As palestras do TED são um enorme sucesso mundial, o que de certa forma comprova que há sempre uma esperança para a humanidade.
Isso porque elas são centradas no conceito de “ideias que merecem ser compartilhadas” por trazerem não só grandes soluções, mas, sobretudo, inspiração.
Afinal, nem sempre uma boa ideia basta. É preciso, acima de tudo, mobilizar as pessoas para que ela se torne possível.
Essa é, de certa forma, a proposta que esse ciclo de palestras sem data para terminar nos traz.
Levar ao grande público o que há de melhor em termos de pensamento crítico e vanguarda científica, mas com uma pegada encorajadora.
Parece animador, não? E de fato, é.
Como veremos ao longo deste conteúdo, grandes personalidades e nomes de destaque em diferentes áreas de atuação vêm contribuindo para fazer do mundo um lugar melhor.
Se você também compartilha desse pensamento, vai gostar de conhecer melhor o que representa o TED para a parcela da civilização que pensa no futuro.
Veja os tópicos que este texto vai abordar:
Avance na leitura e fique por dentro!
O acrônimo TED vem de Technology, Entertainment and Design. Ou seja, ele personifica o que há de mais relevante nessas áreas.
Na prática, trata-se de um ciclo de palestras e encontros em que nomes de referência em diversos campos do conhecimento são convidados a expor suas ideias.
O TED nasceu em 1984, fruto da observação do arquiteto e designer Richard Saul Wurman sobre uma poderosa convergência entre os três campos que dão nome ao evento.
O primeiro TED, que ele co-organizou com o também designer Harry Marks, incluiu uma demonstração de um CD, e-book e gráficos 3D desenvolvidos para a Lucas Film.
Em outra palestra, o matemático Benoit Mandelbrot demonstrou como mapear linhas costeiras usando sua teoria da geometria fractal. Um cartão de visitas e tanto!
Hoje, ele é realizado pela fundação sem fins lucrativos Sapling, criada pelo empresário Chris Anderson em 1996, em Nova Iorque,
O conceito de palestras TED consiste em apresentações de 18 minutos, todas baseadas no slogan “espalhando boas ideias”.
Segundo o site da iniciativa, o TED também é uma comunidade global que recebe pessoas de todas as disciplinas e culturas, que buscam uma compreensão mais profunda do mundo.
Elas acreditam no poder das ideias para mudar atitudes, vidas e, em última análise, a realidade.
Os organizadores do ciclo de eventos descrevem o TED como uma fundação não-partidária sem fins lucrativos, cuja agenda é tornar grandes ideias acessíveis e estimular conversas.
Embora oficialmente seja uma iniciativa da fundação Sapling, a origem do ciclo de palestras TED remonta há anos antes.
Como vimos, elas começaram em 1984 como uma conferência em que o foco era o debate sobre tecnologia, entretenimento e design por pessoas que trabalhavam no Vale do Silício, o eldorado da tecnologia mundial.
Com o sucesso dos eventos, ele passou a cobrir quase todos os tópicos.
De ciência a negócios, até autodesenvolvimento e questões globais, as palestras são realizadas hoje em mais de 100 idiomas.
Naturalmente, uma ideia tão boa como essa não tardaria a fazer sucesso e, com o aumento na demanda e com novos desafios surgindo, foi lançada a TEDx.
Ela é destinada às iniciativas locais que, por isso, pedem ideias mais específicas e uma capacidade de organização independente.
Mais à frente, abordaremos com detalhes as diferenças entre os dois tipos de evento, mas, de qualquer forma, o espírito que os anima é exatamente o mesmo.
E pensar que a primeira TED em 1984 não foi o sucesso de público esperado, registrando inclusive prejuízo.
Ela só seria retomada em 1990,apenas para convidados, passando a integrar o calendário de eventos de Monterey, Califórnia e, desde então, só fez crescer em prestígio e popularidade.
Hoje, as palestras TED são abertas ao público, sendo disponibilizadas para visualização gratuitamente no YouTube.
O TED tem uma missão muito clara: espalhar ideias.
Como você viu, trata-se de uma comunidade global destinada a disseminar uma compreensão mais aprofundada do mundo por meio do pensamento crítico.
Dentre os projetos em andamento, está o da construção de uma câmara de difusão de conhecimento livre com ideias dos pensadores mais inspirados do mundo.
Além disso, é mantida uma comunidade de pessoas com “almas curiosas” permanentemente engajadas no debate de ideias entre si ao longo do ano, dentro e fora dos eventos TED.
Hoje, a iniciativa tem como desdobramentos as conferências TED Talks e diversos projetos desenvolvidos pela The Audacious Project.
Para impulsionar ainda mais as ideias levantadas nos eventos, a TED mantém uma comunidade global de tradutores para as palestras TEDx e a iniciativa TED-Ed, voltada à educação.
Tudo sempre motivado por um único objetivo: divulgar melhor ótimas ideias.
A primeira das palestras TED no Brasil foi realizada em 2009, no evento TEDx São Paulo.
Embora seja uma espécie de “franquia”, os objetivos e o enfoque não se diferenciam das palestras realizadas em outras partes do mundo.
O site do ciclo de eventos TED brasileiro sugere que os temas a serem debatidos tenham respostas afirmativas para três perguntas:
Também é sugerido que o autor da palestra seja um especialista no assunto a ser debatido, tendo em vista que as pessoas que assistirem tomarão as suas ideias como verdades.
Outra característica muito importante – e que se tornou uma marca registrada – é que toda a apresentação deve ser concluída em, no máximo, 18 minutos, como é feito desde o início do TED.
O TEDx também já foi realizado em outras cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro, que em 2010 propôs o tema “Colaborando para transformar”.
Outras metrópoles que sediaram eventos TEDx, no Brasil, são: Salvador, Belém, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza.
Todas as diretrizes das palestras tupiniquins são definidas pela TED Conferences, de modo que seja preservado o modelo que tornou o evento um sucesso mundial.
O ciclo de eventos do ano marcado pela Covid-19, naturalmente, trouxe muitos debates sobre o novo coronavírus.
Em cumprimento aos protocolos sanitários, elas foram todas transmitidas online e sem a presença de público.
Uma delas é a palestra “O que vai acontecer quando descobrirmos uma vacina para a Covid-19?”, de Johanna Benesty.
No entanto, nem só de coronavírus viveu o TED ao longo do ano que passou.
Seguindo fielmente o objetivo do evento de promover uma melhor compreensão do mundo, diversos outros temas foram debatidos.
Dentre os mais marcantes, vale citar a sustentabilidade e as alterações climáticas sentidas no momento, assim como as projeções para os próximos anos e décadas.
Nessa linha, destacaram-se em 2020 as palestras “A energia de que África precisa para se desenvolver e combater a alteração climática”, de Rose M. Mutiso e “Para salvar o clima temos de reimaginar o capitalismo”, de Rebecca Henderson.
Na temática mais voltada ao desenvolvimento pessoal, vale destacar também as palestras “O que os corvos nos ensinam sobre a morte”, de Kaeli Swift, e “Como nos assumirmos no trabalho, seja em que for”, de Micah Eames.
As palestras TED deram frutos, como vimos.
Hoje, são feitas em formatos voltados a públicos específicos.
Entre esses formatos, está o ciclo TEDX, em que as palestras são feitas de e para comunidades locais.
Elas são realizadas por voluntários, que se comprometem a abordar tópicos conforme os princípios e diretrizes do TED Talks, realizado nos Estados Unidos.
A propósito, o TED leva ao público, hoje, sete tipos de eventos especiais:
As palestras TED são sempre focadas em temas contemporâneos ou em fatos que estão acontecendo aqui e agora.
Além disso, são construídas por pessoas de notório saber em suas áreas, mesmo que, em muitos casos, elas não sejam necessariamente acadêmicas ou com formação superior.
Para assegurar que os debates sejam sempre produtivos e que induzam à reflexão, todas as palestras de 18 minutos são submetidas à aprovação da TED Conferences.
Assim, fica garantida a adequação do tema aos propósitos e missão do TED, que é levar ao aprofundamento da compreensão sobre o mundo.
Com esse controle de qualidade, fica assegurada a relevância dos temas. Sem exceção, todas as palestras TED valem a pena ser assistidas.
Sendo assim, acompanhá-las é fundamental para quem quer desenvolver uma visão de mundo ou da sua comunidade mais rica e aprofundada.
Vale notar que a ideia do TED não é ser um clube fechado. Muito pelo contrário, como diz o seu lema: o objetivo é espalhar ideias que valem a pena ser conhecidas.
Então, se você está em busca de novas concepções de mundo e que possam agregar ao seu perfil profissional, não deixe de assistir tantas quantas puder.
No site do TED Talks, há mais de 3.700 ideias que valem a pena compartilhar.
Em meio a uma quantidade tão vasta de conteúdo, fica difícil saber por onde começar, até porque todas são interessantes.
Ainda assim, há aquelas que se destacam e que merecem uma atenção mais especial.
Seja pelo brilhantismo da apresentação e, claro, pela qualidade e clareza das ideias expostas, essas palestras são realmente imperdíveis.
Por isso, destacamos 4 delas para você começar hoje a sua “maratona” de palestras TED com o pé direito.
E se alguém dissesse a você que é possível mudar a sua vida em apenas dois minutos?
Pois é essa a proposta da brilhante palestra ministrada pela psicóloga Amy Cuddy que, ao longo da carreira como docente, observou como a expressão corporal influencia nos resultados.
Citando estudos acadêmicos e experimentos científicos controlados, Amy comprova que a mudança que se deseja pode começar por um simples ajuste de postura.
Ela nos sugere que, em situações nas quais temos que colocar à prova nossas habilidades, como em entrevistas de emprego, se busque o condicionamento mental por meio do corpo.
Ou seja: para ser, é preciso antes pensar que de fato é.
Não se trata de fingimento, mas de condicionar o cérebro a aumentar a produção de testosterona ou de reduzir a produção de cortisol, o hormônio do estresse.
Esse seria, portanto, o segredo do sucesso para mudar a atitude perante a vida e, a partir disso, obter os melhores resultados.
Embora as mulheres estejam gradativamente conquistando mais direitos, o panorama atual ainda está muito longe do que poderia se considerar justo.
Sheryl Sandberg, chefe operacional do Facebook, demonstra em sua conversa com fatos do seu dia a dia, experiência profissional e números que as discrepâncias são grandes.
Por exemplo, ela destaca que, no mundo, apenas 13% dos cargos parlamentares tem ocupantes do sexo feminino e apenas 9 de 190 estados nacionais são governados por mulheres.
A solução para isso, para Sheryl, é simples e, ao mesmo tempo, complexa: não desistir até chegar ao topo.
Ela acredita que é por isso que as mulheres não se fazem representar.
Pressionadas por obrigações familiares e com os filhos, elas acabam por abandonar suas carreiras e aspirações.
Para ajudar, ela sugere que sejam dados três passos:
Em uma apresentação divertida e cheia de referências literárias, o escritor Alain de Botton discorre sobre as falácias que cercam o sucesso profissional.
Uma delas é a da meritocracia que, segundo seu ponto de vista, é um conceito questionável e não uma solução como se vende.
Afinal, se todo sucesso é por merecimento, significa que temos que aceitar que as derrotas também são uma consequência natural, quando nem sempre isso é verdade.
De Botton também discorre sobre um dos problemas mais difíceis de lidar na sociedade, o esnobismo, que seria a causa de conflitos e da ansiedade relacionada a trabalho e carreira.
“Estamos rodeados por gente esnobe”, sentencia Alain, que complementa dizendo ser esse um problema mundial “em todo lugar que vamos há pessoas assim”.
Para o autor de “The School of Life” (Ed. Bertrand) “o esnobe é alguém que toma uma pequena parte sua para formar uma visão completa sobre quem você é”.
Em uma pegada ainda mais bem humorada, Tim Urban, autor do blog Wait But Why (Espere, mas por quê?), monta um quadro divertido da procrastinação.
Baseado na sua experiência pessoal de procrastinador convicto, Tim esmiúça o comportamento das pessoas que costumam deixar tudo para a última hora.
Para isso, ele se vale de três personagens:
No sistema da procrastinação, o Decisor Racional é quem primeiro avalia uma situação e decide o que fazer.
Contudo, essa decisão é invariavelmente boicotada pelo Macaco das Recompensas Imediatas, sempre em busca de atividades mais divertidas.
Mas, quando os prazos estão se esgotando, surge o Monstro do Pânico, lembrando que faltam apenas dois dias para entregar aquele trabalho importante.
A questão, segundo Urban, é que esse sistema funciona, desde que haja um deadline envolvido.
No entanto, quando não há prazos, o Monstro do Pânico não entra em ação e, por isso, a procrastinação passa a ser não só de uma tarefa, mas de uma vida.
As palestras TED Talk são, como vimos pelos exemplos acima, ricas em ensinamentos e oportunidades para refletir sobre quem somos e o que queremos.
Elas nos sugerem um modo de pensar que pode ser a chave para uma vida mais plena de satisfação, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional.
Então, se você busca por ideias para conduzir melhor sua carreira, negócios e relacionamentos, não deixe de assisti-las.
Faça isso, de preferência, com papel e caneta do lado para anotar todos os insights que você provavelmente terá.
O recado do ciclo TED de palestras é bastante claro: não basta aprender, mas exercitar ideias que valem a pena.
Baseadas na experiência de pessoas brilhantes, elas nos oferecem novas possibilidades de se posicionar em um mundo cada vez mais complexo de se entender.
Mas, talvez, a lição mais importante que elas nos deixam é de que a empatia é algo que merece ser compartilhado.
Então, que tal arregaçar as mangas e começar agora mesmo a construir uma nova realidade?
Lembre sempre que, quando mudamos, o mundo muda junto.
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