A liderança 4.0 é um modelo de gestão que traz algumas características muito importantes para o mundo corporativo atualmente.
Estamos falando sobre inovação, uso de tecnologia, tomada de decisão baseada em dados e foco em agilidade.
Os chamados líderes 4.0 estimulam a colaboração, a adaptabilidade e a cultura digital.
São responsáveis por promover ambientes flexíveis, descentralizados e voltados para a transformação digital e a inovação contínua.
Agora que você sabe o que é liderança 4.0 de forma bem resumida, pode estar se perguntando: quais são as habilidades que marcam esse modelo e o que preciso para desenvolver?
É justamente o que vamos abordar a partir de agora, nos seguintes tópicos:
Avance na leitura e descubra como funciona a liderança 4.0.
Liderança 4.0 é um proposta em gestão que utiliza intensivamente os recursos digitais e tecnológicos em suas rotinas, sem perder de vista o fator humano.
Esse é o termo usado para designar o perfil de líder que surge com a digitalização e a transformação digital, em que o algarismo 4.0 tornou-se uma espécie de marcador.
O termo indústria 4.0, por exemplo, se refere à quarta e mais recente fase evolutiva desse setor, que começou com a Primeira Revolução Industrial (1.0) no século XVIII.
Nela, os processos, técnicas e ferramentas industriais são desenvolvidas com base na tecnologia ligada a conceitos como Internet das Coisas (IoT) e cloud computing.
Agora que você sabe o que é liderança 4.0, vamos conhecer melhor as características desse novo perfil.
Você sabe quais são os 4 pilares da liderança?
Acompanhe:
Pautado nesses pilares, a liderança 4.0 emerge como uma influência positiva e adaptada ao momento, em que a tecnologia assume uma posição central nos processos decisórios.
Conheça então suas principais características e como elas se encaixam no segmento dos negócios.
A adaptabilidade é um atributo cada vez mais valorizado pelas empresas em geral.
O líder 4.0, como é de se esperar, se caracteriza pela alta capacidade de resposta a desafios em contextos variados.
Ele se coloca acima de questões como idade, hierarquia ou mesmo sua própria experiência e conceitos, moldando suas decisões de acordo com o que for melhor para a empresa e para sua equipe.
Por outro lado, isso não quer dizer que a liderança 4.0 seja influenciável ou suscetível a qualquer opinião ou mudança.
Na verdade, a adaptabilidade tem mais a ver com ser capaz de responder à altura, mesmo em uma situação à qual não se está habituado, usando sempre o bom senso.
Um perfil de liderança que se caracteriza pelo uso intensivo de tecnologia digital deve estar necessariamente ligado à inovação.
A liderança 4.0 surge, como vimos, junto com os avanços da transformação digital, sendo um dos seus principais “produtos”.
Líderes que se encaixam nesse perfil usam a tecnologia e, principalmente, os dados em massa para orientar suas ações e decisões.
Por isso, a liderança 4.0 é também uma liderança analítica, inovando a partir do que os dados revelam e insights extraídos de processos de tratamento e análise de dados.
Essa postura faz com que os riscos inerentes à inovação sejam mitigados, já que as decisões são sempre pautadas no conhecimento profundo sobre o mercado e sobre os clientes.
Liderar não é mandar, ao contrário do que pode sugerir o senso comum.
Na liderança 4.0, a autoridade surge em decorrência do espírito colaborativo, que é uma maneira de se referir ao conhecido espírito de equipe.
Na verdade, um líder é uma figura necessária menos pela sua capacidade de dar ordens e mais pela postura orientadora.
Como orientador, ele não pode ser arbitrário, rígido ou autoritário em suas decisões e comandos.
Pelo contrário, é preciso ser flexível e colaborativo para escutar as pessoas, porque assim ele sabe que também será ouvido.
Vimos quais são os 4 pilares da liderança e que a comunicação é um deles.
A escuta atenta a que esse pilar se refere está na base da empatia, uma das soft skills mais valorizadas no cenário empresarial 4.0.
Ser empático é ter a capacidade de se posicionar no lugar do outro, de maneira que se possa sentir como aquela pessoa em determinadas situações e condições, ou algo perto disso.
A empatia abre portas para a inclusividade e, em um estágio mais evoluído, para a interseccionalidade.
Esse é o termo que se refere à capacidade de compreender que ser inclusivo com uma minoria implica ser inclusivo com todas as outras.
A liderança 4.0 usa a tecnologia para orientar suas ações, mas, no final, é o ser humano que tem a última palavra.
Quando se está à frente de pessoas, é preciso ser empático para ouvir e ao mesmo tempo firme para “bancar” as decisões.
É onde a liderança 4.0 se iguala a outros perfis de líder, já que, como todos os outros, ele também divide os bônus e fica com o ônus ao assumir responsabilidades.
Para aceitar isso, é preciso ter uma boa dose de coragem, o que talvez explique a carência de líderes no mercado.
De qualquer forma, a coragem, assim como outras qualidades, pode ser desenvolvida com a prática ou mesmo com o apoio de uma mentoria.
“Casa de ferreiro, espeto de pau” diz a conhecida expressão popular.
Embora isso até aconteça em alguns casos, com a liderança 4.0 não é bem assim.
Os líderes nesse perfil sabem que não basta apenas falar; é preciso dar o exemplo para que suas orientações e comandos sejam aceitos e assimilados.
Imagine, por exemplo, um líder em uma linha de montagem que exige dos operários que sigam os procedimentos de segurança quando ele mesmo não segue.
Além de colocar a própria integridade em risco, esse mau exemplo está colocando todos os outros em uma posição arriscada, ao dizer com seus gestos que o uso de EPI e outros procedimentos não importam.
Sendo assim, cabe ao líder 4.0 mostrar como faz, não apenas dizendo como, mas principalmente mostrando em suas práticas diárias.
Inovação depende de projetos para acontecer e os projetos só aparecem quando há o estímulo do intraempreendedorismo.
Essa é mais uma característica da liderança 4.0, a qual está intrinsecamente ligada à maturidade digital da empresa.
Tanto que as iniciativas nesse sentido são ainda mais encorajadas em empresas de base tecnológica, como startups focadas em negócios digitais.
Nessas empresas, são realizados inclusive os chamados hackathons, espécie de concurso que premia as iniciativas tecnológicas mais inovadoras e com potencial de mercado.
Porém, o intraempreendedorismo não é exclusividade das empresas digitais.
Na verdade, qualquer organização pode estimular esse tipo de iniciativa entre seus colaboradores, desde que tenha líderes e uma cultura voltada para isso.
O mercado é sempre dinâmico e exige soluções e respostas aqui e agora.
Em um piscar de olhos, um concorrente atento pode usar a experiência de uma empresa como benchmarking, lançando soluções melhores.
Nesse cenário, as decisões precisam acompanhar o ritmo ditado pela concorrência e pela própria demanda dos consumidores.
Quem tem líderes moldados no padrão 4.0 tem mais chances de performar bem em situações de pressão.
Líderes com esse perfil são mais capazes de decidir quando o tempo é curto porque, como vimos, eles estão o tempo todo utilizando dados.
Assim, quando eventualmente tiverem que tomar decisões e o tempo for escasso, provavelmente eles já saberão o que fazer, porque estão municiados com informações.
Relembrando quais são os 4 pilares da liderança, fica claro que, para exercê-la, é preciso apresentar um conjunto de habilidades.
As que vimos anteriormente ficam mais no campo das características pessoais, restando saber que tipo de competências técnicas e relacionais o profissional 4.0 precisa ter.
A experiência comprova que, na maioria dos casos, três “skills” são fundamentais, ou seja, toda liderança 4.0 precisa ter para se considerar como tal.
Vamos conhecê-las na sequência.
A liderança 4.0 exige que os líderes compreendam diversas áreas do conhecimento para se adaptarem a um mundo altamente conectado e tecnológico.
A transformação digital traz desafios que vão além da gestão tradicional, demandando entendimento em inovação, inteligência emocional, análise de dados e metodologias ágeis.
Nesse novo cenário, o processo decisório depende muito da capacidade de transitar entre diferentes campos do saber.
Além disso, quando se trabalha com equipes multidisciplinares, é necessário contar com líderes capazes de dialogar com profissionais de várias especialidades.
O domínio de conhecimentos variados também é ainda um estímulo à criatividade, à resolução de problemas complexos e à adaptação às mudanças rápidas características na era digital.
A tecnologia redefiniu a forma como trabalhamos e nos relacionamos, e a liderança precisa se ajustar a isso, indo além do conhecimento técnico para alcançar bons resultados.
Dessa forma, as habilidades interpessoais para construir conexões, motivar equipes e lidar com a complexidade das relações no ambiente digital ganha um novo sentido.
Como vimos, a comunicação clara e empática é uma habilidade cada vez mais desejável, por facilitar o alinhamento de objetivos e a colaboração entre profissionais de diferentes áreas.
Líderes 4.0 são, nesse aspecto, mais capazes de ouvir ativamente, resolver conflitos e incentivar a criatividade, fortalecendo a confiança e a cooperação.
Como destaca um artigo da Forbes (em inglês), dominar a tecnologia está entre as habilidades fundamentais para um gestor 4.0.
O autor Ozlem Sarioglu ressalta que, nesse cenário de alta demanda tecnológica, não basta apenas saber o básico, mas ser orientado tecnologicamente em tudo que se faz.
Também destaca que a liderança 4.0 é responsável por conduzir a transformação digital nas empresas, logo, ter familiaridade com as ferramentas online é indispensável.
Mas que tipo de tecnologias um líder 4.0 precisa dominar, especificamente?
Para ficar apenas nas mais relevantes, destacamos:
Quer saber na prática como desenvolver uma liderança 4.0?
Veja como começar:
Outra forma de desenvolver suas habilidades e se tornar um autêntico líder 4.0 é investir nos cursos de especialização e no doutorado profissional da FIA.
Junte-se a nós e conquiste um diploma reconhecido no Brasil e no exterior pela excelência na formação e qualidade do ensino.
A liderança 4.0 é a última palavra em gestão.
Por isso, gestores e especialistas com esse perfil costumam ser bastante valorizados pelas empresas.
Mas, para se tornar um, é essencial estar um passo à frente e acompanhar de perto as tendências do mercado.
Uma das maneiras de fazer isso é ler os conteúdos do blog da FIA, em que você encontra sempre artigos que tratam de temas relevantes para a carreira.
Referências:
https://exame.com/carreira/geracao-z-os-lideres-que-nao-virao-e-agora/
https://www.forbes.com/councils/forbescoachescouncil/2021/02/22/top-five-leadership-40-skills-for-managing-virtual-teams/
https://tiinside.com.br/21/06/2024/lideranca-4-0-e-felicidade-no-trabalho-um-caminho-para-o-sucesso-com-proposito-e-pessoas-felizes/
https://exame.com/colunistas/sua-carreira-sua-gestao/a-importancia-do-lider-4-0/
https://emobile.com.br/site/industria/liderancas-femininas-protagonistas-da-industria-4-0/
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