigualdades de gênero no ambiente profissional, promovendo justiça social e organizações mais saudáveis, eficientes e preparadas para os desafios do futuro.

Ações para promover a liderança feminina nas organizações

Promover a liderança feminina nas empresas impulsiona a inovação, amplia a diversidade de pensamento e fortalece a competitividade organizacional.

Estudos da McKinsey demonstram que equipes com diversidade de gênero em cargos de liderança tendem a ter desempenho até 25% superior em rentabilidade e assertividade nas decisões estratégicas.

No entanto, a presença feminina nos altos escalões ainda enfrenta barreiras estruturais. Uma pesquisa da FIA Business School , divulgada pela Forbes, aponta que apenas 38% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por mulheres.

Diante desse cenário, fomentar a liderança feminina não é apenas uma pauta de justiça social, mas uma decisão com inteligência empresarial de alto impacto para o futuro das organizações.

A seguir, destacamos ações fundamentais para impulsionar essa transformação:

1. Estabelecer metas claras de representatividade

As empresas devem definir objetivos concretos de inclusão de mulheres em cargos de liderança.

Essas metas permitem acompanhar o progresso e estimular ações estratégicas para o alcance de resultados.

Além disso, sinalizam publicamente o compromisso da organização com a equidade de gênero.

2. Criar programas de mentoria e patrocínio

Programas de mentoria conectam mulheres a líderes experientes, que oferecem orientação estratégica, ampliam sua visão de carreira e fortalecem sua autoconfiança para ocupar posições de destaque.

O patrocínio, por sua vez, envolve o apoio direto de executivos que utilizam seu capital político para promover o avanço das mulheres em cargos de decisão.

Essas iniciativas são fundamentais para romper barreiras culturais, acelerar trajetórias femininas e ampliar a presença de mulheres em posições de liderança.

3. Estimular o desenvolvimento de competências de liderança

Investir em treinamentos, workshops e programas de capacitação voltados para mulheres fortalece competências técnicas, emocionais e estratégicas — essenciais para o exercício da liderança.

Essas ações promovem a autoconfiança, ampliam o networking e preparam as profissionais para assumir desafios maiores.

A formação continuada transforma potencial em protagonismo.

4. Garantir processos seletivos justos e inclusivos

Revisar critérios de contratação, promoção e sucessão com foco em imparcialidade é fundamental para eliminar vieses de gênero.

É igualmente importante garantir diversidade nos comitês de avaliação e adotar linguagem adequada em comunicações de recrutamento.

Essas medidas ampliam o acesso de mulheres a posições estratégicas e qualificam a tomada de decisão organizacional.

5. Valorizar exemplos de liderança feminina

Divulgar histórias de sucesso de mulheres líderes, dentro e fora da empresa, inspira outras profissionais fortalece o senso de pertencimento e contribui para a formação de uma cultura organizacional verdadeiramente inclusiva.

Reconhecimentos públicos, premiações internas, programas de visibilidade e participação em eventos são ferramentas eficazes para valorizar essas trajetórias e ampliar seu alcance simbólico.

6. Criar comitês de diversidade e inclusão

Comitês dedicados à diversidade devem reunir representantes de diferentes áreas e níveis hierárquicos, com a missão de acompanhar indicadores, propor iniciativas e avaliar impactos das ações de equidade.

Eles funcionam como catalisadores da mudança e garantem que a pauta da equidade permaneça ativa na gestão.

Sua empresa está preparada para promover a equidade de gênero?

A equidade de gênero é uma meta cada vez mais valorizada pelas organizações contemporâneas, mas sua concretização exige mais do que boas intenções.

Como vimos, há ganhos relevantes em promover a diversidade e inclusão nas empresas, mas o processo de mudança cultural e estrutural dentro das empresas pode apresentar barreiras significativas.

Muitas organizações desejam fortalecer a participação feminina e suas estruturas, mas não sabem exatamente por onde começar ou se estão de fato prontas para isso.

Resistências culturais e a ausência de uma estratégia estruturada continuam sendo entraves relevantes para a construção de ambientes mais diversos, equitativos e inovadores.

Para avaliar o grau de maturidade da sua empresa em relação à equidade de gênero, é fundamental observar alguns pontos-chave:

  • Os processos seletivos garantem igualdade real de acesso a mulheres em todas as etapas da seleção?
  • As políticas de remuneração e promoção são transparentes, baseadas em critérios objetivos e auditáveis?
  • A liderança da organização está genuinamente engajada com a pauta da diversidade de gênero?
  • A empresa coleta, analisa e acompanha dados sobre a participação feminina em diferentes áreas e níveis hierárquicos?

Se as respostas forem negativas ou incertas, é sinal de que o caminho para a equidade ainda precisa ser estruturado dentro de sua organização.

Abaixo, indicamos alguns primeiros passos estratégicos para iniciar essa transformação:

  • Realizar um diagnóstico interno com indicadores desagregados por gênero.
  • Ouvir as colaboradoras sobre suas experiências, barreiras percebidas e sugestões de melhoria.
  • Desenvolver um plano de ação com metas claras, prazos definidos e indicadores de acompanhamento.
  • Implementar campanhas de sensibilização e programas de capacitação contínua.
  • Engajar a alta liderança como patrocinadora ativa da pauta de equidade.

Nesse processo, buscar apoio especializado pode ser determinante para estruturar ações eficazes.

Por exemplo, uma consultoria empresarial oferece metodologias, dados e experiência para apoiar o desenvolvimento de ambientes mais justos, diversos e inovadores.

O papel da FIA na formação de mulheres líderes para o mercado de trabalho

A FIA Business School tem uma trajetória consolidada na formação de profissionais de excelência e ocupa posição de destaque no desenvolvimento de lideranças femininas.

A instituição acredita no potencial transformador das mulheres no mercado de trabalho e oferece programas educacionais e de mentoria que fortalecem competências técnicas, estratégicas e comportamentais.

Formar mulheres líderes vai além da capacitação acadêmica, exige um ambiente de aprendizado que valorize a diversidade, estimule a troca de experiências, promova o protagonismo e prepare as alunas para atuar com excelência em qualquer setor.

Nesse sentido, a FIA desenvolve cursos de graduação, MBAs, pós-graduação e programas de curta duração com um corpo docente altamente qualificado.

A escola conta ainda com iniciativas concretas de incentivo à liderança feminina em organizações públicas e privadas — incluindo ações afirmativas, programas de mentoria voltados ao desenvolvimento de lideranças femininas e cursos de curta duração focados na formação executiva de mulheres nos negócios.

Com uma abordagem multidisciplinar e alinhada às exigências do mercado contemporâneo, a FIA reafirma seu compromisso com a transformação social e a equidade de gênero no ambiente corporativo.

Conclusão

A presença das mulheres no mercado de trabalho avançou significativamente nas últimas décadas, mas ainda enfrenta desafios complexos, que exigem atenção contínua.

A boa notícia é que há caminhos concretos para superá-los!

A história da mulher no mercado de trabalho mostra que equidade, representatividade e liderança feminina não são apenas pautas sociais, mas estratégias inteligentes para as empresas.

Reduzir a desigualdade no mercado de trabalho feminino exige ações concretas, desde a reestruturação de processos até o apoio à formação de novas lideranças.

A FIA Business School atua de forma estratégica nessa transformação, desenvolvendo mulheres preparadas para liderar com propósito, inovação e impacto real.

Continue acompanhando o blog da FIA para mais conteúdos sobre gestão, carreira, equidade e liderança.

Referências:

https://www.agenciatatu.com.br/noticia/mulheres-cursos-de-graduacao

https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/perfil-da-mulher-empreendedora-brasileira%2C47cbed7a8fb56810VgnVCM1000001b00320aRCRD

https://www.grantthornton.com.br/sala-de-imprensa/o-pequeno-numero-de-mulheres-no-comando-das-empresas-brasileiras

https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/diferenca-salarial-entre-homens-e-mulheres-vai-a-22-diz-ibge

https://forbes.com.br/forbes-mulher/2024/03/mulheres-ocupam-38-dos-cargos-de-lideranca-no-brasil-e-sao-mais-bem-avaliadas-pelo-time

https://www.consultancy.eu/news/4484/mckinsey-the-benefit-of-gender-and-ethnic-diversity-in-leadership

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Sobre a FIA Business School:

Com um olhar sempre no futuro, desenvolvemos e disseminamos conhecimentos de teorias e métodos de Administração de Empresas, aperfeiçoando o desempenho das instituições brasileiras através de três linhas básicas de atividade: Educação Executiva, Pesquisa e Consultoria.

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