Se você ainda não conhece o microlearning, nem as oportunidades que ele gera, está chegando a hora de conhecer.
Afinal, essa é uma metodologia de ensino que oferece resposta a desafios comuns enfrentados por empresas ao prover educação corporativa.
Com ela, gestores otimizam o recurso mais escasso de todos: o tempo.
Além disso, se revela bastante útil frente a outro obstáculo comum nas organizações pelo Brasil: a falta de qualificação da mão de obra.
Veja que mais da metade dos trabalhadores entre 18 e 27 anos tem apenas o ensino médio ou, no máximo, técnico.
Temos aí uma carência de trabalhadores qualificados no mercado, somada à dificuldade de agenda para que eles sejam capacitados. Como resolver?
As empresas podem colaborar para reverter esse quadro, assumindo parte da responsabilidade no problema e encontrando soluções rápidas no chamado microaprendizado.
Neste conteúdo, vamos falar sobre como funciona o microlearning, uma nova abordagem em formação.
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Acompanhe os tópicos que serão abordados:
Acompanhe até o final para entender a metodologia microlearning, descobrir as vantagens do microlearning, ver exemplos de microlearning e muito mais!
Você pode chamar o microlearning de microaprendizado, já que é isso que ele significa na prática.
A ideia é transmitir conhecimento em doses quase “homeopáticas”, por meio de sessões curtíssimas de treinamento.
Em um país tão carente de trabalhadores qualificados como o Brasil, essa é uma estratégia que pode fazer toda a diferença.
Isso porque ela permite às empresas investirem na formação dos seus colaboradores a um custo muito mais acessível.
Como os conteúdos abordam temas muito específicos, é possível montar programas de treinamento enxutos e que vão direto ao assunto.
Por essa razão, o microlearning vem sendo usado como um recurso estratégico e diferencial competitivo para as empresas que planejam crescer.
Outra vantagem que essa abordagem traz é facilitar o atingimento de metas, uma vez que a formação tem um viés técnico e prático.
Imagine que, em uma linha de montagem, temos uma célula destinada apenas a encapar certo produto.
Nesse caso, seria desnecessário explicar aos trabalhadores como funciona a linha como um todo, pelo menos enquanto eles estiverem focados só nessa atividade.
Uma solução mais adequada seria fazê-los entender como operar o equipamento apenas para cumprir a função destinada a essa célula específica.
Isso poderia ser feito em uma sessão de microlearning, na qual a empresa se encarrega de mostrar para esses trabalhadores como realizar uma tarefa em especial.
Por esse exemplo, podemos definir um dos objetivos principais do microlearning, que é transmitir conhecimento técnico para pessoas e grupos localizados.
Assim, outro objetivo pode ser atingido, que é estruturar um programa de treinamento in company que se ajuste aos horários de trabalho em diferentes contextos.
Microlearning é essencialmente uma solução corporativa, embora possa ser usada como recurso pedagógico em escolas e universidades.
Ela é indicada para empresas que tenham identificado lacunas na formação de seus colaboradores ou que pretendam instituir programas de treinamento contínuos.
Um exemplo disso são as empresas que lidam com mais frequência com riscos laborais, como as de construção civil e indústrias.
Nelas, é preciso manter um estado de alerta constante junto aos empregados em relação a práticas como uso dos EPI, procedimentos de emergência e primeiros socorros, entre outros assuntos.
Mas a metodologia microlearning também funciona muito bem em empresas do segmento de serviços, nas quais se faça necessário um tipo de Service Level Agreement (SLA) interno, ou seja uma espécie de contrato que deixa claro os termos do serviço prestado.
Os conteúdos em “pílulas” também são indicados para treinamentos onboarding, em que novos colaboradores já vão sendo incorporados às rotinas enquanto aprendem seu ofício.
Não é exagero algum dizer que, sem a tecnologia digital, não existiria microlearning.
A metodologia surge em respostas aos desafios contemporâneos das empresas, cada vez mais pressionadas por um mercado de trabalho que evolui em ritmo acelerado.
As instituições de ensino, como era de se esperar, estão à frente dessa que é uma nova configuração em práticas pedagógicas.
O microlearning, nesse sentido, pode ser também um complemento ao ensino formal e uma maneira de facilitar a assimilação de conteúdo.
Seria o caso, por exemplo, de alunos com dificuldades em certas disciplinas e que, por isso, demandam atendimento personalizado.
A partir disso, o microlearning engloba três estratégias de ensino, sempre com o foco na transmissão de “peças” de conteúdo.
Conheça a seguir.
O Ensino a Distância (EaD), ou e-learning, vivenciou em 2020 um momento histórico, quando pela primeira vez superou em número de matrículas a quantidade de alunos no ensino superior presencial.
A tendência daqui para frente é que cada vez mais a procura por cursos nessa modalidade aumente, em razão das muitas vantagens do microlearning.
Uma delas é maior flexibilidade de horários, já que com conteúdos assíncronos, o aluno fica dispensado de comparecer às aulas em dias e horários agendados.
Dessa forma, surge uma outra vantagem, que é a de poder rever a aula quantas vezes precisar, já que o conteúdo fica sempre disponível para consultas online.
O e-learning é, portanto, um dos pilares do microlearning, considerando que ambos são desenvolvidos para superar as limitações de tempo e espaço.
B-learning, ou blended learning, é uma abordagem em ensino na qual as aulas presenciais são mescladas às aulas a distância.
É uma solução para quem precisa ministrar conteúdos que exijam a participação dos alunos ou colaboradores em atividades práticas.
Um exemplo disso seria uma aula que mostrasse como operar certo equipamento para que depois, ao vivo, esse conhecimento possa ser aplicado.
Também é uma solução para empresas da área da saúde treinarem seus colaboradores, ministrando aulas em regime EaD para complementar com exercícios práticos.
O B-learning tem sido largamente adotado em cursos como Engenharia e Administração, em que certas disciplinas eminentemente teóricas podem ser lecionadas a distância.
Para as empresas, esse modelo pode servir ainda como uma solução em treinamento e para avaliar o nível de conhecimento prático de seus colaboradores.
As pílulas do conhecimento são a essência do microlearning porque é por elas que os conteúdos são repassados.
Cada uma delas pode ser transmitida na forma de dicas, tutoriais, curiosidades ou em resposta a alguma dúvida.
Uma característica das pílulas de conhecimento é serem conteúdos independentes, ou seja, elas precisam ter sentido completo em si mesmas, não dependendo de outras pílulas para serem compreendidas.
Do contrário, elas perderiam a razão de existir, já que o ensino deixaria de ser “micro”.
No segmento empresarial e corporativo, elas podem ser usadas sempre que os colaboradores precisam aprender sobre uma nova função em um sistema ou plataforma.
São indicadas também como meio de atualizar equipes sobre novos produtos ou serviços, assim como para mostrar as regras de uso para softwares e de ambientes.
Tendo em conta que o mercado basileiro padece com a falta de mão de obra qualificada, o microlearning desponta como opção para reduzir esse problema.
É uma solução rápida e de curto prazo que as empresas podem adotar a um baixo custo e com ótimos resultados.
Claro que o cenário ideal é um país em que a população tenha uma educação de alto nível para chegar ao mercado de trabalho preparada.
Nesse sentido, o microlearning pode não ser a solução definitiva, mas ameniza um problema estrutural que demanda muito tempo para ser solucionado.
Além disso, o ensino em pílulas pode ser usado em diferentes contextos de carreira, inclusive para treinar líderes de sucesso e profissionais já qualificados.
Tudo vai depender das necessidades de cada empresa e dos seus objetivos, considerando o preparo da sua força de trabalho.
Cabe ressaltar que o microlearning não é apenas um “remédio” para a falta de qualificação da mão de obra.
Na verdade, ele é mais uma ferramenta que empresas e instituições de ensino têm para educar as pessoas e, com isso, obter resultados melhores.
Para quem ensina, o microlearning abre uma série de possibilidades que, de outra forma, dificilmente seriam possíveis, como veremos a seguir.
Já para os que são educados pela metodologia microlearning, é uma maneira simples e rápida de assimilar conhecimento e aprender novas técnicas.
Ainda neste texto, vamos explicar como utilizar o microlearning, o que vai tornar suas vantagens ainda mais claras.
Por enquanto, veja quais são as principais:
É muito mais fácil adaptar o ensino em conteúdos curtos do que aulas ou cursos inteiros.
Não por acaso, o microlearning é indicado como complemento nas instituições de ensino que precisam ministrar aulas de reforço para alunos atrasados.
Nas empresas, é possível também adaptar as pílulas de conhecimento para serem passadas para pessoas com necessidades especiais.
Imagine, por exemplo, que haja um grupo de pessoas com deficiência visual.
É muito mais fácil adaptar um pequeno texto para o braile do que horas e horas de conteúdo.
O mesmo se aplica para pessoas com problemas auditivos, que poderiam aprender mais com pílulas passadas por libras.
Só esses exemplos de microlearning já dão uma noção das possibilidades abertas pela metodologia, muito mais inclusiva do que qualquer outro método de ensino.
Nem precisaríamos ir muito longe na análise para concluir que trabalhadores mais qualificados produzem mais e melhor.
Pois esse é um dos principais benefícios do microlearning, uma maneira simples e eficaz de compensar eventuais lacunas de formação.
As pílulas de conhecimento são fáceis de assimilar e, dessa forma, geram resultados imediatos.
Não por acaso, elas são altamente recomendáveis para educar e instruir trabalhadores operacionais e de chão de fábrica.
Por serem rápidas, elas podem ser passadas até em intervalos curtos de descanso do trabalho braçal.
Uma força de trabalho qualificada é também mais rentável, ou seja, produz mais em menos tempo e com mais qualidade.
Lembrando que as pílulas do conhecimento e as aulas em e-learning e b-learning se destinam também a audiências que já sejam qualificadas.
O grande obstáculo enfrentado pelas empresas ao ministrar treinamentos in company é justamente fazer uma gestão do tempo para isto.
Nesse caso, o microlearning cai como uma luva, já que os conteúdos curtos podem ser transmitidos até mesmo dentro da programação de um canal de TV interno, por exemplo.
Seria uma forma de educar até aqueles colaboradores que passam o tempo fugindo do trabalho nos espaços de convívio.
Dessa forma, a empresa consegue minimizar outro problema: o presenteísmo, que é quando o empregado está no local de trabalho, mas com a cabeça em outro lugar.
Embora não substitua um curso completo, as aulas em microlearning podem servir para complementar aquilo que é ensinado nas faculdades.
Não deixa também de ser uma forma de entreter, já que as pílulas do conhecimento podem ser passadas na forma de curiosidades.
É muito mais simples atualizar o conteúdo programático de aulas curtas e de conteúdos independentes do que estruturar todo um curso de formação.
Assim é o microlearning, em que cada pílula pode ser rapidamente atualizada conforme a necessidade.
Outra facilidade nesse sentido é a maior agilidade para produzir vídeos.
Como são mais curtos, fica bem mais rápido gravar e editar os conteúdos.
O tamanho reduzido das pílulas também demanda menos espaço de armazenamento nos discos virtuais e HDs.
Portanto, além de fácil manutenção, o microlearning é mais econômico, seja no uso do tempo ou na demanda por dados.
Isso permite que até mesmo micro e pequenas empresas invistam em programas de treinamento sem ter que implementar toda uma infraestrutura pedagógica e de TI.
Enquanto solução corporativa, o microlearning pode ser adotado dentro de um curto espaço de tempo.
Isso porque as pílulas do conhecimento podem ser organizadas em conteúdos que exigem poucos recursos para serem produzidos.
Em geral, os vídeos são os principais exemplos de microlearning, já que podem ser assistidos por grupos, mas nada impede que a empresa use alternativas como podcasts ou apresentações.
O importante é garantir que o conhecimento chegue a todos que necessitam, sempre considerando os objetivos da organização.
Isso quer dizer que, antes de implementar o microlearning, cabe uma avaliação criteriosa, pautada pela estratégia empresarial, a fim de direcionar os conteúdos e quem vai recebê-los.
Dito isso, veja a seguir como dar início às atividades e de que forma os conteúdos podem ser transmitidos.
Como era de se esperar, a primeira providência a ser tomada é selecionar os conteúdos e dividi-los em partes menores.
Em certos casos, pode ser necessário cortar partes, de maneira a passar apenas o que é necessário.
Se as pílulas forem transmitidas em vídeo, o ideal é que eles tenham até 5 minutos de duração, no máximo 10.
O mais importante é que eles sejam fracionados tendo em conta o tempo que a empresa vai reservar para transmitir os conteúdos.
Se for na hora do almoço, por exemplo, pode ser até que uma apresentação rápida funcione melhor.
Como vimos, o microlearning tem uma forte relação com a tecnologia digital e com a internet.
Assim, cabe avaliar se existe no mercado uma plataforma apropriada para as necessidades da empresa.
Em geral, elas são fornecidas como um Software as a Service (SaaS), em que o acesso aos conteúdos é pago por mensalidade.
Se essa for a sua opção, certifique-se de que a plataforma oferece suporte e assistência para a implementação no ambiente corporativo.
Verifique também se eles trabalham em parceria com a sua empresa para atualizar os conteúdos, de modo que sempre respondam aos desafios do seu tempo.
As apresentações são eficazes, já que são o formato textual em pílulas por excelência.
Contudo, elas não são o único formato a que se pode recorrer para transmitir conhecimentos em pequenas doses.
A partir do que vimos, os vídeos são indicados por serem mais facilmente assimilados.
Você pode investir ainda em podcasts e videocasts, um formato que está em alta, impulsionado pela grande popularidade do Instagram e do YouTube.
Aliás, o próprio Instagram é uma ótima ferramenta para transmitir pílulas do conhecimento por meio do perfil empresarial no formato conhecido como Reels.
Esses vídeos curtos também podem ser explorados no Facebook, que segue sendo a rede social com o maior número de usuários do mundo.
Outra possibilidade em microlearning que pode ser aproveitada com potencial de gerar ótimos resultados é utilizar a gamificação.
A empresa pode realizar enquetes e jogos de perguntas e respostas interativos.
É uma estratégia das mais eficazes para chamar a atenção das pessoas, evitando que elas se distraiam enquanto os conteúdos são transmitidos.
Não deixa também de ser uma forma de gerar buzz, afinal, jogos sempre dão o que falar depois que terminam.
Assim, combinar o microlearning com a gamificação é uma mistura que tem tudo para dar certo, considerando o caráter lúdico e divertido que o processo passa a ter.
Neste texto, você viu o que é e como utilizar o microlearning, conhecendo também as vantagens da metodologia.
Essa é uma solução perfeita para treinamentos in company, em razão da sua grande praticidade e baixo custo.
Que tal colocar em prática tudo que aprendeu na leitura? E há muito mais conteúdos como este esperando por você.
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