Carreira

O que faz a pessoa especialista em cibersegurança e como se tornar uma?

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Poucas profissões apresentam um potencial de crescimento tão grande quanto a de especialista em cibersegurança.

E não é exagero, já que a ascensão profissional é evidente nesse caso.

Até 2030, o crescimento do mercado nessa área deverá ser de 11,6%, alcançando então o valor de US$ 501,6 bilhões, segundo a Spherical Insights (conteúdo em inglês).

No Brasil, uma pesquisa da IDC publicada no site DCD revela que, até 2025, haverá um déficit de 140 mil profissionais dessa área.

Portanto, a hora de se preparar é agora, começando por ler este artigo.

Aprenda com a leitura o que faz um especialista em cibersegurança, como ser especialista em cibersegurança e muito mais.

Veja os tópicos abordados:

  • Qual é o papel do especialista em cibersegurança?
  • Principais responsabilidades do especialista em cibersegurança
  • Quanto ganha um profissional em cibersegurança?
  • Como está a demanda no mercado de trabalho?
  • Quais habilidades um profissional em cibersegurança precisa ter?
  • Tipos de cargos e profissões relacionados à cibersegurança
  • Como se especializar em cibersegurança?
  • 5 razões para se especializar na carreira em cibersegurança.

Leia até o final para saber como ser especialista em cibersegurança de sucesso!

Leia também:

Qual é o papel do especialista em cibersegurança?

Um especialista de cibersegurança é responsável por estabelecer, avaliar, monitorar, testar e implementar uma série de rotinas relacionadas à segurança virtual.

Também cuida da parte da manutenção do hardware, ou seja, das máquinas, computadores e, se for o caso, dos servidores usados para armazenar e processar dados.

Há muitas outras atribuições, como veremos mais à frente, mas uma das mais importantes entre elas é treinar e gerir pessoas, afinal, o especialista em cibersegurança também depende de uma equipe bem preparada.

Agora que você sabe o que faz um especialista em cibersegurança, conheça suas principais responsabilidades e funções.

Principais responsabilidades do especialista em cibersegurança

Como é de se esperar, o especialista em segurança cibernética tem grandes responsabilidades, já que é a figura que responde pela segurança das redes e dos dados.

É uma profissão que lida com ameaças reais, ainda mais no Brasil, onde R$ 103 bilhões foram roubados em 2022, o que nos torna segundo país latino-americano que mais sofre ciberataques, atrás apenas do México.

A verdade é que a tecnologia evoluiu tanto para o bem quanto para o mal e, nesse cenário, cabe ao especialista em cibersegurança estar sempre um passo à frente.

Entenda como ele faz isso, conhecendo as responsabilidades que estão em seu espectro de atuação.

Proteger sistemas, redes e dados

Se não houvesse o especialista em cibersegurança, fatalmente as máquinas conectadas à internet ou em rede estariam expostas a todo tipo de invasor.

Não é difícil para um hacker minimamente treinado e com conhecimentos de programação acessar sem autorização um computador conectado.

Para evitar que isso aconteça, é preciso manter um protocolo robusto de mecanismos de acesso,

usadas chaves de segurança, criptografia e autenticação em duas etapas, entre outras medidas.

Implementar e gerenciar medidas de segurança

A Transformação Digital levou à massificação do uso da internet em uma escala sem precedentes.

Nesse contexto, as empresas passaram a estimular políticas de BYOD, Bring Your Own Device, na qual cada colaborador trabalha com seu próprio equipamento.

Se por um lado isso gera economia, ao demandar menos equipamentos, por outro aumenta a necessidade de implementar medidas de segurança contra eventuais infecções virtuais e ataques.

Essa é mais uma função que cabe ao especialista em cibersegurança, que lida em suas rotinas com a ameaça constante de invasões por vírus, malwares e outros tipos de pragas.

Realizar testes de penetração

Segundo a IBM, testes de penetração consistem em simulações de ataques para encontrar vulnerabilidades em sistemas operacionais.

Também conhecidos como pentests, neles o especialista em cibersegurança faz uma espécie de “treino” para a eventualidade de uma invasão.

Esses ataques simulados podem ser realizados em sistemas, redes e até aplicativos, de modo a detectar falhas e brechas que possam atrair cibercriminosos.

Para isso, é utilizado o chamado “hacking ético”, ou seja, o hackeamento não com a finalidade de prejudicar, mas de corrigir problemas relacionados à cibersegurança.

Investigar e responder a incidentes de segurança

Por mais que o especialista em cibersegurança trabalhe para prevenir incidentes, cedo ou tarde eles podem acontecer.

Nesse caso, é ele quem deverá tomar a iniciativa no sentido de estancar possíveis vazamentos, blindando os sistemas e plataformas sob sua responsabilidade.

Se uma invasão ou roubo já tiver sido consumado, caberá a esse profissional conduzir investigações para detectar falhas e responsáveis pelo incidente.

Como principal responsável pela cibersegurança, é ele o primeiro a ser questionado em caso de problemas relacionados à integridade de uma rede, suas máquinas e sistemas.

Manter-se atualizado sobre ameaças e tendências

A exemplo de outras funções de liderança altamente técnicas, a de especialista em cibersegurança exige constante aperfeiçoamento.

Além de ter que lidar com criminosos, sempre criativos e inovadores nas formas de burlar, a própria marcha da tecnologia impõe essa necessidade.

Os avanços mais recentes em Inteligência Artificial e Machine Learning, por exemplo, representam para a área de cibersegurança um leque de novas soluções.

Essas ferramentas conseguem detectar ameaças mais rapidamente do que os antivírus convencionais, permitindo assim que sejam dadas respostas mais ágeis.

Isso para não falar das inovações em termos de hardware, como os wearables, equipamentos que já estão dando o que falar entre os especialistas em cibersegurança.

Desenvolver e implementar políticas e procedimentos

Por ser uma posição de liderança, cabe também ao especialista em segurança cibernética tomar a frente no desenvolvimento das políticas que deverão nortear suas operações.

Essas políticas devem ser direcionadas para a proteção de dados, assim como o uso que se faz deles, sempre em conformidade com a LGPD.

Caso haja algum incidente, o especialista em cibersegurança pode ter que responder perante as autoridades, caso a empresa não disponha de um Controlador.

A partir das políticas, o especialista define também normas, regras, limites e procedimentos para orientar colaboradores e usuários no dia a dia.

Conscientizar e treinar usuários

Quem trabalha na área de cibersegurança terá que lidar, dependendo da empresa em que atua, não apenas com as questões internas, mas com clientes e usuários.

Uma desenvolvedora que trabalhe para clientes B2B pode ter que prestar serviços como treinamento e suporte técnico.

Mesmo empresas que atuam no segmento B2C podem ter que prestar esse tipo de atendimento, treinando novos usuários que contratam seus softwares de uso doméstico.

Em ambos os casos, pode ser que o especialista em cibersegurança tenha que saber orientar e conscientizar.

Gerenciar orçamento de segurança cibernética

Como vimos logo no início deste artigo, os investimentos na área de cibersegurança deverão crescer a altas taxas nos próximos anos.

Com mais recursos sendo movimentados, aumenta a responsabilidade do especialista desse segmento, já que uma de suas funções também é “guardar o cofre”.

O especialista em segurança cibernética é quem dá a palavra final em relação a todo tipo de gasto em seu setor, tomando decisões junto à alta gestão e ao financeiro.

É quem determina, ainda, as projeções orçamentárias para as suas atividades, por meio de previsões anuais e balanços mensais.

Trabalhar com outras equipes

A área de cibersegurança, assim como todas as outras, precisa trabalhar em sinergia com outras dentro da empresa.

Seus profissionais podem, por exemplo, encampar projetos de desenvolvimento de novos softwares e sistemas que demandam a participação de profissionais de outras áreas.

O papel do gestor em cibersegurança, nesses casos, é intermediar o contato com outras equipes, mantendo diálogo permanente com seus respectivos líderes.

Também é responsável por eventuais falhas nos projetos, desde que comprovadamente sejam causados pelo seu pessoal, cabendo a ele aplicar possíveis medidas disciplinares.

Analisar logs de segurança

Problemas e falhas em rede, bem como outros tipos de bugs geram logs, que nada mais são do que arquivos que mostram o status de um sistema no momento da falha.

A análise desses arquivos vale ouro para quem trabalha com cibersegurança, porque é a partir dela que se pode identificar anomalias nos sistemas e padrões anormais de comportamento.

Gerenciar chaves de criptografia

Outra função das mais importantes para um cibergestor é gerir as chaves de criptografia.

Nesse caso, o profissional ou a profissional precisa considerar dois aspectos: a gestão dos acessos e a do ciclo de vida.

A primeira diz respeito ao monitoramento de cada login que se faça em um sistema usando determinada chave, assim como a definição do tipo de acesso que deverá ser usado.

Já o ciclo de vida tem a ver com a renovação periódica de licenças de uso e a troca de códigos usados para acessar bancos de dados contendo informações confidenciais.

Responder a solicitações de suporte

Vimos que, eventualmente, as equipes responsáveis pela manutenção de certos sistemas e SaaS podem ter que responder a solicitações dos clientes ou a pedidos de suporte.

O especialista em cibersegurança deve estar sempre alerta nesses casos, até para manter um registro das ocorrências, as quais podem orientar quanto a ações de melhoria.

Manter conformidade com leis e regulamentos

O Brasil é um dos países considerados de vanguarda na área tecnológica, já contando inclusive com uma lei própria para disciplinar o uso de dados pelas empresas, a LGPD.

Sancionada no Brasil com a publicação da Lei Nº 13.709/18, trata-se da lei que regulamenta a maneira como os dados pessoais devem ser tratados.

Essa é, portanto, a regra máxima para o profissional que trabalha com compliance digital ou na área de cibersegurança.

Quanto ganha um profissional em cibersegurança?

Para ser um especialista em segurança cibernética, é preciso antes exercer funções operacionais e intermediárias, até para ganhar experiência.

Como é de se esperar, os salários para esses profissionais são compatíveis com as responsabilidades envolvidas, começando na faixa dos R$ 3 mil e chegando a R$ 14 mil nas funções mais altas, como indica o site Glassdoor.

Como está a demanda no mercado de trabalho?

Quem está em vias de se graduar como especialista em cibersegurança ou já trabalha na área tem muito o que comemorar no momento.

Como aponta uma matéria da revista Exame, essa é uma das áreas em alta no mercado brasileiro, principalmente para quem trabalha com Inteligência Artificial.

Isso sem contar a escassez de profissionais qualificados, já apontada no começo deste artigo.

Portanto, quem se especializar em cibersegurança pode contar com um mercado aquecido e muitas vagas de emprego.

Quais habilidades um profissional em cibersegurança precisa ter?

Em razão da grande responsabilidade envolvida em suas tarefas e atribuições, o especialista em cibersegurança precisa apresentar um leque extenso de competências e habilidades.

Confira abaixo algumas delas:

  • Conhecimento profundo de sistemas e redes
  • Habilidade em análise de vulnerabilidades e testes de penetração
  • Experiência em gerenciamento de segurança de informação
  • Conhecimento de leis e regulamentações de segurança cibernética
  • Saber se comunicar
  • Orientação para o trabalho em equipe
  • Capacidade de pensar criticamente e de resolver problemas
  • Proatividade e atenção aos detalhes
  • Curiosidade e vontade de aprender
  • Capacidade de adaptação
  • Ética profissional.

Tipos de cargos e profissões relacionados à cibersegurança

Analista, engenheiro e consultor de cibersegurança são possibilidades

A cibersegurança aparece com destaque entre as profissões do futuro.

Mas quais são os cargos relacionados a essa área?

Como especialista em cibersegurança, é possível trilhar uma carreira de sucesso em diversas áreas desse segmento.

Veja a seguir:

  • Analista de segurança da informação
  • CISO (Chief Information Security Officer)
  • Analista de segurança de aplicativos
  • Engenheiro de segurança
  • Arquiteto de segurança
  • Gerente de segurança da informação
  • Consultor de segurança da informação
  • Especialista em forense digital
  • Pentester (hacker ético)
  • Especialista em resposta a incidentes
  • Administrador de segurança de rede
  • Administrador de segurança de sistemas
  • Analista de SOC (Security Operations Center)
  • Especialista em suporte técnico de segurança
  • Cientista de dados de segurança
  • Educador em segurança da informação
  • Pesquisador de segurança
  • Advogado de cibersegurança.

Como se especializar em cibersegurança?

Quer saber como ser especialista em cibersegurança e fazer parte de um seleto grupo de profissionais com alta demanda e salários atrativos?

Então o seu lugar é no Advanced MBA em Cibersegurança da FIA, onde você aprende desde Gestão Empresarial até os conceitos e técnicas em Cibersegurança e Proteção Digital de Negócios.

Venha para a FIA e comece uma trajetória profissional de sucesso!

5 razões para se especializar na carreira em cibersegurança

Tem interesse na área? Ou ainda está na dúvida se segue essa carreira?

Veja cinco razões para você investir em cibersegurança para o seu futuro profissional.

1. Há muitas vagas em cibersegurança

Enquanto determinadas ocupações sofrem com o desemprego, quem escolhe a cibersegurança está em ascensão.

Outra informação útil para quem pensa em se especializar nessa área é a de que falta mão de obra especializada para assumir os cargos ofertados.

A Cybersecurity Nexus afirma que 59% das organizações de cibersegurança no mundo têm 5 candidatos competindo por cada vaga – bem abaixo da média de outras profissões.

Por fim, vale conferir os dados do Cybersecurity Workforce Study, que descobriu que faltavam mais de 3 milhões de profissionais de cibersegurança no mundo.

Só na América Latina, o déficit de profissionais chega a 136 mil cargos.

2. Você terá chances de trabalhar no mundo todo

Como falamos acima, faltam profissionais especializados para assumir cargos de cibersegurança, inclusive nos países mais desenvolvidos, onde essa prática já é mais comum e os investimentos são maiores.

Se trabalhar no exterior é uma meta, vale investir em um bom curso de inglês e praticar o idioma.

Isso sem falar na própria especialização na área, é claro.

Com a carência de profissionais de cibersegurança no mercado, você terá boas chances de conseguir o posto tão desejado.

3. Os salários em cibersegurança valem a pena

A oferta de vagas é maior do que a demanda de bons profissionais incentiva a alta remuneração no mercado.

Isso sem falar em salários pagos em dólar ou euro, que é o caso daqueles que escolhem uma empresa fora do Brasil.

Segundo a consultoria Robert Half, os ganhos de um analista de cibersegurança, que é o patamar inicial da carreira na área, giravam em torno de R$ 3 mil mensais.

Já um gerente de cibersegurança pode contar com salários acima dos R$ 20 mil.

4. É uma área em crescimento

grande expectativa de crescimento na área de cibersegurança

Quando falamos de cibersegurança, estamos nos referindo a um mercado no qual as políticas ainda precisam ser decididas e estabelecidas, tanto para empresas quanto para governos.

Ou seja, ainda está em estágio embrionário, mas com grande expectativa de crescimento.

Em boa parte, isso se justifica porque o número de ataques digitais aumenta em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Um dos casos mais famosos foi o de um vírus chamado WannaCry, um tipo de ransomware (vírus de resgate) que sequestrou dados em mais de 300 mil computadores em 150 países.

As empresas também estão progressivamente mais dependentes de seus sistemas internos para funcionar.

Isso sem falar que o trabalho remoto se configura aos poucos como realidade de muitas companhias, chegando a 44% das empresas no Brasil.

Combinando todos esses fatores, o que se desenha é o cenário de um futuro que irá pedir cada vez mais profissionais de cibersegurança nas empresas.

Sua função será a de garantir que os dados estejam guardados e protegidos, não importa qual ameaça apareça ou de qual país eles estejam sendo acessados.

5. Você estará em constante evolução

Para quem gosta da ideia de trabalhar com algo que ama e não quer passar o resto da vida fazendo a mesma coisa, a cibersegurança é um bom caminho a se trilhar.

Afinal, os sistemas estão em constante evolução e novos crimes digitais aparecem todos os dias.

Ou seja, os desafios serão constantes.

Por isso, o ideal é que o profissional dessa área seja alguém que se atualiza com frequência, criativo nas soluções, incansável para lidar com os problemas e atento aos detalhes para evitar qualquer falha no sistema.

Conclusão

Ser um especialista em cibersegurança é para profissionais verdadeiramente preparados.

Você pode ser um deles, qualificando-se em nossos cursos.

Outra forma de estar sempre atualizado é ler os conteúdos publicados aqui no blog FIA, preparados pelo nosso time de especialistas.

Se gostou do conteúdo, compartilhe em suas redes sociais!

Referências:

https://www.sphericalinsights.com/reports/cybersecurity-market
https://www.datacenterdynamics.com/br/not%C3%ADcias/cresce-demanda-por-profissionais-de-ciberseguranca-no-mercado-brasileiro/
https://exame.com/future-of-money/r-103-bilhoes-roubados-brasil-e-o-2o-pais-que-mais-sofre-crimes-ciberneticos-na-america-latina/
https://www.ibm.com/br-pt/topics/penetration-testing
https://exame.com/carreira/veja-os-salarios-das-profissoes-em-alta-para-2024-no-setor-de-inteligencia-artificial/
https://www.ti.rio/info/41965/carreira-em-ciberseguranca-paga-bem-mas-faltam-profissionais-qualificados
http://tiinside.com.br/tiinside/seguranca/mercado-seguranca/31/10/2018/estudo-revela-a-falta-de-quase-3-milhoes-de-profissionais-de-ciberseguranca-no-mundo/
https://www.roberthalf.com.br/guia-salarial
https://www.valor.com.br/carreira/4175052/trabalho-remoto-cresce-mais-no-brasil-aponta-pesquisa

FIA

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