Diferentes formatos de e-learning têm revolucionado o aprendizado em todo o mundo.
Além de proporcionar avanços na área da Educação, essa modalidade impacta trabalhadores de segmentos como Saúde, Administração e Negócios, permitindo uma atualização constante.
Por isso, tanto instituições de ensino quanto empresas investem cada vez mais em difusão de conhecimento através do e-learning.
Ao mesmo tempo, funcionários e empreendedores utilizam a tecnologia para se manterem competitivos, acompanhando as mudanças constantes no mercado de trabalho.
E você, já experimentou o e-learning?
Neste artigo, vamos explicar como ele funciona, suas vantagens, desvantagens e de que forma pode ser utilizado para o seu aprimoramento profissional e pessoal.
Se desejar, navegue pelos seguintes tópicos:
Vamos lá? Boa leitura!
E-learning é um uma forma de educação a distância que emprega recursos computacionais e audiovisuais para promover o aprendizado a uma pessoa, um grupo ou uma comunidade.
Assim como outras expressões utilizadas no campo da tecnologia, o termo “e-learning” foi emprestado do inglês, correspondendo a uma abreviação de electronic learning – ou aprendizado eletrônico.
O e-learning existe apenas no contexto da popularização dos computadores pessoais e da internet, que possibilitaram a troca instantânea de informações e facilitaram o compartilhamento de materiais a distância.
Se, antes da era digital, era preciso enviar apostilas, CDs e outros itens via correio para que o aluno acompanhasse as aulas, hoje, ele pode baixar esses arquivos ou acessá-los na nuvem.
Nuvem é o nome dado ao local de armazenamento na internet, aparentemente ilimitado e que abriga espaços protegidos por senhas, criptografia e outros mecanismos de segurança.
A partir de websites, e-mails, fóruns, aplicativos de mensagens instantâneas e videoconferências, o e-learning viabilizou não apenas o envio de conteúdos ao aluno, como também a possibilidade de ele responder.
Através da web, o estudante comenta, tira dúvidas, é avaliado e se comunica com colegas, professores e tutores.
Basta que ele tenha acesso a um ambiente virtual de aprendizagem – um local que não existe fisicamente, mas reúne todos os conteúdos que compõem o curso ou aula realizados por meio de e-learning.
Por depender de um ambiente virtual de aprendizagem, o e-learning como conhecemos surgiu no final do século XX, quando a internet se tornou acessível à maioria das pessoas.
Foi a partir da aplicação World Wide Web, criada por Tim Berners-Lee, em 1990, que as informações passaram a ser compartilhadas com facilidade, por meio de uma linguagem própria: o HTML (hypertext markup language).
Combinada ao uso comercial do sistema Windows 95 (da Microsoft), a invenção da web deu aos usuários a possibilidade de navegar pela internet de forma simples, sem exigir conhecimentos em programação.
Esse ambiente favorecia uma interação entre internautas nunca antes vista, o que permitiu uma comunicação bidirecional.
Quando estendida aos cursos, possibilitou que o aluno deixasse de ser mero espectador e consumidor dos conteúdos para assumir uma postura proativa, que é uma das características marcantes do e-learning.
Como modalidade de educação à distância, há quem diga que o aprendizado eletrônico nasceu ainda no século XIX, quando surgiram os cursos por correspondência.
Além desses formatos, outras tecnologias da informação e comunicação (TICs) anteriores à internet serviram para difundir informações, a exemplo do rádio e da televisão.
Porém, esses dispositivos não permitiam interação em tempo real, exceto quando eram apoiados por ligações telefônicas ou teleconferências.
Até que a internet e a web superaram essa barreira, oferecendo conteúdos disponíveis online, de maneira interativa e que permitem um gerenciamento quanto às atividades realizadas pelos alunos.
O e-learning funciona utilizando dois formatos diferentes: com ou sem gerenciamento do aprendizado.
No início, havia apenas os modelos sem gerenciamento, que funcionavam a partir da distribuição de conteúdos salvos em disquetes e, mais recentemente, em CDs e pendrives.
Esse formato foi bastante criticado por profissionais da Educação, uma vez que não possibilitava um acompanhamento e correção das atividades feitas pelo aluno, inviabilizando uma avaliação e gerenciamento do aprendizado.
Para solucionar esse problema, instituições de ensino passaram a desenvolver e utilizar ambientes virtuais de aprendizagem específicos, geralmente por meio de plataformas LMS (Learning Management System).
Inspirados nas características das salas de aula, esses sistemas possuem interfaces intuitivas e canais que possibilitam a comunicação entre aluno, colegas e tutores.
Assim, o estudante interage nos fóruns, chats e envia atividades como provas, trabalhos e apresentações via plataforma LMS, sendo avaliado com frequência.
Também tem acesso a materiais complementares, apoio para os estudos e esclarecimento de dúvidas, seja em tempo real ou após algumas horas.
Mencionamos, mais acima, que o e-learning pode ser definido como um tipo de educação a distância (EaD).
Isso porque o termo educação a distância se refere a um conjunto de modalidades de aprendizado em que professor e aluno estão em locais diferentes.
De acordo com o site do Ministério da Educação (MEC):
“Educação a distância é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada na educação básica (educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de nível médio) e na educação superior.”
Então, o EaD contempla uma série de dinâmicas, o que inclui o e-learning, mas também:
Um ambiente virtual de aprendizagem, onde se desenvolve o e-learning, deve contar com quatro componentes principais:
A seguir, confira detalhes sobre cada um.
Consiste em uma comunicação interativa, na qual todos os participantes são, ao mesmo tempo, emissores e receptores, ou seja, enviam e recebem informações.
Esse componente surge da ideia de que o aluno é a peça central do aprendizado à distância e, portanto, deve contribuir com o processo de ensino de maneira proativa.
Assim, tanto aluno quanto colegas e tutores aprendem e ensinam por meio das plataformas de e-learning, utilizando instrumentos de via síncrona (em tempo real) ou assíncrona.
Vamos falar mais desse assunto nos próximos tópicos.
Esse conceito faz referência à possibilidade de os alunos trabalharem em grupo, buscando um objetivo comum.
Plataformas modernas de e-learning contam com instrumentos que permitem a interação e favorecem essa colaboração entre colegas, ainda que a distância.
Eles podem, por exemplo, utilizar o chat para debater um assunto, trocar conhecimentos por e-mail e até montar trabalhos e apresentações coletivamente, usando ferramentas de edição online.
O conteúdo em si e a forma como está organizado são de suma importância em qualquer processo de aprendizagem, mas se tornam ainda mais relevantes no e-learning.
E não é difícil entender o porquê.
Na educação presencial, o aluno tem acesso direto e pessoalmente aos conhecimentos do professor, podendo questioná-lo no momento da aula.
Já no aprendizado eletrônico, ele pode consultar tutores quando necessário, mas nem sempre terá as dúvidas sanadas no momento em que estuda.
Por isso, o conteúdo precisa ser pensado com a maior simplicidade possível, enriquecido com materiais de apoio (glossários, infográficos, livros, etc.) e seguir uma lógica que possa ser compreendida com facilidade.
Na abertura de um módulo, capítulo ou aula, é útil informar seus objetivos, pré-requisitos para compreensão e duração aproximada, a fim de que o aluno possa separar o tempo necessário para essa tarefa.
O conteúdo para e-learning também deve ser revisado com ainda mais atenção, pois não será possível corrigir as informações rapidamente.
Conforme explicamos antes, as plataformas de e-learning possuem ferramentas de gerenciamento do aprendizado, permitindo a avaliação constante do aluno.
Realizado a distância, esse acompanhamento se torna mais simples para o professor, já que há registro automático das aulas, testes, provas e mensagens deixadas pelo aluno.
Dentre os instrumentos de avaliação disponíveis, vale citar:
A era digital implica em transformações profundas, tanto no comportamento dos indivíduos quanto em grupos e organizações.
Graças à evolução da internet e meios digitais, uma quantidade maciça de informações é trocada a cada instante, incluindo novas metodologias, soluções e formas de lidar com diferentes situações.
Estudiosos desta época descrevem o mundo corporativo atual a partir da sigla VUCA, que significa:
Nesse cenário de incertezas e mudanças em ritmo acelerado, profissionais e empresas precisam se manter atualizados e relevantes para garantir sua competitividade, o que pede adaptações constantes nos conteúdos e ferramentas de educação.
Daí a importância do e-learning, que promove interação, troca de conhecimentos com frequência e permite uma atualização mais rápida, sem que o aluno precise comparecer a uma instituição de ensino.
Apostar no e-learning agrega diversos benefícios para professores, tutores, alunos, empresas e instituições de ensino.
Abaixo, listamos as principais vantagens:
Conheça, agora, algumas desvantagens do e-learning:
Dentro da modalidade e-learning, existem algumas subdivisões que sugerem a área e a maneira como ocorrem as interações dentro da plataforma LMS.
Também é possível diferenciar o e-learning do chamado b-learning, formato que combina aulas e atividades a distância com situações presenciais.
O termo b-learning é uma contração de blended learning, ou seja, de um aprendizado híbrido, conhecido ainda como semipresencial.
Assim como o e-learning, o b-learning pede uma plataforma para o compartilhamento dos conteúdos e ferramentas de comunicação a distância.
Geralmente, os encontros presenciais são realizados para oferecer plantões de dúvidas ou aplicar exames, o que garante que serão realizados pelo aluno.
Os tipos mais conhecidos de e-learning são:
Essa é a modalidade mais comum, reunindo os variados cursos livres, profissionalizantes, técnicos e preparatórios.
Cabe destacar a adesão cada vez maior do e-learning por instituições de ensino superior, resultando em uma oferta ampla de cursos de graduação e pós-graduação nesse formato.
O aprendizado eletrônico rompe a barreira geográfica, levando diferentes formações e conectando professores a estudantes que vivem em locais remotos, por exemplo.
Também permite a cobrança de mensalidades reduzidas, já que, quanto mais alunos, menor o investimento individual necessário para a manutenção do curso.
De olho nas inovações tecnológicas, corporações modernas logo passaram a investir no e-learning para a capacitação de funcionários.
Hoje em dia, até mesmo as empresas menores e jovens empreendedores incorporaram o aprendizado eletrônico como opção para se manterem atualizados – e competitivos – em seu mercado de atuação.
Por sua versatilidade, os cursos ofertados em e-learning possibilitam a disseminação de conteúdos personalizados para as companhias, padronizando integrações e treinamentos diversos.
A modalidade também reduz os custos com a qualificação da mão de obra, pois não é necessário arcar com a impressão de materiais, contratação de instrutores ou locação de auditórios para realizar os treinamentos.
A comunicação de via dupla nas plataformas de e-learning pode se dar de dois modos: síncrono ou assíncrono.
O primeiro se refere à sincronicidade, indicando as situações em que o aluno acompanha os conteúdos, participa de debates e tira dúvidas em tempo real.
Ferramentas de mensagens instantâneas (chats online) e videoconferências são os exemplos mais conhecidos de mecanismos síncronos.
Mas, dependendo do ambiente virtual de aprendizagem, o estudante pode dispor de instrumentos como o quadro branco eletrônico, versão que permite a criação de desenhos e textos de maneira colaborativa durante as aulas ao vivo.
A interação é a principal vantagem do formato síncrono, que exige disponibilidade de datas e horários para que todos os alunos e o professor se encontrem na plataforma de e-learning.
Já a via assíncrona de comunicação descreve as situações de troca de informação em momentos diferentes, através de ferramentas como o e-mail, agenda, fóruns de discussão e páginas pessoais dos alunos.
O e-learning assíncrono permite que o aluno envie dúvidas, sugestões e comentários a qualquer hora do dia ou da noite, sem que precise se manter logado na plataforma para esperar por uma resposta.
Em contrapartida, impede uma interação mais rica e direta junto aos colegas, professores e tutores.
Normalmente, o termo plataforma EaD corresponde a uma plataforma de e-learning, baseada em tecnologia LMS (Learning Management System).
Trata-se de um sistema que concentra todos os conteúdos, ferramentas de comunicação e avaliação de um ou mais cursos online.
Além disso, várias instituições de ensino têm empregado as plataformas EaD como suporte para capacitações presenciais, estendendo o contato com os estudantes e facilitando o acompanhamento de materiais de apoio, datas e compromissos.
Sharable Content Object Reference Mode (SCORM) é um conjunto de padrões técnicos criados para facilitar a comunicação entre plataformas de e-learning (plataformas EaD) e os diferentes formatos de conteúdo disponíveis online – vídeos, textos, jogos, etc.
O SCORM segue as exigências de uma norma específica e tem aplicação junto a entidades que utilizam tecnologia LMS.
Seguindo a tendência de digitalização em todos os setores, o e-learning implementou uma nova dinâmica a diferentes cursos online, colocando o aluno como protagonista no processo de aprendizagem.
Graças à sua flexibilidade, esse formato de ensino tem sido adaptado para o universo corporativo, ampliando a oferta de qualificação por parte de empresas grandes, médias e pequenas.
Também se tornou uma ferramenta interessante para empreendedores e profissionais que desejam aperfeiçoar competências.
Se esse é o seu caso, vale a pena conhecer os cursos EaD da FIA (Fundação Instituto de Administração), acessando esta página.
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