É comum achar que a ciência de dados e a inteligência artificial são áreas com as quais você não precisa se preocupar como estudante de uma graduação em administração. Mas pense novamente.
Ter o conhecimento do que é possível extrair dos dados que sua empresa coleta e saber o potencial e os possíveis usos da AI (Artificial Intelligence) pode diferenciar seu currículo e sua carreira.
Por isso, neste texto, apresentaremos esses dois “mundos” e como você, futuro administrador, pode pensar neles para melhorar sua empresa.
O que é a ciência de dados?
A palavra dados surgirá múltiplas vezes para você nos próximos anos. Não é à toa: empresas, indivíduos, empreendedores, todos eles aprenderam a importância de entender e estudar as informações geradas (no mundo virtual).
Que informações são essas? Pode ser de tudo. Usando como exemplo um site de vendas online, pode ser o número de acessos, vendas, valores, compras por dia, gênero, idade, escolaridade do comprador, e a lista segue.
O aumento da importância dada a esses dados e à qualidade das informações – graças ao avanço da tecnologia – trouxe na esteira diversos termos. Por exemplo, big data é a área que estuda e analisa essa grande quantidade de dados.
Ciência de Dados é a área que se encarrega de capturar essas informações usando tecnologias, modelos e metodologias.
Um cientista de dados normalmente tem uma formação abrangente porque ele precisa ter um sólido conhecimento técnico. Afinidade com as ciências exatas, conhecimento no campo da estatística e um background de cursos ligados à tecnologia são necessários.
Assim, o profissional tem a capacidade de criar um sistema de captura dados de forma eficiente e de fontes confiáveis.
A abrangência da ciência de dados é total. Um profissional capacitado dessa área pode ser usado pelo setor de vendas, marketing, RH; pode ajudar, inclusive, uma empresa na área da saúde, direito, turismo, jornalismo, publicidade…
Um bom gestor precisa da ciência de dados
A tecnologia trouxe uma série de benefícios para as empresas, mas também uma certa pressão: é preciso se adaptar.
Se pouco tempo atrás uma empresa podia tomar decisões de forma mais intuitiva, fazer isso em um cenário globalizado e de alta competitividade é má prática.
Um bom gestor de área precisa ter os números a seu lado para justificar ações. E a ciência de dados é uma excelente ferramenta para entender seu mercado, seus clientes e seus concorrentes.
Tendo essas informações em mãos, depois de um bom trabalho efetuado pelo cientista de dados, o gestor pode tomar decisões mais eficazes, seja deslocando recursos, investindo em áreas diferentes ou até remodelando a atuação da empresa.
É interessante apontar, também, que um bom líder pode “sujar suas mãos” e participar do processo de análise de dados, após eles serem coletados.
Cursos como a Pós-Graduação Análise de Dados, Data Mining e Inteligência Artificial da FIA são voltados para administradores, economistas, engenheiros e profissionais de diversas áreas.
Assim, o gestor pode não só usar os dados para basear suas decisões, mas também participar do processo. Com isso, é possível estar ainda mais envolvido em uma área fundamental de qualquer empresa moderna.
O que é Inteligência Artificial?
Sem dúvidas é uma tecnologia bastante falada. A inteligência artificial está cada vez mais presente e sua aplicação deve aumentar exponencialmente nos próximos anos.
É um erro confundir a inteligência artificial com fazer uma máquina pensar como um humano. O objetivo é outro: que a máquina consiga perceber variáveis, interpretar e resolver problemas.
Desmistificando uma lenda bastante repetida, a intenção não é substituir os humanos nos trabalhos e sim automatizar o que poder ser automatizado e deixar as pessoas com os trabalhos que não podem ser substituídos.
O funcionamento da inteligência artificial tem base em algoritmos. Com o avanço deles, é possível criar ações que antes não eram realizáveis por máquinas.
Para citar um exemplo, o carro inteligente, sem motorista, será uma programação complexa que possibilitará que a máquina entenda as ruas, velocidade, origem e destino e, assim, o ser humano não precisará mais dirigir o automóvel.
Levando para o ambiente das empresas, usar a inteligência artificial será um desafio que todo gestor precisa assumir. Afinal, estamos falando de uma tecnologia que pode poupar tempo e dinheiro e possibilitar que os colaboradores foquem em outras tarefas.
É necessário que os gestores fiquem antenados a todas as novidades e iniciativas que surjam usando inteligência artificial para estudar a viabilidade da implantação em suas empresas.
Ciência de Dados e Inteligência Artificial: mudanças rápidas
O grande desafio dos profissionais do século XXI é acompanhar as mudanças da tecnologia. Não são só os cientistas de dados e líderes de TI que precisam estudar e manter-se informados.
Afinal, as mudanças que serão geradas não impactarão apenas essas áreas, e sim as empresas e o mercado de trabalho de uma forma geral.
Os profissionais que souberem interpretar dados ou usá-los para promover mudanças e basear suas decisões serão sempre valorizados.
Como a intenção de usar a ciência de dados e a inteligência artificial é poupar tempo e o gasto de recursos, quem entregar resultados usando dados e a tecnologia da AI não precisa se preocupar com a automatização de processos. Afinal, há tarefas que as máquinas não vão poder executar.
Portanto, a dica é que você não se preocupe com o encolhimento do mercado de trabalho, mas invista na educação e na atualização de seus conhecimentos. Ser um gestor com conhecimento da área de dados e inteligência artificial é um diferencial enorme que será valorizado por qualquer empresa.