Suas finanças pessoais precisam melhorar, mas você não sabe exatamente por onde começar?
Muita gente reconhece a importância da educação financeira, mas não coloca seus princípios em prática.
Tanto é assim que 46% dos brasileiros não têm controle sobre o orçamento, como revela uma pesquisa do SPC Brasil.
A boa notícia é que nunca é tarde para aprender a cuidar melhor do o dinheiro e desenvolver uma estratégia de gestão financeira pessoal.
Um ótimo começo é ler este artigo, no qual você vai entender como gerenciar finanças pessoais para se manter sempre no azul e com um bom nome na praça.
Veja os tópicos abordados:
- O que são finanças pessoais?
- Para que serve a gestão financeira pessoal?
- Por que é tão importante entender sobre finanças pessoais?
- O que fazer para organizar as finanças pessoais?
- Como voltar ao controle da gestão financeira pessoal?
- Como separar as finanças pessoais da empresa?
- Dicas de livros e apps para te ajudar a gerenciar as finanças pessoais
- Como aprender sobre finanças pessoais?
Siga em frente e descubra como gerenciar finanças pessoais!
Leia também:
- Educação financeira: o que é e 14 dicas para colocar em prática
- Finanças Comportamentais: O que é, Tipos e Autores
- Planejamento Financeiro Empresarial: O que é, etapas e como fazer
O que são finanças pessoais?
As finanças pessoais são as decisões que cada indivíduo toma a respeito do seu dinheiro.
Quando há cuidado com a gestão pessoal e financeira, a tendência é que elas estejam sempre sob controle.
Já a falta de gestão leva inevitavelmente a problemas financeiros, em maior ou menor grau.
Mesmo as pessoas que vivem com pouco dinheiro podem realizar seus sonhos, desde que saibam gerir seus gastos.
Um bom exemplo disso é a doméstica Dalvina Borges Ramos, que com muito suor e disciplina, conseguiu poupar dinheiro para comprar uma casa.
Não satisfeita, ela ainda teve recursos para contratar um escritório de arquitetura para cuidar do seu projeto, que ganhou inclusive um prêmio internacional.
Para que serve a gestão financeira pessoal?
O caso da dona Dalvina ilustra bem um dos propósitos que deveriam orientar a gestão financeira pessoal, que é trazer à realidade os projetos de vida.
Isso sem contar que precisamos ter dinheiro e recursos para nos alimentar, nos vestir e pagar pela educação e saúde.
Tudo isso demanda um esforço permanente de gestão, de modo que estejamos sempre no controle do dinheiro e não o contrário.
É também uma forma de ter sempre a consciência tranquila, para que à noite, na hora de dormir, o sono chegue naturalmente e sem esforço.
Por que é tão importante entender sobre finanças pessoais?
Uma publicação da revista Exame alerta para os problemas sociais que podem surgir em razão da falta de educação financeira, um problema sempre presente no Brasil.
Portanto, a organização financeira pessoal é a base de uma sociedade mais justa, com menos desigualdade e oportunidades para a maioria.
Quem descuida das próprias finanças, cedo ou tarde acaba tendo problemas, acumulando dívidas em excesso ou tornando-se inadimplente e sem acesso ao crédito.
Desenvolver-se em termos de gestão financeira é a melhor forma de evitar esses e outros problemas causados pela falta de dinheiro, um recurso limitado para a maioria.
O que fazer para organizar as finanças pessoais?
O gerenciamento das finanças pessoais é um assunto que, para boa parte dos brasileiros, ainda é assustador.
Na realidade, a organização financeira pessoal está longe de ser um bicho de sete cabeças ou um assunto demasiadamente complexo.
Na verdade, como veremos daqui para frente, é mais uma questão de disciplina, que envolve um esforço e atenção permanente de controle financeiro.
Você não precisa ser formado em Economia ou Administração para tomar as rédeas da sua vida financeira.
Para começar, siga as dicas que vamos passar a partir de agora.
Tenha um orçamento mensal
As empresas mantêm registros contábeis, e não é por acaso.
Para que um negócio tenha continuidade, é indispensável seguir mensalmente um orçamento, no qual se antecipam os gastos a serem realizados e as receitas que deverão entrar.
O mesmo princípio vale para as finanças pessoais, que são como uma espécie de contabilidade, mas sem as complexas regras tributárias.
A ideia é simples: registrar todo mês as entradas e saídas financeiras, somando ambas para confirmar se o orçamento fecha.
Se as receitas não forem suficientes para cobrir os gastos, então será necessário fazer algum corte.
Seja como for, quanto mais antecipadamente você montar o seu orçamento, mais tempo terá para fazer ajustes e evitar apertos.
Registre todos seus gastos e ganhos
A gestão pessoal e financeira depende de um controle constante de tudo que se ganha e se gasta.
Para isso, é preciso habituar-se a registrar todas as movimentações, desde as mais insignificantes, em um fluxo de caixa pessoal.
Afinal, é a partir dos pequenos registros que nos acostumamos a controlar nossos gastos e podemos nos planejar para despesas de maior porte.
Em outras palavras: você jamais terá capacidade financeira para comprar bens mais caros se não adquirir o hábito de registrar a compra de uma simples caneta.
Tenha disciplina
No começo, pode ser chato anotar ou gravar em um app ou planilha todos os gastos realizados.
A exemplo de tudo que se faz na vida, porém, essa é mais uma questão de adquirir o costume.
No começo é difícil, até porque não vemos nenhum resultado prático.
Contudo, com o tempo e persistência, começamos a perceber que, ao desenvolver o hábito de registrar as finanças e seguir o orçamento, conseguimos lidar melhor com o dinheiro.
Faça ajustes
Orçamento que não é consultado não é seguido, e se não é seguido, perde a razão de ser.
Além disso, uma das funções do orçamento é servir como parâmetro para fazer eventuais ajustes.
Como saber, por exemplo, se estamos gastando demais com supermercado, se não tivermos uma referência nesse tipo de gasto?
O orçamento será o ponto de partida para saber onde estamos sendo negligentes e onde podemos fazer ajustes.
Aprenda a cortar gastos
Uma das práticas mais comuns usadas para montar um orçamento é a divisão das despesas em fixas e variáveis.
As fixas, como o nome já diz, são aquelas que não variam de um mês para o outro ou que pelo menos não oscilam muito.
Já as variáveis não podem ser fixadas, em razão das grandes mudanças que costumam apresentar.
É o caso, por exemplo, das despesas com lazer, quase sempre imprevisíveis e difíceis de antecipar.
Essa divisão é a base para a gestão financeira, servindo como parâmetro principal para eventuais cortes de gastos, começando normalmente pelas despesas variáveis e não essenciais.
Controle as compras no supermercado
Um erro muito comum entre as pessoas que não gerenciam suas finanças é ir ao supermercado sem saber o que vão comprar.
A gestão “de cabeça” é muito perigosa, não só porque a memória trai, como nos faz dimensionar mal os gastos.
Por isso, não se engane: sempre que for ao supermercado, faça uma lista e siga-a à risca.
Com o tempo, você vai começar a ver que pode comprar quase tudo que gosta e ainda gastar menos.
Evite gastar fora do planejado
A gestão pessoal e financeira é, considerando o que vimos, questão de disciplina.
Portanto, todo gasto que não esteja previsto no orçamento deve ser rejeitado ou evitado o máximo possível.
É verdade que existem imprevistos ou situações que nos forçam a gastar aquilo que não prevíamos, mas para isso, existe a reserva financeira, da qual falaremos mais à frente.
Negocie dívidas
Com o endividamento em alta entre os brasileiros, aumenta o percentual de pessoas e famílias sem acesso ao crédito, por causa da inadimplência.
Na verdade, esse é um problema que caminha lado a lado com a falta de controle sobre as finanças pessoais.
O que boa parte das pessoas inadimplentes talvez não saibam é que é possível negociar todas as dívidas inscritas no SPC/Serasa pela internet.
No site da Serasa Experian, por exemplo, é possível encontrar todos os débitos negativados e quitá-los com descontos generosos.
Eduque-se na parte financeira
É curioso que, no Brasil, as crianças e adolescentes tenham aulas de química, física, sociologia, filosofia, mas não sejam ensinadas sobre finanças pessoais.
Nos sistemas educacionais mais evoluídos, como nos países nórdicos e escandinavos, a educação financeira é matéria obrigatória e uma das bases da formação do cidadão.
Por falar nisso, a FIA disponibiliza um curso de Prática da Educação Financeira para que todos possam melhorar na gestão do orçamento doméstico.
Prefira pagar à vista
Um dos fatores que levam ao superendividamento, que é quando o montante das dívidas ultrapassa a capacidade de pagar, é o hábito de comprar sempre a prazo.
Embora essa seja na maior parte das vezes a única solução, ela pode se tornar um problema por causa dos juros e taxas embutidos em cada compra.
Sem perceber, a pessoa vai acumulando dívidas progressivas que, com o tempo, aumentam descontroladamente, com juros rendendo sobre juros.
Para evitar que isso aconteça, prefira sempre pagar à vista, já que, além de não render juros, isso pode render bons descontos.
Busque ajuda, se necessário
Existem ainda as pessoas que são gastadoras compulsivas e fazem compras para aliviar algum tipo de tensão.
São casos em que a educação financeira e o controle das finanças pessoais não bastam: é preciso ter algum tipo de acompanhamento para lidar com as emoções.
Algumas recorrem à terapia, enquanto outras procuram grupos de ajuda mútua, onde podem falar sobre seus problemas e ter aconselhamento.
Guarde e invista sempre que puder
Todos estamos sujeitos a algum tipo de imprevisto ou conta inesperada.
Para que essas eventualidades não provoquem um rombo no orçamento doméstico, vale manter uma reserva prudente, a ser acionada somente nos casos não previstos.
Essa reserva pode ainda ser fracionada para formar um fundo de investimento pessoal, no qual você se dispõe a aplicar todo mês.
Para facilitar, essas aplicações podem ser orientadas por um objetivo, que pode ser a aposentadoria, a compra da casa ou uma viagem.
Como voltar ao controle da gestão financeira pessoal?
Para quem está no vermelho, gerenciar finanças pessoais é um assunto potencialmente incômodo.
É preciso “mexer na ferida” para tratá-la – do contrário, a tendência é que piore com o tempo.
A maioria das dicas que vimos são úteis para retomar o controle sobre as finanças pessoais, especialmente a que fala da negociação das dívidas.
Se é o seu caso, outra medida que pode ser tomada é a rolagem de dívida, em que o devedor paga tudo que deve com os recursos obtidos de um novo empréstimo.
Vale a pena quando as taxas são menores, além de facilitar a gestão da dívida.
Como separar as finanças pessoais da empresa?
Um problema recorrente de gestão financeira pessoal entre empreendedores é não fazer distinção entre as contas do negócio e as suas despesas domésticas.
No longo prazo, esse é um hábito potencialmente destrutivo, pois leva à perda do controle sobre a contabilidade da empresa.
A propósito, ter um contador ajuda muito para evitar essa perigosa mistura, além de aplicar as dicas que você aprendeu nos tópicos anteriores.
Recapitulando:
- Abra contas bancárias separadas
- Mantenha registros detalhados de todas as transações
- Evite usar dinheiro da empresa para gastos pessoais e vice-versa
- Considere contratar um contador para ajudar na organização financeira.
Dicas de livros e apps para te ajudar a gerenciar as finanças pessoais
Sabemos que quem não tem o costume de controlar as finanças pessoais tem muita dificuldade no começo.
Por isso, destacamos abaixo alguns livros com ensinamentos valiosos sobre o assunto, além de apps que vão ajudar você a ter o controle financeiro na palma da mão:
- O Pai Rico, o Pai Pobre por Robert Kiyosaki
- O Homem Mais Rico da Babilônia, por George Clason
- Domine Este Jogo: 7 Passos para a Liberdade Financeira, por Tony Robbins
- A Psicologia do Dinheiro, por Morgan Housel
- Investidor Inteligente, por Benjamin Graham.
Dicas de apps para gerenciar as finanças pessoais:
Como aprender sobre finanças pessoais?
Você não precisa se tornar um mago da organização financeira pessoal para ter mais controle sobre o seu dinheiro, mas pode melhorar bastante no assunto.
A FIA dá uma mão, mostrando para você as melhores técnicas e práticas para gerir sua vida financeira no curso Tempo, Dinheiro e Emoções Para o Sucesso Pessoal e Profissional.
Aprenda como ter mais controle sobre seus gastos e deixe para trás os tempos de aperto em um curso EAD com duração de um mês e coordenação do professor Dr. Almir Ferreira de Sousa.
Conclusão
Suas finanças pessoais com certeza vão melhorar se você seguir os passos que descrevemos neste artigo.
Mas a sua jornada de crescimento e aprendizado não para por aqui.
Continue lendo os artigos publicados no blog da FIA e fique sempre a par de assuntos que impactam na carreira, negócios e bem-estar!
Referências:
https://www.spcbrasil.org.br/uploads/st_imprensa/release_educacao_financeira_v7.pdf
https://casa.abril.com.br/minha-casa/casa-feita-com-r-150-mil-ganha-premio-de-arquitetura
https://exame.com/bussola/falta-de-educacao-financeira-aumenta-desigualdade-em-era-de-instabilidade/
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/proporcao-de-endividados-e-inadimplencia-crescem-em-marco-afirma-cnc/
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/dicas-para-cuidar-das-financas-pessoais-e-da-empresa,8a56d1939a317810VgnVCM1000001b00320aRCRD