Em um dado momento das nossas vidas queremos mais independência, e isso pode significar a saída da casa dos pais. É uma oportunidade que, apesar de nova e estimulante, requer uma série de cuidados — entre eles o planejamento financeiro, uma vez que você vai se deparar com custos e situações que não presenciou antes.
Durante sua nova empreitada de vida, é comum que sejam enfrentadas várias transformações financeiras e o planejamento é, sem dúvidas, um dos pilares que dará sustentação nessa fase. Com ele, você conseguirá lidar com as possíveis adversidades, abrir novos caminhos e facilitar decisões que antes nem cogitava.
Quer entender melhor como fazer o planejamento financeiro? Continue lendo o texto e saiba como se programar para sair de casa sem ter que lidar com grandes surpresas.
Quais os gastos envolvidos na mudança de casa?
Em geral, ao sair da casa dos pais, você passará a arcar com gastos relacionados à moradia, alimentação e transporte, os quais incluem:
- aluguel ou financiamento;
- taxas de condomínio e IPTU;
- contas de água, luz e telefone;
- compras do mês;
- transporte para o trabalho e ou faculdade.
Outros valores podem surgir de acordo com seu modo de vida, como os custos relacionados ao pet (caso tenha), mobília, veículo, lazer, entre outros. O ideal é colocar tudo no papel para evitar sustos.
O que fazer antes de sair de casa?
Tomada a decisão, é importante se planejar para não passar por dificuldades, ter de pedir ajuda aos parentes ou mesmo precisar voltar para casa dos pais envergonhado. Para isso, listamos algumas dicas que podem ser muito úteis. Confira!
1. Faça um teste
Enquanto você não sai de vez, uma boa prática é simular os hábitos da rotina de quem mora só. Essa espécie de teste vai ajudar a perceber se está realmente pronto para essa nova fase. A medida não vale apenas para a questão financeira, mas também as atividades do cotidiano, tendo em vista que nem sempre haverá alguém para ajudá-lo com essas tarefas.
Portanto, por alguns meses, comece a pagar as contas, lavar suas roupas, ajudar nas despesas do mercado etc. Procure ser proativo na resolução de problemas do lar e frequente reuniões do condomínio para se familiarizar com as regras de normas e convivência. Se isso parecer muito complexo, talvez seja o momento de repensar sua saída. Por outro lado, caso você acredite que desempenhou um bom papel, siga para a próxima etapa.
2. Economize antes
Como em outras situações, nem sempre é possível prever o que vai acontecer. Contudo, nesse período de mudança, as incertezas podem ser ainda maiores. Por isso é fundamental fazer economia e guardar dinheiro antes de sair de vez da casa dos pais. Ter um fundo possibilita não só arcar com as despesas maiores como também cobrir eventualidades e erros nas contas.
Tente juntar o máximo que conseguir baseado no que quer para o futuro e nas suas condições. Se for viável, guarde entre 40% e 60% do salário ainda morando com os pais e aplique em um investimento simples como poupança, título público, entre outros.
Poupar o equivalente a três meses de despesas já é o suficiente para sair de casa. Mas não se esqueça de repor o dinheiro com o tempo, reservando uma parte do salário todo mês para garantir segurança frente a situações de emergência.
3. Faça um bom planejamento financeiro
Mesmo que você consiga juntar um bom dinheiro, sem planejamento e controle ele pode acabar rapidamente. Anote em um caderninho ou planilha todas suas fontes de renda, depois subtraia os gastos mensais. Isso já o suficiente para ter uma ideia do seu orçamento.
Baseado nos custos e gastos que terá, você pode decidir, por exemplo, qual a faixa de aluguel ou prestação do imóvel conseguirá pagar, quanto poderá gastar com transporte e demais custos. No mais, desenvolva o autocontrole em suas escolhas para não impactar negativamente seu bolso. Pense duas vezes antes de se matricular em academias caras ou assinar o pacote completo de TV a cabo. No começo, toda a prudência é necessária.
4. Encontre o imóvel ideal
Leve em consideração o bairro que atenda suas principais necessidades, como proximidade com o local de estudos e trabalho, ou ainda que tenha transporte público eficiente para essas regiões. Analise também se o bairro tem padaria, supermercados, restaurantes, farmácias nas imediações. Isso é importante, pois nem sempre você pode deslocar grandes distâncias só para comprar pão ou algum remédio.
Busque um imóvel que atenda suas necessidades e que não vai trazer grandes dores de cabeça no futuro. Paciência e pesquisa são fundamentais nesse momento de escolha. Existem vários tipos de opções, entre lofts, estúdios e kitnets — que podem ser suficientes para só uma pessoa e não pesam tanto no orçamento.
5. Seja minimalista
Vamos reforçar aqui a necessidade de não cair em tentação de comprar tudo o que sempre quis para sua nova moradia. Pelo menos nos primeiros meses, opte por uma decoração minimalista, dando prioridade a móveis e eletrodomésticos práticos, mais em conta e com bom custo-benefício.
Por exemplo, geladeira e fogão são itens necessários, enquanto sanduicheiras e torradeiras são opcionais. TV e sofá são o suficiente para ter uma sala aconchegante, enquanto aparelho de Blue Ray pode ser deixado para depois. Tente não esbanjar nesse momento inicial e seu dinheiro vai render mais.
6. Estabeleça metas
Se você quer morar sozinho, deve traçar objetivos e metas para não perder o rumo. Geralmente os pais sempre nos avisam sobre algumas questões, nos lembram de algo importante, mas agora a maior parte das responsabilidades serão só suas.
Portanto, trace metas de vida e relacionadas à independência financeira, tais como adquirir um veículo, fazer um curso ou pós-graduação, serviço voluntário, morar em uma região que considera ser melhor, entre outras metas. O ideal é defini-las com sabedoria e pautadas em sua realidade, assim é mais fácil alcançá-las no seu devido tempo.
Como visto, o planejamento financeiro é o primeiro passo para sair da casa dos pais. E vale lembrar que esse processo envolve uma mudança de consciência, criatividade para contornar dificuldades, determinação para alcançar os objetivos, organização e responsabilidade em seus compromissos.
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