O modelo de negócio é como o mapa de uma empresa, deixando claro para seus líderes, colaboradores e stakeholders como ela se estrutura, quais são as suas atividades e como as desenvolve.
É um documento tão importante que pode até ser usado como referência para concessão de crédito, formação de parcerias e muitos outros tipos de propostas.
Uma organização sem uma modelagem de negócios bem definida se coloca em uma posição vulnerável, já que não sabe exatamente como deve atuar em seu mercado.
Por isso, quem está à frente de uma empresa precisa saber como criar esse modelo, de modo a se orientar frente aos muitos riscos envolvidos na jornada empreendedora.
É isso que você vai saber lendo este guia, no qual vamos mostrar como desenvolver um negócio a partir da criação de um modelo ajustado à sua realidade.
Veja os tópicos abordados:
Avance na leitura e tire todas as suas dúvidas sobre a modelagem de negócios.
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Quando criamos um negócio, precisamos antecipar uma série de fatores com os quais teremos que lidar com muita frequência, quando não diariamente.
O modelo de negócio é como um padrão, pelo qual os líderes de uma empresa saberão como agir e o que fazer mediante certas circunstâncias.
Também serve para orientar em relação às operações de rotina do negócio, de maneira que a “máquina” esteja sempre girando.
A ferramenta mais usada é o Modelo Canvas, ilustrado acima, mas existem outras maneiras de fazer isso, como veremos mais à frente.
O modelo de negócio tem como função principal dizer às pessoas como a empresa ganha dinheiro.
Ele serve como base para a definição de uma série de aspectos operacionais, os quais dependem de um conceito para serem montados.
Digamos, por exemplo, que você crie uma empresa de limpeza de piscinas.
Pensando em obter receitas recorrentes, os sócios decidem que o modelo de negócio será por assinatura, tendo em vista que piscinas precisam constantemente de limpeza.
Como vimos, o modelo de negócio é a base na qual a empresa define como vai atuar em um mercado.
Seria como a etapa inicial da formação da estratégia, que, por sua vez, servirá como ponto de partida para definir aspectos operacionais e táticos.
É nesse ponto que entra o plano de negócio, documento cuja principal função é descrever o mais detalhadamente possível como um negócio funciona.
Outra função muito importante do plano de negócios é mostrar para o mercado como a empresa se estrutura em suas atividades, sua logística e de onde obtém seus insumos.
Então, para resumir: o modelo de negócios diz respeito aos aspectos estratégicos, internos e externos, enquanto o plano serve para orientar minuciosamente quanto à parte operacional.
Em razão da sua importância, a modelagem de negócios precisa ser definida metodicamente.
Embora o Business Model Canvas seja a principal ferramenta nesse sentido, é possível avançar ainda mais.
Vale não só para a parte estratégica, mas também para ter insights reveladores que não seriam obtidos de outra forma.
Saiba na sequência como fazer isso por meio de práticas amplamente difundidas no mercado.
Assim como todo filme tem sua sinopse, um modelo de negócios pode ser descrito sucintamente pelo chamado resumo executivo.
É a apresentação do negócio em linhas gerais, de modo que quem tomar conhecimento do modelo pela leitura saiba o que vai encontrar.
É também uma forma de “fisgar” a atenção de quem vai ler, considerando que essa pessoa possa ser um eventual parceiro, sócio ou investidor.
O resumo executivo é como uma introdução ao seu negócio.
Se for interessante o bastante, vai deixar o leitor querendo saber mais.
É aqui que entra a descrição da empresa, que pode trazer mais detalhes, contar toda a sua história, quando e por que foi fundada, quem são seus fundadores e outros dados biográficos.
Funciona ainda como uma primeira abordagem para justificar sua entrada no mercado e outros elementos estratégicos que compõem o modelo e, por conseguinte, o plano de negócios.
A escolha do modelo de negócio deve ser pautada em diversos aspectos que deverão considerar o contexto interno e externo da empresa.
Uma boa ferramenta para isso é a matriz SWOT, com a qual a empresa mapeia suas forças e fraquezas internas, bem como as oportunidades e ameaças externas.
Ela ajuda a mapear o negócio, ajudando seus gestores a tomarem decisões com base nas suas limitações e potencialidades
Outra ferramenta essencial em uma análise de mercado é a boa e velha pesquisa, com a qual se pode, entre outras coisas, entender melhor o comportamento do consumidor.
Poucas marcas conseguem de fato apresentar algo diferente do que já existe.
Digamos, por exemplo, que sua empresa esteja se lançando no mercado de água mineral.
Existem incontáveis marcas no mercado, mas basicamente o produto é o mesmo.
O que fazer, então, para atrair a atenção do consumidor para a sua água?
O que ela tem de especial em relação às outras marcas?
É aqui que entra a proposta de valor, espécie de diferencial que estabelece a posição de um produto ou serviço e o que o torna único, na comparação com os concorrentes.
A proposta de valor serve como uma referência para um outro ponto fundamental em um modelo de negócio, que é a estratégia de marketing.
Ela diz não só como o produto será vendido, mas quais técnicas, iniciativas e estratégias serão usadas para atrair compradores.
Não adianta lançar um produto no mercado se ninguém tomar conhecimento da sua existência.
Para que isso não aconteça, a estratégia de marketing deve contemplar aspectos-chave para torná-lo conhecido e facilitar suas vendas e distribuição.
Um negócio não é formado somente pelo ponto de venda.
Junto ao PDV, existe todo um back office, do qual fazem parte setores como contabilidade, recursos humanos, administração, finanças e muitos outros.
Dependendo da empresa, ela pode ter dezenas e até centenas de departamentos e áreas, cada qual com a sua própria rotina.
Cabe aos líderes, desde a formação do modelo de negócios, definir com a ajuda do plano como essas áreas vão operar.
Pela leitura do Modelo Canvas, vimos que o modelo de negócio apresenta 9 pontos-chave:
Todos eles são importantes, mas talvez a proposta de valor seja o que exige mais atenção.
Afinal, se o modelo for comum e não apresentar nenhum diferencial, seus resultados serão medíocres, quando muito.
O valor, nesse caso, pode estar não diretamente no que você vende, mas na maneira como você disponibiliza seus produtos ou serviços e em outros pontos fundamentais contemplados no Canvas.
Agora que vimos como elaborar um modelo de negócio, vamos falar sobre os seus tipos.
Uma coisa é explorar o nicho varejista, vendendo produtos como cosméticos, roupas, acessórios ou móveis.
Outra é atuar no segmento de softwares, no qual as vendas normalmente são para outras empresas.
Portanto, dependendo do que se vende e para quem se vende, um modelo pode ser enquadrado em um ou outro tipo.
Vamos conhecer os principais deles a seguir.
B2B é o termo usado para designar as empresas que vendem para outras empresas, ou seja, de “business to business”.
Boa parte das que estão no segmento industrial se encaixam nesse tipo, já que quase sempre tratam com empresas do ramo de distribuição ou vendem insumos para outras.
É um tipo de modelo de negócio também bastante frequente nos segmentos financeiro e de tecnologia, nos quais é sempre alta a demanda por soluções nessas áreas por parte das empresas.
Já no modelo B2C, as vendas são de empresa para consumidor, de “business to customer”.
O varejo é o mais emblemático, por ser nele que se concentram as vendas diretas, tanto em lojas físicas quanto online.
Existem ainda as empresas que vendem para outras empresas, que repassam seus produtos para o consumidor final.
São, portanto, negócios do tipo B2B2C.
As indústrias também se enquadram nessa categoria, bem como os marketplaces, onde as vendas podem ser intermediadas por outras empresas.
Modelo de negócio em alta, a economia colaborativa é baseada no compartilhamento de bens.
Uber e Airbnb são ótimos exemplos disso.
O que a empresa faz, nesse caso, é conectar quem tem bens como carros, casas e apartamentos com quem precisa de transporte e estadia.
Por sua vez, o modelo de negócio baseado em franquias funciona como uma réplica de um modelo já conhecido, normalmente de uma marca já estabelecida no mercado.
Um dos exemplos mais conhecido é a cadeia de fast food McDonald’s, que vende os direitos de exploração da marca para terceiros.
O franqueado se compromete a manter rigorosamente todos os padrões operacionais, protocolos de atendimento, identidade visual e demais elementos que fazem da marca o que ela é.
Software as a Service é o modelo de negócio no qual a empresa não vende um programa de computador, mas sim o serviço de mantê-lo operacional.
Afinal, boa parte dos softwares demandam atualizações e uma rede de suporte para que se mantenham ativos.
Para isso, é cobrada uma taxa, que pode ser mensal ou anual, a título de manutenção dos custos com hospedagem, servidores e outras operações.
Os serviços freemium são aqueles que podem ser adquiridos sem custos, mas com a possibilidade de upgrade, esse sim, pago.
As plataformas de marketing digital são um exemplo desse tipo de serviço.
A maioria delas permite fazer pesquisas de palavras-chave e outros serviços sem custos até um certo limite.
O modelo de assinatura é bem conhecido, pois não é de hoje que revistas e jornais são vendidos dessa forma.
O cliente paga um valor mensal e recebe o produto em sua casa ou pode acessá-lo online, como é o caso de certas plataformas digitais.
Negócios que vivem de adware são aqueles que ganham receitas gerindo anúncios em sites, redes sociais, apps e plataformas.
É como se fosse um serviço de “outdoor” virtual, pelo qual o anunciante paga pelo direito de ter sua marca, produto ou serviço exposto.
Já deixamos claro, mas não custa repetir: a escolha do modelo de negócio deve ser muito bem embasada e criteriosa.
Uma maneira de garantir isso é aplicando as etapas e dicas que você viu até aqui.
Vale ainda contar com a ajuda de uma consultoria, que pode ser especializada em nichos.
Elas contam com profissionais experientes no mercado, com bagagem para poder indicar que modelo é mais adequado para um negócio conforme suas reais potencialidades.Como o modelo de negócio pode ajudar as empresas a lucrarem mais?
Como dissemos na abertura do texto, o modelo de negócios pode ser comparado a um mapa, já que ele revela muita coisa sobre os caminhos de uma empresa e como ela consegue se manter lucrativa.
A Victoria’s Secret (texto em inglês) tem um modelo bastante atraente e que pode ser adaptado por quem pretende empreender no ramo da beleza.
Uma rápida leitura já dá alguns insights sobre como as lojas da marca operam e como elas fazem para se relacionar com fornecedores e clientes.
São essas escolhas que vão fazendo a diferença no dia a dia, de modo que uma marca se mantenha sempre relevante e, em consequência, mais lucrativa.
Veja abaixo modelos Canvas de grandes marcas (alguns em inglês) e inspire-se para montar o seu:
Neste texto, você viu o que é um modelo de negócio e como elaborar.
Fica claro que ter esse documento é imprescindível para lançar uma marca e, principalmente, para que ela se sustente.
Por outro lado, uma empresa não precisa o tempo todo seguir sempre o mesmo modelo, afinal, como todo aspecto em um negócio, também está sujeito a ajustes.
Você pode se tornar um líder em seu segmento e montar negócios com potencial para deslanchar.
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Leia os artigos publicados no blog da FIA e fique sempre a par de assuntos que fazem a diferença!
Referências:
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/como-construir-um-modelo-de-negocio-para-sua-empresa,6054fd560530d410VgnVCM1000003b74010aRCRD
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/pi/artigos/redefina-o-seu-modelo-de-negocio,f848a719a0ea1710VgnVCM1000004c00210aRCRD
https://dcf.fm/blogs/blog/vsco-business-model-canvas
https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/quem-somos/planejamento-estrategico/modelos-de-negocio
https://sebraepr.com.br/comunidade/artigo/modelagem-de-negocios-o-que-e-e-por-que-e-importante
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