22 abr 20
O que são Criptomoedas: vale a pena investir e estudar?
As criptomoedas são um dos grandes assuntos dos últimos anos. Especialmente depois do boom no final de 2017, as pesquisas sobre o que são criptomoedas e a possibilidade de investir cresceram vertiginosamente.
Isso pode ser visto usando o Google Trends. De 0 a 100, o interesse no termo “criptomoedas” estava em 4 em agosto de 2017. Isso subiu para 78 no final de 2017 – quando o Bitcoin alcançou sua máxima – e chegou a 100 no ano de 2019.
Não há dúvidas que a possibilidade de um dinheiro 100% digital é viável e deve acontecer.
Mas a experiência com as criptomoedas até agora não é só de alegrias e inovação. É preciso ter cuidado com a instabilidade e também com golpes, que infelizmente acontecem com frequência.
Portanto, vale a pena confiar e investir nas criptomoedas? Podemos aprender algo com sua tecnologia? É isso que vamos responder neste artigo.
O que são criptomoedas?
As criptomoedas são moedas virtuais representadas por um código. A grande inovação que ela traz é que sua emissão e comercialização não depende de um Banco Central, intermediários e regulamentações governamentais.
Uma das ferramentas que faz esse comércio acontecer é o chamado blockchain, uma cadeia de registros com todas as informações sobre as transações. Pense nele como um livro-registro.
Muitas vezes, ao se falar sobre criptomoedas, as pessoas as confundem com o Bitcoin. Sem dúvida essa é a moeda mais famosa, sendo criada em 2009 por Satoshi Nakamoto. Este, na verdade, é um pseudônimo e até hoje se especula quem é a pessoa que está por trás dessa invenção.
O Bitcoin foi ganhando espaço aos poucos, tendo um leve aumento em 2014 até explodir de vez em 2017. Se em outubro de 2013 era possível comprar uma unidade por 120 dólares, no dia 11 de dezembro de 2017, o Bitcoin teve sua alta máxima, pagando 17 mil dólares por unidade. Em outubro de 2019 o valor está em 8,1 mil dólares.
Portanto, dá para observar a tremenda volatilidade dos valores, já que ela opera sem amarras, apenas baseada na compra e venda dos investidores.
Além do Bitcoin, outras criptomoedas famosas são:
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- Litecoin
- Ethereum
- Bitcoin Cash
- XRP
- Monero
E muitas outras que são lançadas a todo momento.
Oportunidades que as criptomoedas trazem
Para quem está começando sua carreira, receber seu salário com Bitcoin ainda é algo um pouco distante.
Mas isso não quer dizer que é inteligente passar reto e não saber o que são as criptomoedas e o potencial e lições que elas trazem.
A principal é saber o que é blockchain e especializar-se nisso.
Você pode entender com mais detalhes como funciona essa tecnologia em artigos como este, mas para resumir, ele é uma grande cadeia de informações e sua estrutura permite maior segurança e confiança em seus dados.
Essa é uma novidade que poucos podem deixar passar e os bancos concordam com isso. Tanto que gigantes como o Santander e o Barclays estão investindo em blockchain em seus sistemas.
A questão do peer to peer (P2P, traduzindo como ponto a ponto) também é algo que precisa ser observado.
O poder de ações descentralizadas, de uma pessoa para outra, com uma plataforma conectando esses pontos, é enorme.
Vemos isso com as criptomoedas, mas também com o compartilhamento de músicas e conteúdo que explodiu no começo do século XXI.
O mais interessante é que, apesar das questões éticas levantadas por esse compartilhamento -já que passa por cima de gravadoras e até artistas -, essa forma deixou legado.
Financeiras estão se posicionando para possibilitar a estrutura para esses empréstimos peer to peer acontecerem. E isso é realidade em diversos países, como Estados Unidos, Reino Unido e inclusive o Brasil.
Portanto, é muito mais do que apenas a ação direta das criptomoedas.
A tecnologia e ideais que elas trazem servem para novas ideias empreendedoras, mais inovação e até oportunidades de carreira, trabalhando com blockchain ou iniciativas P2P.
Avanços e problemas das criptomoedas
Os avanços são claros. Aos poucos o Bitcoin e outras criptomoedas foram sendo aceitas pelo mainstream do mundo financeiro. Investidores famosos começaram a mostrar apoio e até o JP Morgan, gigante banco americano, criou a sua moeda digital.
Estabelecimentos ao redor do mundo também depositaram confiança e começaram a aceitar pagamentos em moeda digital. O Sacramento Kings, time da NBA (liga de basquete norte-americana), aceita pagamentos em Bitcoin para compra de ingressos para jogos.
A possibilidade de pagar com Bitcoin é mais recorrente em países como Estados Unidos, Canadá e do Norte da Europa, mas no Brasil isso começa a ganhar espaço.
Entretanto, ao mesmo tempo, surgem problemas. Por ser descentralizado e não regulamentado, a possibilidade de golpes existe e preocupa.
Notícias sobre investidores lesados e plataformas nada confiáveis são numerosas e é preciso ter muito cuidado, já que as vítimas ficam bastante desprotegidas.
Entre as precauções que devem ser tomadas estão:
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- Confiar em empresas e plataformas com anos de mercado. Fazer pesquisa extensa na internet em busca de relatos e análises independentes.
- Não negociar ou dar dinheiro para empresas/pessoas que prometem retornos irreais ou até lucros constantes. Como vimos, as criptomoedas são voláteis por natureza.
- Desconfie de sites que premiam a inclusão e convite de várias pessoas. Isso é a característica principal de uma pirâmide financeira.
Nos últimos anos alguns governos começaram a sondar e formular legislações sobre criptomoedas e Bitcoin.
Isso é algo bastante espinhoso, já que o principal ponto, ao explicar o que são as criptomoedas, é destacar a descentralização das negociações e o fato de que as moedas digitais não são regulamentadas.
No Brasil há iniciativas desse tipo e já foram criadas algumas obrigações para investidores e corretoras.
Caso avance um conjunto de leis mais exigente, o Japão é um dos países que tem uma legislação sobre o tema e que pode servir de inspiração.