28 jun 20

Executivos aprovam home office forçado pelo covid-19, aponta pesquisa conduzida pela FIA e FEA/USP

Realizada entre os dias 27 de maio e 3 de junho, a pesquisa mediu a percepção de trabalhadores alocados em cargos de média e alta gestão nesses primeiros três meses de home office.

Mesmo diante da falta de equipamentos adequados, como cadeiras e até computador, a maioria quer manter nova rotina pós-isolamento.

A nova rotina de Alexandre Cavalcante ilustra bem o resultado de pesquisa conduzida pela FIA e FEA/USP sobre o home office forçado pela covid-19. Funcionário de um banco de investimentos, Cavalcante improvisou uma mesa de operações dentro de seu apartamento. Colocou em uma gaveta aberta o notebook do banco com as cotações de mercado e as ordens de serviço e compartilhou o sistema com seu computador pessoal, que antes era usado como videogame.

Apesar de trabalharem mais do que oito horas por dia, sendo que 12% relatam jornadas acima de 10 horas, sete dias por semana, e de contarem com pouco suporte de infraestrutura – apenas 13% dos trabalhadores dizem dispor de equipamentos apropriados cedidos por suas empresas -, 7,5 em cada 10 executivos afirmam ter uma percepção positiva da experiência. Ainda segundo a pesquisa, obtida com exclusividade pelo Estadão, cerca de 70% deles se dizem motivados a continuar trabalhando em suas casas depois do término do período de isolamento compulsório.

Entenda melhor sobre os efeitos da crise e sobre o mito de perda de produtividade neste link.


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