Tecnologia

O que é Bard e como usar a inteligência artificial do Google?

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O Bard é a mais recente aposta do Google para manter a sua posição de líder em serviços de busca na internet.

Embora ainda esteja em fase de testes, ele já é considerado uma ameaça à sensação do momento, o Chat GPT.

Sobre isso, a diferença entre Bard e Chat GPT nem é o ponto mais importante.

Basta lembrar que uma das suas vocações da gigante da tecnologia é destronar concorrentes.

É claro que houve alguns fracassos, como foi o Google Plus. Mas o histórico é favorável.

Nesse sentido, o mercado até espera que a inteligência artificial do Google possa fazer com que o Chat GPT perca espaço em pouco tempo.

Para começar, o Google continua sendo disparado o maior motor de busca, respondendo por cerca de 84% das pesquisas realizadas (conteúdo em inglês).

A Open AI, empresa que desenvolve o Chat GPT, nem sonha em alcançar tamanho poderio em termos de Big Data.

Mas esse é apenas um aspecto a ser considerado daqui para a frente, levando em conta o gigantesco potencial da inteligência artificial conversacional.

Vamos abordar neste artigo tudo que envolve a última grande criação do maior motor de busca conhecido e entender os impactos disso para a humanidade.

Leia também:

Confira os tópicos:

  • O que é o Google Bard?
    • Por que o Google Bard foi criado?
  • Qual é a diferença entre Bard e ChatGPT?
  • Como o Bard funciona?
  • Principais recursos do Bard, a inteligência artificial do Google
  • Quais áreas devem olhar com atenção para o Bard?
  • Quando o Bard estará disponível?
  • Quais são as tendências para o Bard?

Continue lendo e fique por dentro!

O que é o Google Bard?

Embora já esteja sendo chamado de inteligência artificial do Google, o Bard não é exatamente uma IA.

Assim como o seu principal concorrente, o Chat GPT, trata-se de uma inteligência conversacional, portanto, um sistema com uma finalidade mais específica.

Ela é desenvolvida a partir de uma tecnologia criada em 2021 pelo Google, a Language Model for Dialogue Applications, ou linguagem LaMDA.

Segundo o próprio Google, essa é uma tecnologia de conversação inovadora, que já vinha sendo desenvolvida bem antes de o Chat GPT ser lançado.

Por isso, talvez nem faça muito sentido dizer que seja uma resposta do Google à Open AI, pelo menos não em termos de tecnologia.

A propósito, tudo leva a crer que a solução do Google tem tudo para desbancar o Chat GPT, considerando os motivos que levaram o Bard a ser criado, como veremos a seguir.

Por que o Google Bard foi criado?

Principais diferenças entre Bard e ChatGPT

É verdade que o Google Bard chegou ao mercado – e só em regime experimental – em fevereiro de 2023, portanto, quase três meses depois do seu concorrente.

Esse lançamento em caráter beta talvez seja uma tentativa do Google de não ficar tão para trás no novo nicho de mercado que parece surgir, o das IAs conversacionais.

Há quem diga até que o Google será superado no futuro, já que as respostas textuais fornecidas por essas ferramentas são muito mais contextualizadas e completas.

Porém, uma coisa não deve mudar, que é a diversidade de pessoas e empresas que criam conteúdo.

Assim, é exagero dizer que o Bard foi criado pensando em ser um substituto para o motor de busca do Google, que deve continuar sendo imprescindível por um longo tempo.

Qual é a diferença entre Bard e ChatGPT?

De cara, existe uma diferença entre Bard e Chat GPT fundamental, que são os motores de busca a que eles estão vinculados: o Bard, ao Google, e o Chat GPT, ao Bing.

No entanto, o Chat GPT, pelo menos até onde se sabe, não utiliza o Bing como fonte primária de pesquisa, mas sim um banco de dados alimentado pela própria Open AI.

Portanto, ainda que ambos tenham como função principal interagir com as pessoas a partir de suas indagações, assim como faz o próprio Google Assistente, eles utilizam recursos distintos para isso.

Cabe ressaltar que, apesar de ser desenvolvido pelo Google, o Bard ainda não está oficialmente integrado ao motor de busca.

Então, essa é outra diferença entre Bard e Chat GPT.

Isso para não falar que o Chat GPT encontra-se hoje em um estágio muito mais avançado.

Prova disso foi um erro no lançamento do Bard, quando a ferramenta disse que o telescópio James Webb foi o autor da primeira imagem de um exoplaneta.

Na verdade, esse feito havia sido alcançado em 2004, pelo Very Large Telescope.

Como o Bard funciona?

O Bard é alimentado por uma versão mais leve do LaMDA, um modelo de linguagem em IA.

De acordo com os próprios pesquisadores que desenvolveram a tecnologia, ele realiza suas pesquisas fazendo uso de:

“Fundamentação factual, na qual o modelo consulta fontes externas de conhecimento, recuperando informações, traduzindo linguagens e fazendo cálculos”.

Assim, o modelo gera respostas fundamentadas em fontes conhecidas, em vez de respostas meramente textuais.

Isso o diferencia totalmente do Google Assistente, por exemplo.

O Bard usa três métricas para avaliar as saídas do LaMDA:

  • Sensibilidade: mede se uma resposta faz sentido ou não
  • Especificidade: avalia se a resposta é genérica ou contextualmente específica
  • Interesse: mede se as respostas são perspicazes ou inspiram curiosidade.

Lembrando que, em seu desenvolvimento, os engenheiros do Google recorreram a avaliações feitas pelo público.

Tanto que, segundo os desenvolvedores do Bard, essa tem sido uma ferramenta eficaz para implementar melhorias.

Ou seja, além de utilizar o colossal banco de dados do Google, ele também se baseia no feedback humano para se aprimorar.

Principais recursos do Bard, a inteligência artificial do Google

O Bard também funciona como um chatbot, mas suas habilidades vão além disso

Por se tratar de uma IA conversacional, o Bard também funciona como um chatbot, pelo qual podem ser obtidas respostas para as mais variadas questões.

A ideia é fornecer um serviço que vai além do que já fazem os motores de busca tradicionais e do próprio Google Assistente, não só respondendo ao usuário, mas também interagindo com ele.

Como vimos, para cumprir essa função, o Bard utiliza uma versão da LaMDA, a fim de gerar respostas de alta qualidade e relevância.

A ideia é que ele seja adaptável a diversos contextos para funcionar como uma ferramenta versátil e útil para um ampla variedade de necessidades.

O Bard se caracteriza também por ser amigável, podendo ser utilizado tanto por usuários iniciantes quanto avançados.

Confira na sequência os principais recursos que ele emprega para isso.

Habilidade para realizar diálogos complexos

O LaMDA é um poderoso modelo que pode entender as nuances e complexidades da linguagem humana, gerando respostas contextualmente relevantes e coerentes.

Com isso, o Bard pode lidar com uma grande variedade de tópicos e conversas, desde um simples bate-papo casual até discussões mais elaboradas sobre assuntos específicos.

Ele pode lidar com diálogos complexos, envolvendo negociação, persuasão e até resolução de conflitos.

Para isso, ele faz uso de técnicas avançadas de processamento de linguagem natural e sistemas de gerenciamento de diálogo.

A fim de melhorar a performance, o chatbot pode ser otimizado por meio de simulações e experimentações contínuas.

Ele faz isso por meio de testes A/B ou algoritmos multi-armed bandit, para identificar as estratégias de geração de linguagem e respostas mais eficazes.

Múltiplas finalidades

A Bard AI pode ajudar empresas e organizações a melhorar seu atendimento e engajamento ao cliente, fornecendo respostas rápidas e precisas às dúvidas dos usuários.

O chatbot também pode auxiliar na recuperação de informações, encontrando dados ou fatos específicos sobre um determinado tópico.

Ainda que esteja em fase de desenvolvimento e esteja longe do Chat GPT, já se pode vislumbrar um enorme potencial para a ferramenta.

Isso porque, como é de se esperar, está nos planos do Google integrar o Bard ao seu motor de busca.

Dessa forma, o Bard poderá ter incontáveis usos, desde o fornecimento de respostas simples até auxiliar instituições de ensino e pesquisa científica.

Isso faz com que os recursos de geração de linguagem do chatbot sejam ajustáveis às necessidades específicas de negócios ou organizacionais, tornando-o uma solução altamente adaptável e escalável.

Integração com outros sistemas

O chatbot do Bard pode ser integrado a várias plataformas, como aplicativos de mensagens e sites, gerando uma experiência de conversação perfeita.

Seus recursos podem ser estendidos por meio da personalização e integração com outras ferramentas e tecnologias de IA, como processamento de linguagem natural e Machine Learning.

O desempenho da Bard pode ser monitorado e analisado utilizando várias métricas, como tempo de resposta, precisão e satisfação do usuário, ajudando a melhorar sua eficácia e eficiência ao longo do tempo.

À medida que interage com mais usuários e processa mais dados, o chatbot se torna mais hábil em entender as entradas do usuário, gerando respostas cada vez mais relevantes.

Ele também é capaz de interpretar vários idiomas, tornando-se uma ferramenta valiosa para empresas e organizações com operações internacionais ou bases de clientes multilíngues.

O chatbot também pode se integrar a sistemas de CRM, softwares de automação de marketing ou plataformas de análise, para fornecer uma visão completa sobre o comportamento do usuário.

Machine Learning

Graças ao aprendizado de máquina, os recursos de geração de linguagem do Bard podem ser adaptados a diferentes estilos e abordagens.

Dependendo do assunto e da abordagem do usuário, ele pode usar um tom formal ou casual.

Assim, ele pode se adaptar à voz da marca e a personalidade de uma empresa ou organização.

O chatbot pode ser treinado para lidar com domínios ou tópicos específicos, como finanças, saúde ou tecnologia, aproveitando modelos prontos ou conjuntos de dados personalizados.

Pode também lidar com vários tipos de entradas do usuário, como texto, voz ou imagens, tornando-o uma ferramenta versátil para comunicação e recuperação de informações.

Tudo isso leva a crer que, muito em breve, o Bard proporcionará uma experiência tão completa quanto a do Chat GPT ou ainda mais.

Quais áreas devem olhar com atenção para o Bard?

A quantidade de aplicações do Chat GPT são uma amostra do que a inteligência artificial conversacional pode fazer.

De certa forma, ela é o próximo passo dos motores de busca, que há décadas vêm servindo como a principal fonte de pesquisa para os mais variados fins.

Profissionais de áreas como marketing, TI, finanças e muitas outras vêm se beneficiando dos recursos desenvolvidos em função da evolução das ferramentas de buscas web.

No caso do Bard, as expectativas são ainda mais altas, tendo em vista a iminente incorporação do motor de busca do Google às suas fontes de dados.

É como se o buscador passasse a ter uma inteligência artificial própria, tornando-se capaz de aprender e interagir com cada usuário.

Isso faz com o que o Bard seja desde já observado com muita atenção não só pelo segmento corporativo mas também pelas instituições de ensino e pesquisa.

Quando o Bard estará disponível?

Lançado em fevereiro de 2023, o Bard por enquanto só está disponível para usuários selecionados nos Estados Unidos e Inglaterra.

O Google ainda não tem previsão de quando vai liberar o acesso ao Bard em outros países, até para evitar gafes como aquela que aconteceu no lançamento.

Como entrar na fila de espera?

O Google abriu uma lista de espera para usuários do Google, disponível no site bard.google.com.

Contudo, para se inscrever no Brasil, é preciso usar um serviço de VPN, já que o acesso, como vimos, está restrito aos territórios americano e inglês.

Quais são as tendências para o Bard?

O Bard pode superar seu atual concorrente, o Chat GPT?

Como destacamos no início, o Google é movido por uma grande capacidade de desbancar concorrentes.

Assim aconteceu com os buscadores Yahoo, Cadê e os navegadores Netscape e Internet Explorer, todos superados pelas soluções desenvolvidas pela Alphabet, a holding que controla o Google.

Mas há outros motivos ainda mais fortes para justificar a grande expectativa criada pelo lançamento do Bard e pelo surgimento da inteligência artificial conversacional.

Em uma perspectiva mais ampla, ferramentas como o Chat GPT e o Bard deverão redefinir o conceito de busca na internet, que daqui para frente deverá ser muito mais interativo.

Isso significa que, ao buscar conhecimento sobre um tema, não estaremos mais sujeitos a respostas estáticas, dadas por sites cuja autoridade é atribuída pelos motores de busca.

A partir de agora, a informação disponível na web passará a ser “digerida” pelos chatbots dotados de IA, que serão os principais responsáveis pela sua atualização.

A propósito, a informação desatualizada é desde sempre um desafio para os motores de busca, que não têm como evitar a indexação de sites com dados defasados.

O Bard deve pôr fim a isso, já que se espera que a IA seja capaz de identificar quando uma informação encontra-se desatualizada.

Por isso, essa é a mais forte das tendências que o Bard deve seguir, como veremos na sequência.

Maior capacidade de se manter atualizado

Tudo que se falar a respeito do futuro Bard é especulação.

Mas uma coisa é certa: ao incorporar o motor de busca do Google como fonte de informação, ele terá uma capacidade muito maior que a do Chat GPT de se manter atualizado.

É possível até que, no futuro, o próprio buscador se torne obsoleto, considerando a capacidade de dar respostas muito mais assertivas da IA.

Por isso, o Bard tende a se tornar uma ferramenta bem mais confiável que o Chat GPT, que não dispõe de um banco de dados tão vasto quanto o do Google.

Novas estratégias orientadas

A expectativa de que um dia o Bard supere o motor de busca do Google abre uma série de possibilidades.

Uma delas é o hipotético surgimento de uma nova linha de otimização, que deixará de ser feita para atender aos requisitos do Google, mas para responder às perguntas feitas no Bard.

Podemos especular que o trabalho de web marketers, designers e redatores deverá se tornar muito mais exigente, uma vez que os conteúdos deverão satisfazer a demandas muito mais específicas.

A propósito, há quem diga que essas duas últimas profissões tendem a desaparecer, uma vez que a IA vem evoluindo a ponto de criar conteúdos cada vez mais relevantes, mas essa abordagem é bem questionável.

É mais seguro dizer que essas atividades serão transformadas e atualizadas, mas não extintas.

Superar o Chat GPT

A partir de tudo isso que acabamos de destacar, é difícil não imaginar um futuro em que o Bard não supere o Chat GPT.

Claro que, em se tratando de tecnologia, nenhum resultado é garantido, mas até aqui, o Bard já mostrou que tem totais condições de ser a nova referência em IA conversacional em breve.

Isso vai depender da capacidade que a Open AI terá em demonstrar soluções tão eficazes quanto as do Google, o que não é nada fácil quando o assunto é pesquisa web.

A hegemonia conquistada pelo Google torna a missão do Chat GPT ainda mais difícil, considerando o gigantesco poder de armazenamento de dados desenvolvido pelo motor de busca.

Geração de conteúdo

Embora não seja exatamente uma função das IAs conversacionais, a geração de conteúdo original acaba sendo uma tendência, já que os textos produzidos deverão ser progressivamente melhores.

Cabe frisar que a inteligência artificial já é capaz de produzir não apenas textos, mas até imagens e vídeos sem a necessidade de intervenção humana.

Aprimoramento dos padrões éticos

Embora os motores de busca já disponham de filtros para evitar que conteúdos sensíveis sejam mostrados, com a IA conversacional esse controle deverá ser ainda mais aprimorado.

Portanto, é esperado que, tanto no Bard quanto no Chat GPT, certas ações sejam praticamente impossíveis, como espalhar pirataria, pornografia ou qualquer conteúdo que estimule ódio, intolerância ou violência.

Isso sem falar na segurança da informação, que deverá ser ainda mais fortalecida contra tentativas de vazamento de dados.

Lembrando que existe um amplo debate em torno do Marco Legal da Inteligência Artificial, assunto que já abordamos por aqui.

Conclusão

O Bard é mais uma etapa na marcha incessante da Transformação Digital.

Assim como não podíamos prever muitas melhorias que os motores de busca viriam a proporcionar, ainda é cedo para dizer exatamente até onde a IA conversacional pode nos levar.

Você pode fazer parte desse movimento, capacitando-se para desenvolver novas tecnologias.

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FIA

Com um olhar sempre no futuro, desenvolvemos e disseminamos conhecimentos de teorias e métodos de Administração de Empresas, aperfeiçoando o desempenho das instituições brasileiras através de três linhas básicas de atividade: Educação Executiva, Pesquisa e Consultoria.

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