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O que é Arquitetura de Dados, como funciona e mercado de trabalho

24 de julho 2024, 16:00

A arquitetura de dados é a organização dos dados de uma empresa, incluindo métodos, modelos e padrões para coleta, armazenamento, gestão e uso eficiente das informações, de modo a garantir integridade, segurança e acessibilidade.

Esse é um processo fundamental, já que trabalhar com dados melhora a tomada de decisões e aumenta a eficiência operacional e competitividade do negócio.

Mas não quaisquer dados.

Aqueles usados pelas empresas em suas rotinas não se organizam sozinhos. E é justamente para isso que existe a arquitetura de dados.

Essa é talvez uma das áreas mais sensíveis no segmento de Tecnologia da Informação (TI), considerando que, segundo a IBM, 68% dos dados gerados não são aproveitados.

O momento exige que as empresas sejam cada vez mais data-driven em seus processos e, nesse contexto, aproveitar mal os dados ou não saber usá-los seria um problema.

Quer mudar a forma como você usa esse conhecimento em suas decisões?

Comece pelos seguintes tópicos:

  • O que é uma arquitetura de dados?
  • Como funciona a arquitetura de dados?
  • Tipos de modelos de dados
  • Princípios da arquitetura de dados
  • Benefícios da arquitetura de dados para as empresas
  • Como Big Data e arquitetura de dados se relacionam?
  • O que esperar da arquitetura de dados para os próximos ano?
  • O que faz um arquiteto de dados?
    • Como está o mercado de trabalho?
  • Como aprender sobre arquitetura de dados e Big Data?

Leia até o final e organize os dados para qualificar a gestão da empresa!

Leia também:

O que é uma arquitetura de dados?

Arquitetura de dados é a soma de processos relacionados a dados, desde a sua coleta, passando pela triagem, limpeza e processamento para gerar insights.

Toda estratégia, critério, ferramenta e prática utilizada para gerir os dados no contexto dos negócios estão no escopo da arquitetura de dados.

Existe ainda a arquitetura de banco de dados, um subtipo no qual o foco é a organização dos repositórios de dados, bem como das fontes de onde são extraídos e a forma como são acessados.

Como funciona a arquitetura de dados?

A função principal da arquitetura de dados é definir como os dados são coletados, armazenados, gerenciados e utilizados em uma empresa.

Em seu funcionamento, são acionadas uma série de ferramentas e práticas, com as quais os dados podem ser coletados e tratados.

Na parte da coleta, a arquitetura de dados define, por exemplo, quais serão as fontes de dados e como será a integração entre essas fontes.

Passando para o armazenamento, a arquitetura de dados funciona por meio dos data lakes e data warehouses, onde os dados são mantidos em segurança.

A arquitetura de dados também depende em seu funcionamento de uma governança de dados consistente, assim como de rotinas de processamento.

Tipos de modelos de dados

Diagrama representando a arquitetura de dados, com vários componentes interconectados como bancos de dados, ETL, data warehouse, e ferramentas de análise.
Visualize os principais componentes de uma arquitetura de dados eficiente.

Uma arquitetura de banco de dados pode ser organizada de diferentes maneiras.

Por ser uma representação abstrata, a arquitetura de dados pode ser orientada para incontáveis objetivos.

Ela serve como um guia para o desenvolvimento e implementação de sistemas de banco de dados, garantindo a consistência, integridade e acessibilidade das informações.

Assim, cada empresa tem liberdade para decidir como quer organizar seus dados, de acordo com o uso que pretende fazer deles.

Vamos conhecer os três tipos de arquitetura de dados e como ajudam a gerir melhor os dados em uma estratégia de negócios.

Modelos de dados conceituais

Toda arquitetura de dados precisa de um ponto de partida. Essa é a função de um modelo de dados conceitual.

Ele serve como um esquema, que pode ser gráfico, com o qual os dados são organizados conforme o estado atual, projetando eventuais estados futuros.

Nessa espécie de “modelo dos modelos”, os detalhes técnicos ainda não são levados em consideração, já que o objetivo principal é formar uma base de gestão de dados.

Modelos de dados lógicos

Avançando na construção da arquitetura de dados, uma empresa pode, a partir do modelo conceitual que tenha definido, elaborar um modelo de dados lógico.

Sua finalidade é traduzir o modelo conceitual em uma estrutura mais detalhada, definindo as entidades, atributos, relacionamentos e restrições dos dados.

Outra função é especificar como os dados serão organizados e armazenados no banco de dados, ainda sem se preocupar com os aspectos físicos de armazenamento.

Por isso, é normalmente utilizado na fase de design de um sistema de banco de dados, servindo como ponte entre o modelo conceitual e o modelo físico.

Modelos de dados físicos

No terceiro e mais avançado estágio de implementação de um modelo de dados, temos a definição do modelo físico.

É onde se faz a implementação concreta do modelo lógico em um sistema de banco de dados específico, definindo as tabelas, colunas, índices e outros elementos físicos.

Pelo modelo de dados físico, a empresa detalha como os dados serão armazenados em uma mídia de armazenamento, considerando aspectos como hardware, software e performance.

É o modelo empregado na fase de implementação de um sistema de banco de dados, guiando a criação das tabelas, índices e suas demais estruturas físicas.

Princípios da arquitetura de dados

A arquitetura de dados é orientada a partir de 7 princípios.

São eles:

  • Orientada para resultados: focada em gerar valor para o negócio por meio dos dados
  • Automação: é preciso eliminar as tarefas repetitivas, que são automatizadas para otimizar o tempo e aumentar a produtividade
  • Flexibilidade: a arquitetura de dados adapta-se às mudanças nas necessidades do negócio e do mercado
  • Adaptabilidade: também suporta diferentes tipos, volumes e cargas de dados
  • Inteligência: utiliza recursos como inteligência artificial e machine learning para análises avançadas
  • Segurança: também protege os dados contra acessos não autorizados, violações e eventuais perdas
  • Colaboração: facilita o trabalho em equipe e o compartilhamento de dados entre diferentes áreas.

Benefícios da arquitetura de dados para as empresas

Gráfico mostrando o crescimento exponencial dos dados ao longo do tempo, destacando a necessidade de uma boa arquitetura de dados.
O volume de dados cresce rapidamente. Esteja preparado com uma arquitetura robusta.

Como mostra uma pesquisa divulgada pela BARC (em inglês), 100% dos gestores das grandes empresas consideram fundamental a formação de um repositório de dados navegável e fácil de compreender.

Esse objetivo pode ser alcançado quando se investe na arquitetura de banco de dados, que, como tal, traz benefícios únicos.

Afinal, como também revela a pesquisa, 43% dos líderes acreditam que seus repositórios não atendem aos requisitos básicos de negócio.

A arquitetura de dados pode responder a esse desafio, proporcionando vantagens competitivas como as que vamos conferir a partir de agora.

Redução na redundância

Redundância em dados é quando um data lake ou data warehouse guarda dados repetidos sobre um mesmo objeto ou esses dados expressam a mesma informação.

Uma estrutura de dados e de armazenamento bem arquitetada pode ajudar a evitar isso, eliminando automaticamente as redundâncias que cedo ou tarde vão surgir.

Fazendo isso, a empresa ganha tempo e qualidade em seus dados, facilitando os processos subsequentes de tratamento.

Habilitação da integração

Um dos desafios sempre presentes ao lidar com os dados é garantir que eles possam ser acessados de forma integrada.

É muito comum nas empresas que se formem os chamados silos de dados, o que dificulta consideravelmente sua gestão.

A arquitetura de dados previne esse tipo de situação, por meio do encadeamento lógico das estruturas de dados e seus canais de acesso.

Um bom exemplo disso é o que fazem os sistemas ERP, que tem, entre suas finalidades, integrar a base de dados de uma empresa em uma só plataforma.

Melhoria da qualidade de dados

No contexto Big Data, quanto maior for o volume de dados utilizados, maiores as chances de obter insights precisos.

Por outro lado, quantidade não é qualidade.

Quanto maior for o repositório de dados, maiores as chances de haver redundâncias, inconsistências ou mesmo dados falsos.

Quando a empresa desenvolve uma arquitetura de dados compatível com suas necessidades, ela passa a filtrar melhor os dados que armazena.

O resultado disso são dados mais relevantes e que, depois de tratados, levam a insights muito mais profundos.

Gerenciamento do ciclo de vida de dados

Uma questão que se impõe nas empresas em seus processos de gestão de dados é gerenciar a informação de acordo com o seu ciclo de vida.

O que fazer, por exemplo, quando uma base de email marketing encontra-se desatualizada?

Quais critérios adotar para limpar esse tipo de repositório?

Essa é mais uma dúvida que a arquitetura de dados responde, gerando vantagem competitiva.

Melhoria da governança e segurança de dados

A governança de dados trata das práticas relacionadas aos dados coletados por uma empresa, de modo que ela atenda às exigências legais nesse aspecto.

No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é a norma principal em tudo que diz respeito ao uso que se faz dos dados gerados online por pessoas físicas e jurídicas.

Para atender à norma, as empresas precisam definir medidas de controle, proteção e manutenção do sigilo dentro da sua arquitetura de dados.

Uma arquitetura sólida, portanto, representa uma vantagem nesse aspecto, protegendo o negócio de possíveis vazamentos e de processos legais por uso indevido ou inadvertido dos dados.

Processos decisórios mais certeiros

Nas empresas data-driven, os dados são sempre a base do processo decisório.

Isso só é possível quando a arquitetura de dados está organizada o bastante para facilitar o acesso aos dados, bem como garantir o seu tratamento de acordo com os objetivos estratégicos.

Assim, as decisões tendem a ser tomadas com mais agilidade e, principalmente, com maior chance de acerto.

Um benefício adicional que vem junto com uma arquitetura de dados inteligente é a redução da dependência do feeling nas decisões e toda a incerteza que isso representa.

Como Big Data e arquitetura de dados se relacionam?

Big Data é o termo usado para se referir à abordagem em que os dados em massa são utilizados como base para a tomada de decisão.

Como vimos, embora esse conceito esteja em evidência, a maior parte dos dados acaba se perdendo.

E isso acontece em razão da falta de uma arquitetura de dados que permita aproveitá-los.

Empresas que se desenvolvem nesse aspecto se colocam em uma condição diferenciada, podendo usufruir do melhor que o Big Data pode oferecer.

O que esperar da arquitetura de dados para os próximos anos?

Conjunto de ferramentas de ETL (extração, transformação e carga) utilizadas na arquitetura de dados.
Ferramentas de ETL são essenciais para um fluxo de dados eficiente e organizado.

É possível apontar muitas tendências para a arquitetura de dados e todo o trabalho em torno disso.

Uma delas, segundo o site Dataversity (em inglês), é a priorização da governança e da segurança de dados, uma preocupação para 80% das empresas.

Outra tendência para ficar de olho ainda nesse ano é o uso de metadados, que consistem nos dados que dizem algo a respeito de outros dados.

É o que indica um artigo (também em inglês) da Database Trends and Applications (DBTA), segundo o qual a abordagem baseada em metadados será decisiva a partir desse ano, principalmente para as soluções com base em IA generativa.

O que faz um arquiteto de dados?

Para saber o que é arquitetura de dados, precisamos também saber quais as funções do arquiteto de dados.

Normalmente, esse é um especialista formado em TI, embora possa ter outros tipos de formação na área de tecnologia e data science.

Entre as suas atribuições, estão projetar, implementar e gerenciar a arquitetura de dados de uma empresa.

Também cabe a esse profissional desenhar modelos de dados, estabelecer padrões e políticas, supervisionar a coleta e armazenamento de dados, além de executar processos de governança, entre muitas outras atividades.

Como está o mercado de trabalho?

Com a digitalização em plena expansão e conceitos como IoT e cloud computing em alta, o profissional que trabalha com arquitetura de dados ganha uma relevância ainda maior.

Os salários são promissores: R$ 13 mil em média, segundo o site Glassdoor, com R$ 4.463,00 para os que estão no início da carreira, de acordo com o site Vagas.com.

Como aprender sobre arquitetura de dados e Big Data?

Se você gostou do que leu e tem interesse em ingressar em um mercado de trabalho cheio de oportunidades como é o da arquitetura de dados, temos uma boa notícia.

A Pós-Graduação Análise de Big Data – Data Engineering, da FIA, está com matrículas abertas, com aulas às quartas e sextas, das 19h às 23h, em regime EAD ao vivo.

É a sua chance de fazer parte de um seleto grupo de profissionais e conquistar as melhores oportunidades.

Não perca tempo, as vagas são limitadas e esgotam-se rapidamente!

Conclusão

Você viu neste texto o que é arquitetura de dados, um processo fundamental em empresas e, ao mesmo tempo, um campo repleto de desafios.

Para atuar nessa área, como acabamos de ver, é fundamental se qualificar, como normalmente se faz no exigente mercado de tecnologia.

A FIA Business School está ao seu lado, preparando os profissionais que vão fazer a diferença nas empresas e nas instituições públicas brasileiras.

Conheça nossos cursos e siga acompanhando artigos no blog.

Referências:

https://www.ibm.com/br-pt/resources/the-data-differentiator/data-architecture
https://bi-survey.com/future-of-data-architecture
https://www.dataversity.net/data-architecture-trends-in-2024/
https://www.ibm.com/br-pt/topics/data-architecture
https://www.dbta.com/Editorial/News-Flashes/The-Journey-Toward-Modernization-2024-Data-Architecture-Trends-162558.aspx

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Com um olhar sempre no futuro, desenvolvemos e disseminamos conhecimentos de teorias e métodos de Administração de Empresas, aperfeiçoando o desempenho das instituições brasileiras através de três linhas básicas de atividade: Educação Executiva, Pesquisa e Consultoria.

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