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Storytelling: O que é, Importância e Como aplicar

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Existem diferentes maneiras de contar uma mesma história e é dessas alternativas que nasce o storytelling.

Originário do inglês, o termo se divide entre “story”, que é “história”, e “telling”, que se traduz como“contar”.

O conceito se aplica muito além da escrita criativa, indicando técnicas úteis para quem deseja uma comunicação cativante, capaz de prender a atenção do interlocutor.

Fora da literatura, o storytelling pode ser aplicado em estratégias de marketing, campanhas publicitárias, apresentações, palestras, entre outras situações do mundo corporativo e acadêmico.

Neste artigo, você vai compreender a importância do tema e como gestores e empresas saem ganhando com a estratégia.

Confira os tópicos que preparamos para a sua leitura:

  • O que é storytelling?
  • Como fazer storytelling?
  • Qual é a importância do storytelling?
  • O que é storytelling no marketing?
  • Como aplicar o storytelling no marketing?
  • Os principais fatores do storytelling
  • Todo storytelling é uma narrativa?
  • 13 dicas de como aplicar storytelling em apresentações
  • Exemplos de storytellings
    • Pixar
    • A Jornada do Herói de Joseph Campbell
  • O que não fazer no storytelling para o marketing e publicidade.

Se o assunto interessa, continue lendo.

O storytelling é tão antigo quanto o homem e saber como contar uma história é uma grande ferramenta

O que é storytelling?

A humanidade é movida por histórias e isso já não é novidade desde os primeiros desenhos nas cavernas, na Pré-História.

A sobrevivência da espécie humana depende de sua capacidade de organizar as experiências, atribuindo significados àquilo que passou e fazendo o registro do seu ponto de vista.

Mais do que documentar por documentar, as histórias que conhecemos hoje permaneceram na memória da humanidade por sua relevância, por apresentarem uma narrativa coesa e que dialoga com a nossa realidade.

Neste sentido, o storytelling surge como a prática ou técnica de apresentar uma boa história, de maneira que tenha começo, meio e fim.

A narrativa proposta deve ser uma capaz de cativar o ouvinte, prendendo sua atenção até o final.

Além disso, precisa ser memorável, permanecendo na memória por muito tempo e de maneira significativa.

Por tudo isso, storytelling é uma estratégia muito comum em campanhas de marketing e publicidade, embora não se limite a esse campo.

Como fazer storytelling?

Diversos fatores compõem uma narrativa bem-sucedida.

Em primeiro lugar, precisamos ter em mente quem é o público que buscamos atingir para, a partir disso, selecionar a mensagem que se deseja comunicar e a linguagem que deve ser usada.

Então, podemos dividir o conceito entre a “story” – a mensagem em si – e o “telling” – que diz respeito à estrutura da narrativa.

De nada adianta ter uma história poderosa para contar, se você não é capaz de organizar uma narrativa impactante e capaz de mover quem ouve.

Dentro da estrutura da história, é preciso ainda se atentar a princípios básicos, que são: a mensagem, o ambiente, os personagens e o conflito.

Por mais que existam técnicas para estruturar uma história de maneira envolvente, os elementos do storytelling devem refletir seu público para uma comunicação cativante e assertiva.

Mais à frente, vamos trazer dicas práticas para você se valer da estratégia.

Qual é a importância do storytelling?

Quando nos comunicamos, queremos prender a atenção do público até o final para ter a certeza de que passamos nossa mensagem de maneira efetiva.

Acontece que, com a popularização dos meios de comunicação em massa, fica cada vez mais difícil conquistar a atenção do espectador.

A dispersão é causada por esse gigante fluxo de informações, dificultando a tarefa de quem deseja passar seu argumento, divulgar um produto ou serviço e até mesmo contar a sua própria história.

A solução para este “congestionamento” de informação vem da prosa e nos dá pistas sobre como a humanidade vem contando sua história pelos séculos.

O storytelling e o marketing podem se unir em uma aliança forte

O que é storytelling no marketing?

A comunicação humana se dá na atribuição de significados para construir narrativas organizadas.

Assim aconteceu com a democracia ateniense, os grandes impérios, as grandes guerras e revoluções: as histórias precisam ser contadas.

Essa forma de organizar narrativas de forma envolvente, a qual atribuímos o nome de storytelling, tem uma utilidade gigantesca dentro do marketing.

Uma marca que é capaz de associar seu produto ou serviço à uma história cativante tem muito mais chances de se sobressair no amontoado de publicidade ao qual somos expostos o tempo todo.

Além de ter mais chances de chamar atenção, uma campanha de marketing com um bom storytelling produz memórias capazes de aproximar a marca de seu consumidor, iniciando um relacionamento que transpassa uma simples transação de compra e venda.

Como aplicar o storytelling no marketing?

Pense no cenário em que uma marca de sucos vai se lançar no mercado e precisa se destacar.

Em meio a um mundo de opções sem açúcar, orgânico, com polpa, sumo, néctar, etc., falar das características físicas não convence mais e nem ao menos chama atenção.

Neste cenário, vai se destacar a marca que for capaz de apresentar seu produto junto a uma narrativa coerente, que chame atenção do consumidor e transporte ele para dentro da experiência que aquele produto proporciona.

Importante destacar que isso vale para qualquer que seja o segmento de atuação.

E o storytelling pode ser aplicado no marketing nos mais variados formatos, incluindo;

  • Anúncios publicitários
  • Histórias em vídeo
  • Publicações em redes sociais
  • Textos de blog.

Os principais fatores do storytelling

Falamos bastante sobre a necessidade de chamar atenção em meio ao caos e a importância de uma boa narrativa para deter a dispersão.

Mas, afinal de contas, por onde começa o processo?

Recordando os quatro princípios do storytelling (mensagem, ambiente, personagem e conflito), o marketing vai muitas vezes convidar o público para ser o personagem da história que está sendo contada.

O ambiente vai depender da mídia escolhida, podendo ser a televisão, o rádio, a mídia impressa ou digital.

O conflito é o problema original, que pode fazer alguém consumir aquele produto ou serviço, mostrando como sua ausência é um obstáculo na vida do consumidor.

A mensagem, por fim, é a uma resolução para o conflito, a compra do produto ou serviço ofertado.

Não confunda a palavra narrativa com storytelling

Todo storytelling é uma narrativa?

Até agora, usamos as palavras storytelling e narrativa como sinônimos, mas será que eles são a mesma coisa?

A verdade é que toda narrativa compõe um storytelling, mas o contrário nem sempre se aplica.

Isso porque o termo diz respeito às técnicas usadas para passar uma mensagem de maneira envolvente e cativante, emprestando para isso algumas ferramentas da prosa.

Podemos classificar storytelling em três aplicações básicas:

  • Seu uso como história
  • Seu uso como parte do conteúdo
  • Seu uso como estrutura do conteúdo.

Dessas três situações, a primeira é a única que é em si uma narrativa, ou seja, parte de uma história que possui começo, meio e fim para a transmissão de uma mensagem.

A segunda aplicação contempla pequenas inserções de uma narrativa, para exemplo ou metáfora, dentro de um texto maior que em si não é uma narrativa – foi o que fizemos mais cedo neste artigo quando falávamos da marca de sucos.

Por fim, é possível usar as ferramentas do storytelling dentro de um texto que não é uma narrativa, mas usa seus elementos básicos para garantir uma estrutura capaz de prender a atenção de quem consome.

Saber como contar uma história não é fácil, por isso é bom ter ajuda

13 dicas de como aplicar storytelling em apresentações

Uma ferramenta muito útil no meio corporativo, o storytelling pode impressionar apresentações no trabalho ou faculdade.

Como vimos, a estratégia não necessariamente precisa resultar em uma narrativa, podendo ser utilizada como um instrumento para estruturar seu texto e garantir a atenção de quem ouve.

Confira nossas dicas abaixo e aprenda a aplicar o storytelling com sucesso em suas apresentações.

1. Identifique seu objetivo

Antes de tudo, é preciso ter muito bem delimitado o objetivo da apresentação que se está prestes a fazer.

O ideal é que sua fala leve o ouvinte do ponto A ao ponto B.

Para isso, é necessário entender qual é exatamente o destino final almejado para saber onde e como o storytelling pode ser útil enquanto meio.

Se você pretende conscientizar sobre a preservação ambiental, por exemplo, talvez caiba uma história sobre a escassez dos recursos para evocar emoção.

Agora, se quiser falar da inclusão de portadores de deficiência no ambiente de trabalho, a abordagem muda.

Nesse caso, será interessante trazer exemplos inspiracionais de personagens que conquistaram sua independência por meio da inserção no mercado, por exemplo.

Pensar como sua mensagem será entendida não é só um detalhe; é vital

2. Pense no seu público

Quando falamos em como fazer storytelling, a primeira tarefa – e talvez mais importante – é conhecer bem o público que se deseja atingir.

É preciso entender algumas de suas características base, principalmente no que tangem os hábitos de consumo, para definir a linguagem e o tom que será utilizado.

Se você estiver falando para os seus pares, é o caso de se incluir no texto para provocar um sentimento geral de proximidade, por exemplo.

3. Construa uma identificação

Agora que você já estudou seu público-alvo e sabe exatamente qual linguagem e tom de voz usar para se comunicar, é preciso construir as pontes que vão levar a comunicação.

Nesse sentido, é importante que o orador gaste alguns minutos no início de sua fala para desenvolver uma identificação com seu público, mostrando por que será relevante para eles ouvir o que tem a dizer.

Esse é um bom momento para contar algo sobre você, ou até mesmo citar um filme ou livro que o impactou e o conecta ao assunto que será tratado a seguir.

4. Estude sua mensagem

Um ponto negativo em uma apresentação, certamente, é um orador inseguro sobre o que fala, demonstrando incerteza em sua voz.

Para fugir dessa cilada, é preciso estudar bem o tema que será abordado, não só para a apresentação inicial, como também para responder eventuais perguntas que possam surgir.

Tenha confiança sobre o que fala para garantir que todo seu esforço de storytelling valha a pena no fim.

5. Defina a sua história

Mesmo que a apresentação em questão não seja considerada uma narrativa, o princípio de “história” deve ser observado com atenção.

Na hora de formular o conteúdo abordado, defina qual será a história (ou as histórias) que se pretende contar.

Revise sua apresentação, tentando identificar oportunidades e necessidades de explicar melhor este ou aquele tema e teste opções que melhor se encaixam.

Use suas referências para pensar narrativas famosas da cultura pop, capazes de gerar uma identificação entre você e seu público.

6. Quem será o personagem?

Outro elemento muito importante no storytelling, o personagem é aquele que vai viver a história que está sendo apresentada.

Traga à narrativa um personagem humano, com acertos e erros em sua jornada de superação, capaz de gerar empatia em quem ouve.

7. Edite sua mensagem

Você já estudou a sua mensagem a fundo e tem todas as informações na ponta da língua para responder às dúvidas do público? Ótimo!

Quando sabemos muito sobre um assunto, é comum querer expor tudo, mas é preciso tomar cuidado.

Depois de preparada a apresentação, revise tudo e edite o que for necessário, retirando partes repetitivas, desinteressantes ou supérfluas.

Isso garante fluidez à apresentação, o que é importante para reter a atenção das pessoas.

Uma história monótona perde em força, mesmo que sua mensagem seja boa

8. Alterne o tom para evitar a dispersão

Histórias muito felizes ou tristes tendem a ser entediantes justamente pela falta de contraste nas emoções.

Para evitar que o público disperse no meio da apresentação, alterne entre tons positivos e negativos, apresentando os conflitos negativos em contraste à solução positiva.

9. Bom humor e simpatia

Lembra quando falamos sobre a necessidade de construir pontes?

Nesse sentido, o bom humor e a simpatia podem ser uma grande mão na roda para garantir uma maior identificação entre você e o seu público.

Inserir pequenas piadas pertinentes em sua fala e interagir com o público, sempre que possível, são boas estratégias.

10. Começo, meio e fim

Toda narrativa que se preza tem uma estrutura completa com apresentação, desenvolvimento e desfecho – começo, meio e fim, respectivamente.

Aristóteles já fazia esta distinção da narrativa em seu conceito sobre a estrutura de três atos.

Para o filósofo grego, poderíamos dividir uma narrativa entre:

  • Mundo real: o início ou apresentação dos personagens e situações
  • Aventura: o desenvolvimento que culmina no conflito
  • Resolução: o fim, que vai apresentar um desfecho para os personagens.

11. Prometa e cumpra

Quando você estiver no início da sua apresentação, aponte para a resolução que será alcançada.

Um boa forma de prender atenção do público é “começar pelo final”, pela moral da história.

Coloque logo no início qual será resolução proposta e cumpra sua promessa ao longo da apresentação, mostrando como alcançar a solução almejada.

12. O corpo fala

Em qualquer processo de comunicação, é preciso ter noção de que nem tudo que é dito precisa ser falado verbalmente.

Atente-se a sua postura, expressão facial e tom de voz durante a sua apresentação, pois eles comunicam tanto quanto a fala.

13. Recapitule o que foi dito

Durante a sua fala, rememore o que foi dito no início ou mesmo há pouco tempo.

A repetição das informações é uma forma de usar a Programação Neurolinguística (PNL) a seu favor.

Criada por psicólogos no início da década de 70, a técnica de PNL usa a comunicação corporal e verbal como instrumento para fixar informações e incentivar comportamentos.

É como recados que você envia ao cérebro para garantir determinada ação desejada.

Exemplos de storytellings

Da teoria, vamos à prática.

Confira agora dois exemplos de storytelling que podem servir de inspiração para a sua narrativa.

O sucesso da Pixar não é coincidência; o storytelling é poderoso

Pixar

O estúdio de animação Pixar tem bons exemplos sobre como utilizar o storytelling na construção de narrativas envolventes.

Isso é tão verdade que, em 2017, a empresa lançou seu primeiro curso de storytelling – gratuito e online – em parceria com a Khan Academy.

Sucesso de público e crítica, seus filmes se destacam justamente pela capacidade de manter o espectador, criança ou adulto, com os olhos grudados na tela até o fim.

Tomemos como exemplo o filme Procurando Nemo (2003) e o modelo de narrativa em três atos.

No primeiro ato, nós temos a apresentação dos personagens Nemo e seu pai, Marlin.

Logo de início, a situação principal é apresentada com Nemo sendo a criança aventureira e inconsequente, mas, ao mesmo tempo, insegura. Já seu pai é o viúvo super-protetor.

A jornada, que começa no segundo ato, se dá com o peixinho sendo capturado por pescadores, o que leva ele e o pai a passarem a maior parte do filme na missão pelo reencontro.

Por fim, no terceiro ato, chegamos a um desfecho e à resolução da trama: Nemo apropria-se da sua coragem e não só escapa do aquário que era seu cativeiro, como também trabalha para resgatar a amiga do pai, Dory.

A Jornada do Herói de Joseph Campbell

Outro modelo consolidado de storytelling, a Jornada do Herói foi descrita pela primeira vez pelo antropólogo Joseph Campbell em seu livro “O Herói de Mil Faces” (1949).

Na obra, o autor identifica um padrão que aparece em diversas narrativas famosas da história da humanidade.

Dividida em três atos e 12 fases, a Jornada do Herói também é conhecida como monomito.

No primeiro ato, o nosso personagem inicia sua jornada no mundo comum, onde vive uma vida comum e também onde também ele recebe seu chamado à aventura.

Nosso herói recusa o chamado, mas, após ter um encontro com o mentor, muda de perspectiva e isso finaliza o ato.

O segundo ato da história começa com cruzamento do limiar, com o personagem demonstrando seu comprometimento com a causa pela primeira vez antes de enfrentar os primeiros testes, conhecer seus aliados e inimigos.

A fase de aproximação da caverna profunda marca a iminência de uma grande provação que se aproxima e que, quando superada, resultará em uma recompensa.

O terceiro e último ato se inicia com a estrada de volta que se desenvolve em uma última e renovada tentativa de alcançar o objetivo final, chamada ressurreição.

Por fim, nosso herói chega ao domínio total da situação, retornando com o elixir, ou seja, a solução final para o problema.

Como sempre, não exagere; a mensagem pode se perder

O que não fazer no storytelling para o marketing e a publicidade

O storytelling pode ser muito útil no marketing de uma empresa, mas é preciso ter um senso crítico para não exagerar e acabar perdendo a credibilidade.

Na hora de desenvolver a história de uma empresa, é importante manter a coerência na narrativa, não adicionando capítulos que possam contradizer parte da história que foi descrita anteriormente.

Ainda, por mais que exista certa liberdade para floreios, é importante conservar a honestidade em sua narrativa, não inventando situações para forçar determinada emoção, mas, sim, atribuindo significados à história já existente.

Esse é um passo importante para aquelas empresas que não querem virar alvo de especulações, como aconteceu em alguns casos recentes.

Apesar de ser tão velho quanto andar para a frente, o storytelling segue poderoso

Conclusão

Presente em infinitas obras da história da humanidade, o storytelling representa um nome novo para um conceito bastante antigo.

Isso porque o processo de registrar histórias e atribuir a elas significados é tão velho quanto a própria humanidade.

O que surge de diferente, porém, é a aplicação de técnicas usadas na narrativa ficcional em outras situações, no pessoal ou profissional.

Enfim, o storytelling permite uma comunicação assertiva, que vai fazer o interlocutor prestar atenção até o fim e ficar pensando na mensagem por muito mais tempo.

Agora que domina o conceito e as principais formas de colocar a estratégia em prática, é hora de aplicar o storytelling na sua realidade.

Deixe seu comentário, relatando como espera tirar proveito de narrativas cativantes.

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FIA

Com um olhar sempre no futuro, desenvolvemos e disseminamos conhecimentos de teorias e métodos de Administração de Empresas, aperfeiçoando o desempenho das instituições brasileiras através de três linhas básicas de atividade: Educação Executiva, Pesquisa e Consultoria.

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