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Fome: qual a nossa responsabilidade?

28 de agosto 2019, 06:00

fome: mãos apoiadas em posição de pedido

ALUNOS DO 5° SEM CURSO DE ADMINISTRAÇÃO FACULDADE FIA

PROFª DRª GLERIANI FERREIRA

ALUNOS:

Josiane Frenhan

Luana Figueroa

Vinicius Calhau

Vinicius Ferri


No Brasil, apesar da redução em 5% da população em situação de fome, ainda existem aproximadamente 8 milhões de pessoas sem acesso à alimentação.

Um quarto dos alimentos produzidos anualmente se perde ou é desperdiçado — isso representa 1,3 bilhão de toneladas de comida adequada para o consumo.

Muitas vezes essas perdas são causadas pela diminuição dos alimentos ainda em fase de produção, ou seja, no período de colheita, no armazenamento ou no transporte.

Já os desperdícios estão relacionados à má decisão de descarte e ao comportamento dos vendedores, serviços de vendas e dos consumidores.

Desperdício no Brasil

fome: pessoas comendo com fartura de comida

7,11 bilhões de alimentos são descartados no tempo errado, fazendo com que os supermercados percam em faturamento. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados, em toneladas esse número representa 41 mil, o que coloca o Brasil entre os 10 principais países que mais desperdiçam comida no mundo.

Muitos varejistas tratam como rejeito produtos que apresentam algum problema visual, mas que ainda podem ter valor nutricional.

Isso significa que o descarte de alimentos ainda próprios para consumo tem relação com a desnutrição — uma das consequências da fome — causada pelo não recebimento de nutrientes suficientes para a nossa saúde.

Um exemplo é a Venezuela, onde as pessoas vivem uma crise alimentar, comendo apenas mandioca e arroz, e perdem muitos nutrientes importantes para o corpo. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), uma em cada nove pessoas no mundo hoje está desnutrida, o equivalente a 815 milhões de indivíduos. Além disso, as previsões para 2050 são de um aumento de 2 milhões de desnutridos.

O Brasil, apesar de ter saído da linha da pobreza, reduzindo a população em situação de fome em 5% no ano de 2014, ainda tem 8 milhões de pessoas sem acesso a alimento.

Entretanto, o mapa da fome do ano de 2018 aponta uma piora no cenário brasileiro — que teve seu início em 2017. A região mais afetada é o semiárido.

As previsões da FAO

A FAO prevê um aumento da população humana em 30% até 2050. Com isso, a necessidade de alimento também aumentará, mas a área de terra que poderá ser usada para o cultivo expandirá apenas em 5%.

Isso sem contar os desafios que os agricultores vão se deparar, como as mudanças climáticas e regulações ambientais mais rígidas.

Com o aumento da demanda por comida, será preciso produzir mais. Nesse cenário, o fomento das economias rurais é de extrema importância para a alimentação no Brasil, pois a agricultura é o único meio de produção de alimentos e o mais eficaz para redução de pessoas em situação de fome — na maioria, elas estão situadas nas áreas rurais.

A agricultura é a maior fonte de renda das famílias pobres pertencentes às áreas rurais no Brasil e a maior parte dos alimentos produzidos no país provém desses pequenos agricultores. Mais de 84% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros pertencem a grupos familiares, o que representa aproximadamente 4,4 milhões.

A necessidade de transformar a agricultura

fome: agricultura

Tornar a agricultura mais sustentável e produtiva será de extrema importância para que o aumento da produtividade da terra seja possível sem ser necessário expandir o uso desta, ou seja, sem desmatar florestas.

O Brasil já é conhecido como o celeiro do mundo, pois aqui são produzidos e exportados diversos alimentos para todos os continentes. Também é um player agrícola indispensável para o equilíbrio da oferta de alimentos no mundo. No entanto, ainda há o desafio de garantir alimentos para todos os brasileiros.

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