Resiliência emocional é um atributo que diferencia os melhores profissionais.
Quem o desenvolve tem muito mais preparo para lidar com as adversidades, tirando valiosos ensinamentos de cada uma delas.
Todos nós, seres humanos, temos sentimentos e somos afetados pelas emoções em nossas vidas, não há como escapar.
Contudo, esse turbilhão emocional não precisa e nem deve ser fonte de sofrimento, tampouco afetar nossa capacidade de decidir com clareza.
Aprender como ser resiliente em termos emocionais traz grandes vantagens, não só na carreira, mas também na vida.
Entenda o seu significado e saiba desenvolver a resiliência mental acompanhando este conteúdo até o final, no qual vamos abordar:
Siga a leitura e veja o que fazer para aprimorar sua capacidade de resiliência na vida e no trabalho!
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Resiliência emocional é a habilidade de reagir positivamente frente a um problema ou adversidade, sabendo conduzir a situação de forma a não se abalar pelo acontecimento e seguir em frente.
Isso significa que, mesmo impactada por um forte sentimento, a pessoa conseguirá seguir no “prumo”, mantendo a razão e a calma no trabalho e no trato pessoal.
A ideia de resiliência pode remeter a um gestor duro, frio como gelo e incapaz de sentir empatia pelos outros.
Nada mais equivocado, já que ser resiliente em relação às emoções não quer dizer ser insensível.
Analisar a resiliência emocional na psicologia dá uma ideia mais clara sobre isso.
A diferença é que a pessoa que desenvolve essa capacidade consegue separar as coisas, evitando decidir enquanto está no “calor” da emoção.
Interessante observar ainda que resiliência é a propriedade que certos materiais têm de sofrer deformações e, rapidamente, voltar ao seu estado natural.
Isso ajuda a entender também o que é resiliência emocional.
Afinal, uma pessoa resiliente emocionalmente é capaz de sofrer um abalo emocional e, dentro de pouco tempo, voltar a agir de forma racional e equilibrada, dando a volta por cima.
Não por acaso que, cada vez mais, as empresas a consideram como uma poderosa soft skill.
Ou seja, uma habilidade não técnica que pode ser de grande valia para os negócios.
Isso acontece porque profissionais que separam o lado emocional dos assuntos de trabalho naturalmente são mais preparados e capazes de liderar.
O médico e teólogo Albert Schweitzer dizia que o salgueiro resiste mais às tempestades porque ele se curva à força do vento.
Se permanecesse rígido e inflexível, ofereceria resistência e acabaria quebrando.
Assim são as pessoas resilientes em seus assuntos.
Em vez de lutar contra uma adversidade, elas cedem em um primeiro momento, para depois recobrar o equilíbrio quando a “tempestade” passar.
Para a vida profissional, isso traz uma série de vantagens, principalmente no nível do relacionamento interpessoal, sempre o mais impactado pelas diferenças de temperamento.
Mas a capacidade de resiliência emocional vai muito além de uma postura mais comedida.
Se praticada constantemente, ela pode gerar benefícios não só para quem a desenvolve, como para todos ao redor.
Veja na sequência alguns deles.
Como sugere um estudo do International Journal of Research and Public Health, ambientes de trabalho tóxicos levam a desenvolver estresse, depressão e ansiedade.
Essa toxicidade tem muito a ver com a falta de preparo por parte das pessoas em domar suas emoções e não reagir de maneira explosiva.
Nesse aspecto, a resiliência emocional se relaciona com a inteligência emocional, que é a capacidade de entender as próprias emoções, além de medir os impactos do que fazemos sobre a percepção dos outros.
Dessa forma, pessoas mais resilientes a respeito do que sentem evitam conflitos e as indesejáveis “picuinhas” no trabalho, colaborando para manter um bom ambiente.
Cabe ressaltar que ser resiliente não significa “abafar” as emoções.
Como vimos, é uma qualidade que se relaciona com a inteligência emocional.
Pessoas resilientes não camuflam seus sentimentos ou agem com falsidade, elas deixam para exprimi-los na hora certa ou junto a pessoas em quem confiam.
É muito recomendável recorrer à terapia para dar vazão às suas contrariedades, raivas e frustrações e aprender a lidar com elas.
Afinal, as emoções são passageiras, mas as decisões que tomamos em função delas podem ter reflexos para toda a vida.
Quem age dessa forma se coloca em condições muito melhores para exercer seu trabalho, permanecendo focadas naquilo que precisam fazer.
Assim, a resiliência emocional traz um outro benefício essencial para a carreira: o aumento da produtividade.
A maioria de nós já sentiu o peso do remorso por agir de maneira intempestiva diante de alguma situação.
Uma palavra dita em um momento de raiva fere não apenas quem a recebe, mas principalmente quem a diz.
Em situações adversas, há um risco muito grande de decidirmos com base apenas no contexto emergencial, sem uma perspectiva mais abrangente.
Ao desenvolver a resiliência emocional, deixamos de ceder ao impulso da emoção e aprendemos a parar quando estamos sob seus efeitos.
Isso aumenta as chances de não piorar ainda mais algo que já está ruim, o que já é um bom começo.
Quem nunca sentiu vontade de dizer poucas e boas para alguém quando se sentiu ofendido ou prejudicado?
Pois a indignação justificada é uma das emoções mais perigosas exatamente porque ela desperta o lado “justiceiro” que todos nós temos.
A experiência mostra que o princípio de “olho por olho” raramente funciona na vida profissional.
Desenvolver a resiliência emocional é uma forma de não dar voz ao nosso justiceiro interior, evitando assim que venhamos a agir como donos da razão.
Em contextos de crise, essa capacidade é também fundamental para decidir o que fazer baseado em dados e fatos.
Empresas são formadas por pessoas e, por isso, elas também podem sofrer as consequências por não serem amadurecidas em seus processos decisórios.
Por isso, podemos separá-las em dois grupos distintos: as empresas que se tornam estratégicas em momentos de dificuldade e as que naufragam quando estão indo muito bem.
No primeiro grupo, as decisões são tomadas a partir do que a realidade mostra, ou seja, partindo de onde estamos e considerando aonde queremos chegar.
Já nas empresas cujos líderes são tomados pela vaidade e arrogância, quem decide são os egos, e aí não é difícil imaginar as consequências.
Portanto, quem desenvolve a resiliência mental é também mais humilde perante as circunstâncias, abrindo caminho para uma postura mais estratégica e equilibrada.
Conforme nos tornamos mais resilientes e deixamos de ceder às emoções, vamos percebendo que isso nos traz certas vantagens, como acabamos de ver.
À medida que o tempo passa, esse modo de agir vai se incorporando ao caráter, o que não deixa de ser uma transformação no nível pessoal com reflexos na vida profissional.
Observando a resiliência emocional na psicologia, vale destacar que não é algo que surge do nada.
Para incorporar esse atributo, precisamos praticá-lo sempre que tivermos oportunidade.
Uma maneira de entender como fazer isso é conhecer as características de uma pessoa resiliente, como descrevemos a partir de agora.
Acompanhe!
Quando as emoções são colocadas em seu devido lugar, vemos que as pessoas são menos resistentes às nossas ideias.
Também percebemos que desempenhamos nossas atividades com mais foco e concentração, sem se preocupar demais com o futuro.
Essa mudança de atitude faz com que surja uma motivação maior para lidar com as nossas rotinas diárias.
Isso porque passamos a entender que ter uma rotina não é sinônimo de tédio e de uma vida sem graça, mas uma questão de disciplina.
Assim, nos tornamos mais consistentes em tudo que fazemos.
Dessa forma, o resultado não pode ser outro que não seja o sucesso e a excelência, gerando mais motivação para novos desafios.
Reagir de forma intempestiva é um traço de insegurança, que por sua vez nasce da falta de conhecimento sobre o que fazer em determinadas situações.
Não surpreende, portanto, que pessoas resilientes emocionalmente pareçam até certo ponto “arrogantes” ou “metidas”.
Elas apenas sabem que agir na base da emoção, em geral, não só não resolve como pode piorar um problema.
Também sabem que, ao se tornarem resilientes, elas acabam levando vantagem sobre as pessoas que não são.
Outro traço de comportamento típico de quem sabe separar o emocional do profissional é a habilidade para se relacionar.
As pessoas deixam de ser “rivais”, passando a ser tratadas com o mesmo respeito e consideração.
Fica muito mais fácil conviver quando somos capazes de não ceder aos instintos de sobrevivência que todos temos ao primeiro sinal de contrariedade.
Se uma pessoa se mostra arrogante e presunçosa demais, simplesmente aceitamos que ela é assim.
Não precisamos reagir ou retrucar para “colocá-la no seu lugar”.
A resiliência emocional é também de grande utilidade quando precisamos nos adaptar a um novo ambiente ou situação.
Como temos uma leitura racional sobre nossos próprios sentimentos, sabemos o que acontece internamente quando somos recebidos com desconfiança.
Passamos a não temer mais a desaprovação, dando lugar a uma postura serena em relação às pessoas.
Afinal, elas têm o direito de não abraçar de cara alguém que elas não conhecem.
Isso facilita inclusive na hora de uma entrevista de emprego ou apresentação, na qual temos pouco tempo para mostrar quem somos e o que queremos.
Quando as emoções estão em equilíbrio, conseguimos dosar melhor nossas próprias expectativas.
A atitude perante a vida e seus desafios passa a ser mais positiva, surgindo assim um otimismo natural em relação a tudo que fazemos.
A pessoa resiliente sabe que um fracasso não é motivo para desistir, mas uma oportunidade de aprender com os próprios erros.
Logo, não faz sentido entristecer-se demasiadamente ou achar que as coisas vão acabar mal.
Falando em pensamento positivo, esse é um comportamento característico das pessoas que desenvolvem a resiliência emocional.
A postura equilibrada que elas normalmente apresentam não permite que elas se deixem levar pela euforia, tampouco se abater por sentimentos negativos.
Isso sem contar que, como vimos, elas enxergam os desafios da vida como chances para aprender algo, o que é sempre bom.
Pensando e agindo dessa forma, elas passam a ser solucionadoras de problemas, sempre prontas para dar o seu melhor quando eles aparecem.
Não é de hoje que se conhece o poder da Lei da Atração.
Ela diz que atraímos para a nossa vida tudo aquilo que nos mobilizamos para ter, ou seja, é muito mais do que a simples força do pensamento.
Logo, se passamos a ser pessoas com as emoções mais equilibradas, a tendência é que passemos a atrair para o nosso convívio pessoas na mesma “vibe”.
Outro aspecto importante das pessoas resilientes emocionalmente é que elas passam a se orientar na vida não por pessoas, mas por projetos e metas.
Assim, elas deixam de ser “parasitas” para encontrar nos outros verdadeiros apoiadores e parceiros em tudo que fazem.
Ao recuperar o equilíbrio emocional, uma série de emoções tóxicas e que emperram nosso desenvolvimento desaparecem.
É como se fizéssemos uma grande faxina em nossa mente, o que nos leva a expandi-la em suas capacidades.
Não é raro que as pessoas que se submetem a terapia ou participam de grupos de ajuda mútua, por exemplo, revelem que passaram a ser mais criativas e a confiar mais na própria intuição.
Isso acontece porque, sem a névoa da raiva, frustração e outros sentimentos negativos, a mente criativa encontra a condição ideal para que as ideias fluam.
A resiliência emocional requer prática para ser desenvolvida.
Por isso, não será da noite para o dia que você vai acordar se sentindo resiliente e pronto para encarar qualquer desafio.
Trata-se de um processo de transformação pessoal, em que nos propomos a assumir a responsabilidade pelo que fazemos e a aceitar as coisas e as pessoas como são.
A partir disso, você estará no caminho certo para adotar uma nova postura na sua vida, introduzindo 5 novos comportamentos e atitudes que vamos ver a seguir.
Como vimos, o salgueiro tende a resistir mais às intempéries porque, ao contrário do carvalho, ele se curva com o vento, o que o impede de quebrar.
Ser flexível, portanto, é uma maneira sábia de lidar com os conflitos, uma nova postura em que buscamos a solução que agrade a maior parte das pessoas.
É também uma nova forma de se colocar em nossas próprias demandas ao trabalhar a capacidade de fazer pedidos com humildade e sem gerar expectativas desmedidas.
As pessoas não ouvem quem não mostra confiança naquilo que faz ou que fala.
Desenvolver a resiliência emocional nos dá a firmeza necessária para levar adiante os mais ousados projetos, desde que os pés continuem no chão.
Não se trata de empáfia ou presunção, mas de saber exatamente o que se quer e o que fazer para atingir os objetivos.
Não por acaso, pessoas resilientes na parte emocional são as mais aptas para liderar, já que elas inspiram as pessoas em razão da sua autoconfiança natural.
Ninguém cresce na vida sem assumir certos riscos.
Estar em paz consigo mesmo nos deixa mais seguros para ir em frente, considerando as perdas que podem vir a acontecer.
A proatividade é o traço de personalidade característico das pessoas que assumem responsabilidades e que não temem o fracasso.
Em vez de se esconder por medo, preguiça ou má vontade, elas simplesmente aceitam os desafios conforme eles surgem.
A resiliência emocional traz consigo uma série de revelações.
Uma delas é que, a priori, as pessoas não são inimigas ou querem sempre nos superar.
Pelo contrário, com o tempo vamos até percebendo que as pessoas gostam mesmo é de ajudar, enquanto há outras que estão emocionalmente doentes demais para isso.
Esse é o pensamento que guia a comunicação não violenta, uma abordagem que defende uma nova expressão corporal e verbal em nossos relacionamentos.
Uma forma simples de exercitá-la é buscar sempre dizer “por favor” e “obrigado” sempre que fizer um pedido ou receber um favor.
Líderes resilientes envergam, mas não quebram, por isso são muito mais do que chefes.
Essa “indestrutibilidade” nasce de uma nova percepção sobre as coisas, pautada na efemeridade da vida e da nossa própria insignificância perante o universo.
Por isso, uma maneira de desenvolver a resiliência emocional no ambiente de trabalho é delegar o máximo de tarefas e funções quanto possível.
Além de ser uma forma de ganhar novos aliados, essa é uma oportunidade de separar os bons dos maus profissionais.
Ou seja, aqueles que estão realmente empenhados dos que estão em modo “quiet quitting”.
Contando com a colaboração do Spartancast, veja abaixo os 7 C’s para você desenvolver a sua resiliência emocional desde já.
Resumindo, os 7 C’s tratam de:
Neste texto, você conferiu o que é resiliência emocional na psicologia, na vida e nos negócios, além de aprender como ser resiliente.
Esse conhecimento é muito importante, talvez mais do que imagina, já que pode repercutir até na sua saúde.
Não por acaso, o Brasil é um dos campeões mundiais em casos de depressão e de ansiedade.
Conforme desenvolvemos a capacidade de resiliência, lidamos melhor com situações estressantes, que muitas vezes servem de gatilhos para transtornos da mente.
Equilibrar sentimentos e emoções é um desafio, mas você agora já sabe como fazer.
Que tal colocar em prática sua resiliência mental?
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