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Impactos da pandemia na educação: quais foram e como reverter?

09 de novembro 2022, 16:00

Sala de aula presencial demonstrando os impactos da pandemia na educação
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O período mais grave da crise do coronavírus passou, mas os impactos da pandemia na educação ainda se fazem sentir.

Como mostra um estudo realizado pelo Senado Federal, para a maioria dos pais, os anos de 2020 e 2021 podem ser considerados perdidos na parte pedagógica.

Estamos agora avaliando os reais impactos da pandemia na educação e, ao que tudo indica, eles foram muito mais negativos, embora haja o que celebrar.

Como toda crise, a que foi provocada pela covid-19 deixa lições valiosas para o futuro, inclusive na parte dos relacionamentos.

Afinal, como também destacam os pais entrevistados na pesquisa feita pelo Senado, o isolamento em casa fez com que as famílias se aproximassem.

Porém, há um árduo trabalho a se fazer para recuperar os prejuízos causados.

Vamos explorar o tema neste conteúdo, para que possamos dimensionar ainda melhor os impactos da pandemia na educação brasileira e, assim, sugerir possíveis melhorias.

Quer entender que impactos são esses e como anda a educação no Brasil nos dias de hoje?

Prossiga na leitura e atualize seus conhecimentos.

Confira os tópicos abordados:

  • Quais foram os principais impactos da pandemia na educação?
  • A pandemia também teve efeitos positivos na educação?
  • Como reverter os impactos da pandemia na educação?
  • Educação pós-pandemia: quais são as tendências?
  • A FIA se adapta ao seu processo e momento de aprendizagem.

Acompanhe até o final para entender a relação entre coronavírus e educação, conhecendo seus impactos no ensino brasileiro.

Leia também:

Quais foram os principais impactos da pandemia na educação?

Apesar de os efeitos da pandemia terem sido sentidos por todos, as mulheres foram as mais penalizadas, como sugere um estudo liderado pela Universidade de Franca.

A pesquisa aponta para a divisão desproporcional do trabalho doméstico, que acabou fazendo com que elas acumulassem funções, enquanto os homens se afastaram (mesmo em casa) para se dedicar só ao trabalho.

Essa constatação se apoia também em dados estatísticos do IBGE pré-pandemia, que relatava:

“Em 2018, as mulheres dedicaram em média 21,3 horas do seu tempo semanal aos afazeres domésticos ou ao cuidado de pessoas, enquanto os homens dedicaram apenas 10,9 horas”.

Outro problema agravado pela pandemia foi a acentuação das desigualdades sociais, como apontam estudos do Instituto Porvir.

Com menos recursos e pais menos preparados para dar suporte às atividades escolares, os filhos das famílias pobres perderam muito mais do que as crianças e jovens com mais acesso aos bens de consumo.

A pandemia evidenciou ainda outros problemas, alguns dos quais foram agravados pelo isolamento ou surgiram como desafios totalmente novos.

Veja a seguir.

Despreparo das instituições

Entre os impactos da pandemia na educação mais sentidos pelas instituições de ensino, está a falta de preparo das escolas, principalmente públicas, para prover o ensino a distância.

Ainda que muitas instituições de ensino usem computadores para ministrar aulas, o que se observou em boa parte delas foi a incapacidade de responder ao novo contexto.

Os professores foram diretamente afetados, já que muitos se viram em dificuldades para aplicar exames online e lidar com o Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Isso porque uma parcela significativa das escolas não tinha os recursos necessários para prover ensino a distância em grandes proporções, como se fez notar.

Somado a isso, houve ainda um outro problema: incapazes de manter a disciplina, os professores se viram de mãos atadas para lidar com alunos dispersos em casa.

Sem maturidade para se concentrar, muitos estudantes acabavam desviando o foco para outras atividades durante o horário das aulas.

Falta de acesso às ferramentas digitais

Quando se fala em coronavírus e educação, não se pode desconsiderar um cenário de desigualdade que a pandemia escancarou.

Os professores e as escolas esbarraram em um outro problema, mas de ordem conjuntural: a falta de acesso à internet que atinge 30% das residências no Brasil, segundo a pesquisa TIC Domicílios, do IBGE.

Essa é uma das razões para que os impactos da pandemia na educação brasileira tenham sido tão negativos.

Sem uma conexão estável, ficou impossível assistir às aulas online, o que leva a outro problema, a evasão escolar, como veremos mais à frente.

A pandemia evidenciou ainda outro problema que, no Brasil, parece não receber a atenção que merece: a exclusão digital.

Segundo a pesquisa “O abismo digital no Brasil”, da PwC, apenas 29% da população brasileira pode ser considerada “plenamente conectada”, enquanto 20% não tem conexão alguma.

Ou seja, uma em cada cinco pessoas no Brasil vive sem nenhum tipo de acesso à internet.

Evasão escolar

Privados das aulas e do convívio com outros estudantes, muitos dos jovens acabaram por abandonar os estudos, como mostra uma pesquisa da organização Todos Pela Educação, publicada no portal G1.

O levantamento aponta para o preocupante aumento de 171% no abandono das aulas, o que totaliza cerca de 244 mil crianças e jovens afastados do ambiente escolar na pandemia.

Longe da escola, parte desses jovens foram em busca de empregos, muitos dos quais precarizados ou exigindo uma infraestrutura que a maioria não tinha disponível.

É o caso dos apps de entrega que, para admitir trabalhadores, demandam não só veículo próprio como celular com acesso à internet, fora o investimento em equipamentos como capacetes, bolsas e no próprio combustível.

Portanto, a evasão escolar é um dos impactos da pandemia na educação que gerou mais desdobramentos negativos, principalmente para os que foram forçados a trabalhar, os quais muito provavelmente não voltarão aos estudos.

Analfabetismo tecnológico

Como destaca no site do Instituto Porvir o pesquisador Diogo Tsukumo, da ONG Itaú Educação e Trabalho, a pandemia evidenciou um novo tipo de analfabeto, o “analfabeto tecnológico”.

Trata-se das pessoas que, por falta de meios e de contato com a tecnologia, são incapazes de extrair dos recursos digitais e eletrônicos o que eles têm para oferecer.

Desprovidas de dispositivos como smartphones, tablets e computadores, elas não desenvolveram o hábito de se comunicar por aplicativos, muito menos o de trabalhar ou estudar remotamente.

Isso sem contar que, mesmo entre as pessoas que utilizam celulares para se comunicar, existe o analfabetismo funcional.

Ou seja, elas até têm acesso aos meios, mas, pela sua falta de preparo e formação, são quase tão incapazes de usufruir da tecnologia quanto as que não têm.

Esse é um dos impactos da pandemia na educação que ainda vai demandar ações e estratégias por parte dos governos em longo prazo, já que se faz necessário educar não só os jovens, mas também os adultos.

Aumento das desigualdades

Como destacamos, os impactos da pandemia na educação brasileira se fizeram sentir com muito mais força nas camadas mais pobres da população.

No contexto pandêmico, os jovens das classes baixas viram o abismo social que os separa dos estratos mais favorecidos aumentar exponencialmente.

Segundo o IBGE, nada menos que 4,3 milhões de estudantes entraram na pandemia sem acesso à internet.

Destes, 4,1 milhões eram alunos da rede pública.

Para muitos, o que era ruim ficou ainda pior, já que, sem internet, os filhos das famílias pobres estagnaram nos estudos, enquanto os das famílias com acesso aos bens mantiveram o padrão de sempre.

As escolas, como vimos, também se viram de mãos atadas, já que, como aponta a pesquisa, 49% delas sequer tinham acesso à internet.

A pandemia também teve impactos positivos na educação?

Homem interagindo com notebook e utilizando máscara como impacto da pandemia na educação
Os impactos da pandemia na educação brasileira

Crises geram oportunidades, como se diz no meio empresarial e corporativo.

Apesar de os impactos da pandemia na educação terem sido em geral negativos, há aspectos que podem ser celebrados.

Sim, coronavírus e educação têm também uma relação positiva.

Para a parcela dos jovens que conseguiram manter uma rotina de estudos na pandemia, abriram-se novos horizontes e perspectivas profissionais, tendo em vista as profissões do futuro.

Ao estreitar os laços com a tecnologia e os recursos na nuvem, por exemplo, muitos passaram até a empreender.

A nova realidade também levou as pessoas a desenvolverem criatividade para solucionar dos mais simples problemas aos mais complexos desafios.

Claro que isso não aconteceu para todos, mas é inegável que, em meio ao caos pandêmico, houve os que se destacaram no contexto educacional.

Confira na sequência quais outros impactos positivos a pandemia gerou, direta ou indiretamente.

Desenvolvimento de novas habilidades

O isolamento social fez com que os estudantes se aproximassem ainda mais das soluções digitais, principalmente pelos seus smartphones.

Muitos passaram a ter em seus aparelhos meios não só de entretenimento e de comunicação, como verdadeiras ferramentas de trabalho.

Dessa forma, novas habilidades foram agregadas, não só voltadas ao processo pedagógico, como também no nível dos relacionamentos.

Tendo que recorrer à tecnologia quase o tempo todo, eles ganharam maior autonomia ao utilizar dispositivos móveis para se comunicar e fazer trabalhos.

Isso fez com que as pessoas mais afetadas tivessem que desenvolver a flexibilidade cognitiva, ou seja, pensar por diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto.

Por piores que tenham sido os impactos da pandemia na educação, considerando o sistema atual, eles ao menos anteciparam questões do futuro.

Eliminação de barreiras físicas ou geográficas de comunicação e interação

Homem acompanhando reunião pelo tablet em ambiente externo, um dos impactos da pandemia na educação
Impactos da pandemia nos alunos e na comunicação

Um dos inevitáveis impactos da pandemia na educação foi a desintegração das barreiras físicas para a comunicação.

As instituições de ensino puderam lançar cursos voltados a estudantes de todas as partes do mundo, intensificando o tradicional intercâmbio estudantil.

Como acontece nesse tipo de relação no meio físico, no digital se percebeu a mesma troca de ideias e experiências enriquecedoras.

Os estudantes tiveram acesso a uma oportunidade que, normalmente, só é dada aos filhos das famílias com mais acesso aos bens materiais.

Afinal, de que outra forma eles poderiam fazer cursos com pessoas de outros estados ou países, que não fosse pela internet?

O mesmo vale para as instituições de ensino e professores, que puderam entrar em contato com novas técnicas, ferramentas e práticas de ensino.

Promoção da autonomia e do protagonismo dos alunos

É importante falar também sobre os impactos da pandemia nos alunos.

Isolados em casa, os estudantes não tiveram alternativa: ou tomavam o controle sobre suas rotinas de estudos ou ficariam para trás.

Ao desenvolverem novas habilidades, eles passaram a ser mais conscientes sobre suas próprias responsabilidades, assumindo as rédeas sobre seus processos de aprendizagem.

Esse talvez tenha sido um dos mais benéficos impactos da pandemia na educação, já que estudantes mais comprometidos com os estudos são sempre mais aplicados.

Forçados a organizar suas rotinas e a gerir o tempo, muitos amadureceram em um curto espaço de tempo.

Para as famílias, isso foi bom para as relações domésticas que, embora tivessem se deteriorado em certos casos, em outros ganhou um novo significado.

Já para as escolas, alunos mais independentes tendem a render mais, “travando” menos em certos conteúdos.

Intensificação do uso da tecnologia

Ainda que os impactos da pandemia na educação tenham exposto a questão da exclusão digital, ela também reforçou o papel da tecnologia nas atividades produtivas.

Os meios digitais não são vilões, muito pelo contrário.

Quando têm seu uso bem direcionado, os dispositivos eletrônicos podem ser ferramentas fantásticas para o ensino e a prática pedagógica.

Sob esse aspecto, o impactos da pandemia nos alunos teve seu lado positivo.

As aulas online abriram possibilidades até então pouco exploradas, como o uso de animações, conteúdos interativos, gamificação e realidade aumentada.

É uma forma não só de potencializar o ensino, como de preparar os alunos para o que está por vir, já que cada vez mais o mercado de trabalho deve exigir o domínio da tecnologia.

Outra vantagem que merece ser destacada é que as aulas remotas permitem o ensino assíncrono, ou seja, sem a necessidade de um aluno se fazer presente no momento da aula.

Desde que os conteúdos sejam gravados, todos podem assisti-las “on demand”, ou seja, a qualquer hora, de casa ou de qualquer outro lugar com acesso à internet.

Como reverter os impactos da pandemia na educação?

A pandemia revelou problemas em uma proporção maior, se compararmos com as oportunidades que surgiram.

Os impactos da pandemia na educação serão sentidos por muito tempo e deixam duras lições em relação aos desafios que não podem mais ter suas soluções adiadas.

As crises podem representar oportunidades, mas elas sempre nos mostram de maneira “nua e crua” as deficiências mais graves.

Para quem está pronto para enfrentar o desafio do processo de mudança, essa é uma chance de se atualizar e, quem sabe, implementar a cultura de melhoria contínua.

Nada disso será possível se a sociedade civil organizada, entidades privadas e governos não atacarem os problemas mais urgentes com políticas públicas, como destacamos a seguir.

A lista abaixo ajuda a entender como anda a educação no Brasil nos dias de hoje e quais carências precisamos atacar.

Promoção da equidade digital

Não deixa de ser curioso que o Brasil já esteja na era do 5G da internet, enquanto a realidade para 35,5 milhões de brasileiros seja a do “zero G”.

Não se pode pensar em questões como trabalho remoto e ensino a distância sem antes implementar políticas que promovam a equidade digital.

Outro dado curioso (e que evidencia os contrastes do Brasil) é que, em 2020, pela primeira vez o ensino superior a distância superou o presencial em número de matrículas.

Imagine então quantos alunos já não estariam matriculados se fôssemos um país inclusivo digitalmente?

Capacitação de professores

Fotografia de homem em sala de reunião virtual, um dos mais evidentes impactos da pandemia na educação
Coronavírus e educação dos professores

A pandemia expôs a exclusão digital e, principalmente, o déficit de formação dos professores para trabalhar com a tecnologia.

Daqui para frente, as escolas deverão prover meios para que seus docentes mantenham-se atualizados.

Afinal, como vimos, o ensino a distância é uma realidade e quem não estiver preparado para atuar nesse cenário certamente vai perder alunos.

Adoção de novas metodologias de aprendizagem

Como vimos, entre os impactos da pandemia na educação que afetaram positivamente as rotinas de alunos e professores está a intensificação do uso da tecnologia.

A expansão do 5G é cercada de muita expectativa, já que o tráfego de dados permite fazer coisas revolucionárias.

A realidade aumentada, por exemplo, pode fazer parte do nosso cotidiano, já que essa é uma das tecnologias que certamente será impulsionada na nova configuração da internet.

As novas metodologias de aprendizagem, então, se colocam positivamente entre os impactos da pandemia nos alunos.

Diálogo     

Nenhuma das soluções propostas para os desafios listados será efetiva se elas não forem acompanhadas de um recurso simples, mas fundamental: o diálogo.

Há os que consideram como um dos impactos positivos do coronavírus o fato de filhos e pais terem se reaproximado, em razão da maior quantidade de tempo juntos em casa.

Que isso sirva de aprendizado para que, no futuro, a tecnologia não seja mais desculpa para a falta de conversa, não só em casa como nas escolas e nos locais de trabalho.

Educação pós-pandemia: quais são as tendências?

Mais do que abordar como anda a educação no Brasil nos dias de hoje, este conteúdo se propõe a falar de tendências e soluções.

Os impactos da pandemia na educação fizeram os profissionais da área olhar para o futuro, até porque ela antecipou um pouco do que vem por aí nos próximos anos.

Entre elas, se destacam:

  • Ensino híbrido
  • Personalização das aulas
  • Estímulo à criatividade
  • Educação STEM
  • Proximidade entre pais, alunos e escola
  • Novas tecnologias e plataformas (realidade aumentada, gamificação, etc).

A FIA se adapta ao seu processo e momento de aprendizagem

Foto do professor Maurício Jucá
Maurício Jucá: FIA investe em inovação para qualificar experiência no EaD

Por ser uma instituição sempre atenta aos avanços do mercado e dos métodos de ensino, a FIA se coloca à frente, reforçando a oferta de cursos a distância.

A qualidade do ensino também é prioridade, como explica o diretor educacional da FIA Business School, Maurício Jucá Queiroz:

“Com a pandemia, os cursos presenciais passaram a ser transmitidos ao vivo por plataformas de videoconferência. Além destes, os cursos de EaD assíncronos tiveram início com o lançamento do projeto FIA Online. Desde então, estamos investindo em inovação para oferecer aos alunos a melhor experiência do EaD, mantendo a qualidade de nossos cursos e a presença do recurso mais escasso e importante, o professor FIA”.

Conclusão      

O período pós-pandêmico começa com a sociedade refletindo sobre os impactos da pandemia na educação e o que fazer daqui por diante.

A FIA está pronta para o futuro e para formar os brasileiros que estarão à frente da evolução do ensino no país.

Um dos cursos que você pode fazer para se preparar para atuar no segmento pedagógico é o de Formação em Tecnologias Digitais de Educação: Storytelling e Gamification no Contexto Educacional Digital.

Dê esse passo e impulsione sua carreira!

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Sobre a FIA Business School:

Com um olhar sempre no futuro, desenvolvemos e disseminamos conhecimentos de teorias e métodos de Administração de Empresas, aperfeiçoando o desempenho das instituições brasileiras através de três linhas básicas de atividade: Educação Executiva, Pesquisa e Consultoria.

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