Após as graves consequências causadas pela pandemia, o Brasil e todo o mundo estão ansiosos pela plena retomada da economia.
Em 2022, contudo, após a vacinação em massa da população, outro fantasma assombra a aceleração das negociações industriais, comerciais e de serviços: a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
No Brasil, medidas governamentais têm sido tomadas para que as empresas do país melhorem os seus números.
Ainda que o cenário global seja de tensão e temor, alguns setores brasileiros começam a apresentar resultados semelhantes aos níveis pré-pandêmicos.
A seguir, vamos entender o que é a retomada da economia, como o Brasil tem se preparado para que os negócios alcancem patamares mais elevados e o que o brasileiro pode esperar para os níveis econômicos nos próximos períodos.
Veremos os seguintes tópicos:
Retomada da economia é o movimento de crescimento de setores econômicos de um país, indústria, comércio e serviços.
Com esforços do governo e do próprio mercado, ela é restabelecida após um período de desaceleração econômica.
No Brasil e no mundo, tem se falado em retomada da economia, especialmente após a crise sanitária e financeira causada pela Covid-19.
Além dos impactos humanos, o vírus deixou reflexos nos negócios em função das medidas de combate à doença.
O isolamento social obrigou grande parte das indústrias, dos comércios e dos prestadores de serviços a paralisarem as suas atividades durante os picos da disseminação do coronavírus.
Assim, as empresas sentiram os impactos negativos da interrupção da fabricação, das vendas e da prestação dos serviços presenciais.
A economia como um todo foi afetada e, agora, a expectativa é que aconteça uma retomada, fortalecendo negócios prejudicados, elevando os índices de emprego e melhorando o poder de compra dos indivíduos.
De acordo com uma série de fatores, cada país teve seus próprios efeitos econômicos causados pela pandemia.
Entre os diferentes aspectos, estão: os níveis da economia antes da crise sanitária, grau e velocidade de combate ao vírus e medidas dos governos para minimizar os impactos do isolamento social.
A seguir, vamos entender como está a retomada econômica em alguns dos principais países em todo o planeta, confira!
Nos Estados Unidos, um dos grandes desafios do país é a inflação.
O Índice PCE, que é a referência usada pelo Federal Reserve para medir este fenômeno, chegou ao número de 5,8% em 2021, a maior alta em quase 40 anos, segundo a CNN.
Assim, gastos com alimentação, moradia e gasolina estão representando uma fatia maior no orçamento dos norte-americanos.
Além disso, o fluxo de mercadorias diminuiu e, para isso, o presidente Joe Biden anunciou que o Porto de Los Angeles passaria a operar 24 horas por dia, 7 dias por semana, de acordo com a BBC.
Outro desafio da retomada da economia dos EUA está relacionado à mão de obra, que cresce a números lentos.
Esse fator desacelera o alcance de níveis econômicos pré-pandêmicos, como aponta David Wilcox, pesquisador do Peterson Institute for International Economics em Washington DC.
Por fim, a guerra na Europa pode levar o país à recessão, segundo McKinsey (em inglês).
O continente europeu precisa enfrentar um novo desafio em sua retomada econômica.
Além da recuperação pós-pandemia, os países devem criar medidas que minimizem os efeitos sobre a economia gerados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.
Apesar da alta verificada na maioria das bolsas da Europa, como relatou a IstoÉ, o banco britânico Barclays subiu a previsão de inflação da zona do euro de 1,9% para 5,6% em 2022.
Sanções ocidentais e outras consequências da guerra podem causar o que chamam de estagflação da região, isto é, momento de alta inflação e fraco crescimento econômico.
Portanto, os países europeus têm que atacar vários focos diferentes para retomar a economia após a pandemia e a guerra que aflige o continente.
A China foi o país de origem da propagação do vírus: a pandemia começou em dezembro de 2019 em Wuhan, cidade chinesa.
De lá, a Covid-19 espalhou-se pelo mundo todo.
Nesse sentido, o gigante da economia mundial também foi afetado pelas medidas de contenção da pandemia.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a previsão de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 ficou em 4,8%, abaixo dos 7,9% observados no ano de 2021.
Ainda que demonstre fôlego em sua retomada econômica, o país precisa ajustar o seu mercado: “a recuperação da China está bem avançada, mas não tem equilíbrio e o impulso desacelerou”, segundo o FMI.
O Brasil também sofreu grandes impactos com a doença e com os efeitos do isolamento social sobre a economia.
Entretanto, o país já dá sinais de retomada econômica e apresentou um PIB positivo de 4,6% em 2021, saindo da recessão técnica em que se encontrava, segundo o IBGE.
De acordo com o instituto, “esse avanço recuperou as perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia”.
Confira abaixo quais segmentos econômicos têm movimentado o país.
Segundo o IBGE, o campo de serviços foi o que apresentou melhor desempenho na retomada da economia brasileira.
O volume de serviços chegou a 10,9% em 2021, concluindo o ano com 6,6 pontos percentuais acima do observado no período pré-pandêmico.
Serviços de Tecnologia da Informação (TI), transportes e comunicação mostraram os níveis mais intensos de crescimento.
Já no comércio, artigos farmacêuticos e de perfumaria, seguidos pelo mercado de material de construção, foram os principais responsáveis pela recuperação.
Por fim, a indústria teve crescimento dos seguintes campos em 2021:
Segundo dados levantados pela MB Associados, consultoria de análise macroeconômica, o estado do Mato Grosso é o principal responsável pelo crescimento do PIB brasileiro no período.
O agronegócio é a força motriz que impulsiona os dados econômicos, de acordo com o levantamento.
Em 2022, as regiões Centro-Oeste e Norte apontam para um crescimento do PIB estadual acima do PIB nacional.
O cenário promissor se dá especialmente pelo ciclo favorável das commodities nestas localidades.
Confira as 5 maiores projeções de PIBs estaduais para 2022:
Na região Sudeste, o destaque fica com o 6º colocado da lista geral, o estado do Espírito Santo, onde há uma estimativa de que o PIB estadual alcance o número de 3,75%.
No Sul, o Paraná lidera, com a 8ª posição e 3,54% de expectativa de crescimento do PIB estadual para o ano analisado.
Segundo o IBGE, o campo de serviços foi o que apresentou melhor desempenho na retomada da economia brasileira.
O volume de serviços chegou a 10,9% em 2021, concluindo o ano com 6,6 pontos percentuais acima do observado no período pré-pandêmico.
Serviços de Tecnologia da Informação (TI), transportes e comunicação mostraram os níveis mais intensos de crescimento.
Já no comércio, artigos farmacêuticos e de perfumaria, seguidos pelo mercado de material de construção, foram os principais responsáveis pela recuperação.
Por fim, a indústria teve crescimento dos seguintes campos em 2021:
Segundo dados levantados pela MB Associados, consultoria de análise macroeconômica, o estado do Mato Grosso é o principal responsável pelo crescimento do PIB brasileiro no período.
O agronegócio é a força motriz que impulsiona os dados econômicos, de acordo com o levantamento.
Em 2022, as regiões Centro-Oeste e Norte apontam para um crescimento do PIB estadual acima do PIB nacional.
O cenário promissor se dá especialmente pelo ciclo favorável das commodities nestas localidades.
Confira as 5 maiores projeções de PIBs estaduais para 2022:
Na região Sudeste, o destaque fica com o 6º colocado da lista geral, o estado do Espírito Santo, onde há uma estimativa de que o PIB estadual alcance o número de 3,75%.
No Sul, o Paraná lidera, com a 8ª posição e 3,54% de expectativa de crescimento do PIB estadual para o ano analisado.
Antes do início da pandemia, o Brasil registrava alto número de desempregados.
No primeiro trimestre de 2020, o nível de desemprego era de 12,4% no país, segundo dados do IBGE.
O índice chegou a14,9% no 3º trimestre de 2020, oscilou para 14,2% no 4º trimestre de 2020 e voltou ao recorde do período pandêmico no 1º trimestre de 2021.
De lá para cá, novos postos de trabalho foram criados e os índices reduziram, chegando a 11,1%, valor menor do que o apresentado na pré-pandemia.
Vale observar que o desemprego afetou o brasileiro de maneiras diferentes.
De acordo com a Agência Brasil:
Com a retomada gradual da economia brasileira, estes números podem mudar nos próximos anos.
Em carta escrita ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), especialistas afirmam que:
“Os principais indicadores recentes de emprego no país demonstram que a trajetória de retomada do mercado de trabalho brasileiro vem se consolidando, refletindo, sobretudo, a forte expansão da população ocupada e seus efeitos sobre a redução do desemprego”.
Ainda no documento, os setores de serviços de alojamento e alimentação, domésticos, pessoais e de construção civil são destaques no aumento da taxa de ocupação do país.
Durante a VI Reunião Extraordinária de Presidentes do Prosul (Progresso e Integração da América do Sul), o governo brasileiro apresentou algumas ações para a retomada da economia nacional.
Dentre elas, estão:
Para a CNI, Confederação Nacional da Indústria, para que os níveis econômicos brasileiros realmente sejam favoráveis, é preciso ir além de medidas para minimizar os efeitos da pandemia:
“(…) É necessário dar importância à retomada de agenda de reformas que retomem a confiança e remediação política externa com fins de cessar a desconfiança econômica dos parceiros comerciais e dos principais e futuros investidores”.
Segundo a confederação, programas de crédito emergencial para pequenas empresas, parcelamento dos tributos e redução das despesas com o funcionalismo público são ações importantes para a retomada da economia do Brasil.
Em debate na Câmara de Deputados, especialistas apontam que o BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, é fundamental “na oferta de empréstimos de longo prazo a taxas de juros mais baixas”.
O banco tem como função, além da concessão de crédito a empresas, fazer o investimento em todos os segmentos da economia brasileira.
A fim de amenizar os efeitos econômicos decorrentes da pandemia do coronavírus, o BNDES colocou em prática medidas como as seguintes, dentre outras:
Como vimos, o Estado tem peso significativo na economia e na sua retomada.
Além de medidas de transferência direta de renda como o “auxílio emergencial”, destinado à população de menor renda do país, ações de fomento à indústria, comércio e prestação de serviços são importantes para que todos os setores possam crescer juntos e fortes.
As eleições de 2022 prometem impactar significativamente o mercado e a economia brasileira em 2022.
Para a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, o Brasil registrou uma retomada em “V” após a pandemia de Covid-19.
A avaliação é que, em 2022, “o país deve crescer mais do que o projetado atualmente pelo mercado”, como foi registrado na Forbes.
Sergio Vale, economista e especialista da CNN, acredita que 2022 é um ano de transição, com “dificuldades na economia” e “olhando com uma lupa para 2023”, ou seja, com perspectiva de crescimento pequeno.
A expectativa é que o ano de 2022 seja marcado por:
Mesmo diante deste cenário, o atual governo segue otimista em relação à retomada nacional da economia e mantém projeções acima da expectativa do mercado financeiro, segundo a Agência Nacional.
Após um intenso período de medidas restritivas relacionadas à Covid-19, o mundo todo está em busca de maneiras para retomar os índices econômicos anteriores à pandemia.
Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, deflagrada em 2022, a situação pode ser ainda mais complexa ao redor do planeta.
No Brasil, ainda que o cenário seja desafiador, medidas surtiram efeito e a economia do país vai aos poucos sendo retomada.
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