Contratar um job hunter pode dar o impulso que faltava na sua carreira.
Especializado em pesquisas, relacionamento e acompanhamento de diferentes setores, esse profissional auxilia quem precisa entrar ou voltar ao mercado de trabalho.
Mas não é só isso.
Ele também ajuda indivíduos que estão insatisfeitos com as condições de trabalho atuais, apresentando as opções disponíveis de acordo com o perfil e necessidades do cliente.
Levando em conta o cenário atual e o avanço do desemprego no Brasil nos últimos anos, dá para entender por que o job hunter vem sendo cada vez mais procurado.
O resultado é o aumento na quantidade de pessoas que se dedicam a essa ocupação, com diferentes áreas de formação e experiência.
E várias dúvidas podem surgir na hora de contratar esse serviço.
Como escolher o profissional mais adequado?
Será que um job hunter é a opção mais vantajosa, ou seria melhor contratar um headhunter? Quais características priorizar?
Foi pensando nessas questões que produzimos este artigo, com respostas para apoiar uma decisão assertiva sobre o próximo passo na sua carreira.
Vamos em frente?
Veja os tópicos que preparamos para a sua leitura:
Se o assunto interessa, acompanhe até o final.
Job hunter é um profissional atuante na busca e seleção de vagas ou posições alinhadas a uma estratégia de carreira.
Emprestado da língua inglesa, o termo significa “caçador de trabalho”, o que é uma boa descrição para suas atividades.
Podemos dizer que o job hunter nasceu de transformações na postura de profissionais há algumas décadas, quando era natural construir carreira em uma única empresa.
Quem nunca ouviu a história de um avô que começou como office boy e foi sendo promovido na companhia, até alcançar um cargo de coordenação ou gerência?
Naquela época, era comum que a maior parte dos funcionários mantivessem uma postura reativa diante do trabalho, ou seja, que esperassem pelas promoções e oportunidades.
No entanto, o mercado sofreu mudanças profundas desde o final do século XX, principalmente depois que a internet se popularizou e tornou o mundo bastante digital.
A lógica desse novo período, chamado de Era do Conhecimento, valoriza menos a segurança de um emprego que dure por anos, e mais os benefícios e adequação ao perfil e objetivos do empregado e da companhia.
Sentindo as mudanças “na pele”, os colaboradores respondem adotando uma postura proativa – assumindo a responsabilidade por sua trajetória no mercado.
Essa atitude empoderada deu sentido à figura do job hunter, que normalmente é contratado pelo profissional para auxiliar na decisão pelo rumo de sua carreira.
Para ter acesso a boas oportunidades, então, o job hunter precisa se manter atualizado sobre o mercado e trabalhar uma rede de networking relevante de forma contínua.
Como explicamos acima, o job hunter é contratado por profissionais e, portanto, seus serviços costumam ser personalizados.
Dependendo do objetivo e necessidades do cliente, ele pode incluir algumas tarefas.
Mas, de qualquer forma, há funções comuns a todos os job hunters, as quais listamos abaixo:
Como os termos são parecidos, muita gente confunde job hunter com headhunter.
Porém, as expressões se referem a ocupações distintas, embora as duas estejam relacionadas ao setor de Recursos Humanos – mais especificamente, ao trabalho com recrutamento e seleção.
Só que, ao contrário do job hunter, a maior parte das atividades de um headhunter é prestada para as organizações.
Ou seja, em vez de ser contratado por profissionais, o headhunter costuma atuar a serviço das empresas para buscar candidatos, e não vagas.
O termo headhunter também foi emprestado do inglês e pode ser traduzido como o “caçador de cabeça”, remetendo, nesse caso, a um perfil mais sênior de profissionais.
As companhias que procuram esse serviço necessitam de um indivíduo qualificado, com perfil específico para assumir vagas com um peso maior, a exemplo da gestão de departamentos ou equipes.
O headhunter será o responsável por avaliar o perfil e atrair os candidatos ideais para o cargo, o que inclui contato direto não apenas com pessoas que estejam procurando emprego.
Isso porque a maioria dos talentos estará empregada nas companhias concorrentes.
Cabe ao headhunter sondar esses profissionais e verificar se estão satisfeitos com seu trabalho ou abertos a novas oportunidades.
Claro que, em alguns casos, profissionais podem contratar um headhunter para aproveitar seu conhecimento e networking na busca por uma vaga mais selecionada.
Tudo depende da quantidade de tempo e recursos que eles possuem e desejam investir nesse processo.
Quando a ideia é se recolocar com urgência, é mais comum pedir o suporte de um job hunter, que fará uma busca mais ampla e considerando uma quantidade maior de empregos disponíveis.
O job hunter ideal precisa ser antenado em seu mercado de atuação e bem relacionado.
O conhecimento sobre determinados segmentos de mercado pode não pesar muito para alguns setores, mas é essencial em áreas que possuem muitas particularidades.
Vamos imaginar que um médico especialista em neurorradiologia está buscando uma nova posição e pede auxílio a um job hunter.
Se o hunter não atuar na área da saúde, provavelmente nem vai saber por onde começar a procurar uma vaga para seu cliente – que tem formação como radiologista e foco na avaliação do sistema nervoso, cabeça e pescoço.
Assessorar o médico quanto a melhorias em seu perfil também vai ficar complicado, pois é preciso alguma experiência para analisar quais competências devem ser destacadas no documento.
Além disso, um job hunter que não tenha contatos com unidades de saúde terá dificuldades para sondar as vagas e verificar quais estão mais adequadas ao perfil do cliente.
A situação seria bastante diferente se um executivo de contas (ou vendedor) contratasse um job hunter, já que esse segmento é generalista e bastante popular, servindo a tipos de negócio variados.
Nesse caso, seria menos complexo localizar vagas e sugerir empregos ao cliente.
De qualquer forma, ter uma rede de relacionamentos bem fundamentada e relevante coloca o job hunter um passo à frente, já que será informado mais rápido sobre as novidades do setor.
Portanto, é interessante que ele seja uma pessoa proativa, empática, resiliente e capaz de solucionar problemas de maneira inovadora.
Lembrando que ser inovador não implica em, necessariamente, criar uma solução totalmente do zero.
Às vezes, a chave está em ouvir as necessidades do cliente, observar gaps no mercado e trabalhar nas interseções, ou seja, nos pontos em comum entre essas demandas.
Desse jeito, vai ser possível apresentar o cliente como uma pessoa capacitada para ser a solução que uma organização precisa.
Contar com o suporte de um job hunter faz a diferença para sua carreira, em especial se estiver insatisfeito com o trabalho ou em busca de recolocação.
A procura por vagas de trabalho em um mercado extremamente fragmentado não é uma tarefa simples, pois as oportunidades costumam se dispersar em uma série de canais online ou até offline.
Nesse cenário, muitos candidatos acabam investindo várias horas na pesquisa e divulgação de seu currículo em diversas fontes, e nem sempre consegue obter o retorno desejado.
Já quando há ajuda de um job hunter, o processo não se resume a um simples disparo de currículos e pedido de indicação a conhecidos.
Por entender o mercado de atuação do cliente, o job hunter começa identificando forças e fraquezas para selecionar a melhor maneira de o candidato se mostrar ao mercado.
Os pontos fortes precisam ganhar destaque, enquanto os fracos são atenuados ou trabalhados, se houver tempo para isso.
Assim, na hora de elaborar o currículo, carta de apresentação ou perfil em sites especializados e redes profissionais, job hunter e cliente já terão objetivos claros e metas, que são os passos para atingir esses propósitos.
Em seguida, o job hunter usa esse mesmo foco na captação de vagas.
A lógica serve também para o profissional que está infeliz na posição atual.
Nesse momento, a opção de sair do emprego pode parecer bastante atraente, mas é preciso estudar seus impactos antes de tomar uma atitude precipitada.
O job hunter fará, então, uma análise ampla para levantar as escolhas disponíveis e suas consequências na vida profissional do cliente.
Essa tarefa inclui consultar o mercado para comparar as características de vagas similares à posição do cliente, estudar as vantagens e desvantagens de permanecer na empresa atual e se é possível uma realocação.
Se a insatisfação tiver origem, por exemplo, no relacionamento com colegas em um setor da companhia, o deslocamento para outro departamento pode ser uma solução viável.
Por outro lado, se o problema for o clima organizacional ou fatores ligados à cultura da empresa, o melhor costuma ser uma recolocação em outra organização, mais alinhada aos valores do candidato.
Em todos os casos, a experiência e orientação de um job hunter colaboram para atingir o resultado esperado.
Como sabemos, o foco do job hunter é a prestação de serviços a pessoas que precisam de auxílio para dar o próximo passo na carreira.
No entanto, nada impede que eles sejam acionados ou até contratados por empresas que desejem tornar seu atendimento mais humanizado.
Inclusive, há companhias que mantém um relacionamento com job hunters e encaminham seus funcionários recém-demitidos a eles.
Isso acontece principalmente quando o colaborador é dispensado por motivos que não o desabonam, a exemplo do corte de custos ou extinção de um departamento.
Ao demitir o empregado, a organização procura tornar a situação mais leve, oferecendo consultoria em outplacement (recolocação) para ele.
É aí que entra o trabalho do job hunter, que fornecerá o suporte necessário para que o profissional encontre uma nova oportunidade o mais breve possível.
Mas não é apenas nessas situações que ele auxilia as empresas.
Mesmo que não firme vínculo ou seja indicado por uma companhia, o job hunter facilita as tarefas de funcionários do RH, principalmente quem atua com recrutamento e seleção.
Por indicar empregos alinhados ao perfil do cliente, ele acaba dando um suporte, ainda que de forma indireta, na contratação de colaboradores eficientes.
Além disso, não é raro que mantenha contato com headhunters – que estão a serviço das organizações -, facilitando que achem o profissional que a empresa precisa.
Antes de apresentar dicas para analisar a credibilidade desse profissional, vale lembrar que também há empresas que prestam serviços de job hunter.
Se for esse o caso, é mais simples checar se são confiáveis, pois, em tempos digitais, a reputação da maioria das organizações pode ser consultada em sites como o Reclame Aqui.
Além disso, é possível confirmar se a companhia possui CNPJ, se está devidamente cadastrada na cidade em que presta serviços e até mesmo contatar antigos clientes para pedir uma avaliação mais isenta.
Já os profissionais que atuam de modo autônomo podem não ter CNPJ, mas esse não é um indicativo ruim.
Eles podem exercer a profissão como pessoas físicas com integridade, sem prejudicar os clientes.
Nesse caso, também vale pedir referências a antigos clientes do job hunter para verificar sua reputação e se ele entrega o que promete.
Outro ponto que deve ser observado é o tempo de mercado, já que maus profissionais tendem a ter uma carreira curta nesse segmento.
Falamos, mais acima, sobre a relevância de contar com o suporte de alguém que compreenda seu mercado de atuação.
Isso não é regra, mas confere maior credibilidade ao trabalho do hunter.
Após checar as referências e a reputação do profissional ou empresa, uma dica valiosa é sempre formalizar o serviço por meio de um contrato, e ficar de olho nesse documento.
Confirme quais atividades estão descritos, seus prazos, valores e garantias oferecidas.
E não se limite ao momento da contratação dos serviços.
Se perceber que não recebe feedbacks ou não está evoluindo após alguns passos rumo ao seu objetivo, converse com a empresa ou job hunter sobre mudanças no processo.
Afinal, nem sempre um método que funcionou bem para um colega vai funcionar para você. Seus propósitos e momento de carreira podem ser diferentes.
Por fim, tome cuidado para não cair em armadilhas ao aceitar serviços de seleção que prometem que a vaga é sua.
Tenha em mente que nenhum job hunter, por melhor que seja, pode garantir que você seja contratado, ou mesmo chamado para um processo seletivo.
Essa decisão depende de critérios e análises dos responsáveis pela vaga.
Não existe uma receita única para se tornar job hunter, nem mesmo um curso capaz de conferir esse título.
Normalmente, a posição vem com o tempo, a partir de uma evolução natural que eleva os conhecimentos ao ponto de a pessoa ser reconhecida como consultora de carreiras.
Por isso, existem job hunters formados inicialmente como engenheiros, médicos, advogados e diversos outros cursos.
Eles começaram atuando em sua área, o que agrega um conhecimento aprofundado não apenas sobre os aspectos técnicos, como também do mercado.
Simultaneamente, têm contato com profissionais que desenvolvem trabalhos relevantes nesse segmento e, aos poucos, se tornam referência e começam a ser procurados por colegas para ajudar com recolocação ou conselhos.
Mas a trajetória mais comum envolve indivíduos formados em Administração e/ou Recursos Humanos, que sempre se interessaram por temas como gestão de pessoas e análise de perfil profissional.
Desde a faculdade ou formação inicial, eles lidam com essa dinâmica de avaliação do momento de carreira, adequação do perfil a uma posição e cultura da empresa.
Por isso, a migração para o trabalho de consultoria, job hunter ou headhunter se torna mais simples.
Porém, são os desafios do dia a dia, a implantação de diferentes projetos e atualização constante sobre seu mercado que darão a experiência necessária para fazer um trabalho de qualidade como job hunter.
Todo esse conhecimento precisa ser combinado a uma forte rede de contatos, o que potencializa as chances de encontrar oportunidades alinhadas às expectativas do cliente.
Neste artigo, aprendemos sobre as funções, perfil ideal e o que significa atuar como um job hunter.
Agora, você tem informações suficientes para avaliar as vantagens na contratação desse serviço, que auxilia em momentos de reposicionamento de carreira e busca por novas oportunidades.
Além do suporte de um hunter, vale a pena se especializar para valorizar o currículo e chamar a atenção dos recrutadores.
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