Toda empresa precisa saber como calcular o lucro em suas atividades.
Afinal, sem lucratividade, todo o esforço que a gestão faz para gerar valor para os seus clientes seria insuficiente para alcançar os resultados desejados.
É mais um motivo para aprender como calcular o lucro, uma medida essencial para precificar criteriosamente.
Quem não segue esse caminho pode se ver em apuros no negócio, prejudicando a sua própria saúde financeira.
Talvez isso aconteça porque calcular a margem de lucro é um processo trabalhoso, que obriga a gestão a fazer contas quase diariamente.
Porém, os resultados para quem leva isso justificam dominar o tema e levar esse conhecimento para a prática.
Entender qual o percentual de lucro gerado pela venda de produtos ou serviços, por exemplo, é uma informação fundamental para começar a empreender.
Continue lendo, veja como calcular margem de lucro do jeito certo e ajude a sua empresa a crescer!
Veja os tópicos abordados a partir de agora:
Acompanhe até o final para aprender o cálculo de lucro no seu negócio!
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A margem de lucro é um percentual que se refere ao ganho de capital da empresa, excluindo todos os seus custos.
Esse é um dos Indicadores Chave de Performance (KPI) essenciais para um negócio porque expressa a sua capacidade de gerar receitas.
Por isso, é tão importante saber como calcular o lucro e, por consequência, como fazer o cálculo de margem de lucro.
Um equívoco cometido com certa frequência é achar que as receitas representam a lucratividade de um negócio, o que não é o caso.
Para entender melhor, vamos a um exemplo.
Imagine que uma determinada empresa registrou R$ 100 mil em vendas em um mês, enquanto seus custos totais foram de R$ 80 mil.
Logo, sobraram R$ 20 mil em caixa.
No mês seguinte, as receitas subiram para R$ 120 mil, mas em compensação, as despesas foram de R$ 110 mil, gerando um excedente de R$ 10 mil.
Portanto, embora no mês 2 a receita tenha sido maior, a margem de lucro diminuiu, em razão do aumento nas despesas.
É por isso que a fórmula do lucro é diferente do faturamento: ignorando quanto gasta, seu negócio pode registrar prejuízo sem saber.
Em linhas gerais, o lucro é o que sobra depois de apurar as receitas, subtraindo delas os custos de produção.
Sendo assim, a fórmula para calculá-lo é simples:
Isso nos dá um resultado em termos brutos, como no exemplo mostrado no tópico anterior.
Por sua vez, a margem de lucro representa em percentuais a proporção entre receitas e gastos, sendo por isso um indicador mais seguro da lucratividade.
O cálculo consiste em dividir o lucro bruto pelas receitas totais.
Voltando ao exemplo anterior, no mês 1 a empresa obteve um lucro de R$ 20 mil, certo?
Para saber qual foi a margem de lucro (ML) basta aplicar a fórmula:
Saber como calcular o lucro é só o primeiro passo para uma gestão mais eficiente.
Como acabamos de ver, o percentual de lucro é um indicador mais fidedigno, pois é uma medida de proporcionalidade.
Vamos dar sequência ao exemplo anterior para entender ainda mais a fundo a importância desse tipo de cálculo.
No mês 1, a empresa registrou uma margem de lucro de 20%, o que pode ser considerado satisfatório.
No período seguinte, essa margem ficou em:
Agora, a empresa tem um indicador claro sobre sua lucratividade e pode tomar decisões para recuperá-la.
Logo, o conhecimento sobre o lucro e as margens obtidas é fundamental para orientar a gestão da empresa em relação às medidas operacionais e estratégicas do negócio.
O cálculo de margem de lucro não é estático.
Para que revele a verdade sobre a lucratividade, ele deve ser realizado tomando como referência diferentes categorias de custos e despesas.
Ou seja, não há como calcular o lucro a partir de uma única perspectiva.
Para que a gestão saiba onde o “calo aperta”, ela precisa fazer cálculos sucessivos, nos quais certos custos são incluídos e outros são excluídos.
Isso porque, na contabilidade, existem despesas que não são debitadas imediatamente, mas afetam a lucratividade em um momento futuro.
Portanto, o que parece ser um lucro X, daqui a um mês será na verdade de X -1.
Para que esse tipo de discrepância não aconteça, as empresas costumam calcular suas margens de lucro a partir de pelo menos seis pontos de vista.
Confira cada um deles a seguir.
O cálculo de lucro mais básico é o da margem bruta, na qual a empresa apura somente a proporção entre o lucro e as receitas.
Como vimos no exemplo citado antes, essa margem pode oscilar de um mês para outro em razão do aumento ou redução dos custos gerais do negócio.
Porém, esse não é um indicador absoluto, justamente porque não considera certos tipos de despesas além dos custos de produção.
Decisões equivocadas têm muito a ver com resultados enviesados, ou seja, que só mostram um lado da realidade.
Para evitar que isso aconteça, é fundamental aprender como calcular o lucro líquido.
Em relação ao lucro bruto, nesse tipo de cálculo entram não apenas os custos de produzir, mas outras rubricas contábeis, como:
A fórmula é a mesma do lucro bruto, apenas acrescentando as despesas que possam se enquadrar nas categorias listadas acima.
O cálculo de margem de lucro pode ir ainda mais fundo, considerando até mesmo custos “camuflados”.
Um deles é a depreciação dos ativos, que pode ser apurada em bens como imóveis, investimentos e veículos.
Esse tipo de custo entra na chamada despesa comercial, que inclui, além dos custos de produção, a amortização e as despesas administrativas.
Como cada empresa tem custos operacionais próprios, esse é um cálculo que demanda conhecimentos avançados de contabilidade, ainda que a fórmula seja a mesma.
O Lucro Presumido é um regime tributário, ou seja, utilizado para o cálculo de impostos.
Nesse cálculo, a margem de lucro é presumida pela Receita Federal.
Para tanto, o órgão estabelece uma tabela com os percentuais de presunção de lucro para diferentes setores da economia, que vão de 1,6% a 32%.
Veja exemplos:
Já o cálculo de lucro pelo regime de Lucro Real considera o lucro bruto e nada mais.
Pode ser mais vantajoso do que o Lucro Presumido, pois nele a empresa só paga imposto se efetivamente registrar lucro.
Em contrapartida, esse é um regime de apuração muito mais complexo, que demanda um grande esforço contábil.
Lembrando que tanto no regime de Lucro Real quanto o Lucro Presumido, as empresas pagam o IRPJ e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
No Lucro Real, as alíquotas são estabelecidas da seguinte maneira:
O termo lucro cessante é usado para se referir aos lucros que deixam de ser pautados por acontecimentos fortuitos, fraudes ou falhas na contabilidade.
Seu cálculo é mais usado em questões judiciais, a fim de estabelecer valores justos para eventuais indenizações.
Isso porque esse é um tipo de lucro hipotético, que deixou de acontecer em razão da interrupção inopinada de uma atividade lucrativa ou por algum tipo de desvio dos seus lucros.
Em uma economia de mercado, não existem limitações legais sobre o quanto uma empresa pode lucrar.
O que existe é a lei da oferta e procura, na qual o preço dos produtos e serviços é pautado pela relação entre o volume de pessoas interessadas e a disponibilidade dos bens.
Portanto, quanto mais escasso for um produto ou serviço, mais caro ele tende a ser, o que eleva as margens de lucro.
O oposto também acontece, logo, quanto mais disponível um bem, mais barato ele será.
Dessa forma, para saber como calcular o lucro, você precisa conhecer também a demanda pelo que você vende.
A partir do que vimos, não há como calcular o lucro de apenas uma maneira.
O ideal é que a gestão da empresa utilize múltiplos cálculos e indicadores, a fim de ter um diagnóstico mais preciso sobre a saúde financeira do negócio.
Por isso, além de analisar o lucro por diferentes perspectivas, vale adotar KPIs e considerar fatores como:
Imagine esses indicadores como um grande checklist.
Quanto mais itens forem marcados como OK, mais fôlego financeiro a empresa mostra que tem.
A fórmula do lucro pode revelar a amarga verdade de um negócio que está dando prejuízo.
Embora esse seja um quadro que ninguém deseja encontrar, é uma possibilidade real para a qual a gestão deve estar sempre preparada.
Afinal, nada é garantido no mundo dos negócios.
Cada caso é único e exige medidas adequadas aos contextos interno e externo, sempre considerando as ameaças e as oportunidades a que a empresa está sujeita.
De qualquer forma, quanto mais minuciosas forem as análises das causas dos prejuízos, mais informação a liderança terá para tomar decisões.
Isso envolve cálculos extensos sobre a lucratividade, a origem das receitas, despesas e todas as operações que impactam nos resultados.
Calcular margem de lucro é apenas uma das medidas de controle para a gestão de uma empresa.
Uma medida básica, mas essencial – vale dizer.
Por outro lado, o conhecimento sobre como calcular margem de lucro estaria incompleto se não soubéssemos também conceituar lucro e rentabilidade.
Resumidamente, suas diferenças são:
Embora estejam ligados um ao outro, nem sempre a rentabilidade acompanha a lucratividade, e vice-versa.
Logo, é possível ter lucros altos e rentabilidade baixa, assim como alta rentabilidade e lucros menores.
Sem uma boa margem de lucro, a operação de uma empresa acaba se tornando inviável com o tempo.
Assim, além de entender como calcular o lucro, é necessário adotar uma série de medidas para potencializá-lo.
Como veremos a seguir, basicamente isso significa cortar gastos ou mexer nos preços, o que não quer dizer que isso possa ser feito de qualquer jeito.
Confira o que fazer para ter margens mais altas, implementando ações de controle sobre as receitas e as despesas do negócio.
Não há apenas uma fórmula do lucro, mas diversas maneiras de calculá-lo, tomando como referência o tipo de despesa envolvida.
Assim, é fundamental que a empresa desenvolva periodicamente um planejamento orçamentário, no sentido de antecipar os custos que deverão ser cobertos.
Lembre-se: não tem como calcular o lucro quando não se conhece com riqueza de detalhes todas as despesas do negócio.
Essas despesas, por sua vez, são de natureza operacional, pois incluem os custos de se colocar produtos e serviços à venda, e tributária, onde entram os impostos.
Além disso, há o custo financeiro, em que entram despesas com juros, amortizações e depreciação.
Quem sabe como calcular margem de lucro está a um passo de estabelecer preços mais competitivos.
O cálculo da precificação começa pela apuração dos custos de produção de cada produto ou serviço, acrescendo a margem de lucro.
Além disso, precisa levar em conta os preços praticados pela concorrência, já que valores muito discrepantes para cima ou para baixo podem reduzir a lucratividade.
Por isso, precificar com precisão é uma arte, já que envolve sensibilidade para diversos fatores de ordem interna e o contexto que cerca o negócio.
Muito da lucratividade de uma empresa depende de como ela trabalha para reduzir seus próprios custos de produção.
Desconsiderá-los é um erro, mesmo que a gestão saiba de cor e salteado como calcular o lucro.
Não se trata apenas de cobrar mais, mas de vender a partir um custo operacional mínimo.
É para isso que se calcula a margem de lucro, já que ela mostra também o impacto dos custos sobre a lucratividade.
Principalmente para quem atua com revenda, contar com fornecedores que entreguem a preços atraentes é fundamental.
Isso para não falar do fator exclusividade, já que, quanto mais fácil for encontrar um produto, menor será a sua demanda, e com isso, a lucratividade diminui.
Seria como calcular o lucro a partir dos preços que os fornecedores praticam, já que esse é o primeiro custo associado à aquisição de insumos, matérias primas e produtos.
O consumidor é extremamente sensível às oscilações nos preços e responde imediatamente a qualquer modificação.
Por isso, antes de aumentá-los, é preciso entender como calcular o lucro a partir da ótica do cliente.
Vale, mais uma vez, observar a lei da oferta e demanda, assim como o valor agregado ao que você vende.
Afinal, quando um produto é valorizado, o consumidor se dispõe a pagar mais para tê-lo.
Para isso, é necessário se posicionar estrategicamente no mercado como marca.
Assim, as pessoas vão ver que a empresa entrega algo que as outras não têm, abrindo espaço para o aumento no preço no timing adequado.
O percentual de lucro, como vimos, tem muito a ver com a percepção de valor que o cliente tem sobre um produto ou serviço.
Para isso, é necessário investir em marketing e branding, principalmente, em uma estratégia de negócios que posicione a marca no mercado.
Veja, por exemplo, o que faz a Starbucks.
Embora venda um produto relativamente comum, o café, ela é vista como diferenciada devido a aspectos não relacionados com a venda do produto.
Ela deixa claro para o público como quer ser vista, influencia as pessoas e, em consequência, molda o comportamento de compra delas.
Saber como calcular o lucro é o primeiro passo para uma gestão mais eficiente.
A FIA Business School forma líderes e gestores qualificados para saber não apenas como calcular o lucro, mas para estar à frente de pessoas e processos.
Um curso em que você pode aprender isso e muito mais é a extensão Aplicações de Business Intelligence para Gestão de Negócios.
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