Profissionais capacitados em biomedicina contribuem para as bases de técnicas e processos de saúde.
A partir de conhecimentos aprofundados sobre o funcionamento de células e tecidos, biomédicos realizam pesquisas, testes e análises que dão estrutura, por exemplo, ao combate de doenças.
Desempenham, ainda, um papel essencial no desenvolvimento de formas de imunização, como as vacinas, importantes para acabar com epidemias e melhorar a qualidade de vida.
Essas atividades estratégicas fazem do segmento um dos mais promissores atualmente, com dezenas de áreas de atuação para aqueles que escolhem essa carreira.
Se este é o seu caso, ou se ainda está considerando cursar biomedicina, acompanhe este artigo até o final.
Reunimos respostas para as principais dúvidas sobre o campo, opções no mercado de trabalho e dicas para tomar a decisão mais assertiva.
Olha só o que você vai conferir ao longo do texto:
Boa leitura!
Biomedicina é uma profissão que foca no estudo de microrganismos e do comportamento de células e tecidos para criar substâncias e procedimentos que tratam e previnem patologias. Portanto, biomédicos costumam ter, na rotina de trabalho, práticas de laboratório, como exames e análises clínicas.
Esses profissionais têm como missão conhecer padrões e desvios ocasionados por fatores internos e externos ao organismo (fatores ambientais) para pensar as terapias e formas de preservar a saúde.
Apesar de grande parte dos biomédicos atuarem em pesquisas destinadas a proteger a saúde humana, eles também acumulam saberes sobre o organismo de animais e plantas.
Por exigir um perfil técnico, pessoas metódicas, centradas, analíticas e que monitorem as novidades com frequência têm boas chances de crescimento na biomedicina.
Suas pesquisas e descobertas servem como parâmetro para o trabalho de colegas do setor de saúde, como médicos e enfermeiros, pois viabilizam o desenvolvimento de medicamentos, vacinas e outros itens fundamentais para curar e tratar diversos males.
O nome parecido pode levar à confusão entre essas duas áreas, mas não se engane.
Elas têm diferenças claras, começando pelo público a que atendem.
Enquanto a medicina trata diretamente com os pacientes, a biomedicina fornece pesquisas, estudos e embasamento científico para médicos e outros profissionais da área da saúde.
É o caso das medicações e vacinas, que levam anos para ser descobertas, aprimoradas e testadas, a fim de garantir a segurança do paciente e a eficácia de sua fórmula.
Durante as fases de desenvolvimento, os biomédicos estão entre os profissionais que zelam pela qualidade e eficiência dos compostos, avaliando a resposta do organismo a eles e reduzindo as chances de efeitos adversos.
Ou seja, os graduados em biomedicina atuam nos bastidores do tratamento e, muitas vezes, de inovações para o combate e prevenção de doenças.
Seus colegas médicos atuam na linha de frente, receitando, aplicando e monitorando as terapias para amenizar sintomas, curar ou melhorar a qualidade de vida do paciente.
Ambos ajudam a tratar enfermidades e aumentar o bem-estar das pessoas, cada um a seu modo.
Além dessa semelhança, médicos e biomédicos compartilham um conhecimento aprofundado sobre o corpo humano, em especial a respeito da composição e funcionamento de órgãos, tecidos e células.
Também podem estar lado a lado na elaboração de laudos de exames clínicos e de diagnóstico por imagem, assumindo a análise dos testes segundo sua especialidade.
Biomédicos são profissionais dedicados tanto à área da saúde quanto à ciência, fazendo a ponte entre hipóteses, teorias, testes e sua aplicação de modo prático na vida da população.
Eles podem desempenhar desde tarefas simples, a exemplo da rotina em bancos de sangue e na realização de exames para identificar enfermidades, até atividades complexas que requerem experiência para monitorar epidemias na vigilância em saúde.
Todo esse conjunto de ações é importante para vários segmentos, com destaque para a saúde pública e a evolução na saúde.
Segundo texto do pesquisador do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde Luis David Castiel, podemos considerar a saúde pública como:
“Um domínio genérico de práticas e conhecimentos organizados institucionalmente em uma dada sociedade dirigidos a um ideal de bem-estar das populações – em termos de ações e medidas que evitem, reduzam e/ou minimizem agravos à saúde, assegurando condições para a manutenção e sustentação da vida humana.”
Serviços de saneamento, higiene, imunização e informações direcionadas a uma ou mais comunidades estão entre as ações de saúde pública, e o biomédico contribui para boa parte delas.
Não fosse a dedicação desses profissionais ao saber a respeito da população, da dinâmica do corpo humano e sua interação com agentes químicos, físicos e biológicos, políticas de vacinação e até de educação ficariam prejudicadas.
Quanto à evolução na saúde, ela não seria possível sem investimentos e atuação contínua em pesquisas e testes – campo que emprega uma série de biomédicos.
Afinal, quando não há estudo, não há inovação ou progresso em relação aos protocolos, terapias e medicamentos.
Por fim, cabe citar uma das vocações da biomedicina que, no Brasil, já nasceu com o objetivo de ampliar e qualificar o conhecimento de colegas.
Conforme relata o site do Conselho Federal de Biomedicina, sempre houve a missão de formar professores especializados nas disciplinas básicas dos cursos medicina e odontologia, a fim de ajudar na formação desses profissionais.
A graduação é ofertada na modalidade de bacharelado, capacitando o aluno para atuar em laboratórios, hospitais, indústrias, órgãos governamentais e outros locais.
Em geral, o curso tem duração de 4 anos ou 8 semestres, com uma abordagem bastante prática desde os primeiros meses.
Como esperado, prioriza as disciplinas voltadas às Ciências Biológicas, abordando temas como microbiologia, processos bioquímicos e genética molecular.
Matérias tradicionais – Física, Química – também têm seu espaço, embasando a construção dos saberes sobre a dinâmica de funcionamento do organismo.
Contudo, as aulas não se resumem ao campo das Ciências Biológicas, pois é necessário que o biomédico compreenda as relações entre indivíduos e o meio ambiente para que identifique mudanças advindas desse cenário.
Com perfil técnico, esse profissional também deve dominar cálculos simples de segmentos como a bioestatística, pois eles farão parte de sua rotina na análise de componentes em exames, laudos e pesquisas.
Outro destaque vai para disciplinas mais gerais, a exemplo de Administração e Comunicação, que são relevantes por fornecer instrumentos para o trabalho em equipe, gestão e liderança que tendem a integrar o dia a dia dos biomédicos.
Após concluir as aulas teóricas e práticas, bem como um estágio e trabalho de conclusão de curso, o profissional deve solicitar a habilitação junto ao Conselho de Biomedicina, de acordo com o que aprendeu na graduação.
O bacharelado em biomedicina costuma apresentar as seguintes disciplinas, com algumas variações:
Versátil, a biomedicina forma profissionais com saberes teóricos e práticos, qualificados para atuar em diversos campos.
Por isso, muitos biomédicos iniciam uma pós-graduação logo depois de se formar ou trabalhar por alguns anos, a fim de atender a um ou mais setores com os quais se identificam.
Para cobrir todas as atividades que podem ser realizadas por esses profissionais, o Conselho Federal de Biomedicina elenca mais de 30 áreas de habilitação para o biomédico.
Confira uma lista com esses setores abaixo, junto a uma breve explicação.
Pouco explorado durante a graduação em biomedicina, o campo estético apresenta chances de crescimento e satisfação para quem se interessa por beleza e bem-estar.
Profissionais interessados costumam cursar uma pós-graduação específica para aprender sobre temas como eletroterapia, cosmetologia, peelings e carboxiterapia.
Assim, podem trabalhar em indústrias de cosméticos, criando e aperfeiçoando fórmulas de produtos e tratamentos para a pele.
Podem, ainda, atender clientes que desejem passar por procedimentos estéticos complexos, por exemplo, terapias a laser para remover uma tatuagem.
Os saberes generalizados sobre o funcionamento do corpo humano tornam os biomédicos aptos para avaliar disfunções na pele, fazer exames estéticos e recomendar o tratamento adequado.
De acordo com o último Ranking Universitário da Folha (RUF), divulgado em 2019, as 10 instituições mais bem avaliadas são:
O RUF leva em conta seis fatores de classificação:
Além desses quesitos, é importante que você considere sua condição financeira atual, calculando os custos envolvidos na graduação.
Mesmo que a faculdade escolhida seja pública, lembre-se dos gastos com deslocamento, moradia, alimentação e material, entre outros.
Você pode, ainda, conversar com alunos, ex-alunos e orientadores, bem como visitar alguns campus para tomar a melhor decisão.
Tenha em mente que um curso de qualidade necessita de um bom laboratório, com infraestrutura e materiais para suas aulas práticas de biomedicina.
Neste espaço, reunimos as questões mais comuns entre os futuros estudantes de biomedicina, respondidas de um jeito simples e claro.
Vamos lá?
Biomedicina é um curso de graduação, portanto, exige que o candidato tenha concluído o Ensino Médio quando começar a faculdade.
Além disso, é preciso receber aprovação na instituição de ensino escolhida, seja através de vestibular, nota do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) ou outros programas de avaliação, como o Sisu.
O Sistema de Seleção Unificada é um programa do Governo que oferta vagas em algumas universidades públicas.
O preço das mensalidades pode variar bastante, dependendo da modalidade de curso, avaliação da faculdade, infraestrutura e região em que está localizada.
Conforme este levantamento divulgado pelo site Guia da Carreira, é possível encontrar desde mensalidades abaixo de R$ 500 até outras no valor de R$ 2000.
O curso padrão (presencial) dura 4 anos ou 8 semestres, incluindo o tempo para estágio obrigatório.
Esta é outra pergunta que tem a resposta dependente de algumas variáveis.
As mais relevantes são o tamanho da empresa em que o profissional atua e seu nível de experiência, ou seja, se ocupa a função como iniciante, júnior, pleno, sênior ou master.
Dados do site Trabalha Brasil mostram que o salário do biomédico pode ficar entre R$ 1.402,67 (nível trainee, empresa pequena) e R$ 5.787,38 (nível master, empresa de grande porte).
Na verdade, existem opções de graduação semipresencial para biomedicina em instituições como a Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL) e a Universidade Paulista (UNIP).
O que faz sentido, pois muitas disciplinas exigem a prática em laboratórios, inviável se o curso fosse ministrado totalmente a distância.
Em geral, o formato híbrido está disponível somente em faculdades privadas.
Falamos, neste texto, sobre o conceito de biomedicina, sua importância, mercado de trabalho e oportunidades para os profissionais que escolhem essa carreira.
A atuação dos biomédicos é fundamental para o desenvolvimento e avanços científicos, transformando teorias em tratamentos e substâncias ao alcance das organizações e da população.
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