A gestão socioambiental é um jeito inteligente de equilibrar crescimento, cuidado com as pessoas e respeito ao meio ambiente.
Ela ajuda profissionais e empresas a tomarem decisões sustentáveis, minimizando impactos negativos e promovendo um futuro mais responsável.
Afinal, prosperar sem prejudicar é o caminho para um mundo melhor.
Sobre isso, aliás, você sabia que 70% dos brasileiros preferem comprar de empresas comprometidas com o meio ambiente?
Por essas e outras, a gestão socioambiental nas empresas é um assunto tão sério que cada vez mais as organizações investem em setores e departamentos inteiros dedicados a essa área.
O melhor exemplo disso são as que adotam práticas ESG em suas atividades.
Orientadas pelos princípios de governança corporativa, elas buscam fazer a diferença no mundo por meio de ações que beneficiam a sociedade e o meio ambiente.
Nesse contexto, a gestão socioambiental cresce como um modelo com o qual as lideranças passam da teoria à prática em questões que envolvam esses dois segmentos.
É dela que vamos tratar neste conteúdo, dividido nos seguintes tópicos:
Continue lendo e saiba como funciona a gestão socioambiental nas empresas.
Gestão socioambiental é a administração estratégica de recursos e práticas que equilibram desenvolvimento econômico, responsabilidade social e preservação ambiental.
Visa minimizar impactos negativos, promover sustentabilidade e alinhar organizações às exigências legais e éticas.
O foco, como o nome já revela, está nas esferas social, relativa às comunidades e pessoas, e ambiental, no qual a preservação e defesa dos biomas está no centro das atenções.
Por outro lado, esse é um tipo de gestão que vai além da mitigação dos impactos socioambientais.
Se implementada corretamente, a gestão socioambiental pode ser um fator de competitividade, com reconhecimento de boa reputação e diferenciação de uma marca frente suas concorrentes.
Gerir um negócio focado no meio ambiente e na sociedade é a abordagem mais inteligente.
Isso não apenas pela questão da sustentabilidade, mas pelos ganhos em termos de imagem, reputação e redução de custos.
As empresas que adotam esse modelo de gestão sabem que o desenvolvimento socioambiental de uma região ou país também depende do que elas fazem.
Felizmente, o mercado já parece ter acordado para essa questão, sendo cada vez mais comum essa abordagem em empresas de todos os portes e segmentos.
Elas estão descobrindo com a própria experiência que gestão socioambiental dá certo e isso se reflete em uma série de vantagens competitivas e benefícios diretos.
Vamos conhecer alguns deles na sequência.
Está em voga a chamada compensação de carbono, que consiste nas medidas que as empresas tomam para neutralizar as emissões de CO2.
É o que fazem, por exemplo, as que plantam árvores a cada metro cúbico de gás emitido em função das suas atividades.
Aí se encontra a origem do recente mercado de carbono, no qual as empresas podem gerar recursos negociando com os chamados créditos de carbono.
Na verdade, toda emissão de gases estufa que deixa de acontecer pode gerar esse tipo de crédito, negociável no mercado internacional.
É mais uma forma de otimizar os recursos, gerando um excedente que pode representar não só economia, como maior capacidade para investir.
Veja um dado interessante: o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa, apresenta rentabilidade de 203% desde sua criação, contra 175,3% do índice Bovespa convencional.
As ações valorizadas são um sinal inequívoco de competitividade, pois evidenciam que o negócio segue em crescimento e gerando valor.
A gestão socioambiental é, nesse aspecto, o modelo ideal para tornar uma marca imbatível.
Ela serve para posicionar uma empresa como uma organização responsável, transmitindo ao mercado uma mensagem de confiança.
Quanto melhor for a reputação, menor será a ameaça dos concorrentes, que terão que, literalmente, “correr atrás” do prejuízo.
Não menos importante, as medidas socioambientais aplicadas com as práticas ESG levam a uma administração mais consciente.
A gestão socioambiental é fundamental para isso, por meio de medidas que integram a sociedade com as empresas, todos empenhados em preservar os recursos naturais.
Dessa forma, a marca cria laços muito difíceis de serem desfeitos, aumentando ainda mais sua competitividade.
Vimos que os brasileiros preferem comprar de empresas comprometidas com o meio ambiente, mas a proporção da população que está de olho na causa ambiental pode ser ainda maior.
Para 95% dos brasileiros, por exemplo, a prioridade é comprar de marcas que investem em práticas sustentáveis.
Com um percentual tão alto, não resta dúvida de que a gestão socioambiental gera uma repercussão bastante favorável.
Empresa gerida dessa forma diz para seus clientes e stakeholders que leva a sério a causa ambiental e social.
Assim sugere uma pesquisa publicada pela Veja, segundo a qual empresas sustentáveis em suas práticas apresentam um valuation superior.
Esse maior valor de mercado nasce não apenas dos resultados acima da média, mas pelo valor intangível gerado pela percepção positiva de que a empresa desfruta.
A gestão socioambiental é um bom negócio também pelo viés tributário.
Como destaca um artigo do site Cred Carbo, existem pelo menos cinco tipos de incentivos fiscais para empresas que investem em práticas sustentáveis:
O desenvolvimento socioambiental é uma via de mão dupla, na qual as empresas entregam valor e respeito às comunidades e meio ambiente, recebendo em troca confiança e clientes fiéis.
Mas, para usufruir desses benefícios, é necessário que a gestão socioambiental seja implementada com rigor e método.
O processo é bastante parecido com o que se faz para obtenção dos selos ISO, que atestam que uma empresa zela pela qualidade total na área avaliada.
Se a empresa estiver disposta, pode até investir em uma chancela específica para a gestão socioambiental, tais como ISO 14001, Selo Empresa B, Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) e Protocolo GHG.
Ou pode, se preferir, trilhar seu próprio caminho em direção à gestão socioambiental, implementando-a de forma independente.
Veja na sequência os passos iniciais que podem ser dados nesse sentido.
Assim como nas normas ISO, a gestão socioambiental demanda um extenso trabalho visando diagnosticar como a empresa vem conduzindo suas atividades.
Para isso, ela deve mapear as práticas socioambientais, avaliando processos, consumo de recursos, geração de resíduos e impactos na comunidade.
Esse será o ponto de partida para que a gestão socioambiental possa ser primeiro viabilizada antes de ser implementada.
Afinal, trata-se de um processo de mudança que, como tal, sempre apresenta percalços e resistências.
O diagnóstico das práticas serve, ainda, como um benchmarking interno, do qual a empresa pode, ao fazer um check-up inicial, rever suas próprias rotinas.
A gestão ganha com isso uma chance de melhorar no que ainda deixa a desejar e de fortalecer-se no que já é competitiva.
Espera-se com a gestão socioambiental que sejam gerados resultados, os quais precisam ser medidos e avaliados periodicamente.
A empresa precisará então definir objetivos claros, como redução de emissões ou consumo de água, e outros indicadores-chave de desempenho (KPIs) para monitorar o progresso.
Lembrando que as metas fazem muito mais sentido quando são SMART, ou seja, específicas, mensuráveis, atingíveis, realistas e periodizáveis.
Os KPIs, por outro lado, não são rígidos. Até mesmo os indicadores podem ser substituídos ou revisados caso a gestão entenda que não fazem mais sentido.
Nesse aspecto, vale adotar frameworks de trabalho dinâmicos, como o Scrum, no qual as metas e o andamento das atividades é revisto diariamente.
Algumas metodologias podem ajudar a esse respeito, como a Lean Six Sigma, voltada à redução de desperdício e à qualidade total.
Claro que, para isso, a empresa precisa de profissionais qualificados, podendo contratá-los, se não houver, ou treinar os que já estão em seus quadros.
Falando em treinar, a gestão socioambiental não difere dos outros modelos em relação à demanda por profissionais capacitados.
Essa capacitação engloba não apenas administradores graduados, como todo um back office formado por especialistas e trabalhadores de múltiplas áreas.
Também se faz necessário nesse contexto manter os profissionais permanentemente engajados, por meio de treinamentos regulares.
Os cursos e as sessões podem ser administrados pela própria empresa ou, se seus líderes preferirem, pode-se recorrer aos treinamentos in company realizados por parceiros.
Se esta for a sua opção, conte com a FIA Business School e toda nossa expertise com treinamentos personalizados e de alto impacto, especialmente criados para promover o desenvolvimento socioambiental e o crescimento dos seus colaboradores.
Criamos soluções educacionais personalizadas para organizações dos setores público e privado, visando atender às necessidades específicas das empresas com quem trabalhamos.
Vimos anteriormente que a gestão socioambiental requer o acompanhamento de KPIs SMART em seus parâmetros.
Para além disso, é necessário também realizar um trabalho constante de auditoria, no sentido de detectar inconsistências, falhas e desvios.
Com os critérios e indicadores definidos, parte-se para a coleta de dados-chave sobre aspectos como consumo de recursos, emissões e práticas sustentáveis.
A análise desses dados permitirá identificar falhas e oportunidades de melhoria.
Paralelamente, devem ser feitas entrevistas com colaboradores e visitas aos locais de operação para validar as informações.
De posse dos dados, é elaborado um relatório detalhando os achados, propondo ajustes e novas estratégias.
Essas auditorias precisam ser periódicas, garantindo assim um acompanhamento contínuo das atividades mais estratégicas.
Alinhada a essa prática, vale investir em comunicação interna para dar transparência no processo, fortalecendo a credibilidade da empresa perante clientes e investidores e para demonstrar seu comprometimento com a sustentabilidade.
O envolvimento da empresa com a comunidade e stakeholders é fundamental para consolidar a gestão socioambiental responsável.
Esse processo começa com a identificação das partes interessadas, como clientes, fornecedores, ONGs, governos locais e moradores da região.
A empresa pode promover ações como consultas públicas, programas educacionais, apoio a projetos sociais e investimentos em infraestrutura sustentável.
Além disso, a transparência nas práticas ambientais e sociais fortalece a confiança e a reputação da organização.
Não menos importante, é preciso comunicar os resultados das ações e medidas tomadas no âmbito da gestão socioambiental.
Para isso, devem ser criados canais de comunicação abertos que permitam que diferentes grupos contribuam com ideias e sugestões, tornando as iniciativas mais alinhadas às necessidades reais da sociedade.
A gestão socioambiental nas empresas é assunto sério para a FIA.
Prova disso é que nossos cursos de graduação e de pós-graduação são formatados com disciplinas ligadas à agenda ambiental e de promoção de uma sociedade mais justa.
Mas as iniciativas não ficam só na parte acadêmica.
Fazendo valer nossa política de transparência, nosso último Relatório de Atividades detalha de que maneira estamos dando a nossa contribuição.
Desde 2018, a FIA é signatária do Pacto Global da ONU e promove continuamente ações e programas para o alinhamento de suas estratégias e operações aos dez princípios universais, associados às áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.
Sempre comprometida com seus valores e objetivos declarados, a FIA se mantém atenta às melhores práticas empresariais e passou a incorporar elementos da agenda ESG (ambientais, sociais e de governança) nas suas diretrizes estratégicas em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Motivos não faltam para implementar a gestão socioambiental em uma empresa, independentemente do segmento ou tamanho.
Para isso, quanto mais profissionais qualificados e especialistas no assunto, mais suave será a transição para o novo modelo.
Você fica sempre a par dos temas mais relevantes no mundo dos negócios e empreendedorismo aqui, no blog da FIA.
Referências:
https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/70-dos-brasileiros-preferem-comprar-produtos-de-empresas-com-comprometimento-ambiental
https://www.infomoney.com.br/cotacoes/b3/indice/ise/
https://economia.ig.com.br/parceiros/esginsights/2024-02-08/95–dos-brasileiros-preferem-marcas-que-investem-em-sustentabilidade.html
https://exame.com/esg/iniciativas-sustentaveis-tem-impacto-positivo-no-valor-de-mercado-de-empresas-segundo-estudo/
https://credcarbo.com/carbono/conheca-5-incentivos-fiscais-para-praticas-sustentaveis-empresariais/
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