A robótica educacional propõe aos alunos pelo menos dois objetivos: montar uma máquina, e que essa máquina execute tarefas específicas. A abordagem prática de solucionar problemas cotidianos com robôs leva os estudantes a descobrirem o funcionamento de diversos componentes e dispositivos tecnológicos.
O método de aprendizagem da robótica educacional tem sido aplicado em várias instituições de ensino para tornar o processo educacional mais divertido e atrativo aos alunos. Ele depende do uso de kits prontos de montagem ou da transformação de materiais para compor robôs. Com os componentes, alunos pesquisam, descobrem e constroem máquinas por conta própria.
Neste artigo, exploramos os conceitos, bases e objetivos da robótica educacional. Ao fim da leitura, você entenderá o contexto em que essa metodologia se desenvolve, como e quando ela pode auxiliar o aprendizado.
Metodologias ativas de ensino e tecnologias
O desenvolvimento das tecnologias digitais desde o final do século 20 tem imposto mudanças radicais em diversos aspectos da vida humana – consumo, carreira, estilo de vida, relacionamentos, aprendizado, entre outros.
Instituições e profissionais de ensino vêm se defrontado com o desafio de construir conhecimentos úteis e adequados em meio a um afluxo de informações sem precedentes, e da multiplicação de meios de comunicação.
Muitos métodos alternativos à educação expositiva têm sido apresentados para suprir lacunas educacionais. Levar para as salas de aula algumas tecnologias conhecidas e usadas pelos alunos em casa é uma maneira encontrada por muitos professores para captar a atenção de jovens alunos e tornar o processo de ensino mais ativo.
Nesse sentido, as tecnologias cumprem o papel de facilitadoras para o ensino, mas não detêm a capacidade intrínseca de educar – professores seguem auxiliando e guiando trabalhos, embora com ênfase menor na exposição de conteúdo. É nesse contexto que se insere a proposta de robótica educacional.
Quando e por que utilizar a robótica educacional?
Uma das vantagens da robótica educacional é fomentar a autonomia individual dos estudantes de construir seus conhecimentos. Desempenhar operações básicas de matemática e estar alfabetizado são habilidades essenciais para alicerçar qualquer outro tipo de aprendizado mais complexo.
Por isso, o Ensino Fundamental ou o Ensino Médio podem ser bons momentos para começar a introduzir essa metodologia baseada em tecnologia.
Além do fortalecimento da autonomia, a robótica pode servir a outros propósitos no contexto educacional:
- Aumentar o interesse por temas de ciência e tecnologia
- Facilitar o aprendizado de disciplinas como Física e Matemática
- Incrementar as interações entre alunos e educadores
- Dinamizar aulas
- Promover a interação entre estudantes de diversos perfis
- Explicitar relações de conhecimentos teóricos e suas aplicações práticas
- Preparar alunos para vagas no mercado de trabalho, especialmente aquelas que exigem conhecimentos de tecnologia.
Multidisciplinaridade
Apesar de depender principalmente de conhecimentos em Ciências Exatas, a robótica educacional frequentemente inclui noções de diversos outros campos de conhecimento.
A pesquisa e o planejamento de projetos podem trazer, por exemplo, temas sociais e ambientais, se a robótica for utilizada para solucionar problemas nesses campos.
Por outro lado, a formação de uma unidade robótica pode ser dividida entre quatro etapas e sistemas ligados ao estudo de Física e Matemática:
1 – Etapa de programação, que é realizada com um computador (depende de lógica matemática)
2 – Unidade de controle, que exige um processador
3 – Parte elétrica, feita a partir de motores e sensores
4 – Parte mecânica, que utiliza engrenagens e outros componentes.
Como funciona a robótica educacional?
Não existe um consenso sobre a aplicação de robótica em sala de aula. Porém, as instituições que desejam implementar esse tipo de educação tecnológica devem observar algumas etapas básicas.
A primeira dessas etapas é traçar os objetivos a serem alcançados pelo uso da metodologia naquela instituição de ensino. A natureza do projeto, o tempo de trabalho e as vantagens perseguidas com ele são algumas variáveis dessa etapa.
Os professores deverão ser envolvidos na proposta, e possivelmente treinados para o uso da robótica em sala de aula. Afinal, o papel dos educadores é muito mais assistencial nesse tipo de ensino, mais próximo da atuação de um mediador ou tutor. Portanto, a mudança de dinâmica de ensino e a aquisição de conhecimentos específicos podem ser parte do treinamento.
Também merece atenção a origem dos componentes robóticos. Essa etapa pode consistir tanto na contratação de uma empresa fornecedoras de kits quanto na seleção de materiais alternativos de trabalho.
Finalmente, os princípios da robótica podem ser introduzidos em diversas disciplinas, para um contato gradual dos alunos com a inovação.
Para uma descrição mais pormenorizada de como implementar a robótica em sala de aula, consulte nosso artigo detalhado sobre o tema no blog da FIA.
Conclusão
Num contexto de grandes mudanças técnicas e educacionais, a robótica em sala de aula é uma alternativa que tem as vantagens de integrar conhecimento tecnológico, aumentar o interesse de alunos e estimular conhecimentos de outras disciplinas de modo original.
Apesar de útil, a robótica educacional não é a única alternativa didática para necessidades complexas de um momento de grandes renovações. Confira no blog da Graduação da FIA mais artigos sobre inovações didáticas, tecnologia, aperfeiçoamento de carreira e administração.
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