Dicas de oratória

18 mar 20

Dicas de oratória para melhorar sua apresentação

A oratória é um assunto de séculos e sua importância nunca pode ser subestimada. Algo que une líderes de ideias e trajetórias completamente diferentes na história da humanidade é seu poder de passar sua mensagem de forma eficiente. 

Você não precisa ser Martin Luther King para sua próxima apresentação. Mas ter algumas dicas de oratória podem ser bastante úteis para ajudar a vender melhor seu peixe e deixar clara qual é a sua ideia.

Ser um bom orador não é saber enrolar

Há uma confusão grande entre saber falar e ter o dom de matar tempo sem ficar claro que você não tem conteúdo.

Com certeza quando Aristóteles ensinou o assunto ele não quis passar adiante o dom de encher linguiça.

Um bom orador é o que deixa clara qual é a sua mensagem enquanto cativa e faz seu público prestar atenção nele.

Isso significa que há um conteúdo e um objetivo e o bom orador usa as palavras como instrumento.

Portanto, de nada adianta saber falar e cativar o público, mas não ter nada para dizer de proveitoso. A oratória precisa de preparação e conhecimento sobre o que será falado.

Um estudante precisa chegar na apresentação sabendo do assunto. Um vendedor é obrigado a conhecer seu produto antes de convencer outras pessoas a comprá-lo. E assim por diante, seja no campo acadêmico ou profissional. Porque só assim você conseguirá o efeito máximo de um bom orador: cativar as pessoas e fazer elas acreditarem na sua mensagem. Se não há conteúdo nessa mensagem, tudo cai por terra.

Saiba o momento de subir o tom

Você com certeza já viu uma pessoa em uma palestra ou apresentação que manteve o mesmo tom durante toda sua fala. E mesmo que o conteúdo fosse bom, a mensagem se perdia.

Assim como em um texto é preciso hierarquizar informações, usar negrito, colocar subtítulos, pontuar bem e outros recursos, o mesmo pode ser feito na fala.

Fique atento ao seguinte:

  • Não saia metralhando. Fale de forma clara, faça pausas. Respire antes de falar;
  • Gesticule com as mãos quando a mensagem for importante ou ajudar na transmissão de informações;
  • Diminua e aumente o seu tom de voz para melhor efeito dramático;
  • Olhe nos olhos de quem você está falando. Olhar para baixo, esfregar demais as mãos ou suar de forma excessiva são sinais de nervosismo e falta de confiança no falado.

Conheça o seu público

Saber com quem você está falando é um conselho para a vida, não só algo para estar presente em um texto sobre dicas de oratória.

Caso você queira ensinar um idoso a usar um celular, sua fala não pode ser a mesma que com uma criança, certo?

O idoso foi por anos acostumado a usar um telefone para ligar para pessoas, uma agenda física para guardar números e pegar uma câmera fotográfica para tirar fotos.

Explicar que tudo isso pode ser feito com quatro toques em uma tela não é tão simples.

Se você está falando com leigos ou com especialistas, seu conteúdo também muda muito.

Portanto, é importante que você, antes de preparar sua apresentação, saiba com quem irá falar.

Exemplos

Caso você tenha que apresentar seu TCC e argumentar perante uma banca, evite apresentar seu trabalho por muito tempo, já que os membros já terão lido, estudado e até previamente avaliado ele.

Agora, se você fala para uma sala com desconhecidos, apresentar-se é primordial, especialmente para os presentes saberem quem você é e o que você tem a ensinar e ajudá-los.

Se a necessidade for apresentar um trabalho para o professor e a sala de aula, foque no pedido pelo professor, mas inclua seus colegas nas suas descobertas e produção.

Afinal a ideia do professor com tais apresentações é que alunos também possam ser fontes de conhecimento.

E no trabalho? A importância de saber seu público é ainda maior. Caso você esteja desenvolvendo um projeto e tenha que apresentá-lo para profissionais de outros setores, explicar seu trabalho, sua função e objetivo é de primeira importância.

Independente de sua área, especialmente se ela for de difícil compreensão geral (área jurídica, área de TI), evite jargões e expressões específicas. Ou, se não der para eliminá-las, explique-as imediatamente.

Caso a apresentação seja apenas para seu gestor, que acompanha o projeto passo a passo, não é necessário ser tão didático. O importante é explicar o seu avanço, o que falta e quando poderá ser concluído.

Viu como o público pode alterar completamente a sua fala, o conteúdo dela e sua apresentação de forma geral?

Então qualquer dica de oratória precisa incluir empatia, entender a necessidade de quem ouve e seu conhecimento sobre o assunto.

Treine quando der

A oratória raramente é natural. Grandes oradores são testados a todo momento, seja em uma sala com poucas pessoas ou diante de multidões.

Por isso o treinamento é algo necessário e precisa estar entre as dicas de oratória.

Falar na frente do espelho é a opção clássica e sempre útil. Você pode com isso saber como usar as mãos e ter uma boa noção de como é visto pelos outros.

Mas a tecnologia, como sempre, é de grande ajuda. Usando um celular você não só pode ver a gravação e fazer correções, como ainda focar seu olhar na câmera. Com esse treinamento no foco você terá maior facilidade para olhar para as pessoas interessadas na sua apresentação.

Caso você queira receber feedback e a opinião de alguém, mande esse vídeo para uma pessoa de confiança e pergunte o que ela acha, se a mensagem está clara e fácil de entender. Toda ajuda é válida.

Saber falar em público é uma arte

Apesar de todos os avanços tecnológicos, encontrar uma pessoa, apertar a mão e falar com ela é algo de difícil substituição.

O mesmo serve para saber como falar com um grupo de pessoas, comandando sua atenção e passando a sua mensagem.

Seja na escola, universidade, trabalho, em ocasiões pessoais ou profissionais, não ficar nervoso ao ter a palavra e convencer o outro é algo que pode e deve ser trabalhado.

Afinal, você apresentará trabalhos na universidade, fará parte de dinâmicas de grupo para conseguir um emprego, comandará reuniões no seu trabalho… Além das dicas de oratória passadas aqui, não se esqueça da qualidade do conteúdo de sua fala.  Aliando a capacidade de falar bem com ter o que dizer, é difícil alguém não confiar no que você expressa.


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