A economia criativa é um modelo econômico que valoriza a criatividade, a inovação e a cultura como principais motores de desenvolvimento.
Ela abrange setores como arte, design, moda, música, tecnologia e mídia, transformando ideias em bens e serviços.
Esse conceito promove o uso sustentável de recursos, estimula a diversidade cultural e gera novas oportunidades de emprego, contribuindo para o crescimento econômico e social.
De acordo com a última PNAD, estão empregados nesse setor 7,4 milhões de trabalhadores, que devem ser 8,4 milhões em 2030. Isso apenas no Brasil.
A economia criativa se destaca por sua capacidade de adaptação e reinvenção.
Para tanto, existem técnicas, ferramentas e métodos de trabalho nos diversos segmentos que compõem esse setor.
Como veremos neste conteúdo, existe todo um conceito de economia criativa que forma a base teórica para quem atua no segmento.
Seguindo em frente, você vai saber o que é economia criativa e ver exemplos de atividades relacionadas, assim como vai conhecer os diferentes tipos de economia criativa.
Confira os tópicos abordados:
Prossiga na leitura e descubra tudo sobre o tema!
A economia criativa é um setor que utiliza a criatividade, conhecimento e inovação como recursos principais para gerar valor econômico.
Trata-se de uma verdadeira indústria, movimentando importantes valores e empregando um grande número de profissionais.
O conceito de economia criativa, ou Creative Economy, em inglês, tem um figura paterna clara em John Howkins e seu livro “The Creative Economy: How People Make Money From Ideas”, publicado em 2001 e traduzido para diversas línguas, inclusive o português.
Por aqui, a obra se chama “Economia Criativa – Como Ganhar Dinheiro com Ideias Criativas”
A ideia central da economia criativa é incluir processos, ideias e empreendimentos que usam a criatividade como destaque para a criação de um produto.
O termo e sua consequente popularidade ganhou espaço inclusive na criação de políticas públicas, especialmente na China – onde o próprio Howkins atuou – e também no Reino Unido e Estados Unidos.
O Brasil também atentou para esse potencial. Em 2012, foi criada a Secretaria de Economia Criativa, inicialmente vinculada ao Ministério da Cultura.
Para focar a atuação e serem criadas estratégias direcionadas, foram definidos 20 setores dentro da economia criativa.
São eles:
Portanto, uma música é um exemplo de economia criativa, assim como o Carnaval do Rio de Janeiro, o Copan de Niemeyer e uma produção audiovisual, como Tropa de Elite.
Um exemplo interessante que também pode ser citado é a obra do artista Vik Muniz.
Ela entra no espectro da economia criativa, assim como o documentário Lixo Extraordinário, sobre a relação dele com os catadores no aterro do Jardim Gramacho e as obras criadas com o material reciclado.
Na obra de Muniz, inclusive, é possível traçar bem claramente a ligação entre economia criativa e sustentabilidade.
O termo economia criativa surgiu em um contexto de valorização e exploração do potencial humanístico e financeiro da cultura, criatividade e imaginação.
Já a economia criativa em si é muito mais antiga do que isso, já que a produção e venda de arte, por exemplo, é algo que acontece há séculos.
O mais interessante de notar aqui não é tanto a origem da expressão economia criativa e a visão de Howkins, mas sua importância e os novos termos que foram surgindo e sendo relacionados na esteira.
Por exemplo, as indústrias criativas fazem parte dessa economia criativa.
O Department of Culture, Media and Sports (DCMS), do governo britânico, divide essas indústrias em nove setores, que se assemelham em muito aos que a secretaria do governo brasileiro selecionou (Audiovisual, TV e Rádio estão no mesmo setor para o DCMS).
O conceito de economia criativa pode ser bastante fluido, considerando as tantas possibilidades de se empreender dessa forma.
Por isso, ficamos com a definição que serve também para expressar os princípios desse segmento econômico hoje: sustentabilidade, inovação, inclusão e diversidade.
Faz muito sentido, ao relembrarmos como surgiu a economia criativa e como ela vem se desenvolvendo.
Cada vez mais, as pessoas que atuam na área visam não apenas elaborar peças criativas, mas que essas peças transmitam uma mensagem.
O artista Justin Bateman, mais conhecido como Pebble Picassos, dá um bom exemplo de sustentabilidade em seu trabalho criativo com pedras encontradas em seu local de origem.
Como ele, muitos outros artistas e profissionais que usam sua criatividade aproveitam os recursos naturais para expressar as mais variadas formas, sentimentos, ideias e pontos de vista.
Sem deixar, é claro, de ter o retorno, seja financeiro, seja na forma de audiência.
Pelo que vimos até aqui, já é possível entender o que é economia criativa e seus exemplos de arte e trabalho conectado com valores universais.
De acordo com a UNESCO, a economia criativa movimenta em todo o mundo US$ 2,25 bilhões, empregando cerca de 30 milhões de pessoas ao redor do planeta.
Essa é mais uma evidência de que o potencial criativo é uma força não apenas no nível artístico, mas sobretudo econômico.
Tendo isso em conta, qual é o principal objetivo da economia criativa? Por que ela existe e se desenvolve?
Um país pode perder infraestrutura, capacidade para investir e até reservas internacionais, mas a criatividade de suas pessoas sempre existirá, assim como sua cultura e história.
A partir disso, diversas ideias podem surgir e empreendimentos serem realizados.
É função do governo e organizações em geral permitirem que esse ecossistema se desenvolva, reduzindo a burocracia, abrindo linhas de crédito e criando meios de apoio logístico.
Como vimos, existem muitos tipos de economia criativa, que podem abranger atividades rústicas, artísticas e artesanais ou ligadas à inovação e tecnologia.
Talvez por isso, o PIB desse setor supera o da indústria automotiva, como destaca o próprio Ministério da Cultura.
São mais de R$ 230 bilhões movimentados em nossa economia, de acordo com os últimos dados oficiais, representando 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país.
Como aponta a Fundação Itaú, em 2023, a indústria criativa aumentou seu “time” em 7,8 milhões de novos trabalhadores, algo próximo do que diz a PNAD.
Poderíamos pensar que se trata de um fenômeno ou algo esporádico, mas há fortes indícios de que a economia criativa é um verdadeiro dínamo da economia nacional, assim como a indústria de transformação e o setor de serviços.
É o que mostra uma publicação do jornal O Globo, segundo a qual entre 2012 e 2020 a economia criativa cresceu acima da média do PIB nacional.
Enquanto a soma de todas as riquezas aumentou em 55%, na indústria criativa esse crescimento foi 23 pontos percentuais superior, perfazendo impressionantes 78%.
Considerando como surgiu a economia criativa, podemos estimar o seu potencial infinito em termos de possibilidades não só de criação, mas de negócios.
Por mais que o talento seja importante, é preciso também adquirir técnicas e estratégias, assim como dominar as ferramentas próprias de cada ofício.
É como nos esportes, em que o talento sem treinamento e disciplina acaba por ser um potencial pouco aproveitado.
Embora existam os profissionais “extraclasse” e autodidatas, a pouca frequência com que eles surgem é a exceção que confirma a regra.
Portanto, para explorar o potencial da economia criativa, além de talento, é preciso principalmente colocar muito trabalho e conhecimento.
Ainda neste texto, vamos destacar o que é preciso para atuar no setor de economia criativa.
Ainda que se possa associar a economia criativa a profissões mais artísticas, como veremos a seguir, esse é um conceito também relacionado a áreas mais técnicas.
Na verdade, ao relembrar como surgiu a economia criativa, podemos perceber que ela está presente nas mais variadas atividades humanas.
Veja abaixo algumas profissões ligadas a esse segmento.
Independentemente do apoio público e leis de incentivo, sempre há como ganhar dinheiro com sua ideia criativa e a mais poderosa ferramenta para isso é a internet.
Pode ser por meio de um perfil no Instagram exibindo sua arte, um site para mostrar seus projetos ou um e-book com sua ficção ou um canal no YouTube para sua produção audiovisual.
Um fotógrafo, por exemplo, pode muito bem mostrar o seu trabalho sem depender de empresas, desde que tenha um site ou rede social para isso.
O mesmo vale para profissionais como designers, podcasters e criadores de conteúdo digital, que podem monetizar suas criações, desde que tenham a qualidade esperada.
Afinal, qual é o principal objetivo da economia criativa, senão promover diferentes pontos de vista que, como tais, geram valor e retorno financeiro?
A partir do que vimos, a maior parte das atividades que compõem a economia criativa depende da tecnologia para serem realizadas, promovidas ou ambas as coisas.
É o caso de profissões como game designer, desenvolvedor de jogos e animador digital, que precisam de softwares e plataformas digitais para suas criações.
Por outro lado, isso não significa que profissões mais “físicas” como dançarino, coreógrafo e artista plástico não possam se beneficiar.
Um bom exemplo disso é a dançarina Kristina Makushenko, que usa sua página no Instagram para promover seus números de dança embaixo d’água.
Fica mais fácil entender o que é economia criativa com exemplos que evidenciam o quanto esse setor pode movimentar recursos.
Segundo uma pesquisa publicada no portal Tecmundo, mais de 73 milhões de brasileiros jogam videogame.
Eis aí todo um mercado a ser explorado por desenvolvedores, roteiristas e designers, para ficar apenas nas profissões mais em evidência.
Mas, para que esse potencial seja plenamente aproveitado, é preciso municiar as pessoas, empresas e instituições com dados, como enfatiza um artigo do Itaú Cultural.
O conceito de economia criativa está também ligado ao de desenvolvimento humano.
Sendo assim, qual é o principal objetivo da economia criativa, que não elevar percepções, ampliar a visão sobre o mundo e democratizar os debates?
O capital humano é e sempre será o centro de tudo que envolve a economia criativa que, como tal, demanda investimentos em formação e educação.
Do contrário, o risco de perdemos talentos por falta de oportunidades é muito maior, não só pela falta de profissionais qualificados, como pela fragilidade do próprio mercado.
São tantos tipos de economia criativa que, para quem não é do ramo, escolher uma dentre tantas áreas acaba por ser algo desafiador.
De qualquer forma, uma coisa parece ser indispensável para quem deseja atuar no ramo, que é a formação.
É possível aprender por conta própria, mas, na maioria dos casos, esse se mostra um caminho mais difícil.
Resumidamente, esta são as etapas para ingressar no mercado:
As instituições de ensino têm como missão ajudar as pessoas a desenvolver todo o seu potencial.
Isso é fundamental para a economia criativa, pois fornece formação teórica e prática, desenvolvendo habilidades essenciais.
Ao fomentar a criatividade e o pensamento crítico, elas contribuem para formar profissionais capacitados, que podem impulsionar projetos e iniciativas na economia criativa.
Esse é um dos compromissos da FIA Business School, que, ao longo dos seus mais de 40 anos, vem formando profissionais que atuam em diferentes segmentos no mercado.
Conte com a nossa força em nossos cursos de graduação e pós-graduação para ir mais longe.
A economia criativa é um campo para lá de promissor, com grandes possibilidades de crescimento.
Impulsione sua carreira e tire do papel aquela ideia de negócio que você tem, graduando-se em Ciências Econômicas pela FIA.
É a sua chance de trilhar uma carreira de sucesso, em um curso desenvolvido para quem quer aproveitar todo o seu potencial.
E você, o que pensa sobre o assunto? Aproveite para deixar seu comentário e também compartilhar este artigo em suas redes sociais.
Referências:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-09/economia-criativa-vai-gerar-mais-1-milhao-de-empregos-ate-2030
https://books.google.com/books/about/Economia_Criativa.html?id=T1O_NAEACAAJ&source=kp_book_description
https://cultura.gov.br/economia-criativa/
https://www.gov.uk/government/organisations/department-for-digital-culture-media-sport
https://www.g20.org/pt-br/noticias/economia-criativa-movimenta-bilhoes-de-dolares-em-todo-o-mundo-e-e-destaque-em-discussoes-de-evento-paralelo-do-g20
https://www.gov.br/cultura/pt-br/assuntos/noticias/estudo-mostra-que-pib-da-cultura-supera-o-da-industria-automobilistica
https://prod-fundacao-2023-front.fundacaoitau.org.br/noticias/noticias/economia-criativa-registrou-287-mil-novos-postos-de-trabalho-em-2023-
https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2023/04/setor-cultural-cresceu-mais-que-economia-brasileira-entre-2012-e-2020-diz-estudo.ghtml
https://www.tecmundo.com.br/voxel/281459-73-brasileiros-jogam-videogame-aponta-pesquisa.htm
https://www.itaucultural.org.br/secoes/observatorio-itau-cultural/revista-observatorio-34-pib-%20economia-cultura-abordagem-pela-otica-renda
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