As grandes empresas e as multinacionais tendem a ser marcas top of mind, mas as empresas de pequeno e médio porte são muito presentes em nosso cotidiano, provendo serviços e produtos relevantes.

Com a grande profusão de trabalhadores autônomos e com o estímulo ao empreendedorismo e à inovação no presente momento, o conhecimento sobre a administração dessas pequenas e médias empresas (PME) pode ser determinante para separar os negócios de sucesso daqueles que perecem.

Das 4.552.431 empresas registradas no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, 99% desses negócios não poderia ser caracterizado como uma grande empresa, pertencendo ao grupo das PMEs. Mas o que faz de uma empresa uma PME?

Entenda as características principais dos pequenos e médios negócios, assim como informações-chave sobre suas possibilidades de gestão.

Definição de PME

A maneira mais prática de classificar o porte de uma empresa é se baseando no que a lei brasileira define como empresa pequena, média e grande.

Pequenas empresas

A definição e o funcionamento de pequenas empresas estão descritas pela Lei Complementar n°123/2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

Resumidamente, podemos dizer que as empresas de receita bruta anual igual ou inferior a R$4,8 milhões seguem essa lei. Esse é o limite que define o que é uma empresa de pequeno porte, assim como regras tributárias para pessoas jurídicas desse porte – como o regime do Simples Nacional.

Médias empresas

As empresas de médio porte não têm uma definição tão objetiva quanto as de pequeno porte. Não há um estatuto específico nem um regime tributário típico de médias empresas.

Na verdade, há algumas definições diferentes para médias empresas que, embora não tenham valor de lei, podem ser juntadas para chegarmos a uma classificação razoável para elas.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) define linhas de crédito para médias empresas com programas e condições específicos. Nos termos do banco, empresas médias teriam receita bruta anual entre R$4,8 milhões e R$300 milhões.

Já o IBGE leva em conta a quantidade de empregados de uma empresa como critério para designar o tamanho do negócio. Nessa definição, micro e pequenas empresas do comércio e serviços têm até 49 funcionários, ao passo que as médias contam com 50 a 99 trabalhadores.

Na indústria, micro e pequenas empresas comportam até 99 empregados; médicas, entre 100 e 499.

Caminhos para inovar com PME

A digitalização dos negócios vem gerando uma organização mundial de trabalho baseada na internet. A competição cresce entre cidadãos de países diferentes desempenhando serviços no mesmo ramo, no que muitos chamam de quarta revolução industrial.

Do ponto de vista da produção e mão de obra, uma série de trabalhos podem ser desempenhados digitalmente, trocando recibos e recebendo pagamentos de maneira ágil. O regime tributário do Microempreendedor Individual (MEI) tenta contemplar esses arranjos de trabalho de modo mais flexível do que as leis empresariais e trabalhistas tradicionais no Brasil.

Do ponto de vista do consumo, os aplicativos e serviços digitais têm potencial de atingir mercados consumidores em escala. Muitos serviços que são inovação em países desenvolvidos pulam etapas burocráticas e alcançam também países em desenvolvimento, por exemplo.

As empresas desenvolvedoras tendem a começar de maneira pequena ou média, com times enxutos e aplicando metodologias ágeis de gestão. É claro que a tendência de serviços digitais de sucesso é crescer cada vez mais. Mas as PME são o dínamo para a inovação digital.

Como profissionalizar uma PME

Quem precisa administrar um negócio para sobreviver aprende aos trancos e barrancos e consegue se desenvolver. Mas é óbvio que é melhor estar preparado com conhecimento antes de enfrentar os obstáculos.

Dois passos essenciais já poupam muito esforço desnecessário a empreendedores. Em primeiro lugar, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é uma fonte bastante relevante de informações para a profissionalização de um negócio desse porte, que sempre pode servir de referência para consultas.

Por outro lado, um software de gestão, ou sistema ERP, é essencial mesmo em empresas pequenas e médias. Os prejuízos são diminuídos e a produtividade cresce com a automatização de tarefas que essas ferramentas proporcionam. O empreendedor ganha maior margem a se dedicar às operações mais relevantes do negócio.

3 Estratégias para otimizar Pequenas e Médias Empresas

A tendência de pequenas e médias empresas de sucesso é otimizar operações e se expandir. Porém, é importante cuidar para que esse crescimento seja sustentável.

Priorize a gestão de produção

A produtividade pode crescer enormemente com ajustes em processos diários da empresa. Significa que a mesma estrutura pode se organizar de maneira mais eficaz e gerar mais receita.

Portanto, iniciativas de gestão de produção merecem toda sua atenção.

Dedique-se ao atendimento ao cliente

Atrair um novo cliente custa até cinco vezes mais do que fidelizar clientes existentes.

Criar canais de atendimento e políticas de relacionamento são boas práticas para cultivar e valorizar a clientela.

Atenção ao endividamento

Nunca subestime a importância do planejamento financeiro e da criação de um caixa para financiar o crescimento da empresa.

Afinal, é comum ter que bancar custos que não trazem retorno imediato durante a expansão.

Administrar uma PME e competir num ambiente muitas vezes saturados são funções que demandam muita disposição e conhecimentos aprofundados. Um empreendedor encontra à sua frente uma série de desafios diários, seja qual for sua área de atuação.

A Graduação da FIA traz um arsenal de informações e direcionamentos essenciais nessa rotina. Esse é o primeiro passo numa longa e proveitosa jornada de autoaperfeiçoamento, que tem tudo para trazer bons frutos pessoais e profissionais. 

Não deixe de compartilhar suas impressões e dúvidas sobre PMEs na seção de comentários abaixo ou de entrar em contato conosco.

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