Poucas palavras ganharam tanta notoriedade nos últimos anos como startup.
Empresas classificadas como startups mudaram os mercados em que estão inseridas e ofereceram soluções que trouxeram maior conforto para seus clientes.
E isso gerou adaptações de todos os gêneros: dos próprios consumidores, de concorrentes tradicionais e até mudanças nas legislações nos níveis municipal e até federal.
Ainda assim, mesmo com essa palavra tendo fama própria e até presença garantida no dicionário Michaelis, segue difícil responder a pergunta “o que é uma startup?”, não é mesmo?
Vamos encarar esse desafio?
E não ficaremos só nesse termo, expandindo para outras palavras e expressões que são usadas nesse meio, como incubadoras, aceleradoras, investidor-anjo, unicórnios e muito mais.
Os tópicos deste texto de hoje são:
- O que é uma startup?
- Qual a diferença entre uma empresa e uma startup?
- O que é Lean Startup?
- Quais são os tipos de startups?
- As fases de uma startup
- Investidores-anjo, aceleradoras e unicórnios
- Outros termos relacionados a startup
- Exemplos de startups de sucesso
- Qual é a startup mais valiosa do mundo?
- Startups que você precisa conhecer
- Startups no Brasil
- O papel da educação em uma startup
- As maiores startups brasileiras
- Fintechs, startups e Big Techs: qual a diferença?
- Como criar uma startup?
- Ideias de startups
- MVP em startup: saiba como criar
- Como investir em startups?
- O que é e para que serve o Marco Legal das Startups?
- Os melhores livros sobre startup
- Qual curso fazer para abrir uma startup?
- SciBiz – Science Meets Business
Boa leitura!
O que é uma startup?
O termo startup, nos últimos anos, aceitou de tudo e foi ganhando camadas e camadas de definições – como o apresentador e “filósofo popular” Chacrinha diria, “eu não vim para explicar, eu vim para confundir”.
Por isso, chegar à definição do que é uma startup pode incluir alguns conceitos, rejeitar outros e causar animosidades.
Vamos, então, caminhar com bastante cuidado.
Startup nada mais é do que uma empresa, com uma iniciativa, uma ideia, um plano de negócios.
Mas nem toda (pequena) empresa é uma startup.
O café que abriu na sua rua, por melhor que seja o wi-fi lá, não se encaixa nesse termo.
A razão para esse primeiro “corte” é que a startup visa a ser a solução para um problema que a sociedade tem – e muitas vezes pode nem ter sido notado até que essa empresa pense a respeito e ataque esse problema.
Para citar o exemplo do Uber: não existia um clamor internacional por um serviço de motorista mais barato do que o táxi e que usasse os carros de pessoas comuns, que gostariam de ter uma renda extra ou até fazer disso seu trabalho principal.
Mas é inegável que depois que surgiu o Uber, tudo ficou claro: aquela era uma excelente ideia.
Pessoas que precisam de um transporte rápido, sem poder esperar por um ônibus ou pagar os preços de um táxi em um deslocamento pela cidade, agora têm uma opção muito viável.
E tudo isso usando um aplicativo no smartphone, com o carro parando onde você se localiza – e antes mesmo de entrar no carro já se tem ideia do custo da viagem.
Outro grande ponto que diferencia uma startup e uma pequena empresa é como é encarado o crescimento.
A ideia da startup gira em torno da disrupção, de mudar a sua área e o seu mercado.
E o principal: ser escalável.
As startups de grande sucesso chegam a grandes públicos, ou então, mesmo em nichos, se adaptam às necessidades básicas de muitas pessoas e mudam as regras pré-estabelecidas.
O dono do comércio na sua rua pode até pensar em ser dono de uma cadeia de lojas ou abrir franquias, mas isso muitas vezes nem é viável.
Já na startup, toda a ideia passa por arriscar, crescer e conquistar, e por isso tantas fracassam logo nos primeiros passos, já que a tarefa é muito ambiciosa.
E, por fim, outro ponto importante: a startup está ligada à tecnologia.
Em maior ou menor grau, ela precisa estar conectada com o que há de mais moderno.
A grande razão para isso é que, com a tecnologia, ela pode chegar a mais pessoas – lembra que dissemos que ela precisa ser escalável?
Ou para usar um termo do marketing digital, se tornar viral.
O Uber não seria tão popular se, em vez de um app no celular, exigisse que as pessoas ligassem para um número.
Como veremos abaixo, há startups de todos os tipos e gostos, desde o campo da agricultura, passando por e-commerce e também as fintechs, que estão mudando o mercado financeiro.
Agora que você já sabe o que é uma startup, dá para se aprofundar mais no assunto.
Qual a diferença entre uma empresa e uma startup?
Nada impede que uma startup se converta em uma empresa de sucesso, mas, conceitualmente, estamos falando de modelos de negócio diferentes.
Enquanto a primeira, como vimos, foca em uma demanda latente do mercado, possui um caráter inovador, apoiado na tecnologia, tem uma estrutura mais enxuta, visa a um crescimento escalável, assume mais riscos e adota soluções que podem ser repetíveis, a segunda tem prioridades diferentes.
Uma empresa tradicional se preocupa mais com a sobrevivência do negócio, traça objetivos a longo prazo, procura manter uma estrutura mais rígida em seu fluxo de operações, correndo menos riscos e investindo em receitas mais “certas”, e costuma ter um quadro de funcionários mais extenso.
O que é Lean Startup?
Lean Startup é uma série de boas práticas de gestão que busca aumentar as chances desse tipo de negócio ser bem sucedido, a partir de testes contínuos e o aprendizado pautado pela validação da experiência.
O termo “lean” vem de “lean manufacturing”, um método de produção que tem como meta a máxima eficiência, gerada pela economia de recursos e o mínimo de desperdício.
Trazendo para realidade das startups, esse conceito pode ser útil, sobretudo, nos primeiros anos das empresas, em que os riscos são sempre maiores.
A ideia é trazer soluções rápidas para problemas reais com base na visualização ampla e detalhada do mercado.
Quais são os tipos de startups?
O termo startup, nos últimos anos, aceitou de tudo e foi ganhando camadas e camadas de definições – como o apresentador e “filósofo popular” Chacrinha diria, “eu não vim para explicar, eu vim para confundir”.
Por isso, chegar à definição do que é uma startup pode incluir alguns conceitos, rejeitar outros e causar animosidades.
Vamos, então, caminhar com bastante cuidado.
Startup nada mais é do que uma empresa, com uma iniciativa, uma ideia, um plano de negócios.
Mas nem toda (pequena) empresa é uma startup.
O café que abriu na sua rua, por melhor que seja o wi-fi lá, não se encaixa nesse termo.
A razão para esse primeiro “corte” é que a startup visa a ser a solução para um problema que a sociedade tem – e muitas vezes pode nem ter sido notado até que essa empresa pense a respeito e ataque esse problema.
Para citar o exemplo do Uber: não existia um clamor internacional por um serviço de motorista mais barato do que o táxi e que usasse os carros de pessoas comuns, que gostariam de ter uma renda extra ou até fazer disso seu trabalho principal.
Mas é inegável que depois que surgiu o Uber, tudo ficou claro: aquela era uma excelente ideia.
Pessoas que precisam de um transporte rápido, sem poder esperar por um ônibus ou pagar os preços de um táxi em um deslocamento pela cidade, agora têm uma opção muito viável.
E tudo isso usando um aplicativo no smartphone, com o carro parando onde você se localiza – e antes mesmo de entrar no carro já se tem ideia do custo da viagem.
Outro grande ponto que diferencia uma startup e uma pequena empresa é como é encarado o crescimento.
A ideia da startup gira em torno da disrupção, de mudar a sua área e o seu mercado.
E o principal: ser escalável.
As startups de grande sucesso chegam a grandes públicos, ou então, mesmo em nichos, se adaptam às necessidades básicas de muitas pessoas e mudam as regras pré-estabelecidas.
O dono do comércio na sua rua pode até pensar em ser dono de uma cadeia de lojas ou abrir franquias, mas isso muitas vezes nem é viável.
Já na startup, toda a ideia passa por arriscar, crescer e conquistar, e por isso tantas fracassam logo nos primeiros passos, já que a tarefa é muito ambiciosa.
E, por fim, outro ponto importante: a startup está ligada à tecnologia.
Em maior ou menor grau, ela precisa estar conectada com o que há de mais moderno.
A grande razão para isso é que, com a tecnologia, ela pode chegar a mais pessoas – lembra que dissemos que ela precisa ser escalável?
Ou para usar um termo do marketing digital, se tornar viral.
O Uber não seria tão popular se, em vez de um app no celular, exigisse que as pessoas ligassem para um número.
Como veremos abaixo, há startups de todos os tipos e gostos, desde o campo da agricultura, passando por e-commerce e também as fintechs, que estão mudando o mercado financeiro.
Agora que você já sabe o que é uma startup, dá para se aprofundar mais no assunto.
Qual a diferença entre uma empresa e uma startup?
Nada impede que uma startup se converta em uma empresa de sucesso, mas, conceitualmente, estamos falando de modelos de negócio diferentes.
Enquanto a primeira, como vimos, foca em uma demanda latente do mercado, possui um caráter inovador, apoiado na tecnologia, tem uma estrutura mais enxuta, visa a um crescimento escalável, assume mais riscos e adota soluções que podem ser repetíveis, a segunda tem prioridades diferentes.
Uma empresa tradicional se preocupa mais com a sobrevivência do negócio, traça objetivos a longo prazo, procura manter uma estrutura mais rígida em seu fluxo de operações, correndo menos riscos e investindo em receitas mais “certas”, e costuma ter um quadro de funcionários mais extenso.
O que é Lean Startup?
Lean Startup é uma série de boas práticas de gestão que busca aumentar as chances desse tipo de negócio ser bem sucedido, a partir de testes contínuos e o aprendizado pautado pela validação da experiência.
O termo “lean” vem de “lean manufacturing”, um método de produção que tem como meta a máxima eficiência, gerada pela economia de recursos e o mínimo de desperdício.
Trazendo para realidade das startups, esse conceito pode ser útil, sobretudo, nos primeiros anos das empresas, em que os riscos são sempre maiores.
A ideia é trazer soluções rápidas para problemas reais com base na visualização ampla e detalhada do mercado.
Quais são os tipos de startups?
As large-companies startups são, basicamente, o oposto do modelo de small business.
Empresas de grande porte, mais do que as outras, precisam se reinventar a todo o momento e, com a ajuda desse modelo de negócio, essa tarefa fica facilitada.
O propósito é antecipar tendências, indicar oportunidades e garantir essa melhoria contínua com o suporte da tecnologia.
6. Startup comprável
As buyable startups são aquelas iniciativas disruptivas, que trazem uma solução fora da caixa, mas que precisam de ajuda de um financiamento externo, como investidores anjos ou políticas de crowdfunding.
Não raras vezes, essas empresas são compradas por corporações maiores, que se “aproveitam” da solução criada para potencializar o seu próprio negócio.
As fases de uma startup
Agora que você já conhece os principais tipos de startup, que tal ficar por dentro das fases que compõem esse modelo de negócio?
Elas podem ser divididas em cinco e demonstram o estágio de maturação em que a empresa se encontra.
Confira:
- Pré-seed (ideação): identificação de oportunidades a partir de um estudo detalhado do mercado e seu nicho de atuação
- Seed (validação): onde a solução é testada no mercado com o lançamento de um MVP (Produto Mínimo Viável), hipóteses são avaliadas e ajustes são feitos
- Early stage (operação): já está disponível a versão oficial da solução e ela começa a ser vendida com o suporte do modelo lean manufacturing
- Growth stage (tração): a startup atinge a sua maturidade, pois todos os seus processos estão funcionando perfeitamente e uma base sólida de clientes foi conquistada
- Expansion stage (expansão): é quando a startup dá o próximo passo, com a ajuda de investidores, e consegue atingir o tão sonhado crescimento exponencial.
Investidores-anjo, aceleradoras e unicórnios
Uma das coisas mais curiosas do advento das startups foi toda a linguagem e cultura que ela trouxe e popularizou.
E assim, para quem não está antenado, surgem ainda mais termos que você precisa saber diferenciar.
Neste estágio é interessante começarmos do princípio: você tem uma ideia e, com seu sócio, vai colocá-la em prática.
Mas o dinheiro é curto e os custos para dar o pontapé inicial são altos.
É aqui que entra o investidor-anjo.
Esse termo não foi inventado por algum jovem no Vale do Silício nos anos 2000, mas no começo do século 19.
O termo se aplicava a mecenas de peças de teatro da Broadway que impediam produções de parar as atividades.
Esse investidor-anjo é o primeiro a aportar dinheiro, que pode se tornar uma dívida para ser paga no futuro ou então se transforma em participação minoritária na empresa.
Como muitas vezes estamos falando de uma empresa que não passa de uma ideia, o investidor-anjo também pode atuar como mentor, conselheiro.
E também muito importante: essa pessoa pode ser a que apresenta a startup para outros possíveis interessados, desde mais investidores a clientes.
O investimento neste estágio do negócio e em empresas com tamanha ambição é bastante arriscado, mas pode trazer um altíssimo ROI (Return Over Investment).
Um dos investidores-anjo mais notórios da história é Mike Markkula, que em 1977 investiu US$ 250 mil, US$ 80 mil como investimento e US$ 170 mil como empréstimo, na Apple, que necessitava de recursos para criar o Apple II.
Tão importante quanto o dinheiro foi seu conhecimento de negócios e contatos, fazendo a empresa explodir nos anos seguintes e ajudando a propagar as ideias de Steve Jobs e Steve Wozniak.
Outros termos relacionados a startup
Há ainda outros termos ligados ao dinheiro que podem entrar em uma startup, como seed money – dinheiro para “plantar a semente” e fazer a empresa crescer ainda mais – ou então o investimento de venture capitalists.
Aqui estamos falando de algo mais tradicional: investidores que querem aportar dinheiro para lucrar adiante.
Normalmente startups procuram Venture Capitalists no growth stage, ou estágio de crescimento, para ter fundos suficientes para crescer.
Além do lado econômico, há outros suportes que uma startup precisa, como auxílio jurídico, contabilístico e até questões de estrutura e pessoal.
Para isso existem as incubadoras de negócio, que como a própria referência nota, servem para oferecer um ambiente seguro para a empresa crescer, com toda a ajuda e conhecimento possíveis.
As incubadoras são mais plurais, aceitando também pequenas empresas e focando bastante na consultoria.
Um bom exemplo a ser citado é o Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), que fica na Cidade Universitária da USP, em São Paulo.
Em 16 anos de atuação, já tem mais de 500 empresas incubadas.
Já as aceleradoras estão mais focadas em mentoring e como desenvolver o potencial de crescimento de uma startup.
A ideia de ambas é conectar quem já passou por essa experiência com os empreendedores do momento.
Exemplos de startups de sucesso
As large-companies startups são, basicamente, o oposto do modelo de small business.
Empresas de grande porte, mais do que as outras, precisam se reinventar a todo o momento e, com a ajuda desse modelo de negócio, essa tarefa fica facilitada.
O propósito é antecipar tendências, indicar oportunidades e garantir essa melhoria contínua com o suporte da tecnologia.
6. Startup comprável
As buyable startups são aquelas iniciativas disruptivas, que trazem uma solução fora da caixa, mas que precisam de ajuda de um financiamento externo, como investidores anjos ou políticas de crowdfunding.
Não raras vezes, essas empresas são compradas por corporações maiores, que se “aproveitam” da solução criada para potencializar o seu próprio negócio.
As fases de uma startup
Agora que você já conhece os principais tipos de startup, que tal ficar por dentro das fases que compõem esse modelo de negócio?
Elas podem ser divididas em cinco e demonstram o estágio de maturação em que a empresa se encontra.
Confira:
- Pré-seed (ideação): identificação de oportunidades a partir de um estudo detalhado do mercado e seu nicho de atuação
- Seed (validação): onde a solução é testada no mercado com o lançamento de um MVP (Produto Mínimo Viável), hipóteses são avaliadas e ajustes são feitos
- Early stage (operação): já está disponível a versão oficial da solução e ela começa a ser vendida com o suporte do modelo lean manufacturing
- Growth stage (tração): a startup atinge a sua maturidade, pois todos os seus processos estão funcionando perfeitamente e uma base sólida de clientes foi conquistada
- Expansion stage (expansão): é quando a startup dá o próximo passo, com a ajuda de investidores, e consegue atingir o tão sonhado crescimento exponencial.
Investidores-anjo, aceleradoras e unicórnios
Uma das coisas mais curiosas do advento das startups foi toda a linguagem e cultura que ela trouxe e popularizou.
E assim, para quem não está antenado, surgem ainda mais termos que você precisa saber diferenciar.
Neste estágio é interessante começarmos do princípio: você tem uma ideia e, com seu sócio, vai colocá-la em prática.
Mas o dinheiro é curto e os custos para dar o pontapé inicial são altos.
É aqui que entra o investidor-anjo.
Esse termo não foi inventado por algum jovem no Vale do Silício nos anos 2000, mas no começo do século 19.
O termo se aplicava a mecenas de peças de teatro da Broadway que impediam produções de parar as atividades.
Esse investidor-anjo é o primeiro a aportar dinheiro, que pode se tornar uma dívida para ser paga no futuro ou então se transforma em participação minoritária na empresa.
Como muitas vezes estamos falando de uma empresa que não passa de uma ideia, o investidor-anjo também pode atuar como mentor, conselheiro.
E também muito importante: essa pessoa pode ser a que apresenta a startup para outros possíveis interessados, desde mais investidores a clientes.
O investimento neste estágio do negócio e em empresas com tamanha ambição é bastante arriscado, mas pode trazer um altíssimo ROI (Return Over Investment).
Um dos investidores-anjo mais notórios da história é Mike Markkula, que em 1977 investiu US$ 250 mil, US$ 80 mil como investimento e US$ 170 mil como empréstimo, na Apple, que necessitava de recursos para criar o Apple II.
Tão importante quanto o dinheiro foi seu conhecimento de negócios e contatos, fazendo a empresa explodir nos anos seguintes e ajudando a propagar as ideias de Steve Jobs e Steve Wozniak.
Outros termos relacionados a startup
Há ainda outros termos ligados ao dinheiro que podem entrar em uma startup, como seed money – dinheiro para “plantar a semente” e fazer a empresa crescer ainda mais – ou então o investimento de venture capitalists.
Aqui estamos falando de algo mais tradicional: investidores que querem aportar dinheiro para lucrar adiante.
Normalmente startups procuram Venture Capitalists no growth stage, ou estágio de crescimento, para ter fundos suficientes para crescer.
Além do lado econômico, há outros suportes que uma startup precisa, como auxílio jurídico, contabilístico e até questões de estrutura e pessoal.
Para isso existem as incubadoras de negócio, que como a própria referência nota, servem para oferecer um ambiente seguro para a empresa crescer, com toda a ajuda e conhecimento possíveis.
As incubadoras são mais plurais, aceitando também pequenas empresas e focando bastante na consultoria.
Um bom exemplo a ser citado é o Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), que fica na Cidade Universitária da USP, em São Paulo.
Em 16 anos de atuação, já tem mais de 500 empresas incubadas.
Já as aceleradoras estão mais focadas em mentoring e como desenvolver o potencial de crescimento de uma startup.
A ideia de ambas é conectar quem já passou por essa experiência com os empreendedores do momento.
Exemplos de startups de sucesso
As large-companies startups são, basicamente, o oposto do modelo de small business.
Empresas de grande porte, mais do que as outras, precisam se reinventar a todo o momento e, com a ajuda desse modelo de negócio, essa tarefa fica facilitada.
O propósito é antecipar tendências, indicar oportunidades e garantir essa melhoria contínua com o suporte da tecnologia.
6. Startup comprável
As buyable startups são aquelas iniciativas disruptivas, que trazem uma solução fora da caixa, mas que precisam de ajuda de um financiamento externo, como investidores anjos ou políticas de crowdfunding.
Não raras vezes, essas empresas são compradas por corporações maiores, que se “aproveitam” da solução criada para potencializar o seu próprio negócio.
As fases de uma startup
Agora que você já conhece os principais tipos de startup, que tal ficar por dentro das fases que compõem esse modelo de negócio?
Elas podem ser divididas em cinco e demonstram o estágio de maturação em que a empresa se encontra.
Confira:
- Pré-seed (ideação): identificação de oportunidades a partir de um estudo detalhado do mercado e seu nicho de atuação
- Seed (validação): onde a solução é testada no mercado com o lançamento de um MVP (Produto Mínimo Viável), hipóteses são avaliadas e ajustes são feitos
- Early stage (operação): já está disponível a versão oficial da solução e ela começa a ser vendida com o suporte do modelo lean manufacturing
- Growth stage (tração): a startup atinge a sua maturidade, pois todos os seus processos estão funcionando perfeitamente e uma base sólida de clientes foi conquistada
- Expansion stage (expansão): é quando a startup dá o próximo passo, com a ajuda de investidores, e consegue atingir o tão sonhado crescimento exponencial.
Investidores-anjo, aceleradoras e unicórnios
Uma das coisas mais curiosas do advento das startups foi toda a linguagem e cultura que ela trouxe e popularizou.
E assim, para quem não está antenado, surgem ainda mais termos que você precisa saber diferenciar.
Neste estágio é interessante começarmos do princípio: você tem uma ideia e, com seu sócio, vai colocá-la em prática.
Mas o dinheiro é curto e os custos para dar o pontapé inicial são altos.
É aqui que entra o investidor-anjo.
Esse termo não foi inventado por algum jovem no Vale do Silício nos anos 2000, mas no começo do século 19.
O termo se aplicava a mecenas de peças de teatro da Broadway que impediam produções de parar as atividades.
Esse investidor-anjo é o primeiro a aportar dinheiro, que pode se tornar uma dívida para ser paga no futuro ou então se transforma em participação minoritária na empresa.
Como muitas vezes estamos falando de uma empresa que não passa de uma ideia, o investidor-anjo também pode atuar como mentor, conselheiro.
E também muito importante: essa pessoa pode ser a que apresenta a startup para outros possíveis interessados, desde mais investidores a clientes.
O investimento neste estágio do negócio e em empresas com tamanha ambição é bastante arriscado, mas pode trazer um altíssimo ROI (Return Over Investment).
Um dos investidores-anjo mais notórios da história é Mike Markkula, que em 1977 investiu US$ 250 mil, US$ 80 mil como investimento e US$ 170 mil como empréstimo, na Apple, que necessitava de recursos para criar o Apple II.
Tão importante quanto o dinheiro foi seu conhecimento de negócios e contatos, fazendo a empresa explodir nos anos seguintes e ajudando a propagar as ideias de Steve Jobs e Steve Wozniak.
Outros termos relacionados a startup
Há ainda outros termos ligados ao dinheiro que podem entrar em uma startup, como seed money – dinheiro para “plantar a semente” e fazer a empresa crescer ainda mais – ou então o investimento de venture capitalists.
Aqui estamos falando de algo mais tradicional: investidores que querem aportar dinheiro para lucrar adiante.
Normalmente startups procuram Venture Capitalists no growth stage, ou estágio de crescimento, para ter fundos suficientes para crescer.
Além do lado econômico, há outros suportes que uma startup precisa, como auxílio jurídico, contabilístico e até questões de estrutura e pessoal.
Para isso existem as incubadoras de negócio, que como a própria referência nota, servem para oferecer um ambiente seguro para a empresa crescer, com toda a ajuda e conhecimento possíveis.
As incubadoras são mais plurais, aceitando também pequenas empresas e focando bastante na consultoria.
Um bom exemplo a ser citado é o Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), que fica na Cidade Universitária da USP, em São Paulo.
Em 16 anos de atuação, já tem mais de 500 empresas incubadas.
Já as aceleradoras estão mais focadas em mentoring e como desenvolver o potencial de crescimento de uma startup.
A ideia de ambas é conectar quem já passou por essa experiência com os empreendedores do momento.
Exemplos de startups de sucesso
O ecossistema de startups no Brasil já existe, com trabalhos de mapeamento, muitos eventos e iniciativas de diversas empresas.
O Itaú Unibanco, por exemplo, criou o Cubo em 2015, com a ideia de “conectar em um só lugar empreendedores, grandes empresas, investidores e universidades para discutir sobre tecnologia, inovação e novos modelos de negócios.”
O Bradesco também seguiu a linha com o inovaBra, unindo “empresas, startups, investidores, mentores e equipes internas” para promover a inovação.
A ideia de que o brasileiro é criativo é antiga, e empreender é um sonho de muitos no Brasil, com a taxa de empreendedorismo da população adulta chegando a 40%, segundo estudo do Global Entrepreneurship Monitor (GEM).
Ou seja, há motivação, existe um gigantesco mercado e muitas oportunidades, e o ecossistema começa a ser criado.
Aceleradoras atuam no país e conduzem processos seletivos a todo momento.
Uma delas é o InovAtiva Brasil, programa gratuito de aceleração em larga escala realizado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e pelo SEBRAE.
O StartUp Brasil é outro programa do governo federal para estimular a aceleração das startups nacionais.
Depois de ter sido descontinuado, ele voltou neste ano focando na internacionalização das marcas.
A ideia é que o Ministério da Ciência e Tecnologia avance na regulamentação de fundos de investimentos e programas governamentais, para assim potencializar esse campo e incentivar a criação e apoio a startups e empresas de base tecnológica.
Empresas estrangeiras também estão atentas – a multinacional Thomson Reuters já lançou seu programa de aceleração.
Para explorar esse potencial incrível que o Brasil tem, o esforço precisa ser combinado entre todas as partes, desde empreendedores, passando por empresas de todos os portes até o governo.
A Lei Complementar 155/2016, que estabelece as regras de funcionamento do investimento-anjo, foi vista como muito positiva para incentivar essa atividade.
O papel da educação em uma startup
Existe a percepção de que a educação continuada, cursos de MBAs e a vida acadêmica não combinam com startups, onde a prática supera a teoria e que ser jovem e inovador não se aprende na aula.
Certo? Errado.
Estudo do Financial Times trouxe dados muito interessantes, fazendo a relação entre alunos de MBA e empreendedorismo.
Nas escolas do Top 25 da lista do FT, 23% dos alunos criaram sua empresa poucos anos após se formar.
As melhores instituições de ensino estão atentas às mudanças no mercado e se modernizaram para apresentar melhor esses novas possibilidades e oportunidades de negócio.
Um empreendedor que quiser fundar sua startup tem que saber como ser um líder, ter noções de marketing e finanças, estar antenado e saber estudar o mercado e seus consumidores, desde os potenciais até os consolidados.
Fazer um plano de negócios, ter uma rede de networking acionável, conduzir pesquisas, motivar colaboradores, tudo isso é conhecimento que pode ser aprendido.
A FIA oferece uma série de cursos que atacam as necessidades de conhecimento de um empreendedor, como o MBA Gestão de Negócios, Inovação e Empreendedorismo.
O fundador de uma startup precisa ter todas as ferramentas para ser bem-sucedido em sua empreitada.
E os cursos da FIA são um excelente caminho para aliar o conhecimento teórico e a prática.
As maiores startups brasileiras
No ranking divulgado pela CB Insights de startups mais valorizadas do mundo estão 16 brasileiras.
Veja quais são elas:
- Nubank, fintech avaliada em US$ 30 bilhões
- Quinto Andar, e-commerce & direct-to-consumer avaliada em US$ 5,1 bilhões
- C6 Bank, fintech avaliada em US$ 5,05 bilhões
- Creditas, fintech avaliada em US$ 4,8 bilhões
- Nuvemshop, e-commerce & direct-to-consumer avaliada em US$ 3,1 bilhões
- Wildlife Studios, desenvolvedor de jogos eletrônicos avaliado em US$ 3 bilhões
- Loft, e-commerce & direct-to-consumer avaliada em US$ 3,9 bilhões
- CloudWalk, fintech avaliada em US$ 2,15 bilhões
- Loggi, startup de supply chain, logistics, & delivery avaliada em US$ 2 bilhões
- Olist, e-commerce & direct-to-consumer avaliada em US$ 1,5 bilhão
- Movile, mobile e telecomunicações avaliada em US$ 1 bilhão
- iFood, e-commerce & direct-to-consumer avaliada em US$ 1 bilhão
- EBANX, fintech avaliada em US$ 1 bilhão
- Madeira Madeira, e-commerce & direct-to-consumer avaliada em US$ 1 bilhão
- Unico, inteligência artificial avaliada em US$ 1 bilhão
- CargoX, startup de supply chain, logistics, & delivery avaliada em US$ 1 bilhão.
Fintechs, startups e Big Techs: qual a diferença?
São tantos termos estrangeiros novos incorporados ao nosso vocabulário que podem gerar confusão em seus conceitos.
As fintechs, por exemplo, são startups que oferecem soluções financeiras com suporte tecnológico.
Já as startups são empresas em seu estágio nacional do modelo de negócio e com um grande potencial de crescimento, que podem atuar no ramo financeiro ou em qualquer outro setor.
Por fim, as Big Techs são as principais empresas tecnológicas do mercado, caso do Google, da Amazon, do Facebook e da Apple, por exemplo.
Não à toa, na Europa, as big techs são denominadas de Gafa, um acrônimo das organizações citadas.
Como criar uma startup?
Criar uma startup não é, exatamente, seguir uma receita de bolo.
Afinal, estamos falando de negócios disruptivos, que buscam fugir do tradicional.
Ainda assim, existem alguns passos que você pode seguir se deseja ter sucesso nesse modelo de negócio, como por exemplo:
Pense em uma solução inovadora e escalável
Não basta apenas idealizar uma solução que seja fora da caixa, se ela não vai ter uma absorção do mercado.
Pesquisas de público-alvo e mapeamento de tendências e oportunidades são fundamentais para que seja possível projetar um crescimento escalável para o seu negócio.
Faça pesquisas de mercado para validar sua ideia
Falaremos de forma mais específica sobre o MVP na sequência, mas esse é o momento de lançar mão dele para afinar os detalhes finais da sua solução.
É nesse protótipo que você vai testar suas hipóteses, ouvir feedbacks de clientes e fazer ajustes pontuais para tentar atender ao máximo as dores da sua audiência.
Planeje seu modelo de negócio
É hora alinhar alguns detalhes, como, por exemplo, a operacionalização da sua startup.
Como você vai gerar lucro (formas de monetização)? Como o negócio vai se mostrar escalável? É possível aumentar a produção de forma rápida, sem comprometer, na mesma proporção, os custos?
Quais seriam as metas a curto prazo? Os indicadores de desempenho que serão usados para fazer essa mensuração?
Essas são algumas perguntas que precisam ser respondidas no planejamento do seu modelo de negócio.
Tenha a tecnologia como aliada
As startups entendem como poucos o valor que as tecnologias podem ter na automatização de processos e no diferencial competitivo de um negócio, por exemplo.
Por isso, elas não pensam duas vezes antes de investir em inteligência artificial, big data, internet das coisas, machine learning, entre outras.
Busque financiamento
Existem inúmeras formas de você financiar a sua ideia de startup e conseguir concretizar o sonho de tirar o seu negócio do papel.
Além dos investidores tradicionais, é possível recorrer às plataformas de crowdfunding e firmar parcerias com pessoas físicas com capital próprio, chamadas de investidores-anjo.
Esses investidores, normalmente, são empresários bem-sucedidos que emprestam sua experiência, conhecimento e networking, além de recursos financeiros, para as startups e, como retorno, ficam com uma pequena participação do negócio sem exercer qualquer função executiva na empresa.
Ideias de startups
Sem ideias para a sua startup?
Seguem algumas sugestões que você pode se inspirar:
- Marketplaces de serviços prestados via vídeo
- Solução para a criação de podcasts
- Plano de assinatura para roupas e cosméticos
- Clube de benefícios para a terceira idade
- Iniciativas sustentáveis e que ajudem na preservação do meio ambiente.
MVP em startup: saiba como criar
A sigla MVP surge no livro Startup Enxuta, de Eric Ries, que destaca a importância de desenvolver um protótipo da solução original antes de a lançarem oficialmente.
Tudo isso justificado pelo modelo lean manufacturing, que prevê aumentar a eficiência, diminuindo os custos e o desperdício, mas sem interferir na qualidade do produto final.
Mas como criar um Minimum Viable Product em uma startup?
As dicas abaixo podem ajudar:
- Forme um time, mesmo que enxuto, para analisar a viabilidade financeira, a utilização e a produção em larga escala da sua solução
- Defina seu público-alvo, inclusive com o estabelecimento de personas
- Crie um nome para a solução, ainda que provisório
- Estabeleça a sua principal vantagem
- Enumere as diferenças em relação às soluções propostas pela concorrência
- Corte os excessos, definindo apenas funcionalidades essenciais
- Tenha indicadores para testar e monitorar os resultados
- Interprete o feedback do público para afinar sua solução com a demanda existente
- Faça um benchmarking para estudar os cases de sucesso e de fracasso do mercado
- Estabeleça metas para atingir o crescimento escalável
- Realize melhorias contínuas para manter sua solução sempre atualizada.
Como investir em startups?
Se você vê potencial em uma startup e deseja investir nela, existem 4 modalidades principais para escolher, que são:
- Aceleradoras: oferece apoio financeiro, mas também outros tipos de suporte, com mentorias e ajuda profissional para o desenvolvimento do negócio. O modelo exige participação do capital da empresa
- Investidor-anjo: pessoa física que injeta capital próprio na startup e, em troca, recebe o retorno do lucro sob o valor investido
- Private equity: fundos em que o dono da startup precisa permitir que os investidores participem da gestão da empresa, mas que oferecem contrapartidas de até R$ 50 milhões
- Capital semente: o seed money vem de um grupo de investidores, o que diminui o risco e pode aumentar o valor alcançado.
O que é e para que serve o Marco Legal das Startups?
Quando estamos entrando de cabeça em uma realidade nova e desconhecida, é fundamental ficarmos atentos às principais diretrizes que a reagem.
O Marco Legal das Startups é uma lei complementar, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em junho de 2021 e que entrou em vigor três meses depois.
Esse dispositivo tem como objetivo desburocratizar a abertura de empreendimentos inovadores com diversos mecanismos facilitadores.
Entre eles, se destaca o Inova Simples, uma regime especial de autodeclaração, que visa a incentivar a criação de startups, oportunizar avanços tecnológicos e gerar empregos.
Os melhores livros sobre startup
O conhecimento nunca é demais, sobretudo se for para aprofundar saberes que ainda não se têm tanto domínio e investir em uma nova carreira.
Veja nossas principais indicações de leitura sobre startup:
- A startup enxuta, de Eric Ries (já citado acima)
- Scaling up: Escalando o seu negócio, de Verne Harnish
- Finanças para startups: O essencial para empreender, liderar e investir em startups, de Bruna Losada
- De zero a um: O que aprender sobre empreendedorismo com o Vale do Silício, de Peter Thiel e Blake Masters
- A startup de $100: Abra o negócio dos seus sonhos e reinvente sua forma de ganhar a vida, de Chris Guillebeau
- Startup: O manual do empreendedor, de Steve Blank e Bob Dorf.
Qual curso fazer para abrir uma startup?
Além de livros, que tal conferir alguns dos melhores cursos para abrir uma startup?
Separamos formações que podem ajudar a colocar esse seu plano em prática, confira:
- Curso de Administração da FIA
- Pós-graduação empreendedorismo e inovação em negócios digitais e startups EAD
- Inovação e empreendedorismo para startups e fintech
SciBiz – Science Meets Business
É a maior conferência de conexão entre ciência e negócios da América Latina e acontece todos os anos na Universidade de São Paulo (USP).
Executivos, startups, cientistas, investidores, estudantes de todo território brasileiro e internacional e governos se reúnem para discutir inovações, desenvolver soluções, gerar networking e principalmente gerar oportunidades de grandes negócios.
As principais autoridades e painelistas do momento em inovação e desenvolvimento são convidados para o SciBiz e muitos investidores acompanham de perto tudo o que acontece.
Conclusão
Como você deve ter percebido, a ideia de startup e quais empresas se encaixam nela não é uma regra universal, mas os impactos que essas empresas de base tecnológica, escaláveis e disruptivas causaram realmente foram enormes.
As histórias dos criadores de startups são realmente inspiradoras, com provas de perseverança e muito conhecimento envolvido – e esse “know-how” pode, sim, ser aprendido e ensinado.
É fundamental que alguém que tenha uma ideia e vontade de ser empreendedor tenha uma formação versátil e muito antenada com as últimas tecnologias.
E a FIA oferece as ferramentas necessárias em seus cursos de MBA, Pós-Graduação e Extensão.
Conte conosco para implantar a sua ideia e ter o maior sucesso possível, deixando sua marca nesse ecossistema incrível das startups.
Ainda há muito espaço para inovar e transformar!