Empreendedorismo

Design Thinking: o que é, como aplicar e passo a passo

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O que passa na sua cabeça quando alguém fala em design thinking?

Mais um daqueles termos estrangeiros que empreendedores digitais e consultores adoram usar e que parecem sempre mais do mesmo?

Recomendamos que você comece a leitura deste texto abrindo a cabeça e sem pré-conceitos formados.

Vamos mostrar para que serve o design thinking, que é uma abordagem bem mais simples e fácil de entender do que muita gente imagina, mesmo sendo moderna e inovadora.

Além disso, pode ser utilizada em vários contextos.

A metodologia é capaz de trazer bons resultados, qualquer que seja o ramo no qual ela é aplicada.

Mas fique sabendo que, embora seja de fácil compreensão, isso não significa que a solução será simples.

É preciso se empenhar e, acima de tudo, colocar a cabeça para funcionar, entendendo como aplicar o design thinking.

Afinal, a palavra thinking vem do verbo pensar em inglês.

Só que não para por aí, porque o design thinking também contempla a parte prática.

Para saber mais, prepare-se para ampliar a sua visão sobre processos de inovação e criatividade, acompanhando o artigo até o fim.

Confira quais são os tópicos que iremos abordar a partir de agora:

  • O que é design thinking?
    • Qual é a origem do termo “design thinking”?
  • As bases do design thinking
  • Como funciona a metodologia do design thinking?
  • Qual é a relação entre design thinking e UX?
  • Por que investir em design thinking?
  • Quais são as etapas do design thinking?
  • Como aplicar o design thinking?
  • Principais ferramentas do design thinking
  • Exemplos de aplicações do design thinking
  • Livros recomendados de design thinking
  • Como aprender mais sobre design thinking?

Continue lendo para entender o conceito e ver exemplos de design thinking.

O que é design thinking?

O termo design thinking tem grande relação com a ideia de multidisciplinaridade

Design thinking é uma metodologia usada para a criação de novos produtos, serviços, processos ou para a resolução de problemas.

Não é possível compreendê-la bem sem enxergar o design como algo que vai muito além da forma e da estética de produtos.

Antes, traduzimos thinking. Mas design, o que quer dizer?

A palavra da língua inglesa significa projetar, planejar, desenhar ou esboçar um projeto.

Assim, definir um novo formato, cores e desenhos para a embalagem de um produto é design tanto quanto pensar em um novo processo de controle de estoque, por exemplo.

O que acontece é que, em ambos os casos, se está criando algo novo e, para isso, é necessário planejar antes de executar.

Por isso, muitos pensam que design thinking é um termo redundante, porque todo trabalho de design envolve muita reflexão.

Mas a ideia aqui não é falar sobre o nome, e sim sobre a abordagem. Quais são os diferenciais e para que serve o design thinking, afinal?

A metodologia valoriza a criatividade, experimentação e empatia para encontrar soluções inovadoras.

Uma de suas características mais fortes é a multidisciplinaridade, pois o processo deve reunir todos os envolvidos no desenvolvimento do produto ou serviço.

A partir daí, basta seguir as etapas (logo mais falaremos sobre elas) do design thinking para problematizar a questão, pensar em uma solução e testá-la.

Mas não pense que é uma receita de bolo, segundo a qual basta misturar os ingredientes corretos e seguir o modo de preparo para que o resultado seja garantido.

O design thinking é uma ferramenta que orienta, porém depende da dedicação de todos os envolvidos e, principalmente, da mente aberta dos gestores.

Qual é a origem do termo “design thinking”?

Nos Estados Unidos, o termo design thinking já era utilizado desde os anos 1970, em áreas como ciência, engenharia, arquitetura, educação e pesquisa acadêmica.

No geral, era usado com o significado parecido ao que tem atualmente: uma abordagem criativa para a resolução de problemas.

A sistematização das ideias por trás do design thinking na metodologia que conhecemos hoje, voltada para a administração de empresas, credita-se a Tom e David Kelley e a Tim Brown.

Os irmãos Kelley fundaram em 1991 a IDEO, empresa de consultoria em design reconhecida mundialmente.

O britânico Tim Brown é o atual CEO e presidente da empresa. Também é o autor do livro Change by Design.

A obra que explica a abordagem foi lançada em 2009 e virou best seller entre empreendedores do mundo todo.

Brown é considerado como a principal voz do design thinking atualmente.

Para conhecer um pouco do que ele tem a dizer, vale conferir a sua apresentação no TED Talk em 2009.

As bases do design thinking

Como CEO da IDEO, Tim Brown desempenhou e continua a desempenhar um papel fundamental na popularização do design thinking em diferentes setores.

Seu trabalho enfatiza a importância de entender profundamente as necessidades e desejos dos usuários.

Não há como aprender design thinking e aplicar se não for por esse caminho.

Esse é um princípio-chave da metodologia, que defende a empatia como uma base para a solução de problemas complexos.

Brown acredita que, ao se colocar no lugar dos usuários, os designers podem desenvolver soluções conforme as necessidades de terceiros.

A experimentação é outra pedra angular do design thinking, igualmente defendida por Tim Brown.

Ela incentiva equipes a testar e iterar suas ideias rapidamente, abraçando a incerteza e aprendendo com os fracassos.

A prototipação, um terceiro elemento básico, é uma maneira de transformar conceitos em soluções tangíveis que podem ser refinadas com base no feedback.

Saiba mais sobre as bases do design thinking, que moldam a abordagem desenvolvida por Tim Brown.

Empatia

Todo clichê, por mais batido que seja, tem sua verdade. Um deles é dizer que o cliente é a parte mais importante de um negócio.

Por outro lado, o que não falta no mercado são empresas que só sabem disso na teoria.

Uma maneira de passar essa filosofia para a prática diária é exercitando a empatia, uma das bases do design thinking.

Isso porque a empatia desempenha um papel fundamental em uma abordagem centrada no cliente.

Há, inclusive, pesquisas e estudos que respaldam a sua importância, como as do psicólogo David DeSteno, autor do livro Emotional Success.

Ele conduziu pesquisas que demonstram como a empatia é um componente essencial para a tomada de decisão.

O autor defende algo que parece até óbvio: a empatia nos ajuda a compreender as perspectivas e necessidades dos outros.

Assim, as empresas passam a desenvolver soluções não focadas nas vendas, mas nas necessidades de seus clientes.

Outra pesquisa de destaque é a realizada pela Universidade de Stanford, que explora os efeitos da empatia dentro da abordagem design thinking.

Os resultados sugerem que a empatia pode impulsionar a criatividade, fomentando a inovação.

Ao entender as experiências e emoções dos usuários, os designers podem gerar insights mais profundos e desenvolver soluções à frente do seu tempo.

Além disso, estudos neurocientíficos revelaram que a empatia ativa certas áreas do cérebro associadas ao entendimento emocional e à empatia cognitiva, como exposto em um artigo da Nature Neuroscience.

Essa seria a chave para o sucesso das marcas que conseguem gerar identificação com os seus públicos.

Portanto, a empatia não é apenas uma abordagem subjetiva, mas tem bases neurobiológicas sólidas para justificar sua inclusão enquanto base do design thinking.

Experimentação

A experimentação se baseia na premissa de que é impossível prever com precisão o sucesso de uma ideia sem testá-la no mundo real.

Por isso, é uma pedra angular do design thinking, ajudando a antecipar a solução de problemas e impulsionando a inovação.

Consiste na criação de protótipos e a realização de testes para aprender, iterar e aprimorar ideias e soluções.

A importância da experimentação no design thinking é evidenciada por vários fatores.

Em primeiro lugar, ela ajuda a reduzir o risco associado à implementação de novas soluções, uma vez que permite a detecção de falhas, de modo a corrigi-las antes do lançamento no mercado.

Além de minimizar possíveis consequências negativas, é uma forma de poupar custos com recalls ou em razão da inutilização de produtos por defeitos.

A experimentação também incentiva a inovação ao promover a criatividade e o pensamento fora da caixa.

Por meio de testes rápidos e iterações, as equipes podem explorar diversas abordagens e descobrir soluções inovadoras para problemas complexos sem que isso implique riscos.

Sem contar que a experimentação fomenta a colaboração, pois envolve equipes multidisciplinares trabalhando juntas para testar e melhorar ideias.

Esse processo gera um ambiente de aprendizado contínuo e colaborativo, onde o foco está na obtenção de insights que possam ser aplicados na prática.

Prototipação

Prototipar nada mais é do que criar representações tangíveis e simplificadas de ideias, conceitos ou produtos em estágios iniciais de desenvolvimento.

Os protótipos são usados para visualizar, testar e aprimorar soluções, antecipando possíveis falhas para que se façam ajustes a tempo.

Uma das vantagens da prototipação é a capacidade de transformar ideias abstratas em algo concreto, materializando-as e tornando-as compreensíveis.

Isso facilita a comunicação e a colaboração, uma vez que todos podem interagir com o protótipo e dar feedbacks para melhorar um produto em desenvolvimento.

A prototipação também permite a iteração contínua.

Como parte do processo do design thinking, os protótipos são testados e refinados com base no feedback obtido.

Isso leva a melhorias graduais e ao desenvolvimento de soluções mais alinhadas com as necessidades reais dos usuários.

Além disso, a prototipação contribui para a redução de riscos, pois falhas podem ser identificadas e corrigidas precocemente, economizando recursos e tempo.

Em projetos de desenvolvimento de produtos e inovação, a prototipagem é quase obrigatória para a antecipação de problemas.

Um bom exemplo disso é o que faz a Apple, que cria protótipos de dispositivos, interfaces de usuário e até mesmo das embalagens dos produtos para garantir que tudo funcione perfeitamente antes de ser lançado no mercado.

Como funciona a metodologia do design thinking?

A metodologia inicia ao entender o problema ou oportunidade e estudar as possibilidades

Mais à frente, quando listarmos exemplos de design thinking, seu entendimento sobre a metodologia estará completo.

Por enquanto, para falarmos sobre o seu funcionamento, vale prestar atenção nos já citados pilares.

O design thinking é mais do que um simples processo sequencial.

É uma mentalidade que se concentra em resolver problemas de maneira inovadora e centrada no ser humano.

Na prática, essa metodologia é caracterizada pela constante colaboração, adaptabilidade e uma profunda empatia pelos usuários.

Na sua essência, está a ideia de que soluções eficazes vêm de uma compreensão profunda das necessidades e desejos das pessoas.

O processo sempre começa com uma fase que contempla o entendimento do problema ou da oportunidade e de estudo das possibilidades, da concorrência e do comportamento do público-alvo.

Ou seja, inspiração aqui não é aquela fagulha divina que irriga o cérebro com uma grande ideia.

Estamos falando de reunir materiais, objetivos ou não, para inspirar.

É essencial criar ambientes onde equipes multidisciplinares possam colaborar, trocar ideias e desafiar suposições previamente estabelecidas.

Lembrando ainda que a metodologia promove a experimentação.

Em vez de se comprometer com uma única solução desde o início, o design thinking incentiva a criação de múltiplas ideias, prototipando-as rapidamente e testando-as no mundo real para ver como funcionam.

Além disso, o fracasso é visto como uma oportunidade de aprendizado.

O próprio mantra da IDEO, empresa chefiada por Tim Brown, é “failure sucks but instructs”, o que significa “falhar é uma droga, mas ensina”.

Assim, soluções podem ser iteradas, refinadas ou até descartadas com base no feedback, garantindo que a solução final seja verdadeiramente adequada e eficaz.

De nada adianta colher dados e opiniões distintas sobre determinado assunto sem que haja esforço para encontrar um denominador comum entre elas.

Qual é a relação entre design thinking e UX?

Design thinking e experiência do usuário (UX) são conceitos intrinsecamente ligados, pois ambos compartilham o objetivo de criar soluções centradas nas pessoas.

Enquanto o DT estabelece uma estrutura para a inovação e resolução de problemas, o UX se concentra especificamente na experiência do usuário com um produto ou serviço.

Imagine, por exemplo, o desenvolvimento de um aplicativo móvel.

No estágio de ideação do design thinking, uma equipe pode gerar várias conceituações para o aplicativo com base nas necessidades dos usuários.

Em seguida, a equipe cria protótipos de diferentes designs de interface e fluxos de interação, como parte do estágio de prototipação do design thinking.

Aqui entra o UX: os protótipos são então testados com usuários reais para avaliar como eles interagem com o aplicativo, medindo a usabilidade, a eficácia e a satisfação do usuário.

Com base nos resultados, os designers de UX refinam a interface, aprimoram a navegabilidade e ajustam as funcionalidades para otimizar a experiência do usuário.

Dessa forma, o design thinking serve como base para identificar desafios, criar conceitos e protótipos, enquanto o UX se concentra na implementação dessas soluções.

Por que investir em design thinking?

A lista de vantagens da abordagem é extensa.

Aqui estão alguns dos motivos que ajudam a entender para que serve o design thinking e justificam por que investir na metodologia:

  • Soluções centradas no usuário: o design thinking coloca o usuário no centro do processo, garantindo que as soluções atendam às suas necessidades e desejos
  • Inovação: é uma metodologia que promove a criatividade, levando a soluções inovadoras e diferenciadas
  • Redução de riscos: a prototipação e os testes frequentes permitem a identificação precoce de problemas, reduzindo riscos de falhas no mercado
  • Economia de recursos: evita o desenvolvimento de soluções inadequadas, economizando tempo e insumos
  • Colaboração: o design thinking incentiva equipes multidisciplinares a trabalharem juntas, compartilhando conhecimento e experiência
  • Melhor compreensão do problema: a ênfase na empatia e pesquisa aprofunda a compreensão do problema a ser resolvido
  • Aumento da competitividade: soluções mais alinhadas com as necessidades do mercado tornam a empresa mais competitiva
  • Satisfação do cliente: produtos e serviços desenvolvidos com design thinking tendem a oferecer uma experiência superior, aumentando a satisfação
  • Adaptação às mudanças: a flexibilidade inerente ao design thinking permite que as empresas se adaptem rapidamente a mudanças no ambiente de negócios
  • Melhoria contínua: a iteração constante promovida pelo design thinking leva à melhoria contínua de produtos e processos.

Quais são as etapas do design thinking?

Conhecendo as etapas do design thinking, tudo ficará mais claro

As etapas que vamos apresentar abaixo são uma espécie de roteiro para quem deseja aprender como aplicar o design thinking.

Mas lembre-se: não é uma receita de bolo.

Essa é uma maneira de organizar o trabalho para potencializar as possibilidades criativas da empresa.

Para tanto, é preciso avaliar o que se tem em mãos para definir quais as melhores ferramentas a serem usadas em cada etapa para atingir o objetivo proposto.

Imersão

É a fase de entendimento.

Começa por entender a si mesmo, com ferramentas como a análise SWOT, que estuda as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da empresa que impactam no projeto.

Antes disso, é discutido em detalhes qual é o problema enfrentado e é definido o escopo e os limites do projeto.

A imersão é uma fase em que muito material de estudo é gerado.

Nela, são considerados diversos pontos de vista e perspectivas. Também há muita pesquisa exploratória e de referência.

Depois dessa parte preliminar, tem início a imersão profunda, com entrevistas e trabalhos de campo, o que gera insights que serão usados depois.

Todo o material produzido nessa fase serve como insumo para as posteriores. Ou melhor, nem todo, como veremos a seguir.

Análise e síntese

Como acabamos de ressaltar, a fase de imersão dá origem a uma enorme quantidade de material. Mas nem tudo pode ser aproveitado.

É feita uma análise e organização lógica e racional dos insights gerados na etapa anterior, identificando padrões e categorizando as ideias.

A própria observação desses padrões ajuda a enxergar melhor a questão e, quem sabe, encontrar novas respostas.

A representação gráfica de todo esse material (com diagramas e mapas conceituais) ajuda a visualizar melhor o problema.

A partir daí, os insights são filtrados e o projeto começa a ganhar corpo, com a definição de público-alvo e de uma linha de trabalho.

Escolher um caminho a seguir é um desafio aqui, pois estamos lidando com uma equipe multidisciplinar.

Por isso, certamente, há vários pontos de vista diferentes envolvidos.

Ideação

Essa é a etapa na qual a equipe de trabalho começa a pensar em uma solução para o problema apresentado.

Aqui, é preciso entender que nenhuma solução é ideal.

Vão surgir inúmeras ideias, sempre tendo como base as necessidades identificadas nas fases anteriores.

Devem ser usados métodos para explorar ao máximo a criatividade dos colaboradores, que estimulem o pensamento fora da caixa.

Para que eles se sintam à vontade para apresentar até as ideias mais ousadas, não pode haver julgamentos de valores.

A equipe precisa ter a liberdade para experimentar e errar.

Sim, errar, pois o medo da falha ou da crítica é o principal agente inibidor da criatividade e inovação.

Não se trata de incentivar o erro, mas sim a geração de possibilidades.

Nas etapas seguintes, você vai entender melhor esse modo de pensar.

Prototipação ou prototipagem

Várias pesquisas no Brasil e no mundo já mostraram que a maior parte das empresas, dos produtos e dos serviços que são lançados no mercado falham.

Nem sempre isso acontece por conta de uma negligência boba do empreendedor.

É que são tantas as variáveis envolvidas que, às vezes, só é possível conferir o resultado de uma ideia na prática.

Quem adota o design thinking não tem medo de assumir esse risco. Pelo contrário: o utiliza a favor do seu projeto.

A ideia do protótipo consiste em produzir um Mínimo Produto Viável, conhecido pela sigla MVP.

A partir das ideias geradas na etapa anterior, é criada uma versão simples do produto, que pode ser produzida rapidamente, sem gastar muitos recursos, em um período de testes.

O protótipo serve para sentir como a solução se comporta na prática.

Ela realmente atende às necessidades do consumidor final? Temos aí uma oportunidade de responder a essa e outras perguntas.

O segredo é fazer um acompanhamento muito próximo de como se comporta o produto ou serviço criado, colhendo insights sobre o que funcionou e o que deve ser corrigido.

Implementação final

A intenção do MVP é alcançar a essência da solução.

Se ele não teve boa resposta, eis um aprendizado que custaria muito mais caso o produto fosse lançado em sua forma final.

Mas no caso de a solução ser validada, aí sim, partimos para a etapa final, de implementação.

São feitos os ajustes necessários para lançar o produto ou serviço para o consumidor final.

Na realidade, o trabalho não termina exatamente aí, pois uma empresa consciente deve sempre manter um processo de aperfeiçoamento contínuo, mapeando as fraquezas e oportunidades de cada projeto.

Como aplicar o design thinking?

O design thinking é muito versátil e pode ser aplicado em qualquer contexto

É difícil responder objetivamente, porque cada ramo de atuação tem suas particularidades e cada empresa sua cultura organizacional.

Por mais que tenha sido difícil visualizar as etapas anteriores sendo implementadas na sua empresa, acredite, o design thinking pode ser aplicado em qualquer contexto.

E é possível adaptar as fases à realidade da organização.

Dependendo das características do mercado, o MVP pode ser lançado direto ao consumidor final, por exemplo.

Cabe aos gestores enxergarem qual a melhor maneira de aproveitar os conceitos da metodologia.

Seja qual for o formato adotado, os pilares devem ser sempre lembrados, em especial o da empatia.

Leve em conta que o principal objetivo do design thinking é resolver o problema do público, seja ele interno ou externo, deixando-o plenamente satisfeito.

Sem esquecer também da multidisciplinaridade, que permite enxergar a situação por diversos ângulos, o que facilita a inovação.

No tópico a seguir, vamos apresentar ferramentas utilizadas no design thinking que elucidam como implementar a metodologia.

Depois, vamos apresentar exemplos de design thinking que vão ajudar a entender como a abordagem pode ser aplicada na prática.

Principais ferramentas do design thinking

Há uma série de ferramentas que podem ser usadas para aplicar o conceito de Design Thinking

Como ressaltamos antes, é tarefa do gestor encontrar as melhores ferramentas para colocar em prática cada etapa do design thinking.

A seguir, conheça algumas sugestões que podem ser usadas em uma ou mais fases da metodologia.

Se você achou uma delas interessante, busque mais informações a respeito para entender melhor como aplicá-la.

Pesquisa Desk

Usada na fase de imersão, a Pesquisa Desk consiste na criação de uma árvore de temas relacionados ao problema, que vão se desdobrando enquanto são obtidas informações de fontes diversas (portais de notícias, jornais e revistas, por exemplo).

Mapa da Empatia

A partir de entrevistas com clientes, o Mapa da Empatia é a estruturação do conhecimento obtido para responder às seguintes perguntas: o que o cliente fala, o que ele vê, o que ele escuta e o que ele sente.

Brainstorming

É uma reunião (de preferência feita com uma equipe multidisciplinar) na qual o único objetivo é pensar em ideias, apresentá-las e discuti-las.

A premissa é que seja um ambiente para ousadia completa, sem nenhum tipo de crítica ou julgamento. A filtragem das ideias será feita em outro momento.

World Café

É um método de incentivo ao diálogo entre funcionários de diferentes setores e hierarquias, no qual um grande grupo é dividido em várias mesas (como em um café) e, de tempo em tempo, um membro é trocado.

A conversa – sobre um problema determinado previamente – continua de onde parou, com um novo integrante na mesa.

Gamificação

Consiste em tornar uma atividade lúdica, trazendo à sua execução a dinâmica e o prazer dos jogos.

Esse recurso apresenta excelentes resultados e pode ser utilizado em qualquer etapa do design thinking.

Cocriação com o cliente

Dependendo do produto ou serviço a ser desenvolvido, convidar clientes para participar da sua criação (nas fases de ideação e prototipagem) pode ser uma grande ideia, pois vai gerar insights bastante precisos.

Exemplos de aplicações do design thinking

O design thinking pode ser um grande diferencial para seu produto

Livros recomendados de design thinking

Não há como aprender design thinking sem investir em conhecimento.

Por isso, veja esta lista de ótimos títulos sobre o tema:

Como aprender mais sobre design thinking?

É possível buscar conhecimento e as técnicas para aplicar o conceito de Design Thinking em sua empresa

O processo de aperfeiçoamento em design thinking é constante, até porque essa é uma abordagem em constante desenvolvimento, na qual novas técnicas e ferramentas vão sendo incorporadas.

Ler alguns dos livros citados e conteúdos como este em blogs especializados é um bom caminho, mas você pode ir ainda mais fundo.

Participar de oficinas práticas, como workshops e bootcamps, pode ajudar a aplicar os conceitos de design thinking em cenários reais.

Também vale a pena se juntar a grupos ou comunidades focadas em design thinking para trocar experiências e aprender com os demais, fazendo networking.

Isso sem falar em conferir estudos de caso, analisando empresas que aplicam o design thinking em seus processos para entender sua implementação real.

A FIA Business School ajuda você a se especializar nessa abordagem utilizada pelas grandes empresas, no curso de extensão EAD Design Thinking – Como Inovar nos Negócios.

Aprenda com profissionais como liderar a inovação, em um curso online com certificado de conclusão emitido pela Faculdade FIA de Administração e Negócios!

Conclusão

O design thinking se encaixa bem em um mundo cada vez mais volátil.

Transformações culturais, demográficas, financeiras e tecnológicas acontecem muito rapidamente. E é claro que tudo isso se reflete no mercado.

Para gerir um negócio nos dias de hoje, é necessário ter uma grande capacidade de adaptação. E saber inovar.

É muito difícil encontrar um segmento no qual não exista grande concorrência. Então, por que não criar um nicho de mercado novo?

Não há como fazer isso sem inovação, e o design thinking é uma metodologia que contribui de modo decisivo nesse processo.

Porque não é possível inovar sem colocar a cabeça para funcionar, concorda?

E é muito mais provável que uma iniciativa dê certo quando um grupo diverso, de várias áreas e posições hierárquicas, ajudou a concebê-la.

Esse conceito de multidisciplinaridade, assim como as demais ideias sobre as quais falamos neste artigo, como empatia e criatividade, trazem grandes benefícios quando aplicadas diariamente em uma organização.

Em vez de apenas pensar nisso ao propor um novo produto e aplicar o design thinking, reflita diariamente.

Para isso, os conceitos precisam fazer parte da cultura organizacional da empresa.

É uma transformação essencial para encarar o mercado dinâmico de hoje.

Ficou com alguma dúvida sobre design thinking ou qualquer outra questão que abordamos aqui?

Entre em contato conosco ou deixe um comentário abaixo.

Referências:

https://www.ted.com/talks/tim_brown_urges_designers_to_think_big?language=pt-br

https://knowledge.wharton.upenn.edu/podcast/knowledge-at-wharton-podcast/how-compassion-can-make-you-more-successful/

https://web.stanford.edu/~mshanks/MichaelShanks/files/509554.pdf

https://greatergood.berkeley.edu/images/uploads/zakiOchsner_2012_neuroEmpathy.pdf

https://www.dinheirovivo.pt/empresas/porque-e-que-80-dos-novos-produtos-lancados-falham/

FIA

Com um olhar sempre no futuro, desenvolvemos e disseminamos conhecimentos de teorias e métodos de Administração de Empresas, aperfeiçoando o desempenho das instituições brasileiras através de três linhas básicas de atividade: Educação Executiva, Pesquisa e Consultoria.

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