Atuar como conteudista exige dedicação, conhecimento e empatia para compartilhar informações adaptadas ao contexto da audiência.
Ao relacionar as novidades à realidade do público, esse profissional contribui para a construção de um aprendizado sólido, que não será esquecido rapidamente.
Daí a importância dessa profissão nos dias de hoje, em que é necessário aprender de maneira constante, através de fontes e formatos variados.
Se você está pensando em se tornar um conteudista ou quer saber mais a respeito, continue lendo este artigo.
Vamos abordar as áreas de atuação, características e o ensino conteudista, finalizando com uma reflexão sobre esta ser, ou não, a profissão do futuro.
Estes são os tópicos que você vai conferir a partir de agora:
Se o assunto interessa, acompanhe até o final. Boa leitura!
Conteudista é o profissional responsável pela composição de conteúdo para uma finalidade específica.
Para tanto, ele deve dominar habilidades referentes ao universo da comunicação e da aprendizagem, além de conhecer o público-alvo e objetivos do material que irá criar.
Apostilas, roteiros, e-books, artigos e aulas para Educação a Distância (EAD) estão entre os materiais mais construídos por conteudistas.
Pedagogia e jornalismo são algumas das formações iniciais para um conteudista que, mais tarde, pode incrementar suas competências através de cursos para produção de conteúdo técnico, por exemplo.
O nível de especialização necessário para desenvolver um conteúdo depende da audiência e da profundidade desejada.
Uma breve apresentação sobre um tema geral, como o Capitalismo, pode ser produzida por um profissional generalista, com o suporte de fontes confiáveis de pesquisa.
Por outro lado, uma apostila sobre os diferentes sistemas políticos e econômicos, repleta de análises, exercícios e conteúdo relacionado, pede a elaboração por um professor e/ou especialista nesses assuntos.
Esse profissional pode atuar, especialmente, em quatro áreas principais.
A seguir, detalhamos cada uma.
Cada vez mais popular, a EAD promove diversos tipos de capacitação com o auxílio de tecnologias da informação e comunicação (TIC).
Cursos e treinamentos nesse formato são opções em grande parte das empresas, devido a vantagens como custo reduzido, personalização e disponibilidade em tempo integral, permitindo que os funcionários estudem no melhor horário e local.
Assim, a demanda por conteudistas capazes de elaborar os materiais para as aulas, exercícios e avaliações só aumenta.
Para compor os conteúdos, é recomendado que eles tenham conhecimento e experiência no campo do curso, além de seguir um briefing com orientações sobre os objetivos, tópicos e valores da companhia.
Junto a uma equipe com designers e outros colegas, o conteudista constrói uma base interessante para facilitar o aprendizado à distância.
Normalmente, o material produzido passa por revisão de especialistas e/ou educadores para corrigir possíveis erros e fazer as adequações necessárias, tornando-o coerente.
As apostilas, cartilhas e outros materiais encomendados por escolas também são desenvolvidos por conteudistas.
Nesses casos, é necessário saber a grade curricular, série e idade dos alunos para utilizar as estratégias pedagógicas mais alinhadas à construção de conhecimentos.
Portanto, quem elabora os materiais é o professor conteudista, que tem domínio dos temas em sua disciplina, dando respaldo para aulas mais superficiais ou aprofundadas, de acordo com o propósito da instituição de ensino.
Além dos conteúdos impressos, é comum que professores conteudistas elaborem jogos, quizzes, atividades práticas em grupo e outras soluções, com o suporte de objetos, computadores e softwares interativos.
O texto presente em sites, panfletos, brindes e outros materiais com informações oficiais sobre a empresa costuma ser idealizado pelo conteudista, junto aos gestores.
Ele coleta informações sobre o histórico, principais áreas de atuação da companhia, missão, visão e valores para compor textos de apresentação a possíveis clientes e parceiros.
Também pode ficar responsável por conteúdos de eventos internos, como informativos distribuídos durante a semana de integração de novos colaboradores e folhetos de orientação sobre saúde e segurança no trabalho.
Dependendo de suas competências, também pode utilizar programas de edição para formatar o layout, agregar imagens e finalizar o material institucional.
Esta é a área em que atuam jornalistas e outros profissionais de comunicação, encarregados da produção de conteúdo com o objetivo de atrair clientes em potencial para os canais de uma empresa, fortalecendo seu marketing digital.
O marketing de conteúdo surgiu no contexto da nova lógica digital, na qual os consumidores saíram de uma posição passiva, quando apenas visualizavam um anúncio, para um cenário em que podem escolher aquilo que consomem.
Dessa forma, as companhias passaram a se preocupar com a elaboração de materiais que solucionem problemas do público-alvo, entregando valor para construir um relacionamento com ele.
Obviamente, isso inclui a venda de produtos e serviços, no entanto, também existe um esforço para ganhar a lealdade do cliente através da presença digital e do reconhecimento como autoridade em determinado assunto.
A partir de informações sobre os desejos e necessidades das pessoas, as empresas solicitam determinados materiais a um conteudista capacitado em pesquisas online, técnicas de SEO (Search Engine Optimization) e linguagem.
Artigos de blog corporativo, posts em redes sociais e material rico – e-books, infográficos, videoaulas, tutoriais, etc – são exemplos de conteúdo produzido por esses profissionais.
Dependendo da área de atuação, ser um bom conteudista pode exigir competências diferenciadas, em especial quando se trabalha com educação presencial ou EAD.
Nesses casos, é preciso ter conhecimento aprofundado a respeito de um segmento, a fim de que o profissional seja capaz de elaborar conteúdos de qualidade sobre ele.
Pensando nisso, muitas instituições de ensino e empresas especializadas em apostilas, cursos e materiais didáticos exigem que seus conteudistas sejam não apenas professores, como também tenham mestrado e doutorado em seu setor.
Outras entidades pedem experiência de mercado para a composição de conteúdos práticos, apresentações e cases voltados, por exemplo, à administração de empresas.
Já os conteudistas que produzem materiais para marketing de conteúdo se beneficiam de um perfil mais generalista, que os permita discorrer sobre assuntos distintos de modo natural e simples.
Em todo caso, existem alguns atributos interessantes para conteudistas em geral, conforme você acompanha abaixo.
Você provavelmente conhece ou conheceu uma pessoa bastante qualificada e competente na execução de suas tarefas, mas com pouca habilidade na hora de transmitir seus conhecimentos.
Existem pesquisadores, executivos, especialistas e até professores nessa condição, por não terem desenvolvido sua capacidade didática.
Essa competência é essencial para o conteudista, pois, não importa que tipo de material ele produza, vai precisar compartilhar informações de um jeito simples.
Ainda que consulte especialistas, livros e outras fontes, o principal é saber transformar esses saberes em um conteúdo que faça sentido para o público-alvo – seja formado por estudantes, funcionários ou consumidores.
Em geral, textos são a maior parte das responsabilidades dos conteudistas, portanto, é necessário dominar a linguagem escrita para elaborar bons materiais.
Regras básicas da gramática e ortografia são fundamentais, mas não suficientes para compor conteúdos que simplifiquem o aprendizado ou atraiam clientes em potencial.
Vale conhecer e aplicar figuras de linguagem, técnicas de storytelling (contação de histórias), descritivas e outras para tornar a leitura mais prazerosa, favorecendo o aprendizado e a aproximação com a audiência.
Como falamos mais acima, nem todo mestre ou profissional de comunicação terá afinidade com as atividades do conteudista, e isso é importante para gerar materiais de qualidade.
Um professor que não goste de escrever ou de usar ferramentas tecnológicas, por exemplo, pode ter bastante dificuldade para produzir conteúdo.
E, se ele tem dificuldade, isso se reflete em seus materiais, que podem não dispor da clareza, coerência e simplicidade necessárias para transmitir seus conhecimentos.
Seja em buscadores da web, livros, vídeos ou áudios, o conteudista precisa desenvolver habilidades de pesquisa, sendo capaz de selecionar fontes e informações de credibilidade.
Assim, ele deve ser capaz de avaliar e comparar diferentes dados com agilidade, identificando quais merecem maior atenção e quais podem dar suporte para a produção de conteúdo.
Algumas vezes, será interessante contar com o apoio técnico de um especialista, que irá tanto indicar fontes de pesquisa quanto esclarecer dúvidas e revisar materiais.
Todo conteúdo de qualidade tem embasamento em fontes confiáveis, por isso, atuar como um curador auxilia o conteudista.
Assim, ele será capaz de filtrar, selecionar e adaptar informações, citando o que for importante em seu material.
Trabalhar como conteudista implica em ser curioso e gostar de aprender, já que será preciso se atualizar com frequência.
Afinal, novos conhecimentos são criados em uma velocidade nunca antes vista, e quem produz conteúdo deve acompanhar as novidades para manter a qualidade do material em dia.
Um roteiro para tutorial, em vídeo, sobre como utilizar pincéis de maquiagem é bem diferente de uma apostila de Geografia para a sexta série do Ensino Fundamental, concorda?
A linguagem, tempo, estrutura e recursos adicionais (fotos, áudios, diagramas) serão totalmente distintos.
Esse raciocínio se aplica mesmo para materiais destinados a uma finalidade semelhante, como cursos de educação a distância sobre ferramentas de contabilidade.
Uma coisa é escrever para um público leigo, como empreendedores que desejam entender melhor da área para gerir seu negócio.
Outra coisa é produzir aulas completas e interessantes para contadores recém-formados ou experientes, que dominam os conhecimentos básicos do setor.
Então, é primordial que o conteudista se atente ao público-alvo de seus materiais, a fim de produzir conteúdos adequados para cada grupo.
Ainda que se dedique apenas a um segmento ou disciplina, o conteudista se beneficia da versatilidade em seu trabalho.
Isso porque ele precisa estar preparado para falar sobre uma matéria ou tema de modo superficial, em uma cartilha, ou aprofundado, em um e-book.
Essa competência é ainda mais importante para os conteudistas do marketing digital, que costumam escrever desde publicações para redes sociais e e-mails marketing até seções de perguntas e respostas e landing pages (páginas de vendas e conversões).
Softwares de edição de texto e imagem, ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) e programas focados em apresentações, como o Power Point, são algumas das ferramentas utilizadas por conteudistas.
Mesmo quando não são responsáveis pela formatação de seus textos, é interessante saber como essas plataformas funcionam para compor materiais que favoreçam o uso de seus recursos.
Conteudistas centrados em marketing digital podem, ainda, necessitar de conhecimento sobre softwares para a postagem dos conteúdos, a exemplo do WordPress para blogs corporativos e do Postgrain para a rede social Instagram.
Ensino conteudista é aquele que prioriza a transmissão de conteúdos, deixando a forma de aprendizagem, ferramentas e adaptações em segundo plano.
Essa linha pedagógica é uma das mais antigas que existem, e vem sendo aplicada como fundamento da educação como direito universal.
A ideia de organizar, estruturar e fornecer o mesmo conteúdo para todas as crianças e adolescentes foi pensada para diminuir as desigualdades predominantes antes do século 19, quando as sociedades ocidentais ainda eram separadas por classes.
Receber instrução sobre assuntos variados era um privilégio da nobreza, fato que foi combatido com a ascensão da burguesia, que planejava democratizar o acesso ao ensino.
Daí veio a ideia de o Estado oferecer uma educação conteudista de modo gratuito, servindo para formar os futuros trabalhadores que movimentariam a economia.
Atualmente, o ensino conteudista ganhou aplicações fora do campo tradicional, servindo para a preparação diante de objetivos específicos, conduzida pelo professor conteudista.
Vamos explicar isso melhor no tópico a seguir.
Nascido da premissa de que a educação é direito de todos e dever do Estado, o ensino tradicional se apoia em sistemas nacionais de ensino, sendo bastante formal e estruturado.
Para entender melhor, basta observar os processos realizados pelo Ministério da Educação (MEC), que ainda têm influência da escola tradicional.
O sistema nacional de ensino tem suporte em matérias definidas pela sociedade, formando grades curriculares oficiais, que precisam ser cumpridas por todas as instituições de ensino.
Nesse cenário, o professor é visto como detentor do conhecimento, tendo como função repassá-lo aos estudantes dentro de um formato definido previamente.
É como afirma este artigo, assinado pela psicóloga Denise Maria Maciel Leão:
O ensino tradicional pretende transmitir os conhecimentos, isto é, os conteúdos a serem ensinados por esse paradigma seriam previamente compendiados, sistematizados e incorporados ao acervo cultural da humanidade. Dessa forma, é o professor que domina os conteúdos logicamente organizados e estruturados para serem transmitidos aos alunos. A ênfase do ensino tradicional, portanto, está na transmissão dos conhecimentos.
Em geral, esse formato é composto por aulas expositivas e pouco espaço para que o aluno se manifeste ou desenvolva sua criatividade.
Para medir sua eficácia, são aplicadas provas e testes periódicos padronizados e centrados no conteúdo a toda a classe.
Quem se adapta ao método de ensino consegue se sair melhor, enquanto outros estudantes encontram dificuldades para aprender dentro desse modelo.
Entretanto, o ensino conteudista vem se desvencilhando do ensino tradicional, sendo combinado a outros formatos e aplicado em algumas ocasiões diferenciadas.
É o caso, por exemplo, da preparação para concursos, que exige a memorização de uma série de materiais com agilidade.
Abaixo, acompanhe os principais benefícios desse modelo.
Se o conteúdo é prioridade, existe todo um cuidado com os materiais de ensino, desde suas fontes de inspiração até a linguagem e formatação.
Para isso, conteudistas têm conhecimento ou suporte técnico na hora de finalizar as apostilas, e-books, etc.
Se a ideia é nivelar o conhecimento dos estudantes, o ensino conteudista contribui por meio da padronização nos conteúdos.
Assim, todos têm acesso à mesma quantidade e fontes de informação, o que não significa que devem se limitar a elas.
Os alunos mais interessados poderão partir dessa base para ampliar os horizontes, aprendendo mais a respeito dos temas que consideram importantes.
Dividido em tópicos claros, o ensino conteudista ajuda a planejar e indicar o tempo necessário para a assimilação de cada etapa do conteúdo.
Dessa forma, o aluno pode organizar, por exemplo, seus períodos de estudo através da EAD para se qualificar para uma prova ou concurso público.
Ele poderá realizar pequenos testes periódicos para avaliar quais assuntos requerem maior ou menor tempo de dedicação.
Esta questão não tem uma resposta definitiva, porém a profissão apresenta chances promissoras no futuro.
Na área da educação, onde a tendência é que a demanda por cursos a distância e personalizados continue aumentando, o professor conteudista deverá ter cada vez mais espaço.
Em vez de transmitir conhecimentos planejados, esse profissional vai atuar como um tutor, conforme apontam especialistas nesta reportagem.
Ele será o responsável por selecionar e compartilhar informações relevantes no melhor momento e formato mais adequado, escolhendo entre vídeo, áudio, texto, etc.
Já o conteudista voltado ao marketing digital também deverá ter um papel de destaque, aprimorando técnicas de alcance e fidelização de consumidores.
Abordamos, neste artigo, as funções, características e algumas áreas de atuação para o conteudista.
Vale frisar que esse profissional é especializado no desenvolvimento de materiais com um objetivo e público-alvo definidos.
Gostou de saber mais a respeito? Então, compartilhe o texto com seus amigos. Aproveite para navegar pelo blog da FIA e aprender mais sobre profissões de destaque, gestão de empresas e pessoas.
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