Pensando em estudar Engenharia Econômica? Este conteúdo vai ajudar você a tirar suas dúvidas sobre o curso.
Trata-se, basicamente, de uma área do conhecimento que une as técnicas da Engenharia e da Economia com um objetivo principal: balizar tomadas de decisão.
As decisões sobre executar ou não um projeto, comprar ou construir algo, fazer ou não um investimento financeiro sempre resultam da escolha de uma alternativa em detrimento de outras.
Isso ocorre tanto no âmbito das empresas privadas quanto no setor público e nas organizações sem fins lucrativos.
Nesse contexto, a Engenharia Econômica tem papel fundamental.
Ninguém, nem as maiores corporações do mundo, têm recursos ilimitados para investir.
O capital, em geral, é limitado e a escolha deve ser a mais interessante e viável do ponto de vista do retorno e rentabilidade.
Mas, afinal, como funcionam os cursos de Engenharia Econômica? Em quais áreas esse profissional pode atuar?
Se você tem dúvidas como essas, não deixe de ler este artigo até o final.
A partir de agora, vamos abordar os seguintes tópicos:
Boa leitura!
Engenharia Econômica é a área do conhecimento que reúne um conjunto de técnicas matemáticas com o objetivo de avaliar, formular e estimar resultados econômico-financeiros.
Entre os principais objetivos, está a simplificação comparativa entre alternativas de investimentos diversos.
Dentro das organizações, a Engenharia Econômica analisa custos, riscos, potencial de retorno e a viabilidade de uma tomada de decisão.
Busca, ainda, por meio de um planejamento econômico e financeiro, aperfeiçoar processos que resultem em ganho de eficiência e produtividade.
Imagine uma empresa que produz peças automotivas.
Para melhorar as condições competitivas frente ao mercado, a gestão pretende reduzir os custos de produção, automatizando processos repetitivos até então executados manualmente.
Como saber se a decisão de investimento no projeto de automatização é viável econômica e financeiramente? Por meio da Engenharia Econômica.
O plano de investimento na modernização da fábrica deve considerar aspectos como:
Observe que a Engenharia Econômica usa dados do passado e do presente para estimar um resultado futuro.
No processo de análise do investimento, o profissional precisa cumprir ainda algumas etapas, como:
O objetivo é fundamentar a tomada de decisão do gestor, considerando, inclusive, a análise de sensibilidade, ou seja, o efeito que alguma variável pode causar no resultado projetado.
Se, após cumpridas as etapas, o resultado da análise indicar que a substituição da mão de obra por robôs aumentará a produção e reduzirá os custos, a empresa terá condições de decidir pelo investimento com muito mais assertividade.
Você pode estudar Engenharia Econômica de diferentes maneiras. Depende de como pretende se aprofundar no assunto.
Algumas instituições oferecem cursos de curta duração, a preços acessíveis, por meio de plataformas online.
O objetivo, geralmente, é proporcionar ao aluno uma noção básica e conceitual da profissão, com exemplos e exercícios práticos.
A Engenharia Econômica também faz parte da grade curricular do curso de Engenharia de Produção, sendo uma das mais importantes disciplinas.
Há, ainda, cursos de pós-graduação, oferecidos inclusive por universidades federais, destinados à especialização de profissionais que já atuam no mercado.
O conteúdo programático muda conforme a instituição de ensino, mas, em geral, abrange temas relevantes, como indicadores econômicos, taxas de juros, retorno sobre investimento, dentre outros.
As disciplinas geralmente estão relacionadas aos seguintes assuntos:
Assim que inicia o curso, o aluno se depara com os princípios básicos que embasam a construção do conhecimento sobre a área.
Eles incluem desde sistemas de amortização (como os usados em financiamentos) aos efeitos de depreciação sobre um ativo imobilizado, por exemplo.
A Engenharia Econômica aborda diferentes questões relacionadas ao universo financeiro e econômico no ambiente organizacional.
Especificamente em relação aos investimentos, apresenta métodos que permitem comparar alternativas e escolher a melhor opção.
Desta maneira, o aluno estuda: Valor Uniforme Equivalente (VUE), Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR) e Tempo de Recuperação do Capital (Payback).
Um conceito muito importante é o valor do dinheiro no tempo.
Se você, como empresário ou pessoa física, faz um investimento, seja no mercado financeiro ou em um negócio próprio, espera que o capital investido cresça com o tempo.
A lógica é a mesma quanto você toma dinheiro emprestado: o banco espera ter o dinheiro dele de volta acrescido de juros e correções.
Por meio de conceitos como os apresentados acima, é possível calcular o valor do dinheiro no tempo, movimentando-o para frente e para trás, utilizando diferentes taxas de juros.
É possível, ainda, trazer a valor presente um fluxo de caixa futuro ou simular a atratividade de um investimento usando uma taxa de desconto.
O prazo de duração de um curso de Engenharia Econômica varia conforme a escolha do aluno.
Se for um curso de pós-graduação, o prazo costuma ser de aproximadamente dois anos.
No caso dos cursos de formação básica, sem pré-requisitos, a carga horária pode ser de 300 a 500 horas, considerando o trabalho de conclusão de curso (TCC).
O curso de Engenharia de Produção, que tem em sua grade curricular a disciplina de Engenharia Econômica, tem duração de cinco anos.
O profissional de Engenharia Econômica tem capacidade técnica para nortear a melhor decisão de investimento e sugerir mudanças que otimizem os resultados econômico-financeiros das empresas.
Pode atuar em estratégias de redução de custos ou em projetos que buscam aumentar a participação de mercado de um negócio, por exemplo.
São decisões que, fundamentalmente, envolvem três elementos essenciais: fluxo de caixa, taxa de juros e tempo.
Como o capital a ser investido, seja em melhorias de processos internos ou em uma grande expansão, é um recurso escasso, o gestor precisa sempre avaliar o custo de oportunidade.
Dentro do contexto de gerenciamento de aquisições, uma organização pode precisar de um produto ou serviço para executar um determinado projeto.
Qual a melhor opção? Comprar ou produzir (make or buy)?
A decisão precisa ser embasada em dados técnicos, que podem ser calculados por meio da Engenharia Econômica.
Dependendo do componente ou serviço, a própria empresa tem condições de produzi-lo, total ou parcialmente.
Mesmo que seja possível, é preciso levar em conta o tempo gasto e os custos da produção, tanto diretos quanto indiretos.
Pode ser que o custo de produção seja menor do que o de aquisição, mas o tempo despendido na manufatura própria comprometa o prazo de conclusão do projeto.
Nesse caso, entra outro elemento que também é captado nos estudos de Engenharia Econômica: os fatores não-econômicos que influenciam nas decisões.
Além das alternativas make or buy, é possível ainda considerar a opção de alugar.
Uma empresa de construção civil, por exemplo, por mais que tenha condições de construir ou comprar um andaime, pode ser mais vantajoso, do ponto de vista econômico, alugar o equipamento.
Todo projeto, antes de ser colocado em prática, deve obedecer a uma previsão orçamentária que contemple o gerenciamento de custos.
A gestão eficiente de custos utiliza técnicas de planejamento, controle e ajuste, com foco na produtividade e otimização dos resultados.
Mesmo para um projeto já em execução, é possível revisar parâmetros, fazer novos estudos e, com base em informações confiáveis, propor estratégias de enxugamento de gastos.
O gerenciamento de custo deve considerar a matéria-prima, mão de obra e também os custos indiretos.
A linha de produção de uma fábrica, por exemplo, apresenta problemas em um equipamento já desgastado pelo uso.
Para saber se vale a pena investir na compra de um novo maquinário ou reformar o usado, a Engenharia Econômica precisa fornecer dados comparativos, levando em conta diferentes variáveis.
Reformar o antigo pode ser mais barato, mas um equipamento novo terá vida útil maior e produzirá mais em menos tempo.
Os fatores de risco estão presentes, em maior ou menor grau, em todos os aspectos do funcionamento de uma organização.
Especificamente no âmbito econômico, há sempre o risco de um projeto não decolar ou de um investimento em inovação não surtir os efeitos esperados.
A gestão de risco tem como função identificar ameaças e adotar estratégias para minimizá-las, antecipando-se a possíveis prejuízos.
Para ser eficaz, um estudo econômico sobre projeções futuras deve considerar a análise da sensibilidade, ou seja, os elementos variáveis que podem impactar os resultados, inclusive negativamente.
Como vimos até aqui, você pode aprender Engenharia Econômica dentro do curso de Engenharia de Produção, fazer uma pós-graduação ou um curso básico para ter uma noção dos principais conceitos.
Quem se especializa na área atua principalmente na análise de viabilidade de projetos e investimentos.
Faz parte do trabalho do profissional de Engenharia Econômica analisar fatores internos (por meio dos cálculos matemáticos específicos) e externos, como os cenários macroeconômicos.
O objetivo é fundamentar a decisão de investir ou não em um projeto, escolhendo entre alternativas a mais vantajosa em termos econômicos.
Por outro lado, os cursos de pós-graduação em Engenharia Financeira (lato sensu, MBA ou stricto sensu) têm como foco essencialmente o mercado financeiro.
As disciplinas abordam precificação de ativos, estratégias de hedge (proteção de carteira de investimento), otimização de portfólios, derivativos e suas funcionalidades, operações estruturadas, dentre outros.
O profissional de Engenharia Financeira se aprofunda também em sistemas regulatórios, legislação tributária e os diversos instrumentos e artifícios do mercado de capitais nacional e internacional.
Devido à formação consistente na área de finanças, geralmente, são profissionais demandados por instituições financeiras, como bancos, corretoras de valores, financeiras, fundos de investimentos, dentre outras.
Algumas instituições de ensino oferecem cursos de Engenharia Econômica e Financeira, com disciplinas de ambas áreas do conhecimento em um único pacote.
A Engenharia Econômica tem bastante espaço no mercado de trabalho, seja em empresas privadas ou no setor público.
Afinal, o profissional tem conhecimentos em matemática financeira, pesquisa operacional, gestão estratégica, estatística, mercados nacionais e internacionais, entre outros.
Trata-se de uma profissão que vem ganhando cada vez mais espaço, especialmente no mercado financeiro.
Um engenheiro pode conseguir trabalho no mercado de capitais na área de TI de um banco de investimentos ou como analista de produtos financeiros.
Pode, ainda, orientar decisões sobre alocação de ativos, seja gestores de fundos ou clientes das instituições bancárias.
Como exemplo, imagine o investimento em ações.
Quem compra ações para o longo prazo geralmente pretende ser sócio da empresa e participar de seus resultados.
Uma das análises mais importantes, nesse contexto, é a dos fundamentos da empresa: balanço, DRE (Demonstrações de Resultado de Exercício), margem de lucro e outras.
O investidor precisa conhecer também o setor no qual a empresa atua: se é maduro e perene ou um setor com alto potencial de crescimento.
Um engenheiro especializado em economia interpretará com facilidade os demonstrativos da empresa, bem como o segmento no qual ela atua, e concluirá se aquele negócio é ou não um bom investimento.
Diferentes fatores influenciam a média salarial de toda profissão, inclusive a do engenheiro econômico.
Um profissional recém-formado certamente receberá menos do que um profissional com anos de estrada.
Variações ocorrem também em função da região e do setor no qual o profissional está inserido.
Um concurso público federal, por exemplo, dá ao engenheiro uma previsibilidade segura de renda. A prestação de serviço de consultoria, nem tanto.
É possível que o engenheiro econômico trabalhe em uma grande empresa, mas seu salário seja vinculado a determinados índices de desempenho.
Há diferentes maneiras de se remunerar um profissional da área.
No caso dos profissionais pós-graduados em Engenharia Econômica, o salário inicial pode variar entre R$ 3 mil e R$ 5 mil.
Para profissionais com experiência, que exercem funções estratégicas em empresas de grande porte ou no mercado financeiro, o salário pode exceder os R$ 18 mil.
Entre as principais funções exercidas pelo profissional de Engenharia Econômica, podemos destacar:
O profissional de Engenharia Econômica precisa dominar os números e conhecer conceitos fundamentais de Física e Matemática.
Mas não se resume a isso.
Ele também deve entender de política micro e macroeconômica e ter conhecimento em computação e outros atributos tecnológicos.
É preciso, ainda, desenvolver outras competências, como liderança, trabalho em equipe e criatividade.
Afinal, seu trabalho é embasar decisões e resolver problemas.
Portanto, os cursos de pós-graduação em Engenharia Econômica geralmente são direcionados a profissionais formados em Engenharia, Contabilidade, Administração e áreas afins.
O primeiro passo para se destacar no mercado de trabalho, seja em Engenharia Econômica ou em outras áreas, é continuar estudando e se capacitando.
Se você terminou a faculdade e ingressou em um curso de pós-graduação, significa que está preocupado em aperfeiçoar seu nível profissional.
A busca por conhecimento deve ser constante e há diferentes meios para isso, desde um curso presencial a treinamentos online sobre os conteúdos relacionados.
Como você viu, a área de atuação da Engenharia Econômica é ampla.
Se há um negócio com potencial de investimento, aí tem espaço para o profissional.
Na medida do possível, diversifique suas experiências. Esteja sempre aberto a novas possibilidades.
Um profissional versátil certamente terá condições de aproveitar melhor as oportunidades do mercado.
Por fim, desenvolva outras habilidades além das técnicas, como criatividade, trabalho em equipe, flexibilidade e empreendedorismo.
Assim, conseguirá o sucesso profissional, seja como colaborador de organizações diversas ou como dono de sua própria empresa.
Como pós-graduação, curso livre ou disciplina da Engenharia de Produção, a Engenharia Econômica é fundamental na tomada de decisão sobre diferentes tipos de investimentos.
Trata-se de uma área do conhecimento que avalia, formula e estima resultados econômicos quando há diferentes alternativas disponíveis.
No ambiente das empresas, a Engenharia Econômica ajuda a responder questões, como: comprar ou alugar um equipamento, abrir uma filial ou investir no e-commerce, substituir ou reformar um equipamento, dentre outras.
O objetivo é sempre encontrar a opção mais viável, que tenha as melhores taxas de retorno e que, no final das contas, resulte em mais lucro e geração de valor.
Para isso, reúne dados internos sobre o negócio e também considera as questões macroeconômicas do país e do mundo.
O mercado é amplo para quem se especializa na área de Engenharia Econômica.
Há oportunidades nos setores público e privado nas mais diferentes áreas, como financeira, comercial e industrial.
Mas é preciso se preparar.
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