O uso da tecnologia no campo é uma realidade, deixando para trás aquela ideia romântica do agricultor rústico, equipado apenas com um trator para cuidar de dezenas de hectares.
A gestão em propriedades rurais hoje é muito mais moderna, com maior inovação no dia a dia e repercussão disso nos resultados.
É o que revela uma pesquisa publicada no Canal Agro, segundo a qual 90,71% dos profissionais do campo utilizam algum tipo de software ou app para fazer o manejo agrícola.
A mesma pesquisa mostra também que 90,74% usam aplicativos para monitorar o tempo, enquanto 70,37% fazem uso da tecnologia para gerir suas propriedades.
A transformação digital, como se pode ver, chegou com força no meio rural, modificando as relações de trabalho e melhorando os processos de gestão.
Como veremos neste conteúdo, a tendência é de que a tecnologia no campo esteja cada vez mais presente.
A partir de agora, você confere os seguintes tópicos:
Continue lendo para saber ainda mais sobre como se dá o uso da tecnologia no campo.
A tecnologia no campo consiste no uso, em atividades no meio rural, de softwares, aplicativos e hardwares com fins produtivos.
Um bom exemplo desse tipo de inovação é a utilização de drones para pulverização de fertilizantes, pesticidas e outros produtos em áreas de cultivo.
A tecnologia usada no campo apresenta possibilidades quase ilimitadas, tamanho é o seu potencial.
Uma das mais impressionantes são os sensores de solo, empregados para medir a capacidade de produzir corrente elétrica.
Assim, os gestores agrícolas podem inferir a quantidade de água no terreno, além de poder considerar variações de umidade em porções de uma área de plantio.
Tudo isso gera um nível elevado de precisão que pode ser aplicado às análises do gerenciamento rural.
Por essas e outras razões, a tecnologia no campo vem ganhando importância crescente, como veremos a seguir.
O uso da tecnologia no campo, como vimos, pode ser considerado como um ativo estratégico.
As empresas agrícolas que utilizam intensivamente os recursos tecnológicos ganham uma vantagem competitiva sobre aquelas que ainda estão na era do papel.
Como mostra uma publicação no site Planeta Campo, tecnologias como sistemas ERPs trazem resultados bastante convincentes.
Para 61% dos gestores, o uso dessa tecnologia agiliza o processo decisório, enquanto para 58% ela melhora a gestão dos fornecedores.
Dados que só reforçam a importância da tecnologia no campo e seus recursos que vão muito além de uma mera ferramenta de trabalho.
Por outro lado, como revela uma publicação no portal Agrofy, apenas 19% das empresas agrícolas brasileiras utilizam tecnologias na gestão dos negócios.
É mais um motivo para apostar alto na tecnologia como um diferencial e um fator de competitividade.
A tecnologia usada no campo vem evoluindo a passos largos.
Uma evidência disso é o uso de GPS para orientar tratores e colheitadeiras no lugar dos tradicionais arados puxados por animais de tração.
A montadora de veículos agrícolas John Deere, por exemplo, já desenvolve veículos capazes de se operarem autonomamente, ajustando parâmetros em tempo real sem necessidade de intervenção humana.
Outro avanço digno de nota é o da biotecnologia.
Se antes eram necessários anos de experimentos com cepas e cruzamentos para desenvolver espécimes resistentes a pragas, hoje isso pode ser feito com culturas geneticamente modificadas em laboratório.
Há ainda os avanços na tecnologia para irrigação do solo, que também utilizam sensores de umidade e até inteligência artificial para determinar onde e quando o solo será irrigado.
A importância da tecnologia no campo só aumenta, e não é difícil entender o motivo ao voltarmos o olhar para os impactos que ela gera nas atividades no campo.
Um deles é a maior sustentabilidade de certas operações que, antes, consumiam muita água e hoje têm esse consumo reduzido e otimizado por meio de sistemas inteligentes de irrigação.
Nessa mesma linha, vale destacar os avanços na agricultura regenerativa, que, por meio do monitoramento da saúde do solo, torna possível a recuperação de áreas inteiras e até de ecossistemas.
Com mais recursos digitais, a demanda por mão de obra é reduzida, permitindo que os trabalhadores sejam alocados para outras atividades.
É verdade que, nesse processo evolutivo, alguns postos de trabalho acabam sendo extintos, mas, por outro lado, são na maioria empregos de baixa qualificação, com poucas perspectivas de crescimento.
Portanto, a tecnologia no campo tem impactos muito positivos, nivelando por cima a competição entre empresas agrícolas e melhorando as condições de trabalho.
A pesquisa do Canal Agro destacada no começo deste texto revela também que mais de 95% dos produtores agrícolas utilizam algum tipo de tecnologia em suas atividades.
Vale destacar também a pesquisa Caminhos da Tecnologia no Agronegócio, da KPMG, que traz importantes insights sobre o uso da tecnologia no campo.
Ela revela que 44% dos gestores reconhecem que a adoção de novas tecnologias melhora a performance, com ganhos de produtividade e redução de custos.
Um percentual expressivo como esse só se justificaria se houvesse vantagens da tecnologia no campo, como de fato há.
Veja, então, que vantagens são essas e de que maneira elas podem contribuir para elevar a capacidade produtiva e a qualidade do que é produzido, entre outros pontos positivos.
Como vimos, a tecnologia no campo melhora o planejamento agrícola ao gerar dados em tempo real sobre solo, clima e plantas, facilitando o processo decisório.
Por sua vez, a agricultura de precisão, com uso de drones, sensores e GPS, otimiza a aplicação de insumos, como água e fertilizantes, reduzindo desperdícios.
Há ainda o importante papel dos ERPs e softwares de gestão que integram todas as operações, desde o plantio até a colheita de distribuição, auxiliando na gestão financeira e logística.
O planejamento ganha ainda mais precisão, por meio de previsões climáticas avançadas e análise de mercado que ajudam a minimizar riscos e a maximizar a produtividade.
Além disso, como também vimos, as tecnologias promovem práticas sustentáveis, otimizando os recursos e garantindo a conformidade com as exigências ambientais.
Também vimos que os drones se tornaram importantes aliados no monitoramento do solo e controle de pragas.
Eles também introduzem nas práticas agrícolas o uso de dados para identificar problemas, de modo que os gestores do campo possam agir em tempo hábil para saná-los.
Um dos avanços mais bem vindos é a capacidade de monitorar a qualidade do solo com avançados dispositivos que calculam seus níveis de Ph e de umidade.
Dessa forma, é possível calcular com grande precisão que medidas corretivas devem ser tomadas e que insumos deverão ser utilizados para isso, bem como suas quantidades.
Sem métodos, técnicas e ferramentas confiáveis, era difícil há alguns anos saber o que precisava ser feito para melhorar a produtividade, evitar pragas ou eliminá-las.
As técnicas eram pouco precisas, algumas delas até ineficazes, com uma taxa de sucesso baixa, em muitos casos baseada na tentativa e erro.
O uso da tecnologia no campo mudou esse panorama, agregando uma precisão nunca antes vista nos métodos de medição e controle.
Agora, os donos de propriedades agrícolas não precisam mais gastar toneladas de pesticidas para controlar pragas porque sabem exatamente onde elas estão e como extirpá-las.
O mesmo acontece com os processos de enriquecimento do solo, hoje muito mais precisos graças aos sensores de umidade e de acidez.
A importância da tecnologia no campo não se limita às questões produtivas.
Assim como em outros setores, o trabalho no campo está sujeito a riscos quando realizado sem controle.
Nesse caso, a tecnologia desempenha um importante papel, seja retirando trabalhadores de funções de risco, como a pulverização de pesticidas, seja pela redução do risco ocupacional.
Os acidentes diminuem graças à automação, que, ao aumentar a precisão, reduz também a margem de erro e de uso inadvertido de máquinas, equipamentos e insumos.
Dessa forma, os trabalhadores ficam menos expostos e as empresas agrícolas têm uma redução no passivo gerado por acidentes de trabalho e eventuais ações na justiça.
Dispositivos como os drones e senadores conectados a ERPs e outros softwares dão à gestão agrícola uma capacidade de controle e monitoramento sem precedentes.
Esse controle vai desde as condições do solo até a previsão do tempo, por meio de análises meteorológicas de alta precisão.
Uma vantagem a mais é que, hoje, os próprios agricultores podem realizar suas previsões, sem depender tanto de agentes externos ou de serviços prestados por terceiros.
Os rebanhos, por exemplo, podem ser monitorados por meio de tecnologia RFID, que usa radiofrequência para localizar a posição das cabeças de gado, entre outros animais de corte criados em pastos abertos.
A tecnologia usada no campo acaba também por reduzir o retrabalho, em razão da maior exatidão nas análises.
O maquinário agrícola equipado com inteligência artificial realiza tarefas com precisão milimétrica, reduzindo assim a necessidade de novas medições.
Os softwares, por sua vez, cumprem um papel de grande relevância, servindo para monitorar todas as etapas do processo produtivo, desde o planejamento até a distribuição.
A tecnologia no campo eleva a produtividade e diminui a necessidade de retrabalho no geral, não apenas por aumentar a capacidade produtiva, mas por fazer isso com margem de erro muito pequena, próxima do zero.
Toda evolução tecnológica traz consigo ganhos gerais em economia de escala.
Uma tecnologia inicialmente acessível para poucos rapidamente pode se popularizar, já que, com a evolução, os preços caem e mais produtores podem ter acesso a novos recursos.
Como essa marcha evolutiva é cada vez mais acelerada, percebe-se hoje uma disparidade menor em relação aos produtores médios e pequenos.
Claro que sempre haverá diferenças, mas a tendência é que, quanto mais se aplicar soluções tecnológicas no campo, melhores e mais acessíveis tendem a ser as condições de trabalho.
Além disso, os processos tendem a se tornar mais seguros, previsíveis e menos sujeitos a falhas, já que a tecnologia no campo nivela as atividades de certa forma.
Algumas das principais ferramentas digitais utilizadas no campo você já conheceu lendo este artigo até aqui.
Vamos recapitular algumas e destacar outras:
Só de considerar as vantagens da tecnologia no campo já temos fortes motivos para apostar alto nos equipamentos e softwares voltados para a gestão agrícola.
Outra boa razão para isso é que elas deixam para trás velhos problemas enfrentados pelos gestores no campo, como as dificuldades no controle de pragas, contaminação por agrotóxicos e empobrecimento do solo.
A tecnologia é, portanto, a melhor resposta para quem ainda precisa melhorar seus processos, dando um “poder de fogo” incomparável em relação a quem não a utiliza.
A inovação está ao alcance do produtor rural, mas se há dúvidas quanto ao uso, nada melhor do que ter o suporte de especialistas.
As empresas que atuam no agronegócio podem contar com a expertise da consultoria da FIA Business School para melhorar seus processos e orientar na aplicação da tecnologia.
Somos especialistas em áreas como sustentabilidade ambiental, gestão de processos, gestão de risco e compliance, entre muitas outras.
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O agro está em alta e quem se capacitar para utilizar a tecnologia no campo terá resultados superiores nos negócios.
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Referências:
https://summitagro.estadao.com.br/agrotech/mais-de-95-dos-produtores-rurais-utilizam-algum-tipo-de-tecnologia-digital-diz-pesquisa/
https://planetacampo.canalrural.com.br/agricultura/agro-tecnologia/
https://news.agrofy.com.br/noticia/203878/menos-20-das-empresas-do-agro-usam-tecnologias-aplicadas-gestao
https://kpmg.com/br/pt/home/insights/2024/04/pesquisa-aborda-tecnologia-agronegocio.html
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/tecnologia-no-campo-e-acessivel-a-pequenos-e-melhora-produtividade,949643ad7fe96810VgnVCM1000001b00320aRCRD
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