Muito tem-se falado sobre a importância das universidades públicas, um modelo até então sem cobrança de mensalidade aos alunos.
Os debates se acentuam na medida em que são promovidos cortes orçamentários pelo governo federal.
O tema é recorrente, ocupando espaço na mídia e nas discussões de dirigentes, professores e estudantes de instituições públicas e privadas.
Mas você sabe exatamente o que caracteriza uma universidade pública?
Polo de criação e disseminação de conhecimento, as universidades são espaços de troca da comunidade interna, que inclui funcionários e alunos, com a comunidade externa, formada pela população que reside em seu entorno.
É comum que as instituições públicas ofereçam, por meio de extensão, alguns serviços de saúde, educação e cultura com preços acessíveis ou até sem custo em alguns casos.
Na área da pesquisa, projetos relevantes criam inovação tecnológica nas mais diversas áreas, avançando a ciência nacional de maneira estratégica.
Mas esse é apenas um resumo do que temos para falar sobre as universidades públicas.
Confira os tópicos que vão ser abordados ao longo deste artigo:
O assunto é do seu interesse? Então, siga a leitura!
As universidades públicas são instituições de ensino superior mantidas financeiramente pelo Estado e que, por isso, têm o interesse público e coletivo como característica principal.
Mas ao falarmos de ensino superior, é preciso fazer distinção entre as suas diferentes terminologias: universidade, centro universitário e faculdade.
Dentre elas, a universidade é a única que abrange todas as áreas do conhecimento humano, obrigatoriamente desenvolvendo ensino, pesquisa e extensão de maneira integral.
No Brasil, as instituições públicas são conhecidas principalmente pelo processo seletivo concorrido, chamado de vestibular, e pela gratuidade na oferta de um ensino.
A universidades públicas podem ser militares ou civis, sendo as últimas divididas entre aquelas mantidas pela União (federal), por uma Unidade Federativa (estadual) ou por um município (municipal).
Segundo o mais recente Censo da Educação Superior (Censup) referente ao ano de 2017 e divulgado em 2018, o Brasil conta com 109 universidades federais, que contabilizam cerca de 1,5 milhão de estudantes matriculados nas diversas fases do ensino.
Essas instituições estão espalhadas pelas 27 unidades federativas, sendo o estado de Minas Gerais o líder em número de universidades federais (11).
Fundada em 1912, a mais antiga universidade brasileira em funcionamento é a Universidade Federal do Paraná, conforme registrado pelo Guinness Book em sua edição de 1995.
Atualmente, contamos com 124 universidades estaduais em funcionamento no Brasil, com aproximadamente 736 mil alunos matriculados.
Mantidas pelos governos estaduais, elas estão presentes em todos os estados.
Apesar de o Paraná ser campeão em número de universidades (7), o estado de São Paulo ganha em unidades já que uma de suas instituições, a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), conta com 23 campi espalhados pelo estado.
Categoria menos expressiva em números, as instituições municipais são de responsabilidade administrativa do poder público municipal.
Segundo o Censup 2017, são 63 universidades deste tipo no país, com um total aproximado de 98 mil alunos matriculados.
São Paulo é o estado com o maior número de instituições, sendo oito delas em funcionamento.
Como os municípios não são obrigados por lei a investir em educação superior, é comum que algumas dessas instituições consigam na Justiça o direito de cobrar mensalidade.
O ensino é apenas um dos três pilares da educação superior, sendo a pesquisa e a extensão os outros dois.
Enquanto o ensino cuida de tudo que diz respeito às práticas e conteúdo da sala de aula, a pesquisa é responsável pela produção de conhecimento por meio de incentivos à inovação científica, o que ocorre em programas compostos por alunos, docentes e pesquisadores.
No Brasil, as universidades públicas respondem pela maior parte da produção científica, ocupando as primeiras 20 posições no ranking de produtividade.
O relatório Research in Brazil, produzido pela Clarivate Analytics e encomendado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), aponta que o país ocupa a 13º posição no ranking mundial, com uma produção de 250 mil papers no período analisado.
E o Brasil se destaca na qualidade da pesquisa produzida em nossas universidades.
Segundo o relatório, ainda que o impacto da pesquisa brasileira esteja historicamente abaixo da média global, pôde-se observar um crescimento de 15% em sua relevância nos últimos seis anos.
No braço da extensão, muitas universidades públicas administram hospitais universitários, oferecendo atendimento exclusivo para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Também cuidam de museus, bibliotecas, acervos históricos, prestam serviços jurídicos, de engenharia, entre outros de maneira acessível para população.
Muitos são ainda os projetos que atendem à sociedade, oferecendo educação básica, assistência odontológica e psicológica, cursos de idiomas, entre outros abertos para a comunidade externa.
Vale destacar que as iniciativas de pesquisa e extensão beneficiam também os alunos.
Eles têm a oportunidade de investigar soluções inovadoras e desenvolver experiências práticas ainda na graduação.
Tudo isso é válido para que se tornem profissionais ainda mais criativos e completos para o mercado de trabalho.
Ou, se desejarem, melhor preparados para o futuro da vida acadêmica.
Toda essa valiosa oferta leva ao entendimento popular de que as universidades públicas são superiores às privadas, o que não é exatamente verdade.
Afinal, como veremos ainda neste artigo, há instituições privadas reconhecidas por sua excelência, alcançando o conceito máximo junto ao Ministério da Educação (MEC).
Um dos problemas das universidades públicas é a questão do financiamento. Os orçamentos não andam dando conta de arcar com a estrutura e estimular o avanço ao mesmo tempo, ainda mais com nossa necessidade cada vez maior de estarmos conectados e ter aparelhos de última geração.
Segundo o Censup 2017, o Brasil conta com 296 universidades públicas e um total de 2.352.232 alunos matriculados nos diversos níveis da Educação Superior.
Divididas entre federais, estaduais e municipais, as instituições estão presentes em todos os estados e no Distrito Federal.
A seguir, vamos falar sobre a presença em alguns dos principais estados brasileiros.
São Paulo é o estado brasileiro com maior número absoluto de universidades públicas.
Sua maior e mais antiga instituição, a Universidade de São Paulo (USP) foi fundada em 1934 e conta com 15 campi distribuídos em oito cidades paulistas.
Na USP, formaram-se 13 dos 43 presidentes que já governaram o Brasil, além de 55 ministros do Superior Tribunal Federal (STF).
São Paulo também possui universidades federais de prestígio, como é o caso da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
O estado ainda é campeão em número de universidades municipais, com oito instituições em funcionamento.
O estado do Rio de Janeiro é sede de uma das mais antigas instituições de ensino do país.
Instalada na capital, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é fruto direto dos primeiros esforços em educação superior no país, ainda durante a época em que o Brasil era colônia de Portugal.
Em sua fundação como universidade, foram incorporadas instituições seculares, como a Escola Politécnica, criada em 1782, e a Faculdade Nacional de Medicina, instalada por Dom João VI em sua fuga para as Américas, em 1808
O estado ainda abriga mais três federais:
As universidades estaduais são duas: a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com foco capital, e a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF).
Em Minas Gerais, temos a maior concentração de universidades federais do país, sendo 11 instituições no total.
De acordo com o Ranking Universitário Folha (RUF), destacam-se a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – terceira no ranking nacional -, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
As instituições administradas pelo estado são apenas duas (Unimontes e UEMG), e possuem desempenho aquém das federais, aparecendo pela primeira vez quase 20 posições abaixo da federal pior colocada no estado.
O Espírito Santo é o estado desta lista com a menor concentração de centros públicos de ensino superior.
Das cinco instituições públicas presentes no ES, apenas uma é universidade: a Federal do Espírito Santo (UFES).
As outras quatro instituições são:
Com oito instituições, a Bahia conta com o maior número de universidades públicas do Nordeste.
Com o maior prestígio dentre todas, a Universidade Federal da Bahia foi fundada em 1808 como Escola de Cirurgia da Bahia, no mesmo decreto imperial que criou a Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro.
Existem ainda outras três federais no estado:
Todas elas estão colocadas no ranking abaixo das quatro universidades estaduais baianas.
Em destaque, a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), que tem excelente reputação.
Além dela, são mantidas pelo estado a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).
O Rio Grande do Sul se destaca por suas seis universidades federais, além da presença do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS).
Das instituições superiores gaúchas, a de maior prestígio é a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que ocupa o quinto lugar no ranking nacional de excelência.
A capital, Porto Alegre, também abriga a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), que foca na graduação e pós-graduação de oito cursos da Saúde.
Uma das mais tradicionais graduações, a Administração existe no Brasil há mais de 50 anos como curso de ensino superior.
Fora da academia, o administrador pode atuar no comando de organizações e empresas públicas e privadas.
O profissional de Administração deve cuidar dos recursos financeiros, traçar estratégias comerciais e fazer a gestão de time.
Sua atuação pode ser voltada para uma linha mais empreendedora, com foco na inovação.
Também pode se especializar em recursos humanos para contratar e gerenciar a equipe.
Ou, ainda, no setor de compras, controlando inventário e estoques.
Onde quer que exista uma organização ou projeto, precisa existir um administrador capaz de analisar a situação e tomar decisões assertivas.
Por mais que profissão seja bastante tão antiga, foi só em 9 de setembro de 1965 que teve seu reconhecimento e regulamentação no país, por meio da Lei nº 4.769.
Quanto às universidades públicas, destacam-se os cursos da UFMG, a graduação da USP, ofertada nos campi de São Paulo, Ribeirão Preto e Piracicaba e o da UFRGS.
O Ministério da Educação (MEC) divulga anualmente o seu Índice Geral de Cursos (IGC), que avalia o ensino superior no Brasil, atribuindo conceitos de 1 a 5 para as instituições.
Como o IGC tem uma escala de notas menor, ele não compõe um ranking das instituições de ensino, mas apenas as avalia.
No relatório mais recente do MEC, de 2017, destacam-se entre as públicas com conceito 5 (nota máxima) a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além das já citadas Unicamp, a Unesp, UFRJ e UFRGS.
São vários os rankings que avaliam as instituições. No IGC, são 18 instituições privadas que levam o conceito máximo da avaliação do MEC.
Dessas, apenas duas não ficam no Sudeste do país: as Faculdades EST, no Rio Grande do Sul, e a Faculdade de Tecnologia Inspira, no Paraná.
Dentre as universidades privadas avaliadas com conceito 5 estão:
O conceito máximo junto ao MEC não é a única prova de excelência no ensino da FIA.
A instituição tem sido agraciada por seus projetos de consultoria, a exemplo do Prêmio TI & Governo, como fornecedora do projeto Rede Paulista de Inovação em Governo – IGOVSP.
O reconhecimento à FIA aparece também no exterior, como o da revista European CEO, que a escolheu como a mais inovadora escola de negócios da América do Sul.
No final de 2018, a FIA recebeu o prêmio Best Executive Education Solutions (Melhores Soluções em Educação Executiva) da revista e website The New Economy.
Este artigo falou sobre as universidades públicas no Brasil, importantes instituições de Ensino Superior, que oportunizam a milhões de brasileiros o acesso à educação e pesquisa de qualidade.
A universidade pública tem a função de incluir toda a sociedade, seja em seu ensino ou em suas iniciativas de extensão e pesquisa.
No ensino, é preciso pensar em um modelo que seja inclusivo, garantindo o direito constitucional pela educação a brasileiros de todas as classes sociais.
Ainda, a universidade deve oferecer um retorno imediato para a sociedade, seja convidando-a a ocupar este espaço tão importante, seja desenvolvendo inovação e criando as novas tecnologias que vão garantir o desenvolvimento econômico do país.
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